Lago Atitlán, um banho de cor

Lago de Atitlán
Lago Atitlán, um banho de cor

É o país de todas as cores, a Guatemala. Há o amarelo-ouro das fachadas coloniais, o vermelho-fogo da lava incandescente, o cinzento-escuro das paisagens vulcânicas, o cinza-claro das pirâmides Maia, o verde-clorofila da selva tropical, infinitas tonalidades no trajar dos povos indígenas que habitam as aldeias do Lago Atitlán e, claro, o negro profundo dos longos cabelos de Sandra.

Sandra é uma indígena Kaqchikel de descendência Maia, oriunda de San António Palopó, que encontrei acariciando orgulhosamente os seus cabelos pretos aprisionados num longuíssimo rabo-de-cavalo por uma fita tricotada colorida, enquanto tentava vender lenços manufaturados pela sua gente aos jovens turistas que passeavam nas ruas de San Pedro La Laguna. Vem todas as manhãs da sua aldeia para a mais concorrida San Pedro, onde passa os dias, até à noite.

Lago de Atitlán ao entardecer
Lago Atitlán ao entardecer

Estávamos na íngreme rua que desemboca no embarcadero, o cais, porta de entrada naquela que é a Meca mochileira do Lago Atitlán. Trocámos palavras, comprei um lenço artesanal e despedi-me, pensando que poderia ser encantador visitar Sandra e sua família em San António Palopó, ela despindo o fato de vendedora, eu tirando a mochila de turista, numa comunhão desinteressada entre povos e culturas tão distintos – uma das grandes riquezas de viajar no Atitlán, mas já um pouco rara em San Pedro.

San Pedro La Laguna, mescla de indígenas e mochileiros

San Pedro foi “descoberta” por viajantes israelitas há pouco mais de uma década, atraídos não tanto pelas belezas naturais ou paisagísticas mas sim pelo baixo preço (e boa qualidade, presume-se) da marijuana existente na região. E a tal ponto a “notícia” se espalhou, que San Pedro La Laguna se transformou num centro turístico frequentado por jovens viajantes de todo o mundo.

Para o bem e para menos bem, jovens israelitas em processo de libertação pós-serviço militar obrigatório povoaram as ruas de San Pedro, construíram pousadas e restaurantes, foram ficando. Muitos outros estrangeiros seguiram-lhes as pisadas, e assim surgiram espaços ligados à hotelaria e restauração com nomes como Mikasi, Shanti Shanti, Nick’s Place ou The Alegre Pub.

Hoje, San Pedro La Laguna não anda longe de um punhado de outros locais mundo fora, que se desenvolveram em torno do turismo mochileiro, oferecendo, porta sim porta sim, tudo o que os viajantes independentes necessitam para se sentirem, digamos, confortáveis – hostels, acesso à internet e chamadas telefónicas internacionais a bom preço, agências de viagens, restaurantes, cafés e bares com happy hours prolongadas, lojas de artesanato e bancas de pulseiras, brincos e afins, tatuagens – tudo num ambiente informal e descontraído.

Lago de Atitlán visto a partir de San Marcos La Laguna
Lago Atitlán visto a partir de San Pedro La Laguna

Dito assim, pode até parecer coisa ruim, San Pedro La Laguna. Mas não é. A grande vantagem de San Pedro, para além do cenário arrebatador onde está inserido, é que tudo aquilo se mistura com o quotidiano do povo Tzutujil que há séculos habita a região. Ainda vestem, aliás, os seus coloridos trajes tradicionais nas ruas empedradas da aldeia, ainda vivem na aldeia, ainda influenciam a vida na aldeia. Basta deixar o cais de embarque e subir até ao centro de San Pedro, onde se situam o mercado de rua e inúmeras lojas com produtos de primeira necessidade, para apreciar e sentir o pulsar de um povoado cujos habitantes descendem, com desmedido orgulho, da civilização Maia.

Deixei Sandra entregue aos seus cabelos e fui galgando a rua principal de San Pedro, voltando-me, a espaços, para apreciar a magnífica vista sobre o lago através do emaranhado de cabos elétricos que sobrevoavam a ladeira, nas minhas costas, e ignorando os tuk tuk vermelhos que, insistentemente, me tentavam fazer crer na necessidade de recorrer aos seus préstimos para ultrapassar a inclinação das ruas empedradas. Foi quando o cheiro a café torrado me invadiu as narinas.

