
Paredes-meias com as idílicas ilhas Phi Phi, e não muito longe da popular Phuket, existe um pequeno éden chamado Koh Lanta que vale a pena descobrir. Seja para mergulhar, para relaxar ou aproveitar o sol, a praia e a simpatia tailandesa. Uma outra face das ilhas do sul da Tailândia, sem a confusão do turismo de massas de outras paragens.
Lanta Yai
As Lanta são, de facto, não uma mas duas ilhas do Mar Andaman localizadas no sul da Tailândia, embora nos meios turísticos se use essa denominação em referência apenas a Koh Lanta Yai, a ilha mais a oeste, omitindo-se Koh Lanta Noi pelo facto de não possuir infra-estruturas turísticas e de, regra geral, constituir apenas um ponto de passagem para Ban Saladan, povoação portuária e principal aglomerado de Lanta Yai.
É precisamente em Lanta Yai que me detenho, após uma jornada a bordo de uma carrinha de doze lugares vinda de paragens mais a norte.
Ban Saladan é um típico pequeno núcleo turístico asiático, com as habituais lojas de roupa leve e bonita a preços atractivos, souvenirs de todo o tipo, caixas multibanco e espaços com acesso à internet, pizzarias, restaurantes tailandeses e outros a gosto dos turistas ocidentais de estômago mais sensível. Fica no topo noroeste da ilha, mas é para sul que o cenário começa a ficar mais interessante.
Seguindo pela estrada que percorre a costa oeste da ilha, passa-se por praias belíssimas que terminam em linhas de coqueiros. Começa por se avistar Klong Dao e Phrae Ae, as praias na vizinhança de Ban Saladan. São as mais concorridas da ilha e onde se localizam boa parte das infra-estruturas de apoio ao turismo. Inúmeras pousadas coladas ao areal, com os seus bungalows de madeira, simples mas acolhedores, alguns dos quais erguidos sobre estacas também de madeira. E, claro, e cada vez mais, os inevitáveis resorts de luxo, para um turismo de maior comodidade.
Nos três quilómetros de extensão de Long Beach, por exemplo, existem cerca de 20 opções de alojamento a escassos metros do mar. Até há pouco tempo, todas as pousadas eram simples e pequenas, e geridas por famílias tailandesas mas, feliz ou infelizmente, têm sido paulatinamente substituídas por resorts com padrões de qualidade mais elevados, com o intuito de captar uma franja de turistas menos jovem e mais endinheirada. Ainda assim, Phrae Ae tem um charme incomparavelmente superior ao de Klong Da, onde a maioria dos grandes hotéis de luxo estão implantados.
Quanto mais se progride para sul, em direcção ao Parque Natural localizado no outro extremo da ilha, mais as praias se encontram isoladas e tranquilas. Encontro praias lindíssimas, a cujo acesso nem sempre é fácil e, talvez por isso, muitas delas estão despidas de gente. Descubro os areais de Klong Khong e Klong Tob, detenho-me em Klong Hin e Kan Tiang, perco a noção do tempo nas águas de Ao Nui e Ao Mai e noutras praia sem nome que avisto do assento da minha moto alugada.
As motorizadas são, aliás, o meio de transporte ideal para percorrer as esburacadas estradas da ilha. O pó que emana das estradas de terra seca à passagem de outros veículos e que acastanham as roupas e a face, é apenas um inconveniente circunstancial, perfeitamente tolerável.
É que vale bem a pena, também, sair dos areais de Klong Dao e Phrae Ae e aventurar-se pelos recantos do interior de Koh Lanta, onde as estradas são ainda piores, à descoberta do desconhecido, sem rumo definido, procurando contactar com as gentes locais, com outra realidade, com um mundo novo.
Os ciganos do Mar Andaman
Cruzo o interior da ilha num curto costa-a-costa para alcançar a aldeia Sang Ga, no extremo sudeste da Koh Lanta Yai. É onde vive uma comunidade muito particular, os “ciganos do mar”, nómadas dos oceanos que outrora percorriam as águas do Mar Andaman, desde o sul de Myanmar (antiga Birmânia) até às águas cálidas do sul da Tailândia. E lá estão eles, em solo firme, cuidando das embarcações que naquele dia já longínquo uma onda destruiu. Em Koh Lanta, já nada faz lembrar aquele dia. Já não há motivos para excluir a ilha dos destinos possíveis para as próximas férias.
Guia de viagens a Koh Lanta
Este é um guia prático para viagens na ilha Koh Lanta, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos turísticos, os melhores hotéis e sugestões de actividades no sul da Tailândia.
Como chegar a Koh Lanta
Voar para Bangkok. A Swiss, a KLM e a Lufthansa têm tarifas com preço mínimo muito idêntico, a rondar os 700 euros, sem taxas incluídas. De lá tomar um voo doméstico com destino a Krabi, Trang ou Phuket, por esta ordem de preferência. Uma vez que existem ferries que transportam viaturas do continente até Koh Lanta Noi, a opção mais cómoda, desde os aeroportos de Krabi, Trang ou mesmo Phuket, mais afastado, e recorrer ao serviço de mini autocarros que ligam as referidas localidades a Koh Lanta. De Krabi ou Trang a viagem demora cerca de 2 horas, de Phuket sensivelmente o dobro.
Alternativamente, por via marítima, mais barato mas demorado, há ferryboats públicos de passageiros que ligam Krabi e Phuket a Koh Lanta, sendo que, neste último caso, a travessia é feita via as ilhas Phi Phi.
Onde ficar
A escolha de alojamento na ilha é bastante heterogénea, existindo opções para todos os gostos e bolsas. Sugere-se o Lanta Long Beach Resort, localizado na praia Phrae Ae, com agradáveis chalés duplos e tarifas económicas. Num segmento mais alto, uma boa opção será o Pimalai Resort & Spa que tem, inclusive, um porto privado para transportar os hóspedes que chegam ao aeroporto de Krabi.
Na Internet
O site oficial do Turismo da Tailândia oferece informação atualizada sobre os principais pontos turísticos do país, incluindo, naturalmente, sobre Koh Lanta e outras ilhas do sul da Tailândia.
Seguro de viagem
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