
Já testei muitas apps de viagens para o iPhone, mas nenhuma até agora me tinha convencido o suficiente para começar a usar de forma regular. Quer no planeamento de uma viagem, quer durante a própria viagem, no terreno.
Dantes, usava os guias em papel da Lonely Planet para ver antecipadamente as direções no mapa e assim não agir como um turista desamparado quando chegava a uma cidade nova. Foi o que me habituei a fazer, por exemplo, durante a minha primeira volta ao mundo, em 2004/05.
Depois veio o Google Maps, que comecei a usar por facilitar a vida de uma forma brutal. O problema é que era preciso lembrar-me de ver o mapa da nova cidade com antecedência, num local com Wi-Fi, por forma a que o mapa ficasse armazenado no telefone. Às vezes, resultava. Mas, mesmo lembrando-me, muitas vezes não carregava o mapa com os detalhes suficientes e ele tornava-se pouco útil. Outras, simplesmente não me lembrava com antecedência. Outras não tinha Wi-Fi.
Ora, recentemente “descobri” o Maps.me e decidir dar-lhe uma oportunidade, testando a app em viagem. O veredito? A app está aprovadíssima. Julgo não mais me habituar a usar outro método para me orientar numa cidade desconhecida.
Na minha última viagem, usei a app com grande sucesso. Os pontos estão quase todos bem marcados e os trajetos sugeridos foram, na maioria das vezes, os mais curtos (exceção a um trajeto a pé em Tirana, que me mandava por um caminho mais longo sem necessidade). Eis, pois, algumas características da app Maps.me que me chamaram a atenção.
Vantagens do Maps.me
- Basta carregar os mapas dos países ou regiões a visitar antes de partir (ou durante a viagem num local com Wi-Fi). São pesados, mas ficam armazenados no smartphone para utilização posterior.
- O Maps.me dá para marcar pontos. Como tudo o resto, isso é feito offline, permitindo adicionar um local que pretende visitar que não esteja no mapa; por exemplo, a morada de um amigo ou o ponto exato onde tem de apanhar um transporte público.
- Permite ver a distância entre dois locais, mesmo aqueles adicionados pelo próprio; e tudo offline.
- Considera as escadas no cálculo do melhor trajeto a pé. Gostei particularmente desta funcionalidade em localidades como Saranda ou Gjirokaster, na Albânia. A app considera escadas e outras ruelas onde não passam carros nas suas sugestões de itinerários a pé. E isso faz toda a diferença para quem gosta de calcorrear as cidades.
- Inclui algumas paragens de autocarro a indicar o destino (exemplo: “bus para Tirana”, em Saranda). Dei por mim a perguntar onde apanhava o autocarro para determinado destino e a verificar posteriormente que essa informação estava assinalada no Maps.me. Um exemplo são os autocarros da empresa Rina para o aeroporto de Tirana, a partir da capital albanesa.
- Para quem chega a uma cidade sem hotel reservado, a app Maps.me permite ver os hotéis nas redondezas e respetiva classificação no booking (tudo offline). Só precisaria de acesso à Internet para fazer a reserva mas, já que está lá perto, porque não ir diretamente ao hotel escolhido perguntar se tem quartos e respetivos preços?
Desvantagens
- Tal como
quasetodas as apps que usam tecnologia GPS, a bateria sofre um bocado. Não é um problema exclusivo do Maps.me, mas é sem dúvida uma desvantagem da utilização deste tipo de aplicações para smartphone.
Em suma, experimentei usar a app Maps.me em viagem e quase sempre funcionou na perfeição. O resultado é que, ao longo da recente viagem pelo Kosovo, Macedónia e Albânia acabei por colocar de lado o Google Maps e usar apenas o Maps.me. A próxima viagem que tenho prevista será ao Japão; continuarei o teste até estar seguro de que é a opção mais eficaz. Mas procurando estar alerta, para não cair no exagero da utilização dos gadgets em viagem.
Para mais informações e download, visite maps.me.
O Maps.me não me pagou para publicar este texto. Escrevo porque gostei da app e quis partilhar as suas vantagens, na esperança que ajude outros viajantes. Aproveite e leia as políticas editoriais e comerciais do Alma de Viajante.
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