Hoje, na série de portugueses pelo mundo, vamos até Helsínquia, na Finlândia, pela mão da Marta Sofia Guimarães. A Marta tem 32 anos, é licenciada em Direito e “fotógrafa de alma e coração” – ver martagraphie.com -, e está a viver em Helsínquia há sensivelmente 10 meses. Convidei-a a partilhar connosco as suas impressões e dicas com o melhor da “sua” Helsínquia.
É um olhar diferente e muito interessante para quem visitar Helsínquia – o de quem vive por dentro o dia-a-dia da capital finlandesa, estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocado, como acontece a todos os viajantes. Este é o 34º post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.
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Em Helsínquia com a Marta Sofia Guimarães (entrevista)
- 1.1 Define Helsínquia numa palavra.
- 1.2 Helsínquia é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
- 1.3 E o que mais te marcou em Helsínquia?
- 1.4 Como caracterizas os finlandeses? São tão “frios” como imaginamos?
- 1.5 Viver em Helsínquia implica dias de verão infindáveis e dias de inverno minúsculos. Como foi a adaptação a essa realidade?
- 1.6 Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Helsínquia sem…”
- 1.7 Quanto ao turismo, vamos tentar fazer um roteiro de 3 dias em Helsínquia. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
- 1.8 A Finlândia é um destino caro. Tens algumas dicas para poupar dinheiro em Helsínquia?
- 1.9 Falemos de comida. A cozinha nórdica está na moda – que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar?
- 1.10 Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
- 1.11 Helsínquia não é propriamente conhecida pela sua movida, mas sei bem que os nórdicos são grandes notívagos ao fim de semana. O que sugeres a quem queira sair à noite?
- 1.12 Escolhe um café e um museu.
- 1.13 Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que bairro nos aconselhas a procurar hotel em Helsínquia?
- 1.14 Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras em Helsínquia?
- 1.15 Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Helsínquia; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
- 2 Guia prático
Em Helsínquia com a Marta Sofia Guimarães (entrevista)
Define Helsínquia numa palavra.
Atrevo-me a ir um pouco mais além definindo Helsínquia como a casa sossegada e aconchegante que me acolhe.
Helsínquia é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
O “convite” para vir para Helsínquia surgiu de forma súbita e inesperada. O amor aconteceu e o que fiz foi, sem expectativas, deixar-me levar pela vida e suas variações. Concedendo a mim própria a liberdade de ir para me deixar estar… estar pela cidade, senti-la e descobri-la passo a passo. Pelo caminho, fui reparando que Helsínquia é organizada, bem-educada e gentil.
E o que mais te marcou em Helsínquia?
Primavera, verão, outono, inverno… e primavera. Em Helsínquia sinto que é mais intenso o modo como as estações se sucedem.
O inverno é rigoroso e talvez “demasiado longo”, dizem os nativos. Os dias são curtos. A chuva, a neve e o vento são frequentes. O frio também, mas mesmo que os termómetros registem 20 graus abaixo de zero não se sente tanto quanto cheguei a imaginar. All that we need to do is dress warmly and enjoy it!
A primavera é ainda mais curta do que o verão e celebra-se na rua, a 1 de maio, no Festival da Primavera dos Finlandeses – Vappu, em finlandês. Na primavera tudo cresce tão rápido que quase podemos ver a grama a tornar-se maior e as folhas a brotar.
O verão? O verão pode não ser interminável em Helsínquia, mas há dias de verão quase intermináveis. No verão tomam-se banhos de sol nos parques espalhados pela cidade, passeia-se e, quer os mais novos, quer os mais velhos, vão de bicicleta para todo o lado. No dia 21 de junho, dia de celebração do Solstício de verão – Juhannus em finlandês -, muitos são aqueles que deixam a cidade e rumam às suas casas no campo, para fazer as tradicionais fogueiras e partilhar bons momentos entre família e amigos.
Enfim, dá prazer apreciar e sentir a vontade esmagadora de estar ao ar livre e celebrar as estações mais soalheiras. No final do verão, o outono revela-se admirável… é fascinante a explosão de cores – amarelo, vermelho e castanho – e é uma dádiva da natureza ver as florestas pintalgadas de cogumelos selvagens comestíveis (e ter o direito de os colher).
Como caracterizas os finlandeses? São tão “frios” como imaginamos?
São diferentes. São reservados, discretos e extremamente respeitadores.
