No passado fim de semana estive em Lisboa para ministrar a primeira parte do meu workshop sobre Escrita de Viagens. Fiquei alojado em casa de uma amiga, para os lados do Campo Pequeno e, manhã cedo, fui apanhar um autocarro rumo ao Largo do Calvário, em Alcântara.
Por um azar tremendo, o autocarro estava a passar um pouco antes de eu chegar à paragem e, sendo domingo, o próximo demoraria demasiado tempo. Foi então que decidi usar pela primeira vez a aplicação Uber, que havia instalado há algumas semanas.
Experiência com a Uber, em Lisboa
Introduzi o destino e solicitei um carro. Após alguns segundos, recebi a indicação de que o Sr. António estava nas proximidades e que me apanharia em 4 minutos no seu Toyota Auris. Fiquei a saber que os passageiros anteriores tinham-lhe atribuído 4,8 de classificação média num máximo de 5, confirmei o pedido e pude ver o carro no mapa da aplicação, que estava mesmo muito perto do local onde me encontrava.
Achei estranho quando o carro não se moveu por alguns minutos, mas pensei que poderia estar a deixar algum passageiro mais lento ou preso no trânsito numa daquelas ruas estreitas de Lisboa (bastaria alguém estar à espera que um carro saísse para estacionar, que o carro do lixo estivesse a trabalhar ou algo do género para o carro Uber não se poder movimentar). Na verdade, estava a tomar café antes de retomar a atividade, haveria de me explicar o Sr. António.
Pouco depois, o carro começou a aproximar-se da minha localização e pude acompanhar todos os seus movimentos num mapa de Lisboa. Quando estava quase a chegar, apareceu no ecrã a matrícula da viatura, para que não houvesse qualquer engano.
Entrei no carro impecavelmente asseado soltando um natural “bom dia, Sr. António”, como se o conhecesse. É um pormenor, este de saber o nome do “taxista”, mas que causa desde logo alguma familiaridade no trato. Foi a segunda boa sensação ao utilizar a Uber; a primeira tinha sido as funcionalidades do mapa, acompanhando os movimentos da viatura e visualização da matrícula.
O trajeto mais direto aparece no mapa da aplicação, facto que, por si só, seria dissuasor da tradicional chico-espertice de taxistas como a maioria dos que fazem das Chegadas do aeroporto da Portela a sua base. Julgo que não seria necessário, porque o espírito Uber está centrado na satisfação do cliente, mas para os mais desconfiados será porventura um conforto adicional. Isso e o facto de o preço da viagem estar desde o início estimado e ser do conhecimento do passageiro; no meu caso, esperaria pagar entre 6€ e 9€, informou a app da Uber.
A viagem decorreu na mais absoluta normalidade, com uma condução tranquila e segura. Conversámos. Fiquei a saber que o Sr. António nunca teve problemas com os taxistas tradicionais; que tem muitos estrangeiros como clientes; que tem prazer em ser motorista-parceiro da Uber.
Assim que chegámos ao Largo do Calvário, o Sr. António deu por terminada a viagem na app da Uber e indicou-me o preço que me seria cobrado no cartão de crédito: 5,90€. Estando os dados do cartão introduzidos na app, não se mexe em dinheiro – e isso é outra coisa que muito me agrada no sistema Uber (tal como no airbnb, que também utilizo bastante). Não há discussão, trocos (ou falta deles).
Antes de se despedir, o motorista indicou que me iria “avaliar” como cliente na app da Uber, e que eu poderia fazer o mesmo em relação ao seu desempenho como motorista. Cinco estrelas para o Sr. António. A Uber ganhou mais um cliente.
Nota: a Uber não me pagou para escrever este post; ele é da minha inteira responsabilidade e tem como objetivo partilhar uma experiência que pode ser útil em qualquer viagem.
Veja também onde ficar em Lisboa.
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