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Hipogeu de Hal Saflieni, um tesouro pré-histórico escavado em Malta

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Europa Ilha de Malta Malta Valletta UNESCO
Atualizado em 27.05.2023 | Tempo de leitura: 5 minutos

Visitar Hipogeu Malta
Hipogeu de Hal Saflieni, em Paola, Malta © Viewing Malta

Desde que publiquei o meu roteiro de viagem em Malta, têm-me perguntado se vale mesmo a pena visitar o Hipogeu. A alimentar a dúvida está o facto da entrada ser bastante cara. Felizmente, eu fui conhecer o Hipogeu e formei uma opinião a esse respeito. E a minha resposta é sim, vale muito a pena!

De uma forma simplista, o Hipogeu de Hal Saflieni é um cemitério pré-histórico subterrâneo, formado por diversas câmaras escavadas na rocha, interligadas entre si e distribuídas por três níveis distintos que foram sendo acrescentados ao longo dos tempos, debaixo do solo. Estima-se que os primeiros vestígios do Hipogeu datem de 3.600 a.C., sendo um exemplo esplêndido da chamada “arquitetura de pedra”. É um dos poucos locais classificados como Património Mundial em Malta.

Nas palavras da UNESCO, o Hipogeu é “uma enorme estrutura subterrânea, escavada usando equipamento ciclópico para levantar enormes blocos de calcário coralino. Talvez originalmente um santuário, tornou-se uma necrópole em tempos pré-históricos”.

Por tudo isto, aliado a uma curiosidade sobre locais deste tipo, decidi que tinha mesmo de visitar o Hipogeu de Malta. Comprei os bilhetes com vários meses de antecedência e, chegado o dia, entrei num autocarro em direção a Paola – não muito longe da capital Valletta.

A minha visita ao Hipogeu

Hipogeu Hal Saflieni, Malta
Hipogeu de Hal Saflieni, em Paola, Malta © Viewing Malta

Com a mania que tenho de me precaver contra eventuais atrasos, cheguei ao Hipogeu demasiado cedo: “Vá tomar qualquer coisa ali ao café e volte daqui a meia hora”, sugeriu o funcionário. Na verdade, não tinha tomado pequeno-almoço, pelo que a sugestão assentou como uma luva.

Regressado, estavam já sete pessoas a aguardar o início da visita, que iria ter três partes distintas. Primeiro, um curto vídeo explicativo; depois, uma sala com uma pequena exposição e mais explicações; e só então se processaria a descida ao Hipogeu propriamente dito. E assim, à hora marcada, os elementos do pequeno grupo, munidos de áudio-guias que se viriam a relevar parte fundamental da experiência, foram encaminhados para a sala de projeção.

Depois de ver um vídeo que contextualizava a experiência e explicava a história da descoberta – acidental – do Hipogeu, entrei numa outra sala, antecâmara da visita ao sítio arqueológico propriamente dito. A temperatura era baixa, a luz era pouca mas a emoção e expectativas por entrar no Hipogeu estavam em alta. Não é todos os dias que visito um local assim…

Visitar Hipogeu Malta
Hipogeu, Malta ©Viewing Malta” target=”_blank” rel=”noopener”>www.viewingmalta.com

O áudio-guia, controlado de forma automática, ia avançando nas explicações. Das pinturas nas rochas à utilização dada ao Hipogeu – que terá misturado vida e morte (aparentemente morou gente no Hipogeu, um “cemitério subterrâneo”). E ali fiquei a explorar o Hipogeu, seguindo as instruções do guia que nos acompanhava de perto.

Paulatinamente, fui sendo informado dos aspetos mais relevantes do Hipogeu. Por exemplo, que foi encontrado material de grande relevo arqueológico, incluindo peças de cerâmica, ossos humanos e ornamentos diversos. E que se calcula que, ao longo dos tempos, 7.000 pessoas tenham sido “enterradas” no Hipogeu de Malta.

Eu estava naquele estado de puro fascínio quando o guia anuncia que a visita estava a terminar. Na verdade, a parte visitável do complexo arqueológico não é muito grande; mas, ainda assim, achei rápido, demasiado rápido (no total, serão uns 45 minutos, talvez menos, filme incluído). A visita terminou regressando ao nível do solo pelas escadas originalmente construídas para que os arqueólogos acedessem ao Hipogeu.

Para mim, foi uma experiência extraordinária, que nenhum filme, exposição ou post de um blog substitui. Sim, recomendo mesmo visitar o Hipogeu.

Guia para visitar o Hipogeu

Como chegar

Eu fui para o Hipogeu de autocarro, a partir de Sliema/Valletta. Os números 81, 82, 85 e 88 passam quase à porta.

Devido à sensibilidade do local, os grupos são limitados a 10 pessoas (oito grupos por dia). Recomenda-se que reserve online com alguns meses de antecedência. A entrada custa 35€; deverá chegar 15 minutos antes da hora marcada ao Hipogeu.

Caso não tenha reservado e queira, ainda assim, visitar o Hipogeu, anote o seguinte: os bilhetes para as visitas guiadas das 12:00 e 16:00 são vendidos apenas como “bilhetes last minute“, presencialmente, já em Malta. Custam 40€ (em vez de 35€) e podem ser comprados, no dia anterior, no Forte de Santo Elmo (Valletta) ou no Museu de Arqueologia de Gozo (na cidadela de Victoria, em Gozo). Não é possível tirar fotos no interior do Hipogeu.

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Onde ficar

Para compreender melhor a dinâmica da ilha, sugiro que espreite as minhas sugestões detalhadas sobre onde ficar em Malta, que incluem recomendações sobre a melhor zona da ilha para se hospedar em função do seu estilo de viagem.

Em suma, se o seu orçamento for generoso (ou caso encontre alguma pechincha ou promoção imperdível), recomendo que monte a sua base em Valletta. Nesse caso, veja a agradável Casa Lapira, o elegante (mas mais caro) Palazzo Paolina Boutique Hotel, o carismático Tano’s Boutique Guesthouse ou ainda os estúdios Mac Kay Studios e West Street Apartments. São todos hotéis fantásticos e muito bem localizados no coração da capital maltesa.

Alternativamente, considere os acolhedores bed & breakfast Julesy’s e Nelli’s, ou ainda o mais simples No. 17 Birgu, nas “Três Cidades”; ou, em Sliema, o Backstage Boutique Townhouse ou o fantástico Two Pillows Boutique Hostel. São excelentes escolhas para ficar perto de Valletta, a curta distância do Hipogeu de Hal Saflieni.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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