Um dos sinais que pode, eventualmente, demonstrar a “frieza” que referem, é talvez o facto de ser comum, em ambiente informal, entre familiares e amigos, ser apresentado a uma pessoa nascida e criada na Finlândia e o cumprimento ser feito com um aperto de mão e um sorriso tímido. Eu estranho e, como sou espontânea que baste, quebro o gelo. Ofereço um sorriso rasgado e convido a dois beijinhos.
No final concluo que a extroversão, neste caso, portuguesa, complementa e seduz a eventual introversão finlandesa. É só uma questão de tempo e oportunidade.
Viver em Helsínquia implica dias de verão infindáveis e dias de inverno minúsculos. Como foi a adaptação a essa realidade?
Confesso que ainda não me posso considerar adaptada a essa realidade.
Isto é, viver em Helsínquia e aproveitar os dias infindáveis de verão é relativamente simples. Digo relativamente porque é complicado convencer-me de que é hora de dormir quando no exterior está, para ficar até ao amanhecer, aquele encantador lusco-fusco do entardecer. Tudo se torna um pouco mais complicado quando não existe o hábito de manter a escuridão total no interior das casas. Portanto, uma das aquisições para a próxima época será uma máscara de dormir. 😉
Obviamente, no inverno outras questões se levantam. Manter os níveis de energia e alerta num estado ótimo quando às 3 da tarde já é noite é um autêntico desafio.
Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Helsínquia sem…”
…sair de Helsínquia para visitar Porvoo, Loviisa e/ou Fiskars.
Quanto ao turismo, vamos tentar fazer um roteiro de 3 dias em Helsínquia. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
Explorar Helsínquia em 3 dias torna-se mais simples se combinarem a utilização do elétrico com percursos curtos a pé. Helsínquia é relativamente compacta e convida à exploração a pé, principalmente na primavera, verão e outono. Contudo, se a estadia dura apenas 3 dias, aconselho-vos a não cair nessa tentação, pois, por entre os inúmeros parques, reentrâncias de mar pela cidade, floresta que a circunda e afins, vão encontrar recantos que vos incitarão ao deleite.
Dia 1
Visitem o Hakaniemen Kauppahalli / Hakaniemi Market Hall. Kauppahalli significa Mercado Municipal. Hakaniemi é a área, bem próxima do coração da cidade, onde o mercado se situa. Neste mercado provem uma iguaria local – Karjalanpiirakka Munavoilla / Karelian pie with egg butter – no Parhiala (entretanto encerrado). De seguida deambulem pelo interior do mercado e deixem-se seduzir pelas cores e aromas distintos que preenchem o espaço. No segundo andar o espaço é dedicado a criações locais que podem adquirir e oferecer como souvenirs.
Saiam do mercado e caminhem em direção à Kulttuurisauna / Culture Sauna. É um espaço de arquitetura minimalista assinado pelo casal de arquitetos Tuomas Toivonen & Nene Tsuboi, localizado junto ao Mar Báltico, em Merihaka, e dedicado a algo que faz parte da vida diária dos finlandeses, a sauna. O acesso implica um investimento de 15€, grupos até 3 pessoas são admitidos e no inverno laçam o desafio, aos mais corajosos, de nadar no gelo. Go for it!
De seguida façam mais uma curta caminhada até Kaisaniemen Kasvitieteellinen Puutarha / Kaisaniemi Botanic Garden. Kaisaniemi é uma parte do centro de Helsínquia que se situa a sul de Hakaniemi. A grande atração de Kaisaniemi é o seu extenso parque onde se insere o jardim botânico cujo acesso ao jardim exterior é gratuito.
À saída do parque, percorram a Rua Unioninkatu e no seu número 29 encontrarão a bonita Catedral de Helsínquia que, no século XIX, foi projetada pelo arquiteto Carl Ludwig Engel.
Após visita à Catedral sugiro-vos duas alternativas. A primeira é seguir pela Rua Sofiankatu e ir ao encontro do Eteläsatama / South Harbour de Helsínquia, em Eteläranta, onde se situa o Vanha Kauppahalli / Old Market Hall. Este mercado abriu portas em 1889 e é digno de visita para simples passagem ou para provar mais uma iguaria local – Kermainen Lohikeitto / Salmon Soup – no restaurante Escandinavo, Story. A segunda alternativa é percorrer a Rua Aleksanterinkatu em direção a Katajanokka, um dos mais distintos distritos de Helsínquia, onde, no número 1 da Rua Kanavakatu, se localiza a maior igreja ortodoxa da Europa Ocidental, símbolo do impacto Russo na história da Finlândia – Uspenski Orthodox Cathedral. Bem próximo desta igreja recomendo que partam em busca da Rua Satamakatu e do café Signora Delizia. É uma verdadeira delícia, confortável e aromático.