À minha esquerda, dentro de um pequeno café, um moinho antigo acabara de transformar em pó grãos de café guatemaltecos de produção caseira, e uma antiga máquina La Cimbali ainda fumegava. Do outro lado do balcão, assim que entrei, um jovem explicou-me que todo o processo de produção de café era artesanal e familiar, enquanto preparava um expresso surpreendentemente saboroso. Mostrou-me sacos de café com o produto final, já moído e toscamente embalado, à venda para os transeuntes que se dignassem entrar. “Também vendemos no mercado”, disse. Segui para lá.

Em San Pedro La Laguna, as mulheres – principalmente as mulheres! – utilizam o seu trajar típico no dia-a-dia, constituído por saias longas, rodadas e coloridas até aos tornozelos, combinando com blusas trabalhadas e, como quase tudo na Guatemala, multicoloridas. Cada guatemalteca de descendência Maia é um caleidoscópio ambulante, mas foi, no entanto, o trajar masculino no corpo do velho Miguel Puac que me prendeu a atenção.

Miguel estava sentado à porta de sua casa, numa rua secundária que eu percorria a caminho do mercado, dando descanso aos 85 anos de existência, com ar desconfiado à paragem do forasteiro. Envergava uma grossa e colorida camisa de lã tecida manualmente, composta por pequenos retângulos verdes, rosa, vermelhos, azuis de vários tons, laranjas e brancos, numa profusão de cor desconexa e fascinante e, nas pernas, umas calças absolutamente deslumbrantes, brancas, com apontamentos negros e bordados coloridos, assaz originais.

Miguel Puac à porta de sua casa em San Pedro la Laguna
Miguel Puac à porta de sua casa em San Pedro la Laguna

Tentei ficar à conversa, mas Miguel era homem de poucas falas – até porque não falava espanhol nem eu o seu dialeto Tzutujil. Talvez estivesse a invadir o seu espaço, talvez me olhasse como um israelita “invasor”, ou talvez preferisse apenas fumar o seu cigarro tranquilamente.

Não foi, por isso, longa a conversa com Miguel, ainda que, por interposta pessoa da sua família, curiosa com a presença do forasteiro à porta de casa, conseguíssemos estabelecer comunicação.

No fundo, agradou-me que o espanhol fosse uma língua estranha para Miguel. Consta que existem atualmente duas dezenas de minorias étnicas descendentes dos Maia a habitar as pequenas aldeias que bordejam o Atitlán. Muitos, como Miguel Puac, não abdicam da sua língua, dos seus costumes, da sua cultura. E essa é, indubitavelmente, uma das grandes riquezas do Lago Atitlán e suas aldeias, de San António Palopó a San Juan La Laguna.

San Juan La Laguna e as tecelãs Tzutujil

Visto do embarcadouro numa manhã de domingo incrivelmente luminosa, ainda na lancha feita transporte público que atravessou todo o lago, o verde da vegetação fundia-se com as casas salientando a encosta do vulcão, imponente, por detrás do singelo casario da aldeia, causando uma primeira impressão muito cénica e agradável. Tudo estava calmo em San Juan La Laguna.

Terra do povo Tzutujil, a minoria étnica de origem Maia a que o velho Miguel pertence, San Juan é uma pequena povoação localizada entre San Marcos e San Pedro. É, de certa forma, simpática, com inúmeras pequenas lojas que vendem os trabalhos artesanais das mulheres Tzutujil, como Dolores, que me recebeu sentada no chão, de roca em riste, num dos barracos feitos loja-atelier da Cooperativa de Mulheres Tecedoras – a Ixoqí aj Quema.

Desde o início da década de noventa que as mulheres da região se uniram para tecer e comercializar, de forma organizada, as roupas Maia tradicionais como ponchos e os bordados de güipiles, e ainda centros de mesa, toalhas e colchas de cama. Numa terra onde 95% das mulheres são analfabetas, a criação da associação foi, por si só, um feito assinalável.

