
Hoje, na série de portugueses pelo mundo, vamos até Doha pela mão da Elizabeth Braga. A Elizabeth tem 36 anos, é fisioterapeuta e esteve a viver em Doha durante quase um ano. Pouco antes do seu regresso, convidei-a a partilhar connosco as suas experiências na capital do Qatar, bem como sugestões e dicas para quem quiser visitar Doha e conhecer um pouco melhor a cidade.
É um olhar diferente e mais rico sobre Doha – o de quem vive por dentro o dia-a-dia da maior cidade do Qatar, estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocado, como acontece a todos os viajantes. Este é o 39º post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.
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Viver em Doha
- Define Doha numa palavra.
- Doha é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
- E o que mais te marcou em Doha?
- Como caracterizas as pessoas do Qatar?
- E como é viver num regime onde o papel da mulher é tão distinto do das tuas origens ocidentais? Visto de fora, parece difícil e castrador. Conta-nos como é na realidade.
- Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Doha sem…”
- Quanto ao turismo, vamos tentar fazer um roteiro de 3 dias em Doha. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
- De certeza que tens algumas dicas para se poupar dinheiro em Doha.
- Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar?
- Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
- Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que bairro nos aconselhas a procurar hotel em Doha?
- Escolhe um café e um museu.
- Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite em Doha?
- Tens alguma sugestão para quem pretender fazer compras em Doha? O que comprar?
- Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Doha; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
- Guia prático
Viver em Doha
Define Doha numa palavra.
Deserto.
Já tinha aterrado várias vezes em Doha em escala para paragens mais a Oriente e, nas imediações do aeroporto, a paisagem desértica era inequívoca. Mas, quando cheguei a Doha para viver, em novembro de 2015, era de noite e a vista do 35º andar onde fiquei alojada era semelhante a qualquer grande cidade: muito luminosa, com a skyline de West Bay bem lá ao longe, imponente.
E sim, foi surpreendente que uma cidade com imensos arranha-céus (e que continuam a brotar como cogumelos), bairros de casas alinhadas, centros comerciais em cada esquina, três grandes jardins (à escala do deserto!) e vias rápidas como estradas mais comuns me tenha despertado, na primeira manhã, para uma vista que, apesar de tudo, continua árida e desertificada.
Doha é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
Doha é, na minha opinião, uma cidade onde é surpreendentemente fácil viver. Fácil e bom. Esta é uma opinião naturalmente dependente do conjunto de expectativas que se traz na bagagem. Eu trazia poucas expectativas e esperava mais restrições!
Embora soubesse que o Qatar é um dos países mais pacíficos do Médio Oriente, sabia também que é bastante conservador (nas vestes, nos rituais religiosos, nos papéis sociais…); ao mesmo tempo, é um país de expatriados e uma boa parte destes é ocidental, o que mostra que o Qatar tem interesse em abrir-se para o mundo sem, contudo, sacrificar as suas convicções.
Para mim, foi surpreendente o cavalheirismo dos qataris vestidos com os seus camiseiros brancos (thobe), o à-vontade com que ando sozinha na rua como se fosse transparente ao olhar alheio, a aceitação de uma forma de vestir perfeitamente ocidental (tento não facilitar com ombros e joelhos descobertos, por sensatez), a possibilidade de ir à praia de biquini (numa praia semipública que pertence ao condomínio de Qanat Quartier e que é bastante flexível aos “amigos” dos moradores; e ainda em todas as praias exclusivas dos hotéis e nas praias que ficam fora de Doha, em pleno deserto, como Fuwairit, Inland Sea, Sealine…).
Há ainda o lado incrível de se viver numa cidade multicultural: a mistura de raças, culturas, o acesso fácil a comida do mundo.
Pela proximidade, o Qatar é muitas vezes confundido com a Arábia Saudita, pelo que me perguntam frequentemente se tenho que usar abaya, se posso conduzir… (não, não preciso usar abaya, e todas as mulheres conduzem – excepto as que preferem ter motorista ;) ).
Também me perguntam muitas vezes como é ir ao supermercado em Doha; a globalização não perdoa e o “conforto” do consumo tal com o conhecemos no mundo ocidental reproduz-se aqui. No Qatar já existem algumas hortas e de produção orgânica mas a indústria alimentar ainda é pro em importar e não em produzir.
E o que mais te marcou em Doha?
O que mais me marcou – e continua a marcar – em Doha são as pessoas. Não tinha percepção profunda do que significa “choque cultural”, que vai bem além dos ritos religiosos, das roupas que vestem, dos aparentes papéis sociais dos homens e mulheres, dos traços arquitetónicos, e da “noite que vira dia” em pleno Ramadão. Aliás, este é o lado sedutor, divertido e exótico da superficialidade do “choque cultural”.