Dia 2
Comecem o dia com a visita ao Ateneum Art Museum. Este museu possui a maior coleção de arte na Finlândia e faz parte da Finnish National Gallery.
Após visita ao Museu de Arte Ateneum sugiro que, com todo o tempo do mundo, apanhem o elétrico número 3, reconhecido por proporcionar uma bela visita pela cidade. Desfrutem. Desfrutem, sigam em direção a Kaivopuisto e saiam em Eira, um dos bairros mais distintos da cidade a par de Katajanokka. Por lá podem, e devem, caminhar e apreciar o charme de cada um dos edifícios de Art Nouveau. Confesso que esta parte da cidade me fascina. Fascina-me pela arquitetura e por ser altamente provável, cada vez que lá vou, encontrar um spot diferente, encaixado num dos belos e antigos edifícios. Enfim, é um bairro único, envolvido pelo mar do qual saltam à vista algumas das principais ilhas de Helsínquia.
No regresso ao centro da cidade, aproveitem para visitar o Kiasma – Nykytaiteen Museo / Museum of Contemporary Art.
Entretanto, se apertar a vontade de pegar, para comer, o melhor falafel na cidade, encontrarão na Rua Pohjoinen Rautatienkatu 21, próximo do Kiasma, o Fafa’s. Façam bom proveito!
Para finalizar o dia da melhor maneira, caminhem pela margem de Töölönlahti / Tölö Bay, ao encontro do bonito e moderno edifício da Suomen Kansallisooppera / Finnish National Opera.
Dia 3
Passem a maior parte do dia em Seurasaari. Seurasaari é uma ilha e distrito de Helsínquia. Seurasaari fica a poucos quilómetros do coração da cidade e é dona de uma floresta densa. Relaxem na beleza rural desta ilha e, se possível, visitem o Seurasaaren Ulkomuseo / Seurasaari Open-Air Museum. Este museu proporciona um vislumbre sobre as antigas e tradicionais habitações das províncias da Finlândia.
Antes de irem para Seurasaari, ou no regresso, visitem a Alvar Aallon Kotitalo / The Aalto House, na Rua Riihitie 20. A poucos passos da casa, fica o Alvar Aallon Ateljee / Studio Aalto, na Rua Tiilimäki 20. Se puderem, combinem a visita aos dois locais e fiquem a conhecer um pouco mais sobre a vida daquele que é considerado o pioneiro da arquitetura e do design moderno, Alvar Aalto.
A Finlândia é um destino caro. Tens algumas dicas para poupar dinheiro em Helsínquia?
Para se poupar dinheiro em Helsínquia, o ideal é começarem por pesquisar os voos diretamente na TAP ou na Lufthansa e, principalmente se não viajarem sozinhos, procurem o alojamento usando o airbnb.
Para chegar ao centro da cidade a partir do aeroporto de Helsínquia, localizado em Vantaa, o ideal e mais barato é apanharem o autocarro. A cidade pode ser visitada a pé. Ou de elétrico. Notem que, quer o bilhete único, quer o bilhete diário, pode ser utilizado no autocarro, no elétrico, no metro, no comboio e no ferry para Suomenlinna. O primeiro pode ser adquirido ao condutor ou nas máquinas automáticas. O segundo pode ser adquirido nas máquinas automáticas, no Posto de Turismo ou na Estação de Comboios Central. Outra opção a considerar é o Helsinki Card.
Se quiserem poupar nas refeições principais, principalmente no jantar, aproveitem a cozinha do vosso apartamento e procurem o que desejam nos supermercados locais – S-Market, K-Supermarket. Estes têm preços mais acessíveis do que, por exemplo, os mercados locais e a Anton & Anton, que oferecem produtos locais e não locais fabulosos. Entre ambos existe a Ruohonjuuri e a Ekolo, que são lojas de produtos biológicos.
