Hoje, na série de portugueses pelo mundo, vamos até às Ilhas Caimão, conjunto de pequenas ilhas no Mar das Caraíbas, pela mão da dupla Sara Silva e João Reis. A Sara tem 27 anos e é farmacêutica; o João tem 34 anos e é engenheiro industrial, embora nas Ilhas Caimão tenham trabalhado como empregada de mesa e bartender. Juntos criaram o projeto No Footprint Nomads.
O João e a Sara estiveram a viver nas Ilhas Caimão durante dois anos, antes de viajar pela América Central e do Sul, onde atualmente se encontram. Convidei-os a partilhar connosco as suas sugestões de dicas com o melhor das Ilhas Caimão, onde não podia faltar a gastronomia caribenha, os ritmos tropicais e, claro, as praias de águas transparentes.
É um olhar muito interessante sobre as Ilhas Caimão – o de quem vive por dentro o dia-a-dia ilhéu, estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocados, como acontece a todos os viajantes. Este é o 30º post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.
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Nas Ilhas Caimão com a Sara Silva e o João Reis (entrevista)
- 1.1 Definam Ilhas Caimão numa palavra.
- 1.2 As Ilhas Caimão são um bom sítio para morar? Que tipo de pessoas decide viver nas Ilhas Caimão?
- 1.3 E o que mais vos marcou nas Ilhas Caimão?
- 1.4 Como caracterizam as pessoas das Ilhas Caimão?
- 1.5 Como terminariam esta frase: “Não podem sair das Ilhas Caimão sem…”
- 1.6 Vamos complicar a conversa e tentar fazer um roteiro de 3 dias nas Ilhas Caimão. Indiquem-nos as coisas que, na vossa opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
- 1.7 Têm algumas dicas para se poupar dinheiro nas Ilhas Caimão?
- 1.8 Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar?
- 1.9 Imaginem que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
- 1.10 Como é a movida nas Ilhas Caimão? O que sugerem a quem queira sair à noite?
- 1.11 Escolham um café e um museu.
- 1.12 Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que zona nos aconselham a procurar hotel nas Ilhas Caimão?
- 1.13 Alguma sugestão para quem quiser fazer compras nas Ilhas Caimão?
- 1.14 Antes de se despedirem, partilhem o maior “segredo” das Ilhas Caimão, pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a vossa cara”.
- 2 Guia prático
Nas Ilhas Caimão com a Sara Silva e o João Reis (entrevista)
Definam Ilhas Caimão numa palavra.
Paraíso.
As Ilhas Caimão são um bom sítio para morar? Que tipo de pessoas decide viver nas Ilhas Caimão?
As Ilhas Caimão são um local maravilhoso para viver mas não para todo o tipo de pessoas. Não esquecer que a população total é de cerca de 50 mil habitantes. É um sítio pequeno e, para alguns, ao fim de algum tempo há necessidade de mais variedade. Para além da população local, que representa sensivelmente metade da população total, existe uma grande comunidade de estrangeiros e há três tipos de pessoas que vivem e trabalham nas Ilhas Caimão: as que estão a curto prazo ou os chamados trabalhadores sazonais, as que ficam por um prazo médio de meia dúzia de anos, e as que obtêm residência permanente.
As pessoas a curto prazo são tipicamente jovens Americanos ou Canadianos ou, em menor escala, Europeus, que vão para as Ilhas Caimão durante a época alta de turismo para fazer dinheiro rápido e depois voltar para o país de origem ou, em algumas exceções, viajar. Neste caso, falamos em empregos maioritariamente ligados à restauração ou a trabalho de escritório. Esta situação cria uma grande rotatividade de pessoas, assim como um caldeirão de diferentes culturas e nacionalidades. Para terem uma ideia, as Ilhas Caimão contam com cerca de 120 nacionalidades diferentes, algo quase ao nível de grandes centros urbanos como Nova Iorque ou Londres, mas com a vantagem de ser em ponto pequeno.
