Bicicletas, ruas atarefadas, violetas no Rio Garona, flores frescas nas esquinas, sabonetes de ísatis, tapas ao fim do dia, vinho, cardápio de queijos, cerveja e foie gras. Toulouse está sempre em festa. Como se diz charme em provençal?
Derreter os Pirenéus
Antes de aterrar em Toulouse, estas eram as únicas referências que eu sabia sobre a quarta maior cidade de França, cotada no top das com mais qualidade de vida: 1. cidade-rosa, por causa da pedra, usada como material de construção de vários edifícios; 2. situada nos Pirenéus, cordilheira que separa a França da nossa ibérica identidade. Antes disso não tenho memória alguma de ouvir a sonoridade T-o-u-l-o-u-s-e, ou não andasse eu distraída. Esforço-me, mas não há lembrança.
E agora que a conheço, regressei com uma memória musical e há um esgar permanente que me deixa com boca de entrar mosca, por esta Tolosa (como se diz em provençal, o dialeto do sul francês e que deu nome a uma cidade portuguesa) ser tão surpreendentemente cativante. Parece estar sempre em festa.
Uma hora e meia de viagem de avião tão perto para quem sai do Porto, e não se entende como se pode estar assim tão longe de uma cidade serena, charmosa, que muitos dizem ser esse amor à primeira vista. Misturamos Paris, Copenhaga e Florença e inventamos Toulouse, para ser genuinamente ela.
Às vezes, como agora, precisamos de comparações de outras cidades para nos situarmos na ilustração mental e resumir a quem nos lê e ouve, mas apenas para a adjetivar na descrição: cosmopolita sem ser pretensiosa, organizada sem perder a ternura e sedutora sem parecer insinuante e invasiva.
Ainda quando me aproximava das portas dela, antes de o avião sentir todo o vento nas asas e abanar em desequilíbrio, vi-lhe o jardim de casa que são esses vales e montanhas que só a visão aérea alcança: os Pirenéus rendilhados de neve e um verde-puro, escarpado pelos declives que as montanhas imprimem como sinal de identidade morfológica.
A cidade-rosa, situada precisamente na região dos Médios Pirenéus, na região da antiga Occitânia, deixando rasto do dialeto provençal, não é apenas o cartão-postal que gostamos de mostrar aos amigos, como marca da nossa competência globetrotter. Tem algo a mais que a equilibra: ou os edifícios históricos, ou as ruas pedonais, pitorescas, ou as esplanadas de cerveja ou vinho fresco na mão, para enfrentar com estilo o calor abafado da tarde de verão (e os Pirenéus ali tão perto, ainda nevados).
Tudo isso pode ser um princípio, porque também temos a imponência dos edifícios que transpiram História bem preservada como o Capitólio, a Basílica Saint-Sernin, o Convento dos Jacobinos.
Ou, ainda, as queijarias tradicionais, a gastronomia da terra, requintada e caseira, os vinhos jovens, frutados, o verde-campo, o fervilhar de cultura com dezenas de espetáculos de teatro, ópera, festivais de música, as cores das flores, a juventude fresca que exala das ruas, as esplanadas cheias, a contemplação do Rio Garona que rasga a cidade em irmandade similar com a paisagem de Budapeste na Hungria. O rio é o único lugar onde não há bicicletas.
O queijeiro Xavier
Toulouse conta histórias curiosas. Foi berço de Carlos Gardel, famoso cantor de tango argentino, e refúgio-chave para o exílio republicano espanhol. Com cerca de 450 mil habitantes (um milhão se unirmos os subúrbios), entre os quais muitos universitários, já que cerca de uma quinta parte é formada de estudantes, a cidade é fervilhante, transborda dinamismo e bem-estar.
Tecnológica e avançada, é sede de empresas do setor náutico e aeroespacial. E todos os anos recebe 15 mil novos residentes, em parte graças à AirBus, instalada à saída da cidade. E isto também significa, ainda, quem sabe, que anualmente, 15 mil pessoas conhecem Xavier.
