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O que fazer em Guimarães, as dicas da Carla Mota

Por Filipe Morato Gomes | Viagens na Minha Terra Europa Guimarães Portugal
Atualizado em 29.01.2023 | Tempo de leitura: 6 minutos

Quer visitar Guimarães e está farto de ler as mesmas dicas de viagem em todos os guias? Desafiámos a portuguesa Carla Mota, profunda conhecedora da cidade – onde vive – e co-autora do belíssimo Viajar entre Viagens, um dos mais bem conseguidos blogs de viagens portugueses, a partilhar cinco sugestões sobre o que fazer em Guimarães para tornar a sua viagem única e inesquecível. “Se um amigo te visitar em Guimarães, onde o levarás?” – eis as dicas da Carla.

O que fazer em Guimarães com um amigo

Há muito que Guimarães é uma das minhas cidades preferidas em Portugal e no mundo. Viver aqui, rodeada de História, é um privilégio. Tomar um café nas esplanadas do centro histórico, Património Mundial da Humanidade, ou experimentar a gastronomia minhota entre rochas graníticas que já viram desfilar soldados castelhanos, lusos e espanhóis, tem um sentimento especial. É impossível esquecer o peso da História quando se vive num cenário destes.

Haveria imensos lugares para acrescentar nesta lista, uns mais “secretos” do que outros, mas todos dignos de uma visita garantidamente deslumbrante. Resolvi escolher estes cinco porque resumem a essência da cidade de Guimarães e das suas gentes.

#1 Perder-se no centro histórico de Guimarães

Estátua de D. Afonso Henriques ePaço dos Duques,
Estátua de D. Afonso Henriques, com o Paço dos Duques, Guimarães

Os largos de Oliveira e Santiago são o epicentro da urbe vimaranense e um local obrigatório e incontornável em qualquer visita. Rodeados por edifícios centenários, caminhar nestas calçadas graníticas é como passear pela História de Portugal. O Padrão do Salado, as fachadas medievais dos edifícios e a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira fazem do Largo da Oliveira um dos mais bonitos do país.

Mas a cidade tem imensos mistérios e segredos escondidos. Perder-se aqui e fugir das ruas principais pode ser uma grande experiência. As muralhas da cidade, onde se pode ler “Aqui nasceu Guimarães”, são apenas o início de um conjunto muralhado que vale a pena explorar.

O que fazer em Guimarães: passear no centro histórico
Centro histórico de Guimarães

Algumas das secções da muralha foram engolidas, mas preservadas, dentro de edifícios que se construíram desde o século XVII, e hoje podemos comer num restaurante ou beber uma cerveja em estabelecimentos com muralhas centenárias no seu interior. Poderá ainda descobri-las dentro de prédios residenciais onde a população continua a dividir o seu dia-a-dia com a História de Portugal.

Um fim de tarde no Coconuts, onde os azulejos portugueses das paredes nos fazem companhia e engrandecem ainda mais a magia do Largo da Oliveira, é há muito tempo um dos meus locais preferidos na cidade para beber um chocolate quente no inverno.

#2 Experimentar a magia das Festas Nicolinas

Festas Nicolinas em Guimarães
Festas Nicolinas

As Festas Nicolinas são as festas mais importantes da cidade de Guimarães, e os vimaranenses vivem-nas de forma quase devota. As festas consistem num conjunto de atividades que se iniciam no final do mês de novembro, com os tambores a encherem de som os fins de tarde da cidade.

Festas de origem profana e pagã foram completamente integradas na cultura popular, e constituem a festa dos estudantes da cidade.

As Festas Nicolinas propriamente ditas têm início com o Pinheiro, a 29 de novembro, a que depois se seguem as roubalheiras, as novenas, as maçãzinhas, as posses e o pregão. O Pinheiro é a festa mais mediática, recebendo milhares de visitantes, mas é apenas o início de uma semana de manifestações culturais sem paralelo em Portugal.

