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Ilhas Galápagos, tesouro do Equador

Por Tomás Andrade | Viagens América do Sul Equador Galápagos Vida selvagem
Atualizado em 27.08.2017 | Tempo de leitura: 7 minutos

Ilhas Galápagos
Ilhas Galápagos

Foi nas ilhas Galápagos, no Equador, que Charles Darwin encontrou a chave para sustentar a sua teoria da evolução das espécies. Hoje, seja pelas tartarugas gigantes como o “solitário George”, pelo legado de Darwin ou pela moda dos cruzeiros de luxo, este frágil ecossistema classificado Património da Humanidade é dos locais mais visitados de todo o Equador. Um roteiro de viagem às inigualáveis ilhas Galápagos.

Chegada às Galápagos o oásis

Mais de 800 mil turistas visitaram o Equador em 2006 e a meta para este ano é chegar a um milhão. Uma boa parte não prescinde de passar pelas Galápagos, procurando nas ilhas a experiência única de ser parte integrante de uma natureza muito peculiar. Tratando-se de uma zona protegida, e com um ecossistema frágil, o governo do Equador adoptou medidas proteccionistas, fazendo com que o turismo encarecesse em relação ao resto do país e, por consequência, envelhecesse.

Puerto Ayora, na ilha de Santa Cruz, Galápagos
As águas azul-turquesa do Pacífico, ao largo de Puerto Ayora, na ilha de Santa Cruz, Galápagos

Assiste-se, hoje em dia, à tentativa de controlo de todas as espécies animais. O Parque Nacional das Galápagos e a Fundação Charles Darwin são as principais entidades que regulam esta política, mas, por vezes, até a mais elementar regra de segurança da aviação comercial pode ser esquecida.

Nos aeroportos do continente que servem o arquipélago, em Quito e em Guayaquil, as malas são inspeccionadas por uma máquina que detecta partículas radioactivas, mas uma faca de seis centímetros, que por esquecimento foi na mochila da cabina em vez de ir para o porão, passou alegremente pelo controlo de segurança.

E também não foi vista à chegada, quando funcionários inspeccionaram as bagagens à procura de espécies alheias ao ecossistema. Um detalhe que ilustra o Equador: um país à procura de colocar a cabeça fora da água para respirar, mas ainda com problemas estruturais.

Sobre as ilhas Galápagos

As Galápagos são formadas por 12 ilhas principais e outras tantas menores, sendo cinco delas inabitáveis. Ainda assim, existem mais habitantes do que seria de supor. Metade dos cerca de 30 mil residentes do arquipélago vivem na ilha de Santa Cruz e a principal cidade, Puerto Ayora, serve de ponto de partida para tudo.

Contrariando a ideia de uma ilha selvagem, de paisagem lunar e povoada exclusivamente por animais, tem tantos bares e lojas que um turista americano, cientista e antigo piloto de aviões que utilizou com frequência as bases aéreas portuguesas, observou que esta mais parecia Key West, na Florida. Mas com encanto.

Um leão marinho nas ilhas Galápagos
Um leão marinho nas ilhas Galápagos

Os animais que povoam as Galápagos têm a marca registada das ilhas, porque estas, na sua formação de origem vulcânica, nunca tiveram contacto com o continente, a cerca de 1000 quilómetros de distância. Assim, toda a vida animal se desenvolveu na mais dura das situações.

A colonização deu-se quando pássaros conseguiram atingir as ilhas após longos voos e peixes conseguiram resistir ao mar e chegar às suas costas. Sementes, ovos de insectos e larvas podem ter chegado às ilhas nos estômagos desses animais ou através de vegetação flutuante.

Os mais fortes sobreviveram e deram origem à teoria do naturalista inglês Charles Darwin, que considerou que as diferenças entre os colonizadores animais e os seus descendentes eram tão grandes que os últimos podem ser considerados uma espécie diferente.

Pássaros, répteis e mamíferos do mar são as espécies dominantes. As iguanas confundem-se com as rochas pretas, abastecendo-se de sol, e os leões-marinhos só rugem às pessoas se tiverem uma cria por perto. Cactos gigantes, que cresceram ao longo dos séculos para deixarem de se tornar no alimento das tartarugas, formam uma paisagem árida, que pode ser brutalmente interrompida por um oásis composto por uma praia de areia branca tocada ao de leve por águas azul-turquesa.

