A companhia de bandeira espanhola Iberia deixou de voar para duas das mais importantes cidades no nordeste do Brasil, Fortaleza e Recife. Desde o passado dia 1 de fevereiro que a Iberia operava três vezes por semana a rota Madrid – Fortaleza – Recife, mas, segundo informações oficiais da companhia, a rentabilidade da operação não alcançou os níveis esperados, apesar do comportamento comercial da rota ser razoável em relação ao número de passageiros.
“A alta do preço do petróleo” e “o agravamento da crise europeia” foram as duas razões apontadas pelo director comercial da Iberia no Brasil, Andrés Lorenzetti, na nota à imprensa enviada em agosto em que dava conta da decisão da transportadora espanhola. A taxa média de ocupação dos voos a partir do Nordeste com destino a Madrid situava-se entre os 75% e 80%. No entanto, a companhia aérea acusava um baixo número de passageiros nos regressos da capital espanhola para Fortaleza e Recife.
A “medida unilateral” tomada pela Iberia é sublinhada por alguma imprensa cearense, que recorda que o governo daquele estado brasileiro ofereceu “todo o apoio” e “investiu muito” na manutenção desta linha, que, depois dos voos da TAP, seria a segunda opção de ligação aérea das capitais do Ceará e de Pernambuco com a Europa, a partir do hub de Madrid.
Enquanto encerra as suas operações com as capitais do Nordeste, a Iberia já começou a operar, desde a semana passada, dois voos semanais às segundas e sextas-feiras, desde Madrid até Luanda. A capital angolana passa a ser o 12º destino da companhia aérea em África.