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Como escolher botas de trekking

Por Pedro Gonçalves | Atualizado em 28 Jan 2020 | Equipamento Trekking 22 Comentários
Tempo de leitura: 12 minutos

Botas de montanha

Escolher umas botas de trekking pode ser um pesadelo se não souber por onde procurar. O caminho para a escolha passa por conseguir perceber exatamente qual a utilização que pretende dar às botas.

Algo de que me apercebi ao longo dos anos – desde o tempo em que estive ligado a lojas de equipamento de montanha -, é que as pessoas têm tendência para aquilo que eu chamo de “sobrebotar”; ou seja, comprar botas demasiado pesadas, rígidas ou que ofereçam mais proteção ao pé do que aquilo que precisam. Acham que não há qualquer inconveniente nisso (antes “a mais” do que “a menos”), mas o reverso da medalha é que essas botas vão trazer mais desconforto ao pé e as pessoas vão-se cansar mais rapidamente. O meu conselho é, pois, sempre este: use botas ajustadas ao que vai fazer.

“E se eu fizer coisas diferentes?”. Não se assuste, que a resposta não implica comprar umas botas diferentes para cada trilho de montanha. Mas não espere usar as mesmas botas para ir passear o cão ao parque e subir o Monte Branco.

Como escolher o calçado de trekking mais adequado

Para começar, reflita sobre o tipo de percursos que costuma fazer e identifique em qual destas categorias melhor se incluem:

  • Passeios no campo por estradões ou caminhos lisos e com pouco desnível
  • Trilhos de montanha que possam ser muito irregulares mas de apenas um dia
  • Percursos longos de vários dias em trilhos de montanha com mochila pesada

1. Botas ou sapatos flexíveis

Botas para caminhadas
Modelo flexível adequado para caminhadas suaves na versão bota

Se as suas caminhadas se incluem no primeiro cenário, então está à procura de botas ligeiras, flexíveis, normalmente construídas em materiais sintéticos, mais leves do que a pele – seja natural ou sintética – e mais respiráveis. Vai encontrar modelos mais frescos, com algumas partes em rede, e outros menos ventilados mas que mantêm o pé mais quente nas temperaturas baixas.

Em alternativa, pode até encontrar o que procura num sapato baixo, mais leve que a bota e que garante mais liberdade no tornozelo.

Modelos flexíveis para caminhadas
Modelo flexível adequado para caminhadas suaves na versão baixa

Cada vez está mais em voga o uso de sapatilhas de trail running em caminhadas deste tipo. São sapatilhas muito ligeiras, com bom amortecimento e boa tração que, apesar de estarem mais concebidas para correr do que para caminhar, têm acolhido cada vez mais adeptos.

Não dão, no entanto, tanto suporte ao pé.

2. Botas ou sapatos com maior rigidez

Se as suas atividades de trekking se encaixam no segundo cenário, significa que faz saídas de um dia para montanha para percorrer trilhos desafiantes ou desfrutar das paisagens que estes oferecem. Pode fazê-lo a partir de casa ou em viagem, parando nas regiões de montanha para fazer day hikes.

Como não vai carregar muito peso, pode igualmente considerar uns sapatos de trekking em vez de umas botas, para mais liberdade do tornozelo. Mas vai ficar mais exposto a entorses pelo que, se tiver tendência para fazer entorses ou lesões nos tornozelos, opte por umas botas de trekking. Não vale a pena arriscar estragar um dia de trekking ou uma longa viagem com um pé magoado.

Botas de trekking
Modelo intermédio para trilhos de um dia sem mochila pesada

Caso contrário, poderá escolher um sapato baixo. Eu faço grande parte dos meus trekkings, mesmo como guia para a Nomad, com sapatos de trekking. Dão-me mais liberdade ao pé, não me cansam após muitas horas e são mais versáteis como calçado de viagem para usar nas situações para além do trekking, incluindo em ambiente urbano.

Para este tipo de uso, quer opte por bota ou sapato, procure modelos com um pouco mais de rigidez, para proporcionar bom apoio ao pé sobre terrenos irregulares. Isto porque, caso o calçado seja demasiado flexível, o pé está permanentemente a moldar-se quando caminha por terreno irregular, o que provoca maior fadiga ao pé.

Procure também modelos que tenham algum reforço à volta da sola para dar proteção ao pé e reduzir o desgaste provocado pela abrasão. Os materiais destes modelos são maioritariamente sintéticos ou um misto de sintético e pele, embora algumas marcas optem por fazer a pele aparecer integralmente nas suas propostas. No passado, a pele era uma garantia de durabilidade mas, com o evoluir dos materiais sintéticos, a questão está já ultrapassada há muitos anos.