Tecelãs em San Juan La Laguna
Tecelãs em San Juan La Laguna

Depois de algum tempo apreciando o trabalho das tecelãs Tzutujil, e na falta de outros atrativos, não me delonguei demasiado em San Juan e regressei a pé para San Pedro. Trata-se de um pequeno trecho de uma caminhada maior que une San Pedro à muito alternativa San Marcos. Um passeio absolutamente deslumbrante, durante o qual o trajeto escolta os humores orográficos das montanhas, acompanhando a baixa cota as margens do lago.

Enquanto caminhava, reparei num conjunto de caiaques repousando nas águas do Atitlán à espera de pagaias e de quem as fizesse deslizar pelas águas calmas do lago. Dois adolescentes mergulhavam do pontão do embarcadero, com piruetas juvenis e muitas gargalhadas, entre a chegada das lanchas que, dias antes, me tinham transportado desde a caótica Panajachel, porta de entrada na magia do Lago Atitlán. Na verdade, toda a gente passa por Panajachel, mesmo que o objetivo seja, apenas, conhecer as mais pacatas aldeias do lago.

De passagem por Panajachel

A primeira impressão que se tem de Atitlán, ainda na estrada sinuosa que bordeja o lago a caminho de Panajachel, por alturas de San Andrés Semetabaj, é a de uma descomunal pequenez perante tamanha visão. Lá em baixo, um imenso manto de água azul-escura é abraçado por montes e vulcões, num cenário dramático e impressionante esculpido pela força indomável das entranhas da Terra. Montanhas expelidas em forma de lava pelas crateras dos três vulcões circundam o lago.

Dizem as páginas da história que a paisagem em torno do Lago Atitlán, tal como é conhecida atualmente, tem origem numa massiva explosão do vulcão Los Chocoyos há oito ou nove dezenas de milhar de anos. A fúria intestinal do planeta provocou o colapso da crosta terrestre, abrindo um gigantesco “buraco” de forma quase circular que, paulatinamente, haveria de se encher com água – e assim nascia o Lago Atitlán. Posteriormente, foram surgindo nas suas margens vulcões de menor dimensão – primeiro o vulcão San Pedro, depois o Atitlán e, finalmente, o Tolimán -, que conferem à paisagem o dramatismo actual.

A beleza do lago Atitlán é esmagadora
A beleza do Lago Atitlán é esmagadora

É precisamente essa beleza selvagem que fica na retina antes da entrada na malha urbana de Panajachel, para quem chega de urbes maiores como Antígua ou Cidade da Guatemala. O contraste vem adiante, com o início da descida da Calle Real.

Chega-se a Panajachel e, sem aviso, penetramos numa cidade buliçosa, com muita gente nas ruas, carros lutando por espaço entre as bancas de rua, os vendedores ambulantes e os muitos turistas que, numa escolha de difícil compreensão, fazem de “Pana” (como é carinhosamente conhecida Panajachel) a sua base para explorarem as belezas naturais da região.

No meu caso, uma dúzia de minutos foram suficientes para confirmar que não fazia intenção de ali ficar. Sabia que bastava uma curta viagem de barco para tudo mudar: trocar o fumo dos escapes por incensos, os postes de eletricidade por árvores, as pizzas por um peixe grelhado. Pouco depois, partia para San Marcos La Laguna.

San Marcos La Laguna, aldeia zen

A travessia de lancha entre Panajachel e San Marcos não demorou mais de 40 minutos mas, assim que desembarquei no periclitante cais de madeira de San Marcos, entrei numa outra dimensão. San Marcos é um local idílico sem ser deslumbrante, povoado por centros espirituais, holísticos e de meditação, sessões de ioga e massagens revigorantes, e viajantes de ar descontraído e aspeto a roçar o hippie do século XXI. Há, por assim dizer, as habituais drogas leves, a comida vegetariana, os seres profundamente espirituais e de bem com a vida, um certo estilo de vida comunitário, o espírito make love not war dos tempos modernos.

Não se passa muita coisa em San Marcos, mas isso é, seguramente, uma das razões do seu encanto. À parte as sessões de ioga e as massagens, os cursos de meditação, as terapias para afastar energias negativas e a boa comida, resta o descanso, a paz de espírito, algumas caminhadas ao ar livre e, claro, as magníficas vistas sobre o Lago Atitlán e o vulcão San Pedro, na margem oposta, a partir de um promontório num dos extremos da aldeia.

