Londres por quem lá vive: Kate Guimarães

Viver em Londres
Londres

Hoje, na série de portugueses pelo mundo, vamos até Londres, no Reino Unido, pela mão da Kate Guimarães. A Kate é arquiteta e está a viver em Londres há 2 anos. Convidei-a a partilhar connosco as suas sugestões e dicas com o melhor da “sua” Londres.

É um olhar diferente e mais rico sobre a capital inglesa – o de quem vive por dentro o dia-a-dia da metrópole, estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocado, como acontece a todos os viajantes. Este é o 28º post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.

Conteúdos do Artigo

Em Londres com a Kate Guimarães (entrevista)

Define Londres numa palavra.

Pode soar cliché, mas eu diria “Cosmopolita“. Ainda hoje vinha a reparar no metro que se ouve quase tanto de línguas estrangeiras como se ouve inglês. E depois é uma cidade com muita vida, muita oferta cultural e coisas sempre a acontecer. Não é por acaso que dizem que “When a man is tired of London, he is tired of life” – Samuel Johnson.

Londres é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.

Londres tem um bom equilíbrio entre edifícios e parques verdes. É muito frequente habitar-se, como eu, numa casa com jardim. E, em geral, todos os pequenos bairros têm um parque ou jardim comunitário. Isso é muito bom.

Por outro lado, isso faz com que a cidade se tenha dispersado muito no território e é muito comum que as pessoas tenham de fazer viagens de 40-50 minutos para chegar ao trabalho, dependendo da zona onde vivem.

Quando cheguei, fiquei fascinada pelo frenesim de ver as pessoas sempre a correr de um lado para o outro; hoje aprecio mais a tranquilidade de almoçar num parque ou ler num banco de jardim.

Há também a ideia preconcebida de que em Londres está sempre a chover. Para uma pessoa que odiava chuva como eu, não era um aspeto muito convidativo. No entanto, comparando com o Porto (a minha cidade), a chuva de Londres não me chateia tanto. Pode chover mais dias no ano mas a chuva é intermitente. É raro chover desalmadamente o dia todo e, por outro lado, celebra-se e aproveita-se muito mais o sol.

Em Portugal é comum as pessoas acordarem tarde e desperdiçarem grande parte do dia de sol a dormir ou fechadas em casa. Aqui é quase crime não se sair à rua e mostrar a perna ao primeiro raio do ano e ficar em pubs e esplanadas até o sol se pôr.

Concluindo, eu acho que Londres é uma cidade ótima para se viver numa determinada fase da vida, como a que estou a passar agora. No entanto, acho que a longo prazo as pessoas acabam sempre por se mudar para zonas mais calmas. Por isso mesmo, Londres é uma cidade de pouca permanência, onde as pessoas estão quase sempre de passagem.

E o que mais te marcou em Londres?

O que mais me marcou e ainda me marca é a quantidade de pessoas. É estar à porta de uma estação de metro ou comboio na hora de ponta e ver os comboios a descarregar milhares de pessoas ao segundo. Este facto é especialmente engraçado uma vez que não se sabe de onde é que as pessoas vêm, já que não há muitos arranha-céus e os subúrbios são essencialmente compostos por casas individuais. Talvez para quem viva em cidades maiores, como Nova Deli, este facto tenha proporções muito maiores, mas para quem vem de Portugal, pensar que a população do nosso país inteiro cabe numa só cidade é avassalador.

Depois fiquei também surpreendida pelo tempo, o facto de ser frequente ter as quatro estações num dia só (entre fazer vento, chover e estar um sol maravilhoso). O sol não é tão bom como o nosso, nem tão quente, mas é sem dúvida mais apreciado. O facto de estar sol num fim de semana é capaz de encher a semana de conversa em volta do tema.

Como caracterizas as pessoas de Londres?

A minha primeira impressão foi que as pessoas eram simpáticas e talvez na perspetiva do turista, os londrinos façam um esforço por acolher os que vêm de fora. Hoje em dia acho que o stress do dia-a-dia da cidade torna as pessoas um pouco individualistas, agressivas e intolerantes. Mas há sempre boas surpresas e pessoas que nos marcam pela positiva.

Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Londres sem…”

… ir a um mercado e passear de bicicleta num parque. Pelo menos são as minhas coisas preferidas. Obviamente, há uma data de atrações turísticas a não perder para quem vem pela primeira vez a Londres, mas tentar sempre alternar esses programas com mercados e parques.

Londres
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Quanto ao turismo, ajuda-nos a fazer um roteiro de 3 dias em Londres.

Para quem vem passar um fim de semana prolongado, de sexta a domingo, eu recomendaria:

Sexta-feira

Conhecer as principais atrações turísticas de Londres. Começar pela Changing of the Guard às 11:00 em frente ao Buckingham Palace, visitar o próprio palácio (que só está aberto ao público na altura do verão, quando a rainha vai para a Escócia), atravessar St. James’s Park e ir a Westminster Abbey, Big Ben, Houses of Parliament e London Eye.

Descer por Whitehall Street, passar em frente a Downing Street (residência do Primeiro Ministro inglês) e ir até Trafalgar Square. Para quem gosta de museus, é uma boa oportunidade para visitar a National Gallery.

Ir até Piccadilly Circus (onde se podem comprar os bilhetes de última hora para os musicais do Soho). Para quem gosta de compras vale a pena fazer a Regent Street até Oxford Circus. Para os amantes de arte, ir até Tottenham Court Road e visitar o British Museum.

Acabar o dia em Convent Garden ou no Soho, escolher um restaurante de gastronomia internacional e ir até a um pub.

Sábado

Este dia deverá ser reservado para ir a um mercado e a um parque pois é o dia da semana em que há mais mercados abertos, especialmente os mais conhecidos.

Dependendo dos gostos pode-se escolher ir a Portobello (um dos mercados mais conhecidos) – para quem gosta de antiguidades, roupa, flores, etc; o Broadway Market, o meu preferido – um mercado mais local e cool para os novos hipsters da zona leste com músicos de rua, roupa e boa comida; ou o Borough Market, com uma grande oferta gastronómica – essencialmente para comida e bebida.

Optemos então pelo circuito mais tradicional. Ir a Portobello Market em Notting Hill, vaguear pelas bancas de antiguidades, roupa de antigos militares, peles, artigos em prata e roupa em segunda mão.

Alugar uma bicicleta e atravessar Kensington Gardens e ver o Palácio do Príncipe, ir ao Hyde Park e ver a Serpentine Gallery, fazer um piquenique no parque ou tomar um chá e scones em frente ao lago. Nos dias de calor é também possível tomar banho no lago Serpentine Lido, que é uma zona de água tratada.

Descer o parque até South Kensington, visitar o Victoria and Albert Museum ou o Museu de História Natural. Para quem gosta de compras ir até Knightsbridge e visitar o icónico Harrods e acabar o dia a jantar num dos vários restaurantes em South Kensington.

Percurso alternativo

Alternativamente, para os que já vieram a Londres e dispensam os roteiros turísticos mais habituais, gostava de partilhar aquele que é para mim dos percursos mais interessantes de Londres que faço habitualmente todos os sábados.

Começar pelo Victoria Park (East London) e fazer o brunch no Pavillion (um café à beira do lago).

Percorrer o Regents Canal (que atravessa toda a cidade de Este a Oeste) até Broadway Market. Almoçar nesse mercado de comida que se realiza apenas aos sábados. Descansar no parque de London Fields e passar pela London Fields Brewery (uma mini-fábrica de cerveja) e provar a variedade de cervejas caseiras. Continuar pelo canal até Kingsland Road e caminhar em direção a Shoreditch.

Em Shoreditch, vaguear pelas galerias de arte e jantar num indiano em Brick Lane.

Sair à noite no Jazz bar em Dalston ou noutro na mesma zona.

Domingo

No domingo começar no Columbia Market, mercado das flores e vaguear pelas lojinhas à volta do bairro.

Ir a Brick Lane e almoçar num dos vários restaurantes indianos ou comer comida de rua, nas várias stalls ao longo da rua. Ver as lojas de artigos em segunda mão onde se encontram sempre tesouros a preços inacreditáveis.

