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Onde ficar em Malta (melhores hotéis e regiões)

Por Filipe Morato Gomes
Onde ficar em Malta: Valletta
Rua de Valletta, capital de Malta

Procura bons hotéis em Malta? Pois bem, depois de uma semana a viajar por Malta, entendo muito melhor a geografia e dinâmicas da ilha; e, com isso, julgo poder ajudar a decidir onde ficar em Malta. É que, para mim, e apesar da ilha ser relativamente pequena, foi muito difícil escolher (não o hotel, mas a região).

A resposta, como quase sempre, depende do que pretende para a sua viagem. Para tomar a melhor opção, é fundamental perceber a atmosfera de cada uma das diferentes regiões. O objetivo? Encontrar a zona de Malta que seja a sua cara (e, assim, não cometer o mesmo erro que eu, que escolhi uma zona que tinha pouco a ver comigo).

A ilha de Malta é bastante pequena – repito – mas, assumindo que não viaja com carro alugado (nesse caso a localização é menos relevante), recomendo ficar na região de Valletta. Se o fizer, terá grande facilidade de acesso aos transportes públicos, indispensáveis para visitar a ilha. Ou, em alternativa, ficar em Rabat (adorei a cidade).

Note que, por “região de Valletta” entendo a capital Valletta propriamente dita, mais as povoações satélite em torno da capital, chamadas de ”Três Cidades” – Vittoriosa, Senglea e Cospicua; e ainda as mais turísticas Sliema e St Julian’s. Anote, pois, a minha opinião sobre onde ficar em Malta (tendo em atenção que não há muitos hotéis baratos na ilha).

Por fim, e independentemente de onde ficar em Malta, guarde sempre uns dias para pernoitar na mais pequena ilha de Gozo. Já lá vamos.

Onde ficar na ilha de Malta

Hotéis em Valletta

A capital Valletta é a escolha aparentemente óbvia para se alojar na ilha de Malta. É uma capital com um centro histórico vibrante (há poucos anos era um deserto a partir do meio da tarde mas mudou muito); tem acesso fácil a todos os transportes públicos (vai perder menos tempo nas deslocações); e, se fugir das principais ruas pedonais, pejadas de turistas durante o dia, conseguirá ter sossego.

Quando procurei onde ficar em Malta, Valletta era a minha primeira escolha. Só não fiquei lá por causa dos preços dos hotéis e apartamentos, notoriamente mais elevados do que noutras zonas da ilha. São, é certo, muitas vezes palácios ou prédios históricos renovados com critério – facto que pode justificar o valor médio das diárias.

Assim, se o seu orçamento for generoso (ou caso encontre alguma pechincha ou promoção imperdível), recomendo que monte a sua base em Valletta. Nesse caso, veja a agradável Casa Lapira, o elegante (mas mais caro) Palazzo Paolina Boutique Hotel, o carismático Tano’s Boutique Guesthouse ou ainda os estúdios Mac Kay Studios e West Street Apartments. São todos hotéis fantásticos e muito bem localizados no coração da capital maltesa.

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Hotéis em Vittoriosa, Senglea e Cospicua (As Três Cidades)

Para quem procura maior sossego, ambiente desprovido do turismo de massas e uma apurada atmosfera local – incluindo restaurantes nada turísticos -, ficar em Vittoriosa (também conhecida por Birgu), Senglea ou Cospicua é uma solução muito interessante.

Confesso que não ponderei essa hipótese quando pesquisei onde ficar em Malta, porque me pareceu demasiado afastado de Valletta. Mas, uma vez no terreno, verifiquei não ter razão. Ficar “do outro lado” da cidade velha de Valletta tem muitas vantagens, e permite embrenhar-se numa Malta mais “pura”. Se fosse hoje, quase de certeza que teria ficado a dormir nesta zona (ponderando a relação qualidade/preço dos hotéis, é muito provavelmente a melhor região para se hospedar em Malta).

Caso opte por Vittoriosa, Senglea ou Cospicua, recomendo os acolhedores bed & breakfast Julesy’s e Nelli’s ou a soberba Casa Birmula (todos em Cospicua). Ou ainda o mais simples mas limpíssimo No. 17 Birgu (em Vittoriosa). Não se vai arrepender.

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Hotéis em Sliema

Boa parte das opiniões publicadas sugerem Sliema ou St. Julian’s como sendo a melhor zona onde ficar em Malta. Eu discordo. Não que Sliema seja uma má zona da cidade, nada disso. É bem arranjada, tem uma marginal cuidada, muitos restaurantes, transportes suficientes (embora muito trânsito) e inúmeras opções de alojamento.

