O tempo estava incerto na manhã de domingo. A previsão meteorológica anunciava duas horas sem chuva na zona do Porto e, olhando pela janela, era impossível adivinhar – estava sol, mas as nuvens escuras prenunciavam que fosse de pouca dura. Ainda assim, saímos – mãe e bebé para passear, pai e filha para desenhar.
Depois de ter desenhado outras zonas do Porto, o meu objetivo era ir para a Cantareira, zona de pescadores, onde o Rio Douro começa a desfalecer nos braços do Atlântico, sempre pontilhado de barcos de pesca. Era o que eu pensava ir desenhar.
Estacionei junto ao jardim do Passeio Alegre e a minha filha quis logo desenhar. Sentámo-nos num daqueles pilares que servem para amarrar os cabos das embarcações e começámos a desenhar o molhe – coisa simples para começar o dia. Poucos minutos depois, começou a chover e tivemos de recolher ao carro.
Assim que a chuva parou, decidimos caminhar até ao porto de pesca da Cantareira, passando pelo Farol de São Miguel-o-Anjo. Sentámo-nos – pai e filha – frente a frente numa mesa pública. Ainda estava a pensar no que iria desenhar e já a Inês desenhava vorazmente. No final, quando de novo a chuva nos enxotou, eu tinha feito um sketch enquanto a Inês fez três ou quatro. E ainda teve tempo de pintar um deles. “Tu desenhas muito rápido…”, disse eu. “Pois, pai, porque eu não faço os pormenores todos”. E não é essa a estratégia dos urban skecthers, que têm de desenhar rápido, por vezes quase em movimento?
Eis o sketch da minha filha Inês.
Eu aceito a “crítica”. Temos, de facto – mesmo descontando o fator idade -, estilos muito diferentes de desenhar. Gosto dos pormenores, da minúcia do traço, ao ponto de uma caneta 0.2 já quase sempre me parecer demasiado grossa. Desta feita, aventurei-me com um pouco de perspetiva e a desenhar uma pessoa, ainda que de costas. Não é nada fácil.
E não desenhei mais. Até que hoje fui ao centro histórico do Porto. Estava aquele sol de inverno delicioso e sentei-me na esplanada do Jardim das Oliveiras, no topo da remodelada Praça de Lisboa, a desenhar, de frente para um edifício que me diz muito, por razões profissionais. No último piso, fica a agência de viagens Nomad, com quem colaboro desde o início; o terceiro, alberga o Yoga sobre o Porto, um espaço maravilhoso onde costumo organizar os meus workshops de Escrita de Viagens.
O resultado de hora e meia a desenhar e a pintar com aguarelas foi este. Adoro!
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