Como caracterizas as pessoas do Qatar?
As pessoas do Qatar são uma mistura de árabes do Magreb e árabes do Médio Oriente; para além de todos os asiáticos, africanos, australianos, neozelandeses e ocidentais que por cá andam; o mapa mundi, portanto!
Mas foquemo-nos na característica população árabe: não apresentando nenhuma particularidade distinta das demais pessoas, evitam convictamente as formas diretas de comunicação, já que são consideradas confrontativas. “To save your face”, é umas das expressões mais intrínsecas do modus operandi árabe.
Por isso, é frequente que, no decorrer de uma conversa ou de uma actividade, ir do ponto A ao ponto B (uma linha recta sem incidentes previsíveis) implique utilizar a Via de Cintura Interna, de onde se pode certamente observar toda a cidade, escolher a saída mais conveniente e finalmente chegar ao destino :).
Com muitos momentos hilariantes e divertidos, mas também muitas confusões e mal-entendidos; uma lição sobre desaceleração, tolerância, compaixão e de como, incrivelmente, tudo acaba por encaixar e resolver-se. Recomendo um filme recente, com o Tom Hanks como protagonista, que retrata, de forma bem-humorada, algumas particularidades da vida no Médio Oriente.
E como é viver num regime onde o papel da mulher é tão distinto do das tuas origens ocidentais? Visto de fora, parece difícil e castrador. Conta-nos como é na realidade.
Visto de dentro é dos países mais fáceis para se ser mulher… ocidental! É o que me diz a minha experiência por cá. A sociedade qatari é manifestamente matriarcal, onde o papel da mulher, pelo seu potencial de gerar e criar filhos, é altamente valorizado e, diria até, glorificado.
É frequente encontrar mulheres na casa dos 30 anos já com 5 a 8 filhos; os filhos são vistos como bênçãos divinas.
Contudo, é também cada vez mais comum encontrar mulheres que decidem não casar e preferem manter as suas vidas “livres”, abdicando de uma família numerosa e da possibilidade de o eventual marido adicionar mais esposas ao agregado; os homens qataris podem oficializar até 4 casamentos em simultâneo.
As mulheres que optam por ficar solteiras vivem, por norma, com os pais, e são frequentemente letradas, com trabalhos em empresas multinacionais ou estatais, em cargos de chefia intermédia. Todas usam com orgulho e vaidade as suas abayas e cobrem a cabeça com o hijab; mas confidenciam que, em viagem, as abayas e afins ficam na mala, o corpo fica mais exposto e adoram ir à praia de biquini. O Kuwait é um destino próximo de eleição, para fins-de-semana em grupos de amigas com direito a praia, spa, compras e diversão.
No fundo, as mulheres qataris são líderes das suas vidas, mas, tal como referi, sem “linhas rectas”; usam frequentemente a “Via de Cintura Interna”, e escolhem estrategicamente as “saídas” para manter tranquilas as relações familiares e sociais; são consultoras natas das vidas dos filhos e dos maridos; a família é a instituição mais valorizada.
Como mulher ocidental residente em Doha, a minha vida é muito tranquila e livre. A parcela árabe da população está habituada a conviver com os fenótipos diferentes que o ocidente lhe oferece. E Doha é, em muitos dos seus spots, perfeitamente ocidentalizada.
Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Doha sem…”
… passear no MIA park, a qualquer hora do dia, mas particularmente à noite. Parar no MIA café, que tem uma esplanada incrível com o mar logo ali e uma vista para a skyline de Doha; depois de beber uma mint lemonade, subir a uma das colinas relvadas e ficar ali a partilhar a brisa morna, a lua e as (poucas) estrelas com algumas famílias que fazem piqueniques e pares de namorados (que namoram discretamente ;)).
Quanto ao turismo, vamos tentar fazer um roteiro de 3 dias em Doha. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
Antes de marcar viagem, é importante ter em conta que Doha é caracterizada pelo clima desértico e quente.
O verão é muito longo, por norma de maio a outubro, sendo que a temperatura máxima ronda em média os 40ºC mas ultrapassa frequentemente os 45ºC. Todos os habitantes com quem tenho conversado mencionam as míticas temperaturas acima dos 50ºC. Para já, a máxima que experimentei foi de 49ºC… e digamos que é como abrir a porta do forno e receber aquela onda de ar quente.
Por isso, desaconselho visitar Doha durante o verão, para que se possa tirar partido do horário diurno em ambiente outdoor.
Outra questão prende-se com o Ramadão que, grosso modo, é o período de 30 dias durante o qual os muçulmanos jejuam desde o nascer ao pôr-do-sol e que ocorre normalmente no verão.