3. Botas de trekking com proteção do tornozelo

Na terceira categoria [Percursos longos de vários dias em trilhos de montanha com mochila pesada] introduzimos um novo elemento na equação – a carga que levamos às costas. E o que é que ela provoca? Antes de mais, aumenta o nosso peso – e isso é uma diferença abismal.

Botas de montanha
Modelo adequado a trilhos de montanha de vários dias por caminhos irregulares e com mochila pesada

Com uma mochila para um trekking de vários dias, mesmo dormindo em refúgios (o que nos liberta de carregar tenda e equipamento para cozinhar), facilmente se carrega 8 a 10 kg nas costas. O aumento dessa carga vai ser suportado pelas botas. Sim, botas, neste caso já não sugiro sapatos de trekking.

As botas devem ter bom amortecimento e uma sola semelhante às do cenário anterior, podendo ser flexível (mas não tão flexível como no primeiro caso) ou semi-rígida. O facto de ser bota garante uma boa proteção do tornozelo, fundamental pelo aumento de peso e consequente desequilíbrio que ele provoca, uma vez que o nosso centro de gravidade fica alterado com uma mochila às costas.

Dito isto, alguns trekkers experientes defendem, mesmo nestes casos, que um sapato de trekking pode ser adequado. Eu próprio o faço algumas vezes. Se a sua experiência lhe diz que funciona bem consigo, faça-o, mas não tome a decisão de usar sapatos em vez de botas de trekking sem ter a certeza de que, por experiência, a escolha é acertada.

Não é o tipo de decisão que deva ser tomada por recomendação de amigo. Vai requerer que tenha o à-vontade de caminhar por terreno muito irregular com a descontração de quem faz a travessia do tapete da sala lá de casa.

Botas de trekking em Gore Tex
A escolha de calçado adequado à atividade em causa é fundamental ©iStock.com

Em suma, antes de mais procure identificar o tipo de utilização que vai dar ao calçado. E lembre-se disso quando for à loja escolher as botas.

Se por norma faz caminhadas de um dia mas no próximo verão vai fazer um trekking longo e depois voltar aos percursos de um dia, então compre umas botas que cumpram o uso dos percursos de um dia mas que se encaixem no segundo cenário [trilhos de montanha irregulares, mas sem carga] para dar mais apoio ao pé ao caminhar com mais peso que o habitual.

Mas se antevir que vai fazer vários percursos de um dia em terreno muito fácil e também trilhos de cinco ou seis dias várias vezes por ano, carregando mochilas pesadas, então pense seriamente em comprar umas botas para cada um desses casos.

Impermeabilidade

Há ainda uma outra questão muito importante: a impermeabilidade. Se andar a pé só no verão, num clima onde chove pouco, talvez este aspeto não o preocupe muito. Mas se nos seus objetivos está também explorar trilhos de montanha no inverno, onde pode apanhar chuva e neve, ter umas botas impermeáveis é fundamental. Ou uns sapatos de trekking impermeáveis, embora o calçado baixo tenha maior dificuldade em lidar com a chuva e seja quase sempre incompetente a lidar com a neve. E a razão é muito simples: há uma região pouco protegida entre o sapato e as calças e o uso de polainas, eficazes com botas, não resolve bem o problema com o calçado baixo.

Trekking invernal - ©iStock.com
Trekking invernal ©iStock.com

Mas o que faz umas botas serem impermeáveis? Hoje em dia, a resposta é quase sempre a mesma: o Gore Tex, ou materiais semelhantes. O Gore Tex é uma membrana de teflon, que é microperfurada. Simplificando, os poros da membrana são tão pequenos que as gotas de água da chuva não conseguem entrar, mas são suficientemente grandes para que o vapor de água da transpiração passe. Ou seja, na prática não molhamos os pés porque a chuva não entra e não ficamos com eles encharcados de suor porque este consegue sair pelos poros da membrana.

São muitos os modelos de bota (e alguns de sapato) que usam uma membrana de Gore Tex, facto que costuma estar indicado na própria bota – com o consequente impacto no preço. As botas com Gore Tex são mais caras mas trazem o conforto de andar com os pés secos durante um trekking à chuva. É, por isso, um item obrigatório para quem queira comprar apenas umas botas de trekking para diversos usos.

Se num curto passeio de duas ou três horas molhar os pés, no final terá onde os secar e aquecer. Mas se isso acontecer num trekking de vários dias, para além de colocar a saúde em risco, fruto do arrefecimento dos pés, no dia seguinte terá a desagradável sensação de calçar umas botas molhadas.