Falaram-me dele, mas só consigo vê-lo através de fotografia e sei depois que o nome dele é François Bourgon. Xavier é o nome da Queijaria. À porta, a foto: um homem charmoso, um grisalho precoce, quarentão, num corpo que mal aparenta andar lá perto. Não lhe sei a idade, mas aquela cara de miúdo-graúdo engana. Há qualquer coisa na genética dos tolosinos: eles e elas são de beleza serena, invejável. Temos a amostra citadina, claro, e não é pouca, por isso nos dá a sensação que desfilamos sempre ao lado de gente bonita. Talvez um retrato fiel da cidade-rosa, que parece por todo o lado, um cenário cinematográfico.
É como a loja do Xavier, onde o nome do fundador já se confunde, agora, com o de François, o queijeiro atual. Escrevo isto e ocorre-me, de imediato (vergonha de um estereótipo, mas serve em nome da prosa, faço desde já mea culpa): imagino uma filha a dizer à mãe que vai casar com um queijeiro. Com que cara ficará a progenitora de tamanha profissão à partida pouco usual? Um queijeiro? Talvez o caso mude de figura se a filha, com muita dedicação e paciência explicar que é o queijeiro mais premiado e famoso de Toulouse.
É inevitável entrarmos no Xavier. Chega-nos o cheiro de chulé, uma mescla de leite coalhado com certo requinte. Loja catita e logo uma empregada por nossa conta: que tipo de queijo queremos, quantidade, para consumir hoje, amanhã, ou depois? Se vamos viajar? Que pode pôr um invólucro especial a isolar e que, por isso, será aceite no aeroporto.
Com uma visão de 360 graus vemos queijos de várias formas, feitios e cheiros. O Xavier não está, realmente, mas é dono de um segredo: como ter os melhores e mais famosos queijos da cidade? E neste caso como estender o nosso vocabulário sobre a especialidade? No site da Queijaria podemos inclusive escolher desde a região à intensidade do queijo: doce, médio, forte e até o tipo de leite. Ainda assim temos de comparar paladares, por que não no Victor Hugo.
Victor Hugo, mercado de Toulouse
No mercado municipal Victor Hugo o queijo também tem honras especiais. Mas às nove da manhã a atenção do olhar verte para isto: primeiro a calma que trespassa as dezenas de clientes, ordeiros e bem-educados a comprar peixe, marisco, pão, carne temperada, foie gras, doces, fruta, legumes. Uma calma que não parece frenesim de mercado, um cheiro a limpo, no meio de tantos odores, um asseio que impressionaria até mesmo os agentes sanitários. A tese da casa de bonecas começa a ganhar intensidade e eu em dúvida se tudo isto é real. Há cidadania, generosidade, tudo, à partida, parece funcionar. Já sobre o que a cidade esconde, não poderei dizer, porque o que é visível deixa uma sensação de bem-estar.
Lá à frente, há um ancião, de fato impecável e cesto na mão, a sorrir para a rapariga da padaria, como se cumprisse uma rotina, enquanto encomenda pão acabado de sair do forno. O talhante tenta atender todos os abundantes clientes que rapidamente se juntaram a olhar a vitrine, convictos do que querem comprar. Lá fora, há um sol radioso que quer entrar pelas portas do mercado: norte, sul, este, oeste.
Na peixaria, há lagosta e camarões. Sentimo-nos tentados a encomendar. Numa das esquinas, vê-se portugalidade: a Casa de Portugal representada por enchidos e queijos. E um “bonjour“, que logo se transforma em bom dia e honras porque o negócio, parece, até corre de feição.
Percorrendo o corredor das carnes, um funcionário chega mesmo a posar para a câmara, brincando com olhares por entre carnes penduradas e fingindo que está distraído. Reparo no reflexo da vitrina para me aperceber da armadilha, no mesmo sítio, onde estão as várias carnes temperadas, prontas a cozinhar (ervas finas, alho, picantes). Vejo que sorri, retribuo e disparo. Ele certifica-se que a pose sai brincalhona. Talvez seja isso, Toulouse é uma ousada bem-disposta, que brinca com quem a calcorreia.
Bicicletas, Capitólio e Ísatis
Cidade ventosa, dessas de levantar os vestidos de verão das tolosinas, mas também de refrescar e de abanar as bicicletas estacionadas, o principal meio de transporte da cidade. Têm cestos, levam pão, salames, legumes, bebés, livros, casacos, mochilas. Levam o dia. E o dia a pedalar nesta plana urbanidade, é mais móvel, panorâmico, um plano sequência pela cidade que é calidamente generosa no verão.
