Recebo inúmeros pedidos com sugestões de destinos de viagem e, ainda que seja um assunto muito subjetivo e dependente dos interesses e orçamento de cada um, a todos tento responder o melhor possível. Mas não é fácil.
Em jeito de antecipação, e tal como fiz no ano passado quando destaquei o Quirguistão, Omã, os Açores, a Colômbia e o Nepal, e em 2016 quando recomendei Cuba, o Irão e o Japão, serve este texto para sugerir destinos cuja visita aconselho vivamente durante o ano de 2018. Seja porque sofreram mudanças recentes e é melhor conhecer o quanto antes; seja porque são destinos sobre os quais tenho sentido um interesse crescente por parte dos viajantes; seja, finalmente, uma espécie de aposta pessoal na “qualidade” de um destino menos óbvio.
Estes dez países estão, pois, entre os melhores destinos para viajar em 2018. Eu próprio estou a usar esta lista; entre os destinos que recomendo, tenho já voos marcados para dois deles e ando seriamente a ponderar visitar pelo menos outros dois. A ver vamos.
Destinos de viagem que recomendo para 2018
1. Argélia
“Há muito tempo não me surpreendia tanto com um país como com a Argélia” – foi assim que um amigo, viajante muito experiente, me falou da Argélia. Fiquei intrigado e deveras curioso. E fui pesquisar.
Na verdade, parece ser dos países mais subestimados turisticamente em todo o norte de África. Pela minha parte, já vou matar a curiosidade em 2018. Os bilhetes de avião estão comprados para o próximo mês de março.
Lugares como a cosmopolita Argel, com o seu delicioso kasbah classificado pela UNESCO como Património Mundial; as ruínas romanas de Djémila e Timgad; o oásis de Timimoun; o Parque Nacional Tassili n’Ajjer; e, claro, a misteriosa povoação de Ghardaia; tudo motivos para rumar à Argélia enquanto o país não é descoberto pelo turismo de massas.
É a aposta mais pessoal desta minha lista com os melhores destinos para 2018. Espero surpreender-me.
2. Geórgia
No radar de um número crescente de viajantes, a Geórgia é outro país sobre o qual tenho grande curiosidade e expectativas. Muito por “culpa” de locais como a boémia Tbilisi ou a aldeia de Ushguli; as cidades escavadas de Vardzia e Uplistsikhe; o mosteiro de David Gareja; toda a magnífica Cordilheira do Cáucaso; e mesmo Gori, a cidade-natal de Estaline. Sim, não faltam motivos de interesse para visitar a Geórgia.
Pela minha parte, ando a adiar há demasiado tempo a minha viagem à Geórgia; inexplicavelmente. Mas agora há mais um argumento de peso para o fazer rapidamente: a Lonely Planet incluiu a Geórgia no TOP 10 de destinos para 2018.
Quer isso dizer que, muito provavelmente, ao longo dos próximos anos haverá um incremento significativo no número de turistas. Por isso, vá o quanto antes! Eu já estou a tentar encaixar a Geórgia no meu calendário de viagens para 2018.
3. Malta
Pequeno país abraçado pelas águas do Mar Mediterrâneo, Malta é mais uma aposta pessoal na lista dos melhores destinos para 2018. Andava há alguns anos a ponderar conhecer o país mas, por um motivo ou por outro, fui adiando a viagem. Até que uma low cost a operar em Portugal anunciou voos diretos entre o Porto e La Valetta e eu comprei imediatamente um bilhete de avião.
Apesar do exíguo tamanho, estou certo que há muito para descobrir em Malta. É mais um dos dez destinos eleitos pela Lonely Planet para 2018. Por isso, já sabe…
4. Maldivas
Desde que as ilhas Maldivas se começaram a abrir ao turismo independente e deixaram de ser um destino exclusivo para casais endinheirados ou em lua-de-mel, tenho pensado visitá-las.
Tenho reparado em vários viajantes por esse mundo fora – alguns com blogs de viagens – que visitaram recentemente algumas das ilhas das Maldivas. O feedback parece muito positivo, mas tudo pode mudar rapidamente.
O ano de 2018 será ainda uma excelente altura para visitar as Maldivas, mas temo bem que o país se possa tornar na próxima Fiji. Enquanto as opções de alojamento acessível são escassas e antes que haja demasiados turistas nas ilhas, o momento para ir é… agora.
5. Bangladesh
O Bangladesh é um dos países que recebe menos turistas em todo o mundo, mas sinto que isso vai mudar nos próximos anos. Trata-se de um país muito pobre e com reduzidas infraestruturas de apoio ao turismo, mas os relatos sobre a calorosa hospitalidade bengalesa são tão recorrentes que, só por isso, já valeria a pena visitar o Bangladesh.
Locais como a floresta de Sundarbans, onde se encontra a maior população dos belíssimos tigres-de-bengala; as zonas rurais de Bandarban e mesmo a capital Dhaka; servem para cimentar a ideia de que tenho de lá ir o quanto antes. A Ana Isabel Mineiro chamou-lhe, há já alguns anos, o “país dos rios“.