Que tamanho comprar

Quando chegar à loja para escolher as botas, para além de se deparar com vários modelos de marcas diferentes e com preços muito diferentes, vai ter outro desafio a enfrentar: perceber se o pé encaixa bem na bota e qual o tamanho a comprar.

A minha sugestão é a seguinte. Depois de identificar o tipo de bota que pretende, escolha dois ou três modelos diferentes para experimentar e comparar, de preferência de marcas diferentes. Vai notar que algumas botas têm uma forma mais larga que outras; umas são mais largas à frente, dando mais liberdade aos dedos de quem tenha o pé mais “quadrado”, outras são mais afuniladas.

Escolha as botas que transmitam a sensação de se ajustar melhor à forma do pé. Mas não caia na tentação de experimentar demasiados modelos, porque depois de trocar muitas vezes de bota começará a perder a sensibilidade para perceber os que melhor se ajustam.

O passo final é o micro-ajuste, ou seja, a escolha do tamanho certo. Um vez escolhido o modelo, experimente dois ou três tamanhos até se sentir realmente bem. E calce sempre as botas dos dois pés, pois um dos pés costuma ser ligeiramente maior que o outro.

Caminhe um pouco dentro da loja e procure perceber se os dedos dos pés batem ou não na frente da bota. Lembre-se que os pés vão ficar inchados após um longo dia a caminhar (em especial nas descidas isso acontece com facilidade). Por isso, se notar que isso acontece opte pelo tamanho acima.

Um bom ajuste significa também que, enquanto caminha, o calcanhar não levanta da sola. Se isso estiver a acontecer, experimente apertar melhor os cordões das botas e avalie. Se o sintoma persistir, das duas uma: ou o tamanho é demasiado grande, ou afinal a forma da bota não é muito adequada para o seu pé. Note no entanto que as botas rígidas podem ter um ligeiro levantar do calcanhar enquanto são novas mas, após algumas horas a caminhar, a sensação vai desaparecer.

Como escolher umas botas de trekking – considerações finais

Botas de trekking usadas
Botas de trekking abandonadas ©iStock.com

A escolha não é fácil. O mercado está hoje inundado de muitos modelos, de vários tipos, com diferentes abordagens de cada marca para o mesmo fim.

Por outro lado, a vasta oferta permite escolher exatamente o modelo adequado. A título indicativo, marcas como a The North Face, La Sportiva, Salomon, Lowa e Garmont são marcas de referência que oferecem a garantia de qualidade.

Não é fácil acertar à primeira com as botas perfeitas, porque isso exige a experiência individual acumulada para perceber o que cada um mais valoriza. Seja como for, lembre-se de uma coisa: por mais tempo e energia que dedique à escolha das botas (e acho bem que o faça, pois vai determinar o seu conforto), isso será sempre um meio para atingir um fim maior. As botas são apenas uma ferramenta para fazer algo que realmente gosta: caminhar pelos trilhos do campo ou da montanha e desfrutar o ar livre.

Nota: o autor agradece à The North Face Portugal (Goutdoor) a cedência das imagens das botas para ilustrar o artigo.

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Comentários

  1. Rui Mesquita

    Já gastei muito dinheiro no passado a comprar botas inadequadas, quer fosse no tamanho, quer na protecção que as mesmas ofereciam aos meus pés nas caminhadas.

    Desde que descobri as lojas online, (onde a oferta é, felizmente, variada) não quero outra coisa.

    E porquê? Porque os meios números que são raros em Portugal, abundam nestes sites. Nas últimas botas que comprei, (umas Salewa Rapace Goretex Man), o 42 revelou-se ligeiramente apertado. Uma simples troca de email com a loja, e um reenvio do mesmo modelo,tamanho 42,5, fez toda a diferença.

    Bom artigo!

    Responder
  2. solanhe nunes

    Meu problema em relação a botas e calçado em geral é a numeração, pois calço 31-32 eles consideram numeração infantil – então nunca consigo o calçado adequado. Me viro com o tem no mercado, o que não é muita coisa.

    Responder
  3. Pedro Alves

    Tendo já usado bastante os dois, continuo a achar que o gore-tex é um mito urbano, e que o couro é muito mais eficiente, permitindo graus de impermeabilidade/respirabilidade,, além de tornar a bota mais robusta.
    Outro tema frequente na escolha de botas é a altura do peito do pé. Eu não consigo calçar a grande maioria das botas lowa, porque os atacadores terminam demasiado acima no pé e não permitem que a bota distenda no local da curvatura quando o pé termina o passo.
    A meu ver, a par das solas com boa absorção de choque e com o grip adequado ao terreno, o factor mais importante é mesmo a copa do calcanhar versus o espaço para os dedos, em que as botas que deixam os dedos mais livres normalmente pagam-se com um desgaste absurdo do calcanhar por não terem uma almofada lateral adequada.