Almoçar ou jantar fora em espaços que ofereçam sanduíches, hambúrgueres, falafel e afins, é acessível. Experimentar haute cuisine e cozinha tradicional requer maior investimento. Embora, se ao almoço, quiserem provar comida local e observar um amontoado de gente, apostem no Kauppatori / Market Square em Eteläsatama / South Harbour de Helsínquia.
Por último, uma das coisas que, devido aos impostos altos, agita as águas de qualquer orçamento é o álcool, que, de acordo com leis e regras próprias, pode ser consumido em bares e restaurantes, e adquirido em supermercados, se a taxa de álcool for até 4,7%, ou, sendo superior, numa das inúmeras lojas Alko.
Falemos de comida. A cozinha nórdica está na moda – que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar?
A cozinha nórdica está na moda e, por razões históricas, tem sido influenciada pelo oriente e ocidente.
Como aperitivo sugiro as já referidas Karjalanpiirakka Munavoilla / Karelian pie with egg butter ou Kermainen Lohikeitto / Salmon Soup.
Para os fish lovers, recomendo Paistetut Silakat / Fried Herrings ou Lohivoileipä / Salmon Sandwich. Para os meat lovers, recomendo Lihapullat / Meatballs ou Poronkäristys / Reindeer Hash.
Como sobremesa… Mustikkapiirakka / Blueberry Pie.
Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
Helsínquia tem imensos locais que oferecem delícias gourmet, comida tradicional, sabores longínquos e comida de rua. Eu confesso que, por tendência, como comidas locais em casa de famílias locais.
Contudo, baseado na descoberta e preferência partilhada por pessoas locais que me são queridas, deixo-vos aqui algumas sugestões de lugares onde irão encontrar comida tradicional:
Não posso deixar de referir que, aqui, novo e surpreendente, é o Restaurant Day. Um evento que se estreou em 2011 e onde aparecem restaurantes pop-up nas ruas, nos parques e nas casas de Helsínquia, e que acontece 4 vezes por ano.
E, para maior consolo dos amantes de comida, existe um espaço que consta na minha lista de favoritos: Teurastamo / The Abattoir. O antigo matadouro de Helsínquia é palco dos principais eventos da cidade e nele podemos fazer um piquenique, ou ter o prazer de almoçar ou jantar no B-Smokery ou no Teurastamon Portti. Tal como Helsínquia, é um espaço com vida e com mais recantos a descobrir.
Helsínquia não é propriamente conhecida pela sua movida, mas sei bem que os nórdicos são grandes notívagos ao fim de semana. O que sugeres a quem queira sair à noite?
Concordo contigo, Filipe. Digamos que apenas no verão, quando a noite não cai, ninguém vagueia por ela.
Mais uma vez Helsínquia mostra-se repleta. Repleta de clubs, bares, pubs e night clubs. É notório. Eu não sou grande noctívaga, mas posso sugerir alguns dos meus locais preferidos.
Tavastia – é reconhecido por ser um dos mais antigos clubs de rock da Europa. Proporciona concertos ao vivo de artistas internacionais e finlandeses. Foi lá que assisti ao concerto de Lee Ranaldo and The Dust (US) e Lau Nau (FI).
Ambiente descontraído, boa música e cervejas do mundo têm William K, Kuikka e Vastarannan Kiiski.
Escolhe um café e um museu.
Para aqueles momentos em que tudo o que precisamos é uma fatia de bolo bonita, deliciosa e bem próxima da perfeição, escolho o café Le Fleuriste.
Ciente que é especial, característico e mundialmente reconhecido o design e arquitetura da Finlândia, escolho o Designmuseo / Design Museum e o Arkkitehtuurimuseo / Museum of Finnish Architecture.
Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que bairro nos aconselhas a procurar hotel em Helsínquia?
Helsínquia é uma cidade segura por natureza e simples de ser visitada a pé. Em caso de necessidade, comodidade…a rede de transportes públicos é diversificada e está em toda a parte. O autocarro, o elétrico e o metro servem o centro da cidade e distritos/áreas circundantes. O autocarro e o comboio permitem ir em direção a destinos mais distantes.
Para quem quer ficar num distrito considerado vibrante, especialmente durante o mês de agosto, pode procurar hotel em Kallio. Kallio tem uma variedade de lojas, bares, cafés e restaurantes. É um dos distritos de Helsínquia, bem próximo do centro da cidade, e inclui a já referida área de Hakaniemi.