Eu ainda não tenho viagem marcada, mas ando a pensar nisso. Sinto que chegou a hora do Bangladesh.
6. Nepal
Depois do violento sismo que abalou o Nepal em 2015, o país vai aos poucos cicatrizando as feridas do terramoto. Mas o turismo tarda em regressar ao Nepal, pelo que insisto na recomendação (o Nepal é o único país cuja sugestão repito para 2018).
Os trilhos de montanha continuam intactos, muito do património sobreviveu aos abalos e mesmo o que foi destruído vai aos poucos sendo recuperado.
A capital Katmandu, a cidade de Pokhara, o trekking ao Campo Base do Annapurna ou ao Campo Base do Evereste, a cidade de Bhaktapur, o Parque Nacional Royal Chitwan e lugares remotos como toda a região de Mustang são apenas alguns dos muitos atrativos do país.
Não menos importante, o povo nepalês continua a precisar do turismo para ultrapassar definitivamente a adversidade. Por tudo isso, o ano de 2018 é o momento ideal para visitar o Nepal!
7. Uzbequistão
Tal como com um punhado de outros destinos, ando há muito tempo para visitar o Uzbequistão mas ainda não concretizei essa viagem. Locais como Khiva, Samarcanda ou Bukhara fazem parte do meu imaginário viajante. Tal como o “Cemitério de barcos” do Mar de Aral e alguns outros destinos uzbeques.
Ora, apesar de já não ser um segredo para os viajantes mais intrépidos, incluindo os apaixonados pela Rota da Seda, o Uzbequistão recebe ainda poucos turistas. Mas isso pode mudar nos próximos anos: o país anda a estudar a abolição dos vistos de turismo para, pelo menos, 27 países (na verdade, decretou a abolição dos vistos a partir de abril de 2017, mas depois adiou a decisão por quatro anos, alegadamente para permitir a consolidação das infraestruturas turísticas). Seja como for, é ir o quanto antes.
8. Canadá
Agora que a TAP opera voos diretos entre Lisboa e Toronto, é natural que o Canadá apareça mais frequentemente no radar dos viajantes portugueses. Pela minha parte, e apesar das magníficas Cataratas do Niagara serem não muito longe de Toronto, sinto-me mais atraído pela metade oeste do país.
Tenho, por exemplo, um grande fascínio pela remota Inuvik desde que conheci uma habitante local numa ilha do Belize. Mas não só. O Parque Nacional Banff, todo o território de Yukon, a cidade de Vancouver e manifestações culturais como o Calgary Stampede fazem parte da minha lista de desejos.
Como se isso não bastasse, o Canadá é um dos países com maiores preocupações ambientais – e isso não é coisa pouca. Vancouver, por exemplo, tem um plano para se tornar a “Cidade mais Verde” do mundo até 2020.
Eu talvez não consiga visitar o Canadá em 2018, mas aqui fica a forte recomendação.
9. Malawi
Muitas vezes descrito como um dos mais fascinantes destinos em África, o Malawi é também um dos países onde é menos complicado viajar de forma independente no continente africano. Tudo gira em torno do Lago Malawi – Nkhata Bay, as ilhas Linkoma e Chizumulu, entre outras -, mas há também o Monte Mulange, o Parque Nacional Liwonde e o planalto de Zomba; a cidade histórica de Dedza e até a capital Lilongwe. É a minha recomendação subsariana para 2018.
10. Portugal
A minha última recomendação para viajar em 2018 é uma espécie de mea culpa. Portugal é um país absolutamente fascinante e que merece ser (re)descoberto pelos portugueses. Eu próprio, apesar de todos os anos viajar dentro do meu país, não publico artigos sobre Portugal com a regularidade que gostaria.
Em 2016 escrevi bastantes textos sobre Portugal, mas em 2017 nem por isso. Recordo, por exemplo, que escrevi sobre a ilha de Santa Maria, nos Açores, e sobre a ilha da Madeira; sobre o Convento de Cristo e as Grutas de Mira de Aire; falei da aldeia histórica de Monsanto e sugeri o que fazer em Ponte de Lima e o que fazer em Chaves; partilhei a experiência no meu primeiro festival Bons Sons; recomendei onde comer sushi em Matosinhos, contei como foi ir do Douro ao Pinhão e percorrer as levadas da Serra da Gardunha. E pouco mais.
Tenho mais uns textos na calha, mas continua a ser pouco. Pela minha parte, quero escrever mais sobre Portugal; incluindo sobre o meu Porto.
Agora que Portugal está na moda e as atenções do turismo mundial continuam centradas em Lisboa e no Porto, está também na hora de explorar o interior do país, as ilhas mais recônditas dos Açores, as praias menos badaladas e todas as pequenas vilas e aldeias históricas que tanto nos orgulham. Fica o desafio para 2018, especialmente para os amigos brasileiros e portugueses que visitam o blog.
E pronto, estas são as minhas sugestões de destinos para conhecer em 2018. Quais são as suas?
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