Temos de andar cautos e despertos, porém, não nos deixar seduzir e embevecer demasiado por ela, pois os ciclistas estão em todo o lado e do passeio à ciclovia, é um passo de distração. Mesmo passando a imensa Praça do Capitólio, que aos domingos tem uma feira com produtos regionais e legumes, temos de estar alerta. É lá que fica a Câmara Municipal e o Teatro Nacional.
As oito colunas em mármore são respeitoso património que representa o conselho político. É simbólico, pois esta praça é uma espécie de Ágora grega, agregando moradores e viajantes. Ao redor, cafetarias, restaurantes, bares, numa espécie de dever cívico para usufruir da cidade. De estilo neoclássico, a fachada do Capitólio é do século XVII erguida por Georges Cammas.
Ficamos a olhá-la, demoradamente, e do portão percebemos que serve de cenário para um casamento, pois uma noiva saiu radiante de mão dada com um moço bem-parecido, sob o júbilo de uma multidão bem vestida. Como há pouco tempo para desfrutar de Toulouse (não é por acaso que o slogan turístico enfatiza “So Toulouse“, brincando com a língua inglesa: tanto para nos perdermos), deixamos a visita interior para uma próxima.
Marcamos, então, passo de 5 minutos até à Basílica Saint-Sernin. Impressiona de fora, comove por dentro pela imponência e calma. De estilo romano, é considerada a maior do mundo ocidental, com nove séculos de História, já. É uma paragem obrigatória para os peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela e para aqueles que se interessam pelo património da Igreja Católica. Neste capítulo, em menos de 4 minutos estamos numa próxima lição, no Convento dos Jacobinos, a casa-mãe dos Dominicanos, ordem fundada em 1216 por São Domingos de Gusmão. Todo feito em tijolo e com claustros que convidam à leitura, ou para quem, simplesmente, procura fazer uma pausa, este convento, considerado uma jóia de arte gótica, é famoso ainda porque as colunas finais lembram a folhas de uma palmeira gigante. E já que estamos na botânica, vamos desvelar um segredo.
Toulouse é terra orgulhosa de ísatis, o pastel-dos-tintureiros, ou tintura-azul. Faz-se sabonetes e aromas desta jóia que vira cosmética. Hoje, um ex-líbris da cidade, que além de rosa, por isso também é azul. Houve até quem enriquecesse, no passado, com este produto. O Hotel d’Assézat, uma grande mansão do século XVI construída por Nicholas Bachelier para Pierre D’Assézat é símbolo disso, pois ele fez fortuna a partir do ísatis. A casa acolhe também o museu da Fundação Bemberg com coleções permanentes de pinturas e outros objetos de arte. Na rua, são as flores verdadeiras obras de arte.
Flores de esquina e um violino em Toulouse
O que seduz em Toulouse é a sensação de que tudo parece estar bem. Uma mistura equilibrada de tradicional, life & style, gastronomia, arte, património, juventude, beleza, cidade sustentável, e um rio, de ponte larga, com uma marginal generosa, convidativa ao lagarteio, para repousar o olhar na paisagem.
Navegar o Rio Garona é estar no meio da cidade líquida, a percorrer-lhe a anatomia, olhando as margens cheias de namorados, amigos, leitores, que não se acanham a deitarem-se na relva; ou entrar pelos canais, vendo gatos empoleirados nas margens, patos recém-nascidos, flores, tolosinos a fazer jogging, ao mesmo tempo que se desfruta da cidade em câmara lenta.
Podemos mesmo ver um barco, famoso por vender violetas e outras lembranças feitas dessa flor símbolo da cidade, no Canal do Midi, considerado património pela UNESCO. Talvez devessem considerar também a venda das violetas como património. Outrora, estas flores tão delicadas de cuidar e gerar, coloriam mais Toulouse, com suas violeteiras.
Eu escrevi, linhas acima, uma cidade onde “tudo parece estar bem”, porque na manhã da minha partida, há um momento particularmente belo, num misto de emoções contraditórias. Depois de um café expresso, numa esplanada que lembra o cliché de cafés parisienses, acolhedores e vintage, onde na mesa ainda repousa uma neblina madrugadora, e de onde contemplo a esquina com os quiosques antigos a transbordar flores frescas, investi nas ruas preguiçosas. A cidade a acordar. E, com elas, os habitantes que lhe dão viço.