Grande parte dos centros comerciais e lojas de rua estão fechados durante o dia, bem como os restaurantes e cafés; uns poucos mantêm-se abertos durante um pequeno período do dia para take away. Alguns hipermercados também estão abertos para compras; é permitido comprar comida, mas não é permitido comer em praça pública. A lei indica sanções para quem comer, beber ou mascar pastilha elástica em público no período entre o nascer e o pôr-do-sol.
Assim, escolhido o período ideal para visitar Doha, sugiro o seguinte:
Dia 1: De manhã rumar à Pearl, um dos bairros nobres da cidade, e tomar o pequeno-almoço no Shakespeare. Deambular por Port Arábia, passando pela Medina Centrale e terminar em Qanat Quartier, o pitoresco bairro de casas e pequenos edifícios de inspiração veneziana, para um mergulho no mar (atenção: água muito salgada e não há chuveiro de água doce!).
Da Pearl, conduzir até à Katara Cultural Village a poucos kms de distância. É um bom spot para almoçar, ou para simplesmente parar no Chapati and Karak Café para beber karak e comer chapati (uma variação de pão árabe enrolado, simples ou com doce); deambular depois pelas vielas, descobrir as exposições, o imponente anfiteatro, visitar a praia pública (aberta entre as 16:00 e as 22:00, com restrições relativamente ao vestuário).
Da Katara, e ainda antes do pôr-do-sol, seguir para a Aspire Zone, o equivalente ao bairro desportivo de Doha. Aí vale a pena deambular pelas imediações do Khalifa Stadium, em profunda remodelação para o polémico Campeonato do Mundo de Futebol; entrar no Dome, um imponente pavilhão polidesportivo; contornar os relvados desportivos exteriores, e entrar no Aspire Park: é tempo de piquenique entre as diversas famílias árabes que aí se instalam ao fim do dia e ficam pelo anoitecer adentro.
Terminar com uma visita ao The Torch Hotel para uma vista privilegiada sobre a cidade iluminada.
Dia 2: Rumar a Inland Sea. Fica fora da cidade de Doha, para sul, em direção a Mesaieed. Exceção feita aos dias mais quentes, é possível passar lá o dia, acampar durante a noite (a temperatura baixa bastante durante o inverno) e regressar no dia seguinte de manhã. A vantagem de escolher a época mais quente é o número reduzido de pessoas, dormir sob as estrelas usufruindo da brisa morna, e acordar às 4:20 da manhã com o nascer do sol. Ah, e tomar banhos de mar na água transparente durante horas seguidas!
É necessário ir de jipe e cumprir as regras básicas de segurança; existe uma app com indicações para orientação no meio das dunas.
Dia 3: É dia de passeio matinal na promenade do Corniche, seguindo depois para o MIA (Museum of Islamic Art) park com paragem obrigatória no café. Vale a pena entrar no museu, nem que seja para apreciar a vista sobre o mar através da grande janela interior e aproveitar os vários perfis fotogénicos do edifício. Do MIA seguir a pé para o Souq Waqif: é altura de almoçar tardiamente numa das muitas opções disponíveis. O souq é mais tranquilo durante o dia e, por isso, para mais agitação há que esticar o passeio até ao pôr-do-sol.
Para jantar, sugiro um dos restaurantes da Katara, o Mamig Armenian and Lebanese Restaurant; há que escolher mesa no terraço. Daí seguir para o St Regis Hotel e subir ao Rooftop, um dos bares ao ar livre mais cool de Doha, ou, logo ao lado, em espaço fechado, viajar ao som do jazz do Lincoln Center. Em alternativa, se o jantar for pelo souq ou arredores, valerá a pena a experiência no bar Old Manor com bebidas alcoólicas a preços razoáveis e a uma distância de 15 minutos a pé desde o souq.
De certeza que tens algumas dicas para se poupar dinheiro em Doha.
O alojamento será a parcela mais cara do orçamento, principalmente se a escolha for um hotel. O Airbnb poderá oferecer opções mais económicas e, a custo zero, o couchsurfing também é utilizado por cá.
Para as deslocações, alugar um carro é económico, e o combustível ridiculamente barato. Táxi ou Uber são as duas outras opções, já que o sistema de transportes públicos é ainda praticamente inexistente; as obras do metro estão a avançar e prevê-se que até ao fim do ano abra a primeira linha (Inshallaah!).
As sugestões de restaurantes e cafés são das mais económicas de Doha (exceção feita para o Mamig); é possível ir ao Rooftop, bem como à maioria dos bares e festas na praia, sem consumo obrigatório.
Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar?