Um pequeno iate ancorado ao largo da praia adorna o postal e transforma-o numa fixação permanente, irresistível ao olhar. Estendemo-nos na praia e pequenos pássaros pousam-nos no corpo, provando uma relação de convivência pouco usual.

Mesmo nas ilhas mais povoadas é possível abrir a boca de espanto quando nos cruzamos com leões-marinhos, iguanas, tartarugas e aves de patas azuis. Nas águas, com alguma sorte e dependendo da época do ano, também podem avistar-se baleias, tubarões, pinguins e golfinhos. Meter a cabeça debaixo de água equivale a ver peixes de todas as cores.

As Galápagos são hoje uma espécie de santuário da vida animal, que vai tentando encontrar a sobrevivência e a simbiose possível entre a necessidade do turismo e a preservação do ecossistema.

Solitário George procura parceira

Para se ter uma ideia mais ampla das Galápagos será preciso passar lá alguns dias e explorar as ilhas mais desertas.

Ilhas Galápagos
Ilhas Galápagos

Pode-se fazê-lo num tour de barco, adormecendo embalado pelas ondas do Pacífico. Na Ilha Pinta, conhecida também por Abingdon, encontra-se “o solitário George”, uma tartaruga gigante com a idade estimada de 80 anos, depois de ter sido encontrada em 1971. Pode viver até aos 200 anos, mas como não se conhecem mais exemplares da sua espécie (geochelone nigra abingdonii) corre o risco de extinção.

Os funcionários do Parque Nacional das Galápagos já apresentaram várias “amigas” a George, de espécies semelhantes, para acasalamento, mas todas as tentativas foram rejeitadas até hoje, apesar de se encontrar de boa saúde. É que as tartarugas, um bicho sério, só acasalam com animais da mesma espécie. E nem o facto de ter dois pénis, utilizando o que lhe der mais jeito, tem favorecido o acasalamento, que pode durar até quatro horas.

Apesar de o tempo correr contra “o solitário George”, nome pelo qual é tratado carinhosamente pelos habitantes e pela comunidade científica, resta-lhe o consolo de ainda poder viver mais 120 anos. Cheios de tentativas, certamente. Quem desdenharia esta sorte?

Iguana em Puerto Ayora, ilhas Galápagos
Iguana em Puerto Ayora, ilhas Galápagos
Passeio de barco entre ilhas do arquipélago das Galápagos
Passeio de barco entre ilhas do arquipélago das Galápagos

Guia de viagens às Ilhas Galápagos

Este é um guia prático para viagens pelas Galápagos, no Equador, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos turísticos, os melhores hotéis e sugestões de actividades no arquipélago.

Quando ir

Qualquer altura do ano é boa para visitar o arquipélago das Galápagos, sendo cobrada à entrada uma taxa de 100 dólares a todos os visitantes com mais de 12 anos. Na época alta, de Janeiro até Junho, podem ocorrer alguns períodos de chuva forte mas a temperatura é quente e de Julho a Dezembro o tempo é mais frio e seco, descendo também a temperatura das águas. No continente deve ter-se em atenção a altitude, onde é sempre mais frio durante a noite, e os meses entre Junho e Setembro na zona costeira, normalmente nublados e que tiram turistas à praia.

Como chegar às Galápagos

Há alguns trajectos possíveis com diferentes preços. Pela Ibéria, via Madrid, a viagem é mais directa (11 horas) mas mais cara (cerca de 1.300€). Pode poupar dinheiro se decidir ir por Londres (com uma companhia aérea low cost) e daí pela United Airlines, via uma cidade americana (cerca de 1.000€). De Guayaquil e de Quito para as Galápagos a viagem custa 260€ e 290€, respectivamente. De resto, viajar de avião no interior do Equador é acessível, se bem que nem todas as cidades tenham aeroportos. Os autocarros vão a todo o lado.

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Onde ficar

Há muitos sítios onde hospedar-se, dependendo do orçamento, porque há preços para todas as carteiras. Nas Galápagos pode ficar-se alojado por cerca de 30€ na Casa del Lago. Se quiser poupar dinheiro, opte por comprar apenas o bilhete aéreo e escolher o alojamento, transportes e tours nas ilhas, pois os preços praticados pelas agências de viagens em Quito e Guayaquil estão inflacionados.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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