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Gadgets em viagem, uma história ficcionada (mas não muito)

Por Filipe Morato Gomes | Tecnologia
Atualizado em 15.10.2022 | Tempo de leitura: 4 minutos

Gadgets em viagem - World Press Photo
Foto vencedora do World Press Photo 2014 na categoria de “Assuntos contemporâneos” ©John Stanmeyery

Um viajante aterra no aeroporto, liga imediatamente o seu smartphone e procura wi-fi gratuito. Talvez já tenha instalada alguma aplicação no iPad que lhe indica o que fazer para chegar ao centro da cidade, caso contrário consulta o Google Maps *, introduz a morada do seu hostel e num ápice descobre como chegar e quanto custa. O balcão de informações do aeroporto está vazio.

Antes de sair do aeroporto, segue em direção ao ATM mais próximo para levantar dinheiro mas, como viajante bem prevenido, já verificou o câmbio atual da moeda na app do Oanda ou Xe para saber quanto dinheiro levantar e não ter surpresas na hora de pagar as contas dos restaurantes, bares, mercearias e atrações turísticas nos dias seguintes.

Enquanto aguarda pelo transporte, talvez se esqueça de olhar o céu, mas abre a aplicação do Accuweather e verifica as condições meteorológicas previstas para o resto do dia – e para os dias seguintes.

Depois de sair do transporte, chega ao hostel com a ajuda da bússola do iPhone ou da app Google Maps; mostra o smartphone com a reserva e faz o check-in praticamente sem ter que falar com o rapaz da receção. Antes de voltar a sair, aproveita para relaxar um pouco; abre o iPad na sala comum, cheia de outros viajantes olhando para os ecrãs dos seus gadgets, e consulta a versão pdf do Lonely Planet e uns quantos sites sobre a cidade à procura do que fazer nos próximos dias.

Com a hora de almoço a chegar, o viajante consulta o Tripadvisor para pesquisar os restaurantes bons e baratos existentes nas proximidades. Escolhe um e faz-se à rua, porventura consultando o mapa da cidade no Google Maps – que, entretanto, já “carregou” no iPhone – para não se enganar no caminho. Enquanto caminha, os auriculares estão nos ouvidos debitando as suas músicas prediletas. Havendo dúvidas no trajeto, não pergunta e prefere voltar a olhar para o Google Maps.

Enquanto almoça, e como o restaurante tem wi-fi gratuito para os clientes, tira uma foto da comida ou do espaço, muito agradável por sinal, e envia de imediato para o Instagram que, por sua vez, coloca automaticamente a fotografia no mural do Facebook. Começam a chegar comentários simpáticos, aos quais o viajante vai respondendo entre garfadas, garantindo que está tudo ótimo, que a cidade é maravilhosa e a comida deliciosa. Não reparou no casal simpático da mesa ao lado porventura simpatiquíssimos e profundos conhecedores da cidade, mas os comentários a sugerir uma “inveja saudável” por parte de quem ficou recebem likes.

À tarde, o processo repete-se: guia em pdf ou alguma aplicação de planeamento de viagem para decidir o que fazer; Google Maps para ajudar a tirar as dúvidas no caminho; Tripadvisor para os restaurantes e cafés (se tiverem wi-fi tanto melhor).

Enquanto visita a cidade, o viajante fotografa os monumentos e os pequenos detalhes típicos e, sempre que vê uma pessoa mais “exótica”, não consegue resistir, aponta a máquina fotográfica digital e regista o momento; não sabe o nome da pessoa, a sua história ou por que razão ela está ali, mas a imagem, essa, já ninguém a tira. Há de ir parar ao Facebook…

Depara-se com um improvisado concerto de rua e nem precisa de olhar para os artistas; os seus braços levantam-se e os olhos viram-se para o ecrã do gadget, lá em cima, para filmar tudo e partilhar.

O dia chega ao fim e o viajante não conheceu um único habitante local; não falou com ninguém para além do jovem simpático que o atendeu na receção do hostel e dos empregados dos restaurantes a quem pediu as refeições; nem sequer interagiu com outros viajantes absorvendo as suas experiências. Talvez esteja farto da conversa do backpacker, mas não foi por isso que não socializou – estava absorto na tecnologia porque, de facto, ela ajuda a resolver a maioria das dificuldades da viagem.

Antes de dormir, a sala comum chama pelo viajante. Ainda não é tarde e tem tempo para ler as notícias do seu país no seu gadget preferido e publicar um post no seu blog a contar o primeiro dia de viagem. E responder aos comentários dos amigos que ficaram em casa. O bar do hostel até tem um punhado gente alegre com quem poderia conversar, mas o post demora mais tempo do que previsto a escrever e, como sabem, escolher as fotografias não é nada fácil.

Quando por fim termina, já é tarde e o viajante está cansado. Amanhã será outro dia… 

Nota: Esta história é ficcionada de forma um pouco caricatural, mas temo bem que pudesse ser real. Sou a favor do uso da tecnologia em viagem, porque facilita imenso a tarefa do viajante (e até tenho um smartphone que utilizo nas minhas viagens), mas há de haver um meio-termo. Porque nada substitui as relações humanas!

* substituir cada app referida pela sua preferida 🙂

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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