San Marcos La Laguna não é, pois, um lugar para ser apenas visto. É daqueles espaços criados para se estar, para viver, para desfrutar sem relógio nem agenda antes de prosseguir viagem para outras das aldeias nas margens do lago. Aldeias como San Pablo La Laguna, Santiago Atitlán, San Lucas Tolimán, Tzampetey, Santa Catarina Palopó ou San António Palopó, a terra para onde Sandra regressa, todas as noites, após a venda ambulante pelas ruas de San Pedro La Laguna. Fico-lhe a dever essa visita.

Delírio cromático no mercado de Chichicastenango

Estando de visita ao Lago Atitlán, seria um desperdício não efetuar a curta deslocação a Chichicastenango para conhecer o peculiar mercado que, duas vezes por semana, pigmenta as ruas da cidade. Chichicastenango fica na província de Quiché, a mais de dois mil metros de altitude, e é um delírio cromático.

Mercado de Chichicastenango
Mercado de Chichicastenango

As cores da Guatemala no seu máximo esplendor, com uma mescla de minorias étnicas, cada qual com o seu vestuário, envergando garridos trajes tradicionais. Sandra, Miguel e Dolores poderiam ali estar – e estão seguramente algumas vezes.

Tal como centenas e centenas de pessoas nativas da região, descendentes da civilização Maia, que sobem à povoação para percorrer as bancas dos mercados de rua, comprar e vender, ver e ser visto. Se a Guatemala é o país de todas as cores, os mercados de rua são o máximo esplendor dessa realidade.

E é um banho de Guatemala aquele que inunda o visitante ao deambular pelas ruelas de “Chichi” em dia de mercado – literalmente tomadas pelas bancas dos vendedores locais. Tecidos, bordados, roupa tradicional, bolsas e máscaras de madeira, mas também carnes, feijão, frutas e legumes, rádios e CD piratas, medicamentos e cosméticos, de tudo um pouco se vende e compra no mercado autóctone de Chichicastenango. Homens afastam os espíritos malévolos queimando incenso em queimadores portáteis em frente à igreja Santo Tomás. E turistas passeiam-se boquiabertos.

É certo que, fruto da popularidade que vem granjeando como destino turístico “exótico”, o mercado de “Chichi” está, aos poucos, a transformar-se num mercado de vocação turística, com tudo o que de negativo isso implica. Nos dias de hoje, são já inúmeros os autocarros que “despejam” turistas na cidade em dias de mercado. E isso é visível com mais notoriedade na parte nobre do mercado, instalada na praça central da cidade.

Aí, já quase só se encontram produtos destinados aos turistas, com preços inflacionados. Ainda assim, vale a pena, até porque o mercado de frutas e vegetais e as ruelas colaterais à praça continuam a ser frequentadas, exclusivamente, pelos azuis e vermelhos vivos dos trajes Maia da região. Um banho de cor, em Chichicastenango.

Guia de viagens ao Lago Atitlán

Este é um guia prático para viagens ao Lago Atitlán, na Guatemala, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos turísticos, os melhores hotéis da região e sugestões de actividades perto do lago.

Quando viajar para Atitlán

A Guatemala – e o Lago Atitlán em particular – é teoricamente visitável durante todo o ano. Em todo o caso, para evitar as fortes chuvadas que, não raras vezes, dificultam as deslocações nas estradas secundárias guatemaltecas, o ideal é evitar o período entre fim de Maio e meados de Outubro. A Páscoa é outra época mais complicada, mas por causa das multidões em férias.

Como ir

Não há voos diretos de Portugal para a Guatemala. A Iberia voa para a Cidade da Guatemala, via Madrid, com preços mínimos variáveis ao longo do ano – contar com pelo menos 800 €, salvo promoções ocasionais. Mais económico é, regra geral apanhar um voo desde Madrid ou Londres – a cidade europeia com melhores tarifas transatlânticas -, sendo que, neste último caso, uma alternativa de qualidade bem superior à Iberia é a norte-americana Continental Airlines, que voa para a Guatemala, via Newark e/ou Houston, com preços a partir de 600 €.