Fui atraída pelo som de um violino. Aproximei-me. Um homem sem voz, com um aparelho na garganta, possivelmente para o ajudar a falar, deslizava os dedos, magistralmente, num violino gasto. Imaginei que poderia ter sido violinista de uma grande orquestra, ou um autodidata, melómano, ou, quem sabe, grande compositor a quem a vida e a sorte pautaram outros acordes, para agora, apesar de encantar a rua com aquela deliciosa melodia que não consigo identificar, trocar música por uns trocos.
O momento dura uns 5 minutos, ele não me olha o rosto, só no fim, quando termina e percebe que ainda ali estou. Trocamos o que me parece óbvio. Não há nada a dizer. Eu segui caminho, ele ficou, sentado na pedra da rua, enquanto mães passam com carrinhos de bebé, enquanto os autocarros se apertam para passar na rua, em direção ao centro. Talvez ainda lá esteja, a tocar deliciosas melodias através do violino, a encantar Toulouse. A música, confidencio, ainda me está na cabeça, nos meus dias, porque a registei num gravador. Quanto ao charme, confesso, não descobri como se diz em provençal.
Dicas para visitar Toulouse
Este é um guia prático para visitar Toulouse, em França, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar e sugestões de actividades na região.
Localização geográfica
Toulouse é uma cidade do sul de França desde o século XIII, quarta maior cidade do país, capital do departamento da Alta Garona, nas margens do rio com o mesmo nome. A área urbana tem cerca de um milhão e duzentos mil habitantes, fica a 600 quilómetros de Paris e a meio caminho entre o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo.
Quando visitar Toulouse
A cidade beneficia de um clima temperado entre outono e primavera, por causa das influências oceânicas e mediterrâneas. O verão costuma ser quente e seco. Se não gosta mesmo de chuva deve evitar os meses de abril, maio e junho, quando a precipitação é maior. As temperaturas mínimas chegam no mês de janeiro a aproximadamente aos -5°C e as máximas em agosto aos 35°C.
Como chegar
O aeroporto internacional de Toulouse-Blagnac situa-se a 8 quilómetros a oeste de Toulouse. Há transporte do aeroporto (autocarros e táxis) para o centro que demora aproximadamente 15 minutos.
A easyJet opera para Toulouse a partir das cidades de Lisboa e Porto com três frequências semanais (terça-feira, quinta-feira e sábado), com preços a partir de 65,99 (julho 2012) por trajeto, taxas incluídas.
Onde ficar em Toulouse
Há várias opções, para todos os bolsos, em Toulouse. No centro da cidade:
– Les Loges de St Sernin. Edifício burgês do século XIX, cujos quartos têm nomes de lugares turísticos de Toulouse. Preço desde 125 euros/quarto inclui pequeno-almoço.
– Anjali. Com o Palácio da Justiça nas redondezas, na região sul do centro, o hotel Anjali recebe com um grande jardim. Preço: desde 80/inclui pequeno-almoço.
Gastronomia
Desde os queijos variados que merecem atenção especializada (nas queijarias isso é, naturalmente, requisito de atendimento), às famosas salsichas tolosinas (de carne de porco), ao foie gras, às carnes bem condimentadas de ervas aromáticas, numa cozinha que se mantém fiel à tradição, mas que não teme reinventar, sobretudo as entradas, onde a mistura agridoce se impõe, para se fazer acompanhar de bons vinhos. O Armagnac, o elixir de D’Artagnan, personagem do escritor Alexandre Dumas, em “Os Três Mosqueteiros”, é ainda degustação obrigatória.
O prato típico é El Cassoulet, um dos dez mais apreciados da cozinha francesa. Trata-se de um guisado forte feito com feijão branco e várias partes de carnes, como toucinho. Digamos que é o mesmo princípio da feijoada portuense, mas com outros condimentos, que lhe dão um paladar particular.
Onde comer
Pode explorar o mercado municipal, as mercearias regionais e tapas. A cidade tem uma lista imensa de opções. Se quiser, no entanto, um jantar ou almoço mais personalizado e especial, experimentando os petiscos gourmet, numa combinação de paladares que agarram a tradição para reinventar a gastronomia típica do sul de França, deixamos duas sugestões.
Les Caves de la Marechale – O nome sugestivo é porque o restaurante se situa numa imensa cave no coração da cidade e é uma opção que alia economia e qualidade na hora de pagar. Por exemplo, o menu degustação custa 31 €.