A médio prazo, incluímos as pessoas que viajam para as Ilhas Caimão com estudos nas áreas de maior procura no país: Auditoria Financeira, Banca, Finanças, Contabilidade e Informática. Tipicamente, têm contratos de 1 a 2 anos que podem ou não ser renovados. A maioria vem com a família e a verdade é que a ilha oferece ótimas condições para crianças, considerando que os pais ganham um salário bom para pagar as grandes despesas com educação. Algumas destas pessoas ficam mais alguns anos, mas a tendência é regressarem ao país de origem, até porque as leis das Ilhas Caimão não permitem que os estrangeiros imigrantes residam mais do que 7 anos no país. Esta pelo menos é a lei geral, mas há formas de dar a volta, desde que o empregador o queira, como declarar que o funcionário é fundamental para o funcionamento da empresa.
Finalmente, para alguns (poucos) há a possibilidade de obter o estatuto de residência permanente, ou seja, ultrapassam a lei que referimos no ponto anterior.
No nosso caso, viemos sem grandes planos para as Ilhas Caimão; a ideia original era, num par de semanas, procurar trabalho e ficar por 6 meses e, se porventura não conseguíssemos, seguiríamos. Felizmente, ambos conseguimos trabalho na restauração numa semana e acabámos por ficar quase 18 meses, pois percebemos que não é fácil abandonar a vida paradisíaca que se consegue ter neste lugar.
Se está a pensar trabalhar nas ilhas Caimão, veja o artigo do João intitulado How to get Cayman Islands jobs in less than 2 months.
E o que mais vos marcou nas Ilhas Caimão?
O que mais nos surpreendeu foi o mundo paralelo extremamente cosmopolita e sofisticado que se criou nesta sociedade. Quando dizemos paralelo é porque esse mundo pouco inclui da população local – é possível viver a vida rodeado de Ingleses, Americanos, Cubanos, Filipinos e pouco lidar com a população local.
É como no filme Elysium, com o Matt Damon, só não tão futurista e obviamente que a população local também não vive assim tão mal. Os imigrantes construíram um pequeno enclave nas Ilhas Caimão onde efetivamente existe uma coexistência pacífica, pois a população local aceita confortavelmente esta “invasão”. A prova disso é que o país sempre optou pela não independência do Reino Unido, que ainda mantém o seu governador à imagem do velho Império Colonial.
Como caracterizam as pessoas das Ilhas Caimão?
São pessoas afáveis mas nem sempre acessíveis e sentimos que estão acomodadas ao facto de metade do seu país estar ocupado por estrangeiros. Têm uma postura típica das Caraíbas, muito relaxada e sem pressa para fazer o que tem de ser feito. A expressão local “soon come“, que significa algo como “relaxa, brevemente acontecerá” descreve bem o espírito ocioso desta ilha. Se os Portugueses são tipicamente um povo que chega tarde aos compromissos, nas Ilhas Caimão iriam sentir-se em casa. Nas Caraíbas tudo anda tão devagar… até o stress.
Como terminariam esta frase: “Não podem sair das Ilhas Caimão sem…”
Começar por fazer snorkelling nas águas inimaginavelmente cristalinas do Mar das Caraíbas e aproveitar para (literalmente) mergulhar de cabeça num curso intensivo de mergulho para descobrir o mundo aquático em todo o seu esplendor.
E, já agora, para quem gosta do mar e de fotografia, juntar as duas paixões num dos vários cursos oferecidos pela fotógrafa aquática de renome Cathy Church e levar para casa uma recordação diferente do tempo passado na ilha.
Vamos complicar a conversa e tentar fazer um roteiro de 3 dias nas Ilhas Caimão. Indiquem-nos as coisas que, na vossa opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
Em três dias é possível ver as principais atrações do país – que não são assim tantas -, e ainda ter tempo para a verdadeira atração: a mais famosa língua de praia do Caribe, 7 Mile Beach.