O problema é que lhe falta um pouco daquele ambiente tradicional que me atrai nas cidades (talvez por ter inúmeros airbnb com turistas em vez de habitantes malteses). Dito isto, tendo em mente estas características, Sliema é um bom lugar para ficar. É uma questão de expectativas.

Em Sliema, atente no Backstage Boutique Townhouse; e no fantástico Two Pillows Boutique Hostel, que também recomendo sem reservas. Até porque Sliema é um dos locais menos caros onde ficar em Malta (perto da capital Valletta). Por último, para carteiras mais desafogadas, o estiloso Palazzo Violetta é sempre uma escolha acertada.

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Hotéis em St. Julian’s

A não ser que seja um viajante com menos de trinta anos e vontade de se divertir à noite rodeado de outros turistas, não recomendo St. Julian’s como base para se hospedar em Malta.

Se, ao invés, o seu objetivo for aquele, St. Julian’s é perfeito. Fique no extraordinário The Stonehouse, no popular Hotel Valentina; ou nos muito elogiados e baratos Hostel Med e Inhawi Boutique Hostel. E divirta-se (mas não reclame da confusão)!

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Hotéis em Rabat (perto de Mdina)

Por último, considere a hipótese de ficar em Rabat (perto de Mdina). Aí terá a garantia de ver mais homens a conversar nas tascas da cidade do que turistas à noite; e com acesso relativamente fácil ao resto da ilha de Malta.

Note que a pequena e amuralhada Mdina tem apenas dois hotéis boutique no seu interior, e não creio que se justifique pagar o preço de ficar dentro da cidade-museu. Rabat fica ao lado e tem mais vida local. Entre os melhores hotéis de Rabat encontram-se o Point de Vue, o Villa Vittoria ou o My Travel House.

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Em resumo: qual a melhor área onde ficar em Malta?

Em resumo, na zona de Grande Valletta:

  • Fique a dormir em Valletta caso privilegie a facilidade de transportes (todos os autocarros partem de lá) e para sentir de perto o ambiente renovado da capital maltesa. Pela negativa, os preços dos hotéis são mais elevados e durante o dia Valletta está cheia de turistas. Tudo somado, continua a ser uma das melhores zonas para ficar em Malta. Pesquisar hotéis em Valletta.
  • Fique numa das Três Cidades caso prefira se embrenhar na Malta tranquila e tradicional, junto de habitantes locais em vez de estar rodeado de turistas; tudo isso a dois passos de Valletta. Contando com o fator preço é, muito provavelmente, a melhor zona onde ficar em Malta (note que pode ser demasiado “parado” para algumas pessoas). Pesquisar hotéis nas Três Cidades.
  • Fique em Sliema se prefere estar numa zona mais animada, bem servida de transportes para Valletta e com inúmeros restaurantes. Desde que não se importe de ver muitos turistas. Pesquisar hotéis em Sliema.
  • Por último, fique em St Julian’s apenas se o foco da viagem for a vida noturna. Pesquisar hotéis em St. Julian’s.

Fora de Grande Valletta, considere ainda a hipótese de ficar em Rabat (perto de Mdina), caso procure estar numa cidade de menor dimensão, menos afetada pelo turismo e com acesso relativamente fácil a todas as partes da ilha. Pesquisar hotéis em Rabat.

Uma última recomendação: fique onde ficar em Malta, reserve o seu hotel com antecedência. Ao fazê-lo, aumentará em muito a probabilidade de encontrar um alojamento de qualidade e a bom preço.

Reserve uns dias para ficar em Gozo

Ao invés de ficar na ilha de Malta durante a totalidade da estadia, pondere ficar em Gozo um par de noites. Vai ver que não se arrepende, já que Gozo tem uma alma diferente – mais calma e tradicional do que a maioria do território maltês.

No post Ilha de Gozo, o melhor de Malta mora aqui encontra as minhas recomendações para dormir em Gozo. Seja como for, em jeito de resumo, sugiro um dos magníficos hotéis existentes em Victoria, nomeadamente os elegantes The Duke Boutique Hotel e Casa Gemelli Boutique Guesthouse; os amorosos Ikhaya Lami e Anna Karistu; ou a tradicional Tavern Farmhouse.

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Filipe Morato Gomes
Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.