A low cost irlandesa Ryanair afirma estar a ponderar a introdução de uma nova classe no transporte aéreo, permitindo aos seus passageiros viajar de pé, agarrados a barras de ferro em tudo semelhantes às dos autocarros, presos por cintos de segurança à volta da cintura, noticia o Telegraph na sua edição de ontem.
A medida permitiria, alegadamente, transportar mais 50% de passageiros nos voos Ryanair e reduzir o custo médio das tarifas em 20%. Haveria preços diferenciados para quem se dispusesse a viajar de pé numa “sala” própria.
Ora, sendo esta “notícia” oriunda da Ryanair, fica a premente dúvida: A informação é para levar a sério – e nesse caso tratar-se-ia de uma revolução no transporte aérea de passageiros – ou é apenas mais uma das manobras de marketing em que a Ryanair se tornou especialista e que nos põe, media e passageiros, a falar da empresa? Basta relembrar os casos da propagada taxa de gordura e do pagamento para utilização do WC a bordo para olhar as “notícias” com origem na Ryanair com desconfiança.
Alegadamente, representantes da low cost terão já solicitado à Boeing informações sobre a exequibilidade da medida, bem como autorização das autoridades irlandesas. “Se eles [Irish Aviation Authority] aprovarem [passageiros a viajar de pé], nós vamos avançar”, disse um porta-voz da empresa ao periódico britânico.