Passar por Spitafields Market e ir até Liverpool Street (financial district) que ao domingo está estranhamente muito calmo, em comparação com o resto da semana.

Ir até St. Paul’s Cathedral e ver um recital de borla. O domingo é o melhor dia para ir a St. Paul’s porque normalmente não se paga, especialmente se formos à hora do recital ou da missa. Nos outros dias paga-se uma entrada de 20 libras.

Ir até Tower of London e acabar o dia a ver a vista de Tower Bridge, aquele que é, a par do Big Ben, o maior símbolo de Londres.

Parque Londres
Londres

Veja o roteiro de 24 horas em Londres.

Tens dicas para se poupar dinheiro em Londres?

Quando vim para cá não tinha emprego e estive dois meses a viver das minhas poupanças.

Londres tem imensas atividades gratuitas e sítios onde se pode ir sem gastar muito dinheiro. A revista Time Out, que é gratuitamente distribuída pela cidade todas as terças-feiras, tem uma secção só dedicada a eventos gratuitos. Para além disso, todas as primeiras e últimas quintas-feiras do mês há inaugurações de exposições de arte pela cidade, onde oferecem sempre cerveja e vinho de borla. Para comer arranjam-se sempre restaurantes asiáticos bons e baratos (por volta de £10/refeição) ou mercados de comida com uma grande seleção de gastronomias por volta de £5.

O transporte é o que normalmente também fica bastante caro. Para quem vem por 4 dias, compensa fazer o passe de metro semanal. Em alternativa, é possível alugar bicicletas (barclays’ bikes) por £2/dia para trajetos ilimitados de 30 minutos. Recolhe-se a bicicleta num ponto da cidade (há milhares espalhados por Londres) e devolve-se noutro ponto qualquer à escolha, desde que haja espaço para prender a bicicleta.

Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar?

Eu acho que a ideia preconcebida de que a comida inglesa e má, é errada. Talvez a população em geral não tenha ainda muito a cultura da comida, o que leva a que existam vários restaurantes maus e que as pessoas recorram com frequência a comidas pré confecionadas dos supermercados.

No entanto, tenho descoberto imensos sabores novos da cozinha inglesa. O fish and chips é um dos pratos no top a nível cultural. Aos domingos é muito frequente os pubs anunciarem o Sunday Roast, que consiste num assado de carne de porco, vaca ou borrego acompanhado por uma grande variedade de legumes e servido com diferentes molhos (menta, gravy, horseradish, etc). Para além disso, existe também muito a cultura dos bifes, das carnes de caça e de determinados pratos de peixe. Os melhores sítios para a gastronomia local são os pubs, tentando escolher os que sejam independentes e não pertençam a nenhuma cadeia.

Para além disso, é igualmente famoso o English Breakfast, composto por salsichas, bacon, ovos, feijão, tomate, cogumelos e tostas (entre outras coisas) e que normalmente é uma refeição que alimenta para grande parte do dia.

Há ainda o Cream Tea e o Afternoon Tea. O Cream Tea corresponde ao nosso lanche e é composto por scones com clotted cream e doce de framboesa e chá. É servido em Tea Rooms, sendo mais comum nos meios rurais do que na cidade de Londres. O Afternoon Tea é uma refeição mais chique e requintada, composta por uma seleção de bolos, sanduíches e champanhe e é servido geralmente nos restaurantes dos grandes hotéis. Não é propriamente o meu “cup of tea” mas não nego que deva ser uma experiência interessante.

A Inglaterra não é propriamente afamada pela sua gastronomia, mas imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?

Os pubs são naturalmente a escolha mais óbvia. Há um em cada esquina, sendo que os independentes são sempre melhores do que as cadeias. Cada londrino frequenta habitualmente os pubs do seu bairro, pelo que eu recomendo o Empress perto de Victoria Park, e o Princess of Shoreditch. Os pratos principais rondam £15, o que não sendo propriamente barato, é o sítio onde se come comida mais inglesa. Ao domingo ao almoço, há o Sunday Roast, com oferta de menus de preço fixo, o que acaba por ser vantajoso.

