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Viajar para ser feliz

Por Filipe Morato Gomes | Atualizado em 19 Jul 2017 | Inspiração 9 Comentários
Tempo de leitura: 3 minutos

Há uns tempos, recebi uma desafiadora interpelação de um leitor, chamemos-lhe João. Dizia assim: “Escrevo-te não para me ajudares a planear esta ou aquela viagem, escrevo-te sim para obter um pouco dessa tua inspiração”.

E continuava dizendo que era bem-sucedido no amor e no emprego. “Conquistei tudo ainda muito novo, e agora sinto um vazio dentro de mim. Preciso de inspiração, e já a encontrei: viajar – gosto bastante de conhecer, de viver. Gostava de dar uma volta ao mundo; sim, deixar tudo para trás e durante uns meses partir. Não tenho coragem, preciso de inspiração, preciso daquele empurrão.”

E depois veio o desafio: “Desculpa este email, mas gostava de saber o que te inspirou a iniciar esta viagem sem fim. Gostava também de tentar beber um pouco dessa tua inspiração.”

Fiquei sem saber o que responder. Porque viajo eu? Porque viajamos?

Viajar para ser feliz - Eu no glaciar Franz Josef
Eu atravessando uma fenda no glaciar Franz Josef, Nova Zelândia. Pareço ou não feliz?

Não imagino a vida sem viajar. É verdade que quando estou em viagem tenho saudades da família, do meu “cantinho”, do conforto de casa e de não me confrontar com desafios a todo o momento. Mas quando estou em casa só penso em viagens – na próxima, na outra a seguir, nas do próximo ano. É o eterno conflito de quem tem família e ama viajar, mas a verdade é que não imagino mesmo a vida sem viajar.

Comecei tarde a viajar, e já entrei nos quarentas. Talvez os mais novos não se lembrem, mas já houve vida sem internet e sem companhias low cost. Sim, viajar só muito recentemente se democratizou. Quando fiz a minha primeira viagem à volta do mundo, em 2004/05, muitos dos meus amigos mais próximos acharam-me maluco (hoje é uma coisa quase normal) e a minha própria mãe me disse que não queria “ser conivente com essa maluqueira”. Na altura, a informação era menos abundante; viajar já não era um salto no desconhecido mas ainda não era tão acessível como agora – e é natural que uma mãe se preocupe com um filho. Mas agora ela percebe. Percebeu, aliás, logo que regressei dessa viagem, 14 meses depois.

Porquê?

Porque me viu amadurecido, sorridente, confiante, a irradiar felicidade. Numa palavra: feliz! E uma mãe quer sempre o melhor para o seu filho.

Por isso, caro João, se, tal como eu, o que precisas para ser realmente feliz é viajar, então parte, não olhes para trás e, seguramente, não te arrependerás. A inspiração que procuras é essa mesmo: a busca da felicidade. Até porque, como dizia Mark Twain:

Twenty years from now you will be more disappointed by the things that you didn’t do than by the ones you did do. So throw off the bowlines. Sail away from the safe harbor. Catch the trade winds in your sails. Explore. Dream. Discover.

É isso, João, a resposta é mesmo essa: eu viajo para ser feliz. Preciso de viajar para ser feliz! E não há motivo mais forte para nos fazermos à estrada.

P.S: Não é preciso coragem, João.

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Comentários

  1. Espirito Viajante

    Inspirador 😉

    Responder
  2. tiagorelvao

    Boa pergunta Filipe. Porque é que viajamos. O que é que me levou aos 18 anos pegar numa mochila e arrancar para Marrocos, sozinho, à aventura e a já ter visitado mais de 50 países e continuar sempre com vontade de mais? Em grande parte a curiosidade, a sede de explorar, a aventura que nos faz sentir vivos. Mas como diria George Mallory, um alpinista inglês, porque é que queria escalar o Everest: “Because it’s there!’ Subscrevo totalmente estas palavras e enquanto houver um mundo para explorar, pessoas para conhecer e experiencias para viver, esta vontade de viajar não vai desaparecer!

    Responder
    • Joao Leitao VIAGENS

      Nem mais!!!