    Responder
  4. Fátima Pinto

    Olá
    Em 2015 comprei umas Salomon para fazer uma parte do caminho francês para Santiago. Com meias apropriadas e com botas com proteção de tornozelo, achei que os 210 quilómetros que fiz até correram bem. Não fiz bolhas nem outros danos. O meu problema reside no aquecimento dos pés. O caminho é feito em Maio e o tempo já aquece bastante. Para este ano estava a pensar numas “conquest gtx” da mesma marca. Li algumas referências e parecem-me adequadas, no entanto continuo com receio do calor. Outra questão que me preocupa, são as dores que tenho habitualmente no tendão de Aquiles. No final de cada caminhada ressinto-me imenso embora no dia seguinte a dor tenha desaparecido.
    Alguma sugestão ?
    Obrigada

    Responder
    • Pedro Gonçalves

      Olá, Fátima.
      As botas de que fala são uma boa opção. Em climas quentes e, em especial, em caminhadas que envolvam estradas ou mesmo estradões de terra planos e regulares, o aquecimento tende a ser um problema. Não há nenhuma solução absoluta. Há apenas formas de atenuar o problema. Se ainda não comprou as botas, para um resultado ainda melhor, pode optar por uma versão semelhante sem Gore-Tex ou uma por uma versão com painéis de rede muito aberta nas laterais (mesh, na terminologia dos fabricantes). O Gore-Tex é respirável, mas se o calçado não tiver Gore-Tex vai ser ainda mais respirável, o que reduz a concentração de calor no pé. Vai ter o problema de não ser impermeável. Mas, não há solução perfeita.
      Quanto às dores no tendão de aquiles o ideal é dirigir-se a um médico especialista e descrever-lhe o que sente. Leve consigo as botas que costuma usar para lhe mostrar. Normalmente eles querem ver. Por vezes a solução é mudar de modelo de calçado, ou fazer umas palmilhas dedicadas para resolver o seu problema específico. Mas só o médico o poderá dizer.

      Responder
  5. Teresa Botelho

    Muitos parabéns!!!!
    Artigo super bem escrito e muito bem escrito. Vou comprar umas botas a minha filha.
    Com o que li ajudou muito a escolher as botas que devo comprar.
    Gostava de o ajudar a ganhar o prémio do melhor blog de viagens como posso fazer para pedir aos meus amigos que votem em si, através do Facebook.
    Aguardo o seu feedback.
    Teresa Botelho
    Business & Executive COACH

    Responder
  6. Antonio Carlos

    Olá, Pedro,

    Gostaria de tua orientação; pretendo fazer a trilha inca de Salkantay em maio. Ainda estou em dúvida de que calçado usar. Trekking de 5 dias. Podes ajudar ?

    Atenciosamente,

    Antonio Carlos

    Responder
  7. Silvana Pires

    Bom dia,

    Tenho por hábito fazer várias caminhadas ao longo do ano pelo Gerês e serra da Estrela, nomeadamente.
    Em termos de botas para caminhadas em terrenos exigentes e que apresentem uma muito boa aderência, gostaria de saber que marcas recomenda.

    Muito obrigada pela colaboração

    Responder
  8. Ana Cristina Vizinho

    Olá Pedro.
    Estou encantada com o Camino, preciso agora de uma boa bota para fazÊ-los todos 😉
    O meu ‘problema’ é com os joelhos, aconselha algum modelo ou marca em especial?
    Obrigada, Ana

    Responder
    • Pedro Gonçalves

      Se tem problemas de joelhos aconselho umas botas com uma sola flexível e um bom nível de amortecimento. Ao comprar na loja, faça essa referência. Mas, para além disso, aconselho vivamente o uso de bastões (retiram uma grande carga de esforço sobre os joelhos, especialmente a descer) e tentar não usar mochilas muito pesadas. Carregar muito mais peso que o do nosso corpo vai também sobrecarregar os joelhos. Se o problema dos joelhos tiver uma origem de postura corporal, vá a um especialista para desenhar palmilhas à medida (que depois substituem as palmilhas originais das botas que comprar). Esta é uma solução que pode ser cara mas resolve muitos casos.

      Responder
  9. Eugênia

    Estou treinando com tênis Salomon, com goretex do tipo XA 3D Ultra. É um tênis mais alto que o comum. Vou iniciar o Caminho de Santiago na última semana de abril em São Jean e agora fiquei preocupada. A bota me incomoda no calcanhar que costuma inchar um pouco. Acha que terei problemas por estar com tênis?

