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Calçada do Gigante, uma maravilha da Natureza na Irlanda do Norte

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Bushmills Europa Irlanda do Norte Reino Unido UNESCO
Atualizado em 1.09.2021 | Tempo de leitura: 6 minutos

Calçada dos Gigantes, Antrim, Irlanda do Norte
As incríveis colunas de basalto da Calçada do Gigante, no litoral do condado de Antrim, classificadas pela UNESCO como Património Mundial

Para além de conhecer a capital Belfast, uma das minhas prioridades na Irlanda do Norte era visitar a Calçada do Gigante (Giant’s Causeway, no original inglês). O geossítio, que integra a lista de Património Mundial da UNESCO no Reino Unido, está localizado junto ao mar, perto da vila de Bushmills.

Segundos os especialistas, são cerca de 40.000 colunas prismáticas de basalto, “formadas pela disjunção prismática de uma grande massa de lava basáltica resultante de uma erupção vulcânica ocorrida há cerca de 60 milhões de anos”. Para um leigo em assuntos geológicos, como eu, a Calçada do Gigante parece um enorme favo de mel – e isso dá-lhe um encanto especial.

Não poderia mesmo deixar de visitar!

A minha visita à Calçada do Gigante

Antrim, Irlanda do Norte
Litoral do condado de Antrim, Irlanda do Norte

A Calçada do Gigante é, digamos, uma excentricidade geológica. Um lugar belo e ímpar. Acessível por um trajeto de menos de um quilómetro a partir do Centro de Visitantes, onde cheguei vindo de autocarro desde Belfast. O céu estava a ameaçar chuva e havia um mini-autocarro que fazia a ligação do centro informativo ao geossítio, mas optei por ir a pé. E ainda bem que o fiz.

Assim pude parar para fotografar e desfrutar da caminhada pelo litoral recortado da costa norte da Irlanda do Norte, absorvendo toda a beleza, sentindo a maresia na face e vislumbrando, aos poucos, as colunas de basalto.

Quando cheguei ao final da estrada, havia já muitos turistas a visitar a Calçada do Gigante. Tivesse eu mais tempo e teria sido boa ideia pernoitar nas redondezas – e desfrutar de todo aquele património natural sem vivalma por perto. Ao primeiro vislumbre fiquei boquiaberto.

Calçada do Gigante, Irlanda do Norte
Os “favos de mel” da Calçada do Gigante

Por mais que já tenha viajado, não me recordo de muitos locais semelhantes. Na verdade, a Calçada do Gigante apresenta formações rochosas comuns a outras paragens onde já estive, como a praia Reynisfjara, na Islândia; mas a dimensão do geossítio na Irlanda do Norte torna-o mais grandioso e espetacular.

Diante dos meus olhos, milhares de colunas de pedra tão direitas que pareciam feitas a régua e esquadro. Os adultos transformavam-se em crianças, saltitando de pedra em pedra; os apaixonados por fenómenos geológicos sentavam-se a contemplar o poder da Natureza. Algumas instagrammers de viagens procuravam a melhor luz e pose diante das colunas basálticas.

E eu por ali andava, fazendo de tudo um pouco: ora observando, ora fotografando, ora sentando-me a contemplar, agradecendo o enorme privilégio de poder ali estar visitando um lugar como a Calçada do Gigante.

Visitar Calçada do Gigante
Turistas na Calçada do Gigante

Confesso que perdi a noção do tempo, mas terei ficado um par de horas a explorar o local. É incrível como as colunas são tão perfeitas, como têm quase sempre seis lados, como parece que “cresceram” empurradas por mãos invisíveis mas perfecionistas.

Durante o tempo em que calcorreei a Calçada do Gigante, deu para reparar o quanto a luz vai mudando ao longo do dia. De manhã cedo, antes das multidões e com a Calçada do Gigante envolta em nevoeiro, será porventura o cenário ideal para os amantes da fotografia de viagens. Não tive essa sorte; mas, à medida que a tarde ia avançando e as cores aquecendo as pedras lisas, o lugar ia ganhando cada vez mais encanto.