      Responder
  3. Joao Leitao VIAGENS

    Excelente artigo para incentivar a viajar! realmente a felicidade é algo que tem vários caminhos. Para viajar e aproveitar a felicidade da viagem é também necessário ser feliz. independentemente de onde estejamos, se não tivermos felicidade dentro de nós, não é algo exterior que nos muda, porque há algo sempre que nos puxa a pensar no regresso, ao tempo de não ser feliz. Sou feliz e tenho sorte de sempre ter percebido este processo, e de nunca ter tido nenhum emprego ou situação que me prendesse. Sempre fui livre e criado por mim próprio a viajar sem limites – já que a minha cabeça não tem limites (cabeçudo então…) 😀 grande abraço e boas viagens!

    Responder
  4. João R.Tomé

    Concordo em absoluto! Já vou com quase 63 anos e não parei de viajar desde os meus 18 anos… Já vivi em mais de 10 Países diferentes (Ásia, África e Europa) e já devo ter andado o equivalente a 10 voltas ao mundo. Só os que têm ousadia de viajar e ir de encontro ao desconhecido, poderão saborear este prazer e felicidade de viajar…
    Abraços viajantes,João

    PS: No meu tempo, nos finais dos anos sessenta e princípios de setenta, quando comecei a viajar, era à boleia Europa fora ou então no velho-novo Sud Express etc… sem faxes, telemóveis, emails etc… telefonar para a família era um luxo, que se fazia uma só vez por semana… enfim outros tempos!

    Responder
  5. Teresa Alexandre

    Os pacotinhos de açúcar da Nicola tinham umas frases e uma dizia: ” Um dia ponho a mochila às costas e vou conhecer o mundo”.
    Tenho 56 anos e ainda hoje me serve de inspiração e sim, sou feliz sempre que ponho a mochila às costas 🙂

    Responder
  6. Bárbara

    Olá, Filipe.

    Acompanho-te já há algum tempo, mas nunca, como hoje, me apeteceu tanto comentar um dos teus artigos. Revi-me nele como não tinha sucedido antes e, pela primeira vez, não senti “culpa” por ser a pessoa mais feliz do mundo quando viajo e por não conseguir viver sem estar a planear a próxima viagem.
    Comecei a viajar cedo. A minha primeira viagem, aos 16 anos, à Ásia, transformou-me para sempre e nunca mais consegui deixar de pensar em viajar. Só mais tarde, quando já me conseguia sustentar, voltei a concretizar esse desejo e nunca mais parei.
    Optei (com o meu namorado, agora marido) por viajar muito, gastar todo o dinheiro em viagens, antes de “assentar”… Mas a verdade é que não quero “assentar”, não imagino a minha vida sem viagens, mesmo que isso implique prescindir de outras tantas coisas, e, “percebo agora”, que isto não tem mal nenhum.

    Viajo “para ser feliz” e hei-de continuar a ir o mais longe e diferente possível, sem qualquer curiosidade por quem pensa ou veste como eu…

    Aproveito para elogiar o site, o tempo que lhe dedicas e as inúmeras pessoas que inspiras com os teus relatos.

    Beijinhos e Boas Viagens,
    Bárbara

    Responder
  7. sergio

    Boas Filipe e boas João!
    Sábias e inspiradoras as palavras do Filipe…
    Para o João: vai, simplesmente vai… deixa fluir!
    Eu já viajei muito e já vivi em 4 diferentes países e o facto de não ter, ainda, parado para dar uma grande volta ao mundo atormenta-me e por isso acho que vou fazê-la no entretanto…
    Caso queiras aparecer para trocar umas ideias e uns incentivos, estou totalmente disponível (sergio santos costa : facebook)
    Abraço e safe travels
    Belo blogue, Filipe !

    Responder
  8. Adriana Ferreira Martins

    Realmente inspirador para quem (como eu) tem medo e um bocadinho de falta de coragem de ir e se deixar ir, até porque também penso que viajar é isso.
    Obrigada Filipe por palavras tão sábias, inspiradoras, cheias de experiência e acima de tudo motivadoras!

    Responder

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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