    Responder
  10. Nuno Pedrosa

    Olá! Achei o artigo bastante interessante, mas procuro outra informação e pode ser que alguém me consiga ajudar melhor que o Google.
    “Lá fora”, encontram-se serviços de substituição de solas, como este: http://www.rmresole.com/hiking.html

    Pela referência das solas, fui ao fornecedor e pesquisei por representantes. Portugal nem surge na lista e em Espanha não obtive resultados.

    http://eu.vibram.com/en/stores?dwcont=C1594815902

    A primeira referência que encontrei, foi em França: http://www.alaville-alamontagne.com

    Recentemente fui comprar umas botas (acabaram por ser umas Salema) e perguntei na loja se conheciam algum serviço de substituição das solas. Tinham ideia de haver qualquer coisa em Espanha, mas não recomendavam.

    O motivo porque procuro um serviço assim, é simples. Tenho umas botas que estão impecáveis, excepto pela sola, que está gasta. A substituição da sola, custa menos de metade do preço das novas e sempre são umas botas a menos no aterro sanitário, já que não há reciclagem para as botas modernas da forma como são construídas. A opção mais ecológica ainda é capaz de ser a incineração. :/

    Alguém conhece algum serviço de reparação de botas com solas vulcanizadas?

    A ausência de opções por cá, faz-me pensar em voltar a procurar quem fabrique botas de pele “à moda antiga”, daquelas que podem levar meias-solas novas (ou basicamente ser reconstruídas quase do zero).
    Também aceito sugestões para botas de couro/sola!

    Bom fim de semana!
    Nuno Pedrosa

    Responder
  11. Duxa

    Olá, gostaria de saber o nome do modelo da bota vermelha da North Face que aparece na publicação.

    Responder
    • Filipe Morato Gomes

      Os modelos de botas de trekking estão sempre a mudar, o melhor será ver no site da empresa que modelos comercializam atualmente.

      Responder
  12. Patrícia

    Vou passar 90 dias conhecendo a pé diversas cidades. Como se trata de perímetro urbano, o terreno é regular. Meu pé é cavo e sua bastante. Não tenho um bom preparo físico e não estarei levando peso. Qual o melhor calçado?

    Responder
  13. Pedro Gonçalves

    Olá Patricia,
    Para esse tipo de terreno o ideal será umas sapatilhas / ténis com uma sola orientada para piso urbano.
    O calçado de montanha será desnecessariamente pesado para esse efeito e tendencialmente menos confortável.
    Pode procurar modelos de corrida ou de “walking” para máximo amortecimento e boa postura a caminhar.
    No seu caso específico procure modelos com boa respirabilidade para reduzir a acumulação de transpiração que pode levar a fazer bolhas e escolha boas meias frescas e respiráveis.

    Responder
  14. Gabriel

    Boas,
    Quero comprar umas Salomon para trekking de montanha. Preferia comprar online, pelos preços, mas alguns sites não me parecem confiáveis.
    Alguma sugestão?
    Agradeço

    Responder
  15. Mimosa

    Bom Dia
    Vou subir o Pico nos Açores. Que aconselha comprar: bota ou sapatilha de trekking?
    Obrigada

    Responder
    • Filipe Morato Gomes

      Para subir o Pico é importante ter proteção nos tornozelos, por causa do piso. Aconselho botas de trekking.

      Responder
  16. Margarida Goncalves

    Descobri uma loja fantástica na zona de Lisboa, com aconselhamento de um gajo muito experiente!
    Muito melhor do que ir a grandes superfícies, mas no entanto mais caro!
    Mas ir lá só para ter uma opinião, não custa raspas! 😉
    https://yupik.com.pt/page/aboutus

    Responder
  17. Margarida Goncalves

    Já agora… Só para dizer… As botas de trekking, caminhada, escalada, etc, não se compram online!! :((( Tem que experimentar, cada marca e cada modelo é diferente! 😉

    Responder
  18. Ana Fernandes

    Boa tarde, eu vou fazer uma viagem durante 12 dias, com Grau de Dificuldade 2 (Grau 2: Deve esperar marchas ou outro tipo de esforços em dois ou mais dias da sua viagem. As marchas poderão ser mais ou menos prolongadas por trilhos ou caminhos de pé posto. A duração do esforço a realizar no dia mais longo não deverá exceder as 6 horas). Como não tenho botas, nem domino o tema, será que podem ajudar na escolha de umas botas adequadas a esta situação? Muito obrigada.

    Responder

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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