L’Amphitryon – Moderno e com luz natural, este restaurante concentra-se na cozinha de autor.
Onde passear
Cidade que convida a andar a pé, Toulouse, é segura, animada, cultural e gastronómica e é muito fácil deslocar-se, também de metro, autocarros ou bicicleta (informe-se no hotel sobre as possibilidades de aluguer).
O mercado Victor Hugo é, desde logo, um lugar de referência, onde pode perceber a dinâmica da cidade, comprar produtos locais, além de almoçar num dos cinco restaurantes no primeiro piso.
Dedique algumas horas à Praça do Capitólio, onde fica a Câmara Municipal, rodeada de bares, cafés e restaurantes; visite a Basília Saint-Sernin, as exposições da fundação Bemberg, apanhe o barco para passear no Canal Midi (barco Capitole cobra 8 e estudantes até 25 anos pagam 7 e as crianças dos 3 aos 14 5).
Em terra, descubra a ruas pitorescas, faça uma pausa no café da esquina, na pastelaria, nas várias praças sempre com jardim.
Os amantes de museus podem deliciar-se em Les Augustins, no conjunto conventual dos Jacobins, no espaço de arte moderna e contemporânea Les Abattoirs.
Os amantes da indústria aeronáutica podem visitar a Airbus e saber como se monta um avião, além de ver a linha de montagem e conhecer um pouco da história. (Os preços variam entre 6,5 e 14,5, os miúdos até 6 anos não pagam).
Vida nocturna em Toulouse
As opções para sair à noite em Toulouse são variadas, graças à grande oferta de bares, bares temáticos, restaurantes gastronómicos, tapas, teatros e até Casino. Há ainda uma oferta especializada em bares GLS. Desde o final do expediente, ao fim da tarde, explorando as várias esplanadas do centro, onde se começa com uma bebida e a petiscar, até dobrar a madrugada, as opções são vastas, tornando inglória a tarefa de seleccionar. O melhor será explorar ao sabor dos interesses pessoais, sobretudo no centro ao redor do Capitólio, deixando-se cativar pelas várias possibilidades evidentes na rua, ou então optar por um guia específico, segundo o que procura aqui. Pode ainda procurar o que está a acontecer na cidade nos jornais locais, impressos, ou online como o La depêche.
O que comprar
Das grandes superfícies, ao artesanato e comércio tradicional a cidade tem várias possibilidades, que inclui luxo. Vinhos, queijos (compre na véspera de viajar e avise que vai fazê-lo, para que possam colocar um invólucro especial) e produtos regionais estão à vista na rua, em mercearias tradicionais e gourmet. A violeta, como um dos ex-líbris da cidade tem as suas versões em incenso e sabonetes, tal como o pastel, que também tem uma linha de cremes de beleza, como a Graine de Pastel e a Comptoir de Pastel. Para os amantes de rugby há lojas especializadas e dedicadas ao clube de rugby de Toulouse, no Stade Toulousain, também conhecido como o Toulouse, considerado um dos melhores da Europa.
Dicas de viagem
– Em Toulouse adiante o relógio uma hora em relação a Portugal.
– Pode adquirir o cartão da cidade para agilizar a mobilidade e as visitas turísticas. Custa 18€ (1 dia), 25€ (2 dias), 32€ (3 dias) e está à venda nos postos de turismo e da TISSÉO (responsável por gerir os transportes públicos na cidade e no aeroporto) inclui entradas em todos os museus municipais e, por mais 2€, transporte entre o aeroporto e a cidade. Caso queira apenas transportes públicos, tem a opção de comprar o bilhete de 1 dia (5,5€) ou 2 dias (8,5€). É mais económico do que pagar cada vez que circula, por exemplo: o bilhete de ida custa 1,6€ e o de ida e volta 2,9€.
– Leve calçado confortável, sobretudo sapatilhas ou botas, de acordo com a estação do ano;
– Ande sempre com água e alguma coisa para comer na bolsa, como barritas de cereais, bolachas, ou chocolate, não que não seja fácil encontrar onde lanchar, mas como a cidade convida a caminhar, vai mantendo a energia atualizada;
– Chapéu para o sol e protetor solar adequado para o seu tipo de pele.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
A jornalista viajou a convite de Atout France – Agência de Desenvolvimento Turístico de França.