Nos pubs é igualmente frequente poder comer um bom hambúrguer e fish and chips, a rondar as £10.

No entanto, para fish and chips aconselho o Rock and Sole Plaice em Covent Garden ou a Fish House. Mas há vários e em geral, os sítios tradicionais de fish and chips são sempre bons.

Tirando a gastronomia inglesa, o mais comum em Londres são as comidas de outras culturas: chinesa, indiana, vietnamita, tailandesa, italiana…

Para pizzas boas e baratas há o ICCo.

Brick Lane é uma rua na zona leste da cidade com grande oferta de restaurantes indianos. Dizem que não são bem indianos, que são bangladeshi mas acho que esta diferenciação é um preciosismo. Cada restaurante tem uma pessoa à porta e é giro poder negociar os preços. Quanto maior o grupo, melhor o negócio. Negoceia-se o desconto ou o preço fixo, podendo incluir até vinho e cervejas. Geralmente consigo negociar uma entrada, prato principal, arroz, naan e papadom e cerveja por £12. Alguns destes sítios, assim como outros restaurantes asiáticos, muitas vezes não vendem álcool mas têm uma política BYO (Bring Your Own), sendo que se pode trazer bebidas compradas no supermercado.

Há também vários chineses espalhados pela cidade mas os melhores são talvez em ChinaTown. Para uma refeição um pouco mais requintada e com boa seleção de Dim Sum (um conjunto de pequenos pratos que compõem o pequeno almoço chinês), há o Plum Valley, mas qualquer outro em Gerrard Street é bom.

A minha preferência recai para a comida Vietnamita e Tailandesa. O meu restaurante preferido é o Viet Pho, também no Soho, onde se pode comer um dos melhores Pho (sopa vietnamita) que eu já provei. Para além disso, também recomendo o Cha Cha Moon.

Para terminar, não poderia deixar de dizer que os mercados de comida são dos sítios onde se pode experimentar maior variedade de comida a preços muito acessíveis. É quase irresistível não gastar dinheiro a provar todas as iguarias e o ambiente é igualmente muito cativante. Eu salientaria o Broadway Market, o Borough Market e o Brixton Market.

E se um viajante estiver mesmo, mesmo com saudades de Portugal, por onde deve passar? (um café, restaurante, enfim… onde é que tu matas saudades?)

Há uma zona em Londres que é frequentemente conhecida pelos portugueses como Little Portugal. É um bairro na zona sul que tem restaurantes portugueses porta com porta. Tenho experimentado alguns e embora a qualidade nunca chegue a fazer jus aos restaurantes de Portugal, são bons para matar saudades. É-se acolhido com um simpático “Boa tarde” ou “Boa noite”, servem rissóis e bolinhos de bacalhau e broa de milho de entrada e bebe-se Super Bock e Luso. São frequentados por vários tipos de pessoas, desde o camionista ao banqueiro, sendo um sítio comum para ver os jogos de futebol, clubismos à parte.

Gosto também de ir à Lisboa Delicatessen em Notting Hill comprar Sumol e Bolachas Triunfo, e passar em frente pela Lisboa Patisserie e beber um café e uma nata (ou uma bica e um pastel de Belém dependendo da proveniência).

Para quem quiser assistir a um musical da Broadway, algum truque especial para conseguir bilhetes? E há algum show específico que recomendes?

Os musicais não são geralmente baratos. Os preços vão desde £25 a £150. Quanto maior a antecedência que se compra os bilhetes, maior a probabilidade de arranjar os bilhetes mais económicos. Se for fora de época alta, melhor.

Há, no entanto, vários locais na cidade que vendem bilhetes de última hora com desconto, geralmente na zona de Piccadilly Circus, Covent Garden e Leicester Square. Dizem-me que o Rei Leão é um dos melhores. Ainda não consegui ir ver. Mas já fui ao Billy Elliot e ao Fantasma da Ópera e gostei muito. Não sendo uma pessoa que gosta particularmente de filmes musicais, a experiência de ir a um musical ao vivo é completamente diferente. Desde o cenário, aos figurinos e à movimentação do casting, fazem o espetáculo muito interessante.