A área de Kamppi e Kluuvi, por seu lado, é o centro da cidade. É demasiado movimentada mas está entre museus, galerias de arte e ruas comerciais. A Estação de Comboios Central, o estabelecimento comercial mais famoso do país, Stockmann e o Museu de Arte Ateneum, estão localizados em Kluuvi.
A título de exemplo, um clássico no coração de Helsínquia é o Solo Sokos Hotel Torni. Um hotel moderno num edifício de Art Nouveau é o GLO Art Hotel. Recheado de histórias é o Hotel Kämp. Helsínquia também oferece opções de alojamento alternativas, como hostels e área de campismo.
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Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras em Helsínquia?
Helsínquia tem inúmeras ruas recheadas de espaços onde se pode comprar objectos de design, roupas únicas, iguarias…and so on.
Percorrendo a Rua Aleksanterinkatu, uma das principais ruas comerciais, para além de encontrarem o referido Stockmann, encontrarão também as lojas das mais conhecidas marcas internacionais e uma das lojas da distinta marca finlandesa, Marimekko, notada pelos tecidos estampados, coloridos e simples, bem como pelas roupas e acessórios.
Em alternativa, se o que vos seduz são boutiques únicas, rendam-se às existentes na Rua Pohjoisesplanadi, Eteläesplanadi, Bulevardi e Frederinkatu.
Se o vosso interesse versar sobre objetos de design, é imperativo conhecer e explorar a área localizada no centro de Helsínquia, Design District Helsinki.
Pontualmente, é possível encontrar espaços únicos, dentro de portas ou ao ar livre, onde podem comprar roupa e mobiliário vintage ou em segunda mão. Dou-vos como exemplo: Olo-huone, Fargo, Vintage & Music e Frida Marina. Aliás, ainda a este propósito, duas vezes por ano, nas ruas ou nos jardins das suas próprias casas, qualquer pessoa pode vender as suas coisas, transformando Helsínquia num gigantesco flea market. É o chamado Siivouspäivä / Cleaning Day.
Se quiserem apreciar os mercados locais, descobrir e comprar algumas das iguarias que estes têm para oferecer, regressem aos já referidos Hakaniemen Kauppahalli / Hakaniemi Market Hall e Vanha Kauppahalli / Old Market Hall, e visitem mais um: Hietalahden Kauppahalli / Hietalahti Market Hall. Aqui, deliciem-se com os melhores hambúrgueres da cidade, no restaurante Roslund e visitem o Ricardo Miguel que oferece sabores de Portugal.
Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Helsínquia; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
Três “segredos” distintos. Pode ser?…
Suomenlinna. De forma muito discreta já me referi a Suomenlinna. Suomenlinna é uma ilha com valor histórico e natural, classificado como Património Mundial pela UNESCO. O acesso é simples, pode ser feito por ferry e, neste caso, quer o bilhete único, quer o bilhete diário acima referido, são aceites. A história de Suomenlinna é longa e abrange diferentes eras – era Sueca, era Russa e era da Finlândia independente. A beleza natural de Suomenlinna é encantadora e liberta aromas memoráveis.
Keskuspuisto / Central park. O lugar com 1.000 hectares onde podemos estar na floresta sem nunca sair da cidade. O lugar que nos permite estar em contacto com a natureza, ver cavalos, esquilos e coelhos selvagens, enquanto caminhamos, corremos ou andamos de bicicleta. Mesmo sem destino, nunca nos perdemos. É fabuloso.
Suomen Saunaseura / The Finnish Sauna Society. Este espaço é uma associação cultural fundada em 1937 que visa preservar a tradicional cultura da sauna na Finlândia. É uma sauna pública. Homens e mulheres têm secções separadas. O acesso é restrito a associados e a seus convidados. Eu fui convidada e foi uma experiência única, vivida num local onde a nudez é natural e onde se declara aberta a competição para ver quem tolera melhor o calor. Aquecermo-nos e refrescarmo-nos é um ritual que podemos repetir enquanto nos sentirmos bem. Num cenário relaxante, ao cair da noite, repeti o ritual duas vezes e posso garantir que refrescar no Mar Báltico quando sobre este existe uma espessa camada de gelo é agradável e revigorante para o corpo e para a mente.
Obrigado, Marta. Encontramo-nos numa próxima viagem a Helsínquia, cidade que ainda não tive oportunidade de conhecer. Mas já fiquei com umas ideias sobre o que fazer em Helsínquia…
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