Por incrível que pareça, não é “fácil” encontrar restaurantes de comida qatari em Doha. O melhor mesmo é fazer amizade com qataris que, a seu tempo, acabam por nos convidar a entrar nas suas vidas, e a sentar à sua mesa (ou no chão) com as suas famílias e mesas fartas.
No Souq Waqif, existem, contudo, pequenas bancas de comida tipicamente qatari que vale a pena experimentar: Machboos, uma espécie de estufado de “carne” (frango / vaca / borrego / camelo / peixe / camarões) com arroz seco versão árabe na base do prato, e polvilhado com cajus torrados; Balaleet, parece uma versão da aletria portuguesa; e o incontornável Karak, algo parecido com o Chai indiano, e que não é mais do que a mistura de chá preto, leite condensado, cardamomo (e os qataris ainda lhe adicionam açúcar!).
Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
“Comida Local” em Doha significa, “Comida do Mundo”! Há vários “tascos” pela cidade, principalmente paquistaneses, indianos, turcos… comida muito saborosa a preços muito económicos (a rondar os 5 euros, ou menos, por refeição). É também onde nos encontramos com a comunidade mais marcadamente árabe – e eu gosto destes encontros.
Por isso, sugiro um restaurante do Yemen em pleno Souq Waqif, o Bandar Aden, onde se pode optar por comer sentado no chão; aqui, o pão árabe é elástico, quente e delicioso; também no souq, literalmente ao virar da esquina, o Shujaa Restaurant fica perpendicular à azáfama de uma padaria: as mesas são ao ar livre com bancos corridos, para kebabs de inspiração afegã, humus e cheio de potencial para companhia interessante.
E ainda: o Thai Snack para spring rolls bem estaladiços, recheados de vegetais e os incontornáveis dumplings de carne; e o Turkey Central com as melhores asas de frango que já comi.
Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que bairro nos aconselhas a procurar hotel em Doha?
Uma das melhores localizações para quem vem de visita será próximo do Corniche, já que conta, nas imediações, com o Souq Waqif, o MIA (com o seu parque e café de charme), o mar logo ali, a possibilidade de passeios ao longo de 7 km de baía, e dista somente cerca de 15km do aeroporto. De carro, a proximidade de West Bay facilita as saídas nocturnas, mais opções para jantar e… shoppings!
Escolhe um café e um museu.
Museum of Islamic Art (MIA) e o café do MIA park.
Para além das obras que alberga, o edifício do MIA é, por si só, uma obra de arte: arquitectura contemporânea, sem perder os traços árabes, com uma enorme, mesmo enorme, janela sobre o mar; por lá acontecem, uma vez por mês, concertos de música clássica, em pleno átrio do museu; todos são bem-vindos e a entrada é gratuita.
O café é exterior ao museu e, juntamente com o parque, completa o trio MIA. É um café ao ar livre, virado para a baía, e que permite uma vista privilegiada da skyline de Doha.
Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite em Doha?
Sair à noite em Doha, implica, por norma, ir a um bar de hotel. E existem vários, bem interessantes (dito por mim, que nunca fui muito fã de bares de hotel!). Assim, em jeito de check-list:
- O Rooftop no St Regis Hotel
- O Jazz Lincoln Center, também no último andar do St Regis Hotel
- As festas na praia, com reggae, no St Regis Hotel
- O Souq Waqif, para jantar em ambientes arabescos, bares com shisha e people watching
- O Old Manor, que é um bar e restaurante, para bebidas alcoólicas a preços não proibitivos e momentos de diversão com locais :).
Tens alguma sugestão para quem pretender fazer compras em Doha? O que comprar?
Sugiro o Souq Waqif, por ser o local mais tradicional, onde se encontram verdadeiras relíquias em antiquários, postais pintados à mão, ímans para o frigorifico (um clássico dos viajantes) e roupa tradicional para quem quiser comprar uma abaya ou um thobe, a preços muito acessíveis.
Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Doha; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
Bem, não serão segredos, mas antes uma derradeira check-list de alguns sítios onde gosto muito de ir:
- O MIA, o MIA park e café; nos dois últimos há sempre pouca gente à sexta-feira de manhã e ao anoitecer
- Ir ao Jazz Lincoln Center, para live jazz pós-jantar, no último andar do Hotel St Regis; viajar sem sair do lugar!
- A Venice Beach em Qanat Quartier, ao anoitecer
- Ver o nascer do Sol em Corniche (as 04:20 da manhã, no verão)
- O Aspire Park, para correr, para caminhar enquanto se conversa, e observar as muitas famílias que piquenicam.
Obrigado, Elizabeth. Vemo-nos numa próxima viagem a Doha.
Guia prático
Onde ficar em Doha
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