É um fenómeno que acontece, em média, de oito em oito anos. Mas com esta exuberância, já ninguém se lembrava quando foi a última vez. As chuvas intensas que caíram, em março, naquela que é considerada uma das zonas mais secas do planeta, o deserto de Atacama, no Norte do Chile, está, desta vez, a fazer autênticos milagres.
A paisagem árida e inóspita deu lugar a um manto de flores de malva, criando uma paisagem que parece saída de um conto fantástico. Não são as Rosas de Atacama, como as imortalizou Luís de Sepúlveda, mas são flores que pintam a paisagem de uma forma difícil de esquecer.
As fotografias são de Mario Ruiz, da agência Epa, e a história é contada na agência EFE. São, pois, casos como este que nos reconciliam com a natureza: as mesmas chuvas que provocaram deslizamentos onde morreram 28 pessoas trouxeram à vida as mais de 200 sementes que ninguém via germinar há muito.
Estivemos no deserto de Atacama há já quase dez anos, e gostávamos muito de voltar. O Chile é um país de múltiplos encantos. Este fenómeno da natureza deverá prolongar-se durante o mês de novembro.
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Estou impressionada com a beleza dessas flores em meio ao deserto… Sem dúvidas inicialmente visualizamos dois conceitos completamente opostos.
Vi presencialmente o chamado deserto florido de Chile. Voltava por terra de Peru e, para minha surpresa, eram km e mais km cujo piso, sempre de areia, cobria-se de rosas. Que bonito!