Para outros tipos de espetáculos, nomeadamente os ballets e óperas na Royal Opera House ou os concertos de música clássica no Royal Festival Hall, os bilhetes esgotam sempre com muita antecedência. No entanto, a cada dia de espetáculo são vendidos os bilhetes do dia (isto em relação à Royal Opera House), mesmo que o concerto esteja aparentemente esgotado. É habitual fazer-se uma fila à porta da bilheteira onde, dependendo da concorrência do espetáculo, é aconselhável chegar 2 a 3 horas antes da bilheteira abrir.

Londres
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O que sugeres a quem queira sair à noite?

A noite londrina começa bastante cedo. As pessoas trabalham longe de casa e por isso vão diretamente do trabalho para o pub. Muitas vezes nem jantam e os pubs no centro fecham por volta das 23:00-00:00. Depois dessa hora, só certos pubs e bares estão abertos, os que geralmente têm caves, e é habitual pedirem entrada.

O Soho tem uma grande oferta de pubs e bares, e para além disso costumo ir para Dalston ou Shoreditch. A variedade é muito grande e há músicas para todos os gostos. Há algumas discotecas conhecidas como o Fabric e o Ministry of Sound onde se deve chegar cedo (por volta das 23h) para evitar grande espera para entrar.

Escolhe um café e um museu.

Eu gosto muito do Victoria and Albert Museum. É o que, na minha opinião, tem uma amostra maior de arte – entre pintura, escultura, design – e que aborda quase todos os períodos.

Para além disso, gosto do Barbican Centre. Barbican é um centro de Arte Moderna com museu, cinema e sala de espetáculos num complexo urbano de arquitetura brutalista construído nos anos 60-70. Para muitas pessoas, o betão castanho e a altura dos edifícios são um pouco deprimentes, mas eu acho a experiência de cidade muito interessante. Há passadiços e praças, jardins para descobrir no meio e um lago. Gosto especialmente do café com vista para o lago e o chafariz. Tem uma grande esplanada, e quando está bom tempo, é um ótimo sítio para abstrair do barulho da Grande Londres.

Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que bairro nos aconselhas a procurar hotel em Londres?

Ficar no centro de Londres (na zona de Oxford Street) é sempre a melhor escolha a nível de acessibilidade. Dá para ir a pé até à maior parte das atrações turísticas, é perto do Soho com os vários restaurantes e bares e fica a meia distância das zonas leste e oeste da cidade.

No entanto, com a rede de transportes qualquer sítio servido de metro é bom. Londres é uma cidade muito segura, vê-se sempre gente em qualquer zona a qualquer hora do dia. A habitação social é frequentemente misturada com bairros ricos, o que faz com que haja muito poucos bairros a evitar.

Veja também onde ficar em Londres (os melhores bairros) e os 15 melhores hotéis de Londres (segundo o booking).

Procurar hotéis em Londres

Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras em Londres?

Dizem que os saldos em Londres são muito bons. Para quem quer comprar roupa de marca, encontra tudo entre Oxford e Regent Street. Há também o conhecido Harrods para quem não se quer chatear e quer encontrar tudo num só lugar.

Mas para mim a melhor experiência são os mercados. Portobello é um dos mercados mais conhecidos para comprar roupa e antiguidades. É famoso pelos artigos em prata e casquinha e para casacos de pele ou roupa militar antiga. Com a invasão turística de Portobello, desenvolveram-se outros mercados como Brick Lane e Camden. Camden tem uma onda mais punk e rock e Brick Lane é mais vintage. Há várias lojas de segunda mão em Brick Lane e os preços são muito convidativos.

Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Londres; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.

O meu segredo de Londres é o Pavillion. É um café/restaurante quase em cima do lago em Victoria Park. Gosto também muito de passear no parque de bicicleta, especialmente por ser muito menos turístico do que o Hyde Park ou o Regent’s Park. O Victoria Park liga ao Regent´s canal que atravessa toda a cidade. Fazer o brunch no Pavillion e passear pelo parque e pelo canal numa manhã de outono é o meu programa preferido.

Obrigado Kate, vemo-nos numa próxima viagem a Londres.

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Hospedagem em Londres

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.