Como programa, sugerimos algo que pusemos em prática com amigos que nos visitaram (preços em USD para duas pessoas):
Dia 1
Manhã – Visitar a Quinta das Tartarugas, uma experiência espetacular uma vez que é possível nadar com elas (100USD)
Almoço – No pequeno restaurante Heritage Kitchen, com vista para o mar e que é provavelmente um dos melhores exemplos de comida local e de preços acessíveis. O prato mais famoso é peixe frito (20USD)
Tarde – Fazer um pouco de praia num dos vários locais públicos da extensa 7 Mile Beach e terminar o dia a ver o eclético pôr-do-sol com um delicioso Mudslide na mão (cocktail de Baileys, Kahlua, chocolate misturado com gelo, obrigatório!) (24USD)
Noite – Após o pôr-do-sol, passear em Camana Bay, uma agradável zona comercial e de lazer ao ar livre. Trabalhámos num dos vários restaurantes e podemos recomendar Ortanique, para uma experiência de fusão caribenha e latina, ou Michael’s Genuine, onde se pode acompanhar um prato de cozinha Americana com uma das muitas cervejas internacionais disponíveis (mínimo 40USD por pessoa)
Dia 2
Manhã – Visitar o Jardim Botânico, muito interessante por conter espécies muito específicas da região mas também porque é o único lugar do mundo onde se pode ver a Iguana Azul, espécie em extinção (20USD). De seguida, uma paragem no St. Peter Castle para conhecer um pouco mais da história do país (preço incluído no bilhete anterior)
Almoço – Na estrada de regresso, passa-se por vários vendedores de Jerk Chicken, uma das especialidades afro-caribienses (20USD)
Tarde – Fazer um pouco de praia em qualquer spot da 7 Mile Beach. Verem uma das estátuas de iguana que faz parte da coleção espalhada por vários pontos da ilha
Noite – Jantar no restaurante de cozinha de fusão Japonesa Karma que é também um dos pontos de partida da movida. Aconselhamos pedir o sushi especial do dia e saborear um dos seus cocktails (mínimo 50USD por pessoa)
Dia 3
Manhã – Embarcar num tour a Stingray City, ou Cidade das Raias. Com água pela cintura, observem as raias aproximarem-se ao sentir a próxima refeição. Não, não são os turistas! As raias adoram lulas e a experiência passa por alimentá-las à mão. O tour de snorkelling em zonas de coral também está incluído (70USD)
Almoço – Estará incluído no tour mas se não for o caso, quando regressarem sugerimos o bar/restaurante de praia Royal Palms para um delicioso Mudslide (ou um par deles!), ou Tiki Beach com um espaço relaxante à beira-mar (40USD)
Tarde – Terminar a estadia no seu melhor, a usufruir da praia e, caso queiram, a praticar alguns desportos aquáticos que ambos os locais sugeridos anteriormente oferecem: ski aquático, mota de água, entre outros
Noite – Dependendo do orçamento, podem estudar as várias opções no site Good Taste. Recomendamos o bar/restaurante Rackams na marginal da capital, pelos preços mais acessíveis e pela possibilidade de apreciar a beleza da baía à noite (40USD).
Têm algumas dicas para se poupar dinheiro nas Ilhas Caimão?
Poupar dinheiro pode ser um desafio, a ilha é pequena e os custos de vida elevados, mas tudo depende do estilo de vida que se pretende e dos rendimentos disponíveis. No nosso caso, queríamos poupar dinheiro para viajar, por isso optámos por cortar em jantar fora e sair para beber copos, pelo menos com muita frequência. Como em qualquer local do mundo, o truque para viver barato é observar como vivem os locais e aqui não é exceção.
Evitar os restaurantes mais caros e sair nas horas de happy hour em que os preços são mais baixos é uma das estratégias que acabamos por usar. Mas não esquecer, o melhor das Ilhas Caimão é grátis: a praia, o mar e o sol!
Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar?
Jerk Chicken
Com uma natural influência das Caraíbas, a Jerk Chicken é cozinhada em churrasco com a madeira verde da árvore Pimenta dioica ou vulgar Pimenta, que lhe atribui um sabor fumado e aromático. É servida com o famoso molho Jerk que pode variar em graus de picante e que faz toda a diferença. Existe inclusive um festival anual de Jerk Chicken em que há uma intensa competição entre os produtores locais e se pode provar diferentes tipos de molhos e carnes.
Ceviche
Viver numa ilha no meio do Mar das Caraíbas só pode significar uma coisa: peixe maravilhosamente fresco. A forma mais apreciada de se comer peixe nas Ilhas Caimão, como entrada ou prato principal, é o Ceviche. O peixe cru, normalmente de carne tenra como o atum, é marinado numa mistura de sucos cítricos durante 20 a 30 minutos e finalizado com uma mistura de vegetais e frutas frescas (tomate, pepino, cebola, pimento e manga, laranja, ou maracujá). Com algumas especiarias, o resultado é um prato leve e cheio de sabor que é bem acompanhado por um vinho branco igualmente leve e refrescante.