Apesar do sol se pôr bastante cedo, não fiquei até ao lusco-fusco, porque ainda queria fazer uma caminhada até Bushmills. Mas imagino como será a Giant’s Causeway ao pôr do sol…

Uma caminhada até Bushmills

Trilho Bushmills
Trilho pedonal entre a Calçada do Gigante e Bushmills

Assim que me dei por satisfeito na Calçada do Gigante, e apesar das nuvens, optei por fazer um percurso pedonal até Bushmills, em vez de esperar logo ali pelo autocarro de regresso. O preço a pagar poderia ser uma grande molha e não ter tempo para comer fosse o que fosse; mas até isso acabou por correr bem. Já lá vamos.

A partir do Centro de Visitantes, vi uma placa que indicava o início do trilho para Bushmills. Era um caminho estreito, entre campos verdejantes e a linha de caminhos-de-ferro, com o mar lá ao fundo, omnipresente. E assim fui caminhando, cruzando-me esporadicamente com irlandeses a fazerem jogging ou a passearem os seus cães.

Até que, mais adiante, uma bifurcação. Não tendo muita margem para enganos, perguntei a uma senhora que se cruzou comigo nesse momento a fazer jogging: o caminho da direita seguia até Portballintrae; o outro ia diretamente para Bushmills.

Prossegui em direção a Bushmills, atravessando o campo de golfe do Bushfoot Golf Club, até que, pouco antes de chegar à vila, as ameaças de chuva finalmente concretizaram-se. Olhei para o relógio, apressei o passo, e cheguei a Bushmills a tempo de comer uma sanduíche rápida numa confeitaria localizada junto à paragem de autocarro – que apareceu à hora prevista.

Faltava apenas regressar a Belfast. Sim, tinha sido um dia em cheio. Visitar a Calçada do Gigante tinha sido um dos pontos altos da minha passagem pela Irlanda do Norte. Estava imensamente feliz.

Outras ocorrências de disjunção prismática no mundo

A Calçada do Gigante está longe de ser caso único de disjunção prismática. Eis alguns lugares espalhados pelo mundo onde também é possível ver o resultado deste fenómeno geológico:

  • Rocha dos Bordões, na ilha das Flores, Açores (Portugal);
  • Pico Ana Ferreira, na ilha de Porto Santo, Madeira (Portugal);
  • Los Organos, ilha de La Gomera, Canárias;
  • Gruta de Fingal, na ilha de Staffa (Escócia);
  • Huasca de Ocampo (México);
  • Devils Tower, em Wyoming (Estados Unidos da América).

Guia prático

Como chegar (de Belfast)

Nos meses de julho e agosto – e aos domingos durante todo o ano – há um autocarro direto de Belfast para a Calçada do Gigante (número 221). Parte do terminal Europa às 9:30 e regressa às 14:45 junto ao posto de informação (ou cinco minutos mais tarde em Bushmills). A viagem demora menos de duas horas.

Note que o bilhete só pode ser adquirido presencialmente no dia da viagem; se comprado depois das 9:05, o bilhete diário custa £9,75 e permite viagens ilimitadas na rede de autocarros Translink (contra mais de £17 se for comprado antes).

Alternativamente, pode ir de autocarro ou comboio de Belfast até Coleraine; e de lá apanhar outro autocarro para Bushmills (a cerca de 3km da Calçada do Gigante).

Quanto custa

Convém saber que visitar a Calçada do Gigante é gratuito. Pode descer quando quiser, a pé, e sem qualquer custo. Só tem de pagar ingresso para entrar no Centro de Visitantes – ou entrar na cafetaria porque não se consegue aceder ao café do Centro de Visitantes sem bilhete. Quanto ao autocarro (caso não queira ir a pé), tem o custo de £1 por percurso.

Onde ficar

Eu decidi visitar a Calçada do Gigante a partir de Belfast (veja o post sobre onde ficar em Belfast); mas teria sido boa ideia conhecer a destilaria de Bushmills, pernoitar perto do local e, na manhã seguinte, bem cedo, ir para a Calçada do Gigante antes de toda a gente. Infelizmente, não tive tempo.

Case opte por fazê-lo, o mais conveniente, em termos de localização, é o Causeway Hotel; fica a dois passos da Calçada do Gigante. Perto fica também a belíssima – e porventura mais acolhedora – casa de campo Ballylinny Holiday Cottages.

Alternativamente, a histórica estalagem Bushmills Inn Hotel & Restaurant (tem origem no ano de 1600) e o The Smugglers Inn, a caminho de Bushmills, são ótimas bases para visitar a Calçada do Gigante.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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