Uma vez chegado ao aeroporto internacional da Cidade da Guatemala, capital do país, sugerem-se alguns dias na cidade de Antígua antes de tomar um shuttle direto com destino a Panajachel, a mais importante localidade instalada nas margens do Lago Atitlán. A viagem de 146 quilómetros entre Antígua e Panajachel custa pouco mais de 60 quetzales (menos de 6 €) e é oferecida por quase todas as agências de viagens de Antígua. Alternativamente, um autocarro pullman sai manhã cedo de Antígua para Panajachel e custa 45 quetzales.

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Onde ficar

Em San Pedro La Laguna, a oferta é muito diversificada, embora pontifiquem lugares para um público “de mochila às costas”. Excluindo Panajachel, é a localidade para quem pretende agitação e vida noturna. Destacam-se, entre outros, o muito elogiado Casa Lobo Bungalows, o Hotel Sakcari e o espectacular Zoo La, um animado bar-restaurante-hostel com apenas meia dúzia de quartos, instalados em redor de um jardim muito agradável.

Em San Marcos La Laguna, área zen do Lago Atitlán, a opção mais ecológica é, provavelmente, o boutique Hotel Aacullax, com a mais-valia de um pequeno-almoço delicioso. Em termos de relação qualidade-preço, o Hotel La Paz, envolvido por árvores e um jardim muito agradável, com uma decoração simples e ecológica de madeira e bambu e um restaurante vegetariano com comida fresca e deliciosa, é um dos locais mais atraentes de San Marcos La Laguna. De resto, muitos dos viajantes mais jovens e alternativos preferem o El Unicornio, um dos locais mais baratos de San Marcos, que oferece um ambiente descomplexado onde os hóspedes têm tendência para ir ficando por longos períodos de tempo.

Ainda nas margens do lago mas em povoados menos frequentados, muito enaltecidas são também as pousadas Vulcano Lodge, localizada na minúscula e remota aldeia de Jabalito, e La Iguana Perdida, em Santa Cruz de La Laguna.

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Passeios

Para quem visita o Lago Atitlán, não faltam seguramente motivos para abandonar o conforto da pousada. Sugere-se, por exemplo, o cénico passeio, a pé, pela estrada que une San Marcos a San Pedro serpenteando a margem do lago. Para os viajantes mais ativos, subir ao vulcão San Pedro é uma alternativa a não descartar. Por fim, visitar o incrível mercado de Chichicastenango com recurso a transporte em minivan é absolutamente imperdível (o mercado tem lugar aos domingos e quintas-feiras). E assim substitui temporariamente o azul da água, o verde das árvores e o vermelho da lava pelas infinitas cores do mercado de Chichicastenango.

O que comprar

Tecidos, naturalmente. As mulheres das tribos Maia que habitam as aldeias em torno do Lago Atitlán fabricam manualmente toalhas de mesa, centros de mesa, lenços, porta-moedas e um diversificado leque de produtos têxteis artesanais, alguns dos quais muito atraentes e vendidos a preços irrisórios.

A noite em San Pedro La Laguna

Quem procura ambientes festivos e diversão noturna no Lago Atitlán só tem um destino possível: San Pedro La Laguna. Aí, o Zoo La, com um ambiente beduíno-hippie-chique, esteiras e almofadas no chão, mesas baixas, redes para ler um livro enquanto espera pela comida (o serviço é lento mas a espera compensa) e música ao vivo em alguns dias, destaca-se da concorrência. O Freedom Bar é outra opção regularmente recomendada para quando a noite segue adiantada.

Vistos de turismo

Os cidadãos portugueses não necessitam de visto para entrar na Guatemala. Saiba também que está em vigor um acordo transfronteiriço que deveria isentar de pagamentos adicionais quem quer que circule entre as Honduras, El Salvador, a Nicarágua e a Guatemala. A realidade nos postos fronteiriços é um pouco distinta e nem sempre o acordo é cumprido, sendo por vezes exigidos pequenos montantes aos turistas como taxa de entrada ou saída nas fronteiras entre os quatro países.

Seguro de viagem

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.