No dia do Pinheiro, o cortejo segue um pinheiro enfeitado com lanternas, puxado por juntas de bois, levando à frente uma representação da deusa Minerva, deusa da sabedoria, seguido por milhares de estudantes, novos e velhos, rufando aos toques do bombo o ritmo marcado pelo Chefe de Bombos.

#3 Citânia de Briteiros

Visitar Guimarães: Citânia de Briteiros
Citânia de Briteiros

Guimarães está cheia de monumentos e edifícios históricos classificados e visitá-los a todos é quase impossível. No entanto, há alguns inevitáveis e as ruínas arqueológicas de Briteiros é um deles.

Apenas a 14 km de Guimarães, a Citânia de Briteiros é um exemplo extraordinário de um povoado primitivo, de origem pré-romana, designado por “castros” do noroeste de Portugal. Estudada pelo arqueólogo vimaranense Martins Sarmento desde o século XIX, a Citânia conta com um núcleo museológico, uma casa brasonada onde o arqueólogo fazia os seus trabalhos de arqueologia e hoje convertida em museu, e as ruínas do castro.

A forma como estas cidades castrejas se organizavam pode ser conhecida nas inúmeras construções dispostas no cimo do monte de São Romão.

A Citânia de Briteiros é um excelente local para visitar em dias soalheiros onde, para além da visita ao castro, poderá fazer um piquenique e usufruir de uma vista magnífica sobre as paisagens do Alto Minho.

#4 Plataforma das Artes e da Criatividade

Plataforma das Artes e da Criatividade
Plataforma das Artes e da Criatividade

O antigo mercado de Guimarães, que durante décadas fervilhou de vida, acabou por definhar e, integrado num projeto de revitalização urbana para acolher a Capital Europeia da Cultura 2012, foi renovado, tendo aí nascido um projeto moderno de arquitetura.

Inspirado em Le Corbusier e Mies van der Rohe, um novo edifício foi construído em betão armado e revestido a tubos de latão dando origem à Plataforma das Artes e da Criatividade. Inicialmente pouco compreendido pela população vimaranense, começou a conquistar adeptos à medida que era galardoado com diversos prémios mundiais de arquitetura.

Para além do magnífico edifício, a Plataforma das Artes e da Criatividade acolhe uma excelente exposição permanente de José Guimarães, com arte africana, pré-colombiana, chinesa e obras criadas pelo artista. Os objetos de arte e etnografia expostos resultam de inúmeras viagens levadas a cabo pelo artista nos continentes africano e asiático.

#5 Pousada de Santa Marinha

Visitar a Pousada de Santa Marinha
Pousada de Santa Marinha

Apesar de uma visita a Guimarães ter obrigatoriamente que incluir o Castelo e o Paço dos Duques, há uma outra joia arquitetónica na cidade que normalmente não é visitada. Trata-se da Pousada de Santa Marinha, um edifício majestoso do século XII, situado numa colina da cidade. Este antigo Mosteiro dos Agostinhos recebeu em 1985 o prémio nacional de arquitetura.

O Mosteiro é o local ideal para se usufruir de uma vista magnífica sobre Guimarães, mas o seu interior guarda um encanto sem paralelo. Este é um dos mais belos exemplos de arquitetura medieval portuguesa com um conjunto de recantos interiores com fontes de granito, magníficos painéis de azulejos, claustros, varandas e terraços.

O restaurante é um lugar ideal para um belo jantar romântico. Desfrutar de um pequeno-almoço ou um chá ao final da tarde no bar pode ser verdadeiramente arrebatador. No exterior, o magnífico jardim é ideal para um passeio em dias solarengos ou um piquenique no verão, envolvido por crianças e jovens que correm e brincam rodeados de História. É um dos lugares da cidade que mais orgulha os seus residentes.

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Mapa: o que fazer em Guimarães

Se está a pensar visitar Guimarães, no norte de Portugal, conheça o excelente trabalho da Carla Mota em www.viajarentreviagens.pt, um blog recheado de dicas para aproveitar ao máximo as suas viagens. Veja também o artigo sobre onde ficar em Guimarães para conhecer as melhores opções de alojamento na cidade.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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