Imaginem que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
The Greenhouse: um café que oferece pratos vegetarianos e batidos saudáveis, localizado num dos centros de mergulho no lado norte da ilha. Apreciem a ondulação do mar enquanto trincam uma deliciosa sanduíche e bebericam um cappuccino. E, no final, vestir o fato-de-banho e fazer snorkelling mesmo em frente!
Singh’s Roti: no meio de Georgetown, oferece pratos tradicionais de Trinidade e Tobago num ambiente informal e festivo. Terminem a noite com karaoke!
Seymour’s Jerk Chicken: oferece comida local e é o especialista em Jerk Chicken mais antigo e reconhecido da ilha. Com opções de take-away e convenientemente localizado no centro da capital.
Burguer Shack: pois é, hambúrgueres podem não ser comida tradicional, mas são sem dúvida deliciosos e este barraco na Marquee Plaza é o melhor sítio de hambúrgueres da ilha e está aberto até tarde!
Como é a movida nas Ilhas Caimão? O que sugerem a quem queira sair à noite?
As Ilhas Caimão oferecem uma movida vibrante e diversa, com opções para os mais variados gostos e idades, desde bares de culto, como o Havana Club, onde se pode fumar um bom Cubano ao som de uma banda rock, ou o mais informal Calico Jack, um bar de praia onde se junta muita da comunidade jovem estrangeira para beber uma cerveja e apreciar uma jam session com bandas locais (às quartas-feiras).
Outro local bastante relaxado e informal, com um tema texano, é o Lone Star na estrada que percorre a Seven Mile Beach. Para quem gosta de competição, organizam um bar quiz e há noites de música ao vivo com artistas locais.
A comunidade de expatriados também se junta em locais como Camana Bay para a happy hour e termina a noite a dançar no Karma, restaurante que se converte em bar/disco ou no Aqua Beach. Para um ambiente mais local, Mimi’s no centro de Georgetown, serve álcool até depois das horas oficiais e permite dançar ao som de uma jukebox.
Vida noturna não falta mas não esperem um lugar de grande confusão. As Ilhas Caimão são um país bastante católico e conservador e há leis bastante restritivas no que toca a consumo de álcool e licenças para estabelecimentos. Para além do mais, os preços são altos para fazer das saídas à noite um hábito e, por isso, a alternativa porventura mais interessante é convidar os amigos para um churrasco na praia, debaixo das estrelas!
Escolham um café e um museu.
Bread & Chocolate. O novo café gourmet da ilha, num espaço com bom gosto e toque pessoal e bem central, junto à Biblioteca Municipal de Georgetown. Os donos são um casal americano, veganos por opção e que decidiram oferecer uma alternativa que não existisse nas Caimão. O menu é totalmente vegan e de chorar por mais. Deliciosos hambúrgueres de beterraba; apetitosos waffles sem glúten; gelado de coco (sem leite, claro!); e sumos de fruta e vegetais carregados de vitaminas. Sem dúvida o nosso lugar favorito para pequenos-almoços leves e serviço simpático.
Pedro St. James ou Pedro’s Castle. Construído em 1780, é um dos edifícios mais antigos da ilha e a sua fachada invulgar, com varandas de madeira a toda a volta, convida a olhar os jardins de plantas nativas e o mar. A casa serviu de tudo, desde prisão a hotel e inclusive um lugar onde se fez história: o nascimento da Democracia nas Caimão. Agora é um museu onde se pode fazer um tour que inclui uma apresentação multimédia sobre a sua história e o bilhete pode ser usado para visitar os Jardins Botânicos.
Um pequeno segredo nosso: visitem o site Cayman Astro News e vejam a lua e as estrelas de perto com o Clube de Astronomia das Caimão nos jardins do castelo.
Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que zona nos aconselham a procurar hotel nas Ilhas Caimão?
A oferta é imensa e variada, desde hotéis para várias bolsas, apartamentos em condomínios à beira-mar a pensões familiares ou escolas de mergulho. Apesar de ser uma ilha pequena, Grand Cayman, a maior das três ilhas, não tem um sistema de transporte muito efetivo e caminhar debaixo do sol caribenho só para quem quiser apanhar um escaldão. Apresentamos três opções hoteleiras, dependendo do que se pretende e dos meios de deslocação:
– ao longo da Seven Mile Beach, onde se encontra a maioria das ofertas de alojamento, lazer e serviços mas também as opções mais caras. Sugerimos Treasure Island, um hotel e condomínio com os preços mais acessíveis da ilha e com serviços desde bar, minimercado e piscina (embora a praia em frente seja mais apelativa). O lugar pode, entretanto, ter sofrido alterações.
– em South Sound há menos opções mas talvez mais interessantes. Há a possibilidade de ficar alojado numa escola de mergulho e aproveitar para fazer um curso (algumas oferecem descontos para hóspedes) ou numa pensão familiar para quem quer uma opção que não doa tanto na carteira. Quando necessitámos de um lugar barato, uma amiga sugeriu a pensão Eldemire’s, bastante simpática e sossegada e com cozinha comum, o único senão é estar mais afastada da praia e de transportes.
– no lado este da ilha, East End tem os maiores resorts e é o ideal para quem quer fugir à confusão da capital e da Seven Mile. Talvez o melhor seja a proximidade aos locais mais excitantes para fazer mergulho, com 90% de probabilidade de ver tubarões! E, se estão à procura de fiesta, alugar um carro e ir até à ponta da ilha, Rum Point, beber um (ou vários) Mudslide e apreciar as famílias que inundam a praia ao domingo ou os barcos de festa que vêm do outro lado da ilha.
Procurar hotéis nas Ilhas Caimão
Alguma sugestão para quem quiser fazer compras nas Ilhas Caimão?
As Ilhas Caimão são conhecidas por serem duty free; ou seja, não há impostos sobre as compras de bens. Por isso é um paraíso para os turistas dos cruzeiros, que inundam por umas horas as ruas pejadas de lojas de souvenirs e de joalharia da capital. Camana Bay também é uma opção atraente para quem pode abrir os cordões à bolsa devido à conveniência e variedade de produtos.
No entanto, para quem vive nas ilhas Caimão, comprar roupa ou qualquer outro bem pode ser uma dor de cabeça: a relação qualidade/preço é má e a variedade de opções medíocre. Mais vale pagar por um bilhete de avião para Miami e comprar ao quilo, sai mais barato. Mas não desesperem, há algumas pérolas escondidas:
– Souvenirs. esqueçam Georgetown e sigam pela South Sound Road até encontrar Cayman Arts onde o único problema é escolher o que levar dada a enorme variedade que a lojinha oferece. E aqui podem comprar artigos feitos por artistas locais e assim apoiar negócios de pequenas empresas familiares.
– Livros. a livraria/retrosaria/souvenirs/loja de brinquedos infantis Book Nook, na zona da Seven Mile Beach tem de tudo; e, se não encontrar, a proprietária oferece-se para mandar vir pela Amazon. Melhor é impossível.
– Vestuário. um pouco difícil escolher mas se escolhermos funcionalidade e qualidade, Atlantis na rotunda do A.L. Thompson, é a melhor opção. Oferecem roupa de criança também.
– Mercearia. para as compras do mês, o armazém Cost-u-less é o mais barato e permite fazer compras em quantidade. Para comprar vegetais e frutas frescas, sugerimos o mercado de produtores locais aos sábados de manhã no Agricultural Grounds, em Savanah, ou o mais pequeno mas igualmente maravilhoso mercado local de Camana Bay, todas as quartas-feiras. Chegar cedo garante mais variedade e melhores preços.
Antes de se despedirem, partilhem o maior “segredo” das Ilhas Caimão, pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a vossa cara”.
O maior segredo que partilhamos não é segredo nenhum mas para quem vive num lugar paradisíaco como as Ilhas Caimão, nunca é demais relembrar. Sim, estamos a falar da praia. Talvez tenha sido dos momentos mais mágicos e inesquecíveis que já vivemos juntos, sentados à beira-mar, debaixo de uma pintura de estrelas, com os pés suavemente banhados pelas águas mornas do Mar do Caribe. Numa mão, um copo de rum, partilhando experiências de vida com amigos queridos e, de repente, algo sai da água e caminha na nossa direção: é uma tartaruga!
Obrigado, Sara e João. Espero conhecer um pouco desse “paraíso” numa futura viagem às Ilhas Caimão.
Guia prático
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