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Um dia em Colombo, a caótica capital do Sri Lanka

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Ásia Colombo Sri Lanka Capitais Roteiros
Atualizado em 1.09.2022 | Tempo de leitura: 7 minutos

Roteiro de 1 dia em Colombo: Pettah
Cena de rua no mercado de Pettah, Colombo

Aterrei no Aeroporto Internacional Bandaranaike por volta das 10:00, após quase 24 horas de voos e escalas. Apanhei o autocarro do aeroporto para a estação central de Colombo e daí um tuk tuk até ao hotel onde escolhi pernoitar.

Estava cansado da viagem, mas não queria dormir; caso contrário, ficaria com os fusos horários ainda mais trocados. Banho tomado, fui explorar a cidade sem saber muito bem o que fazer em Colombo. Não tinha, de facto, grandes planos. Sabia apenas que queria conhecer o mercado de Pettah, na zona velha da capital do Sri Lanka. E pouco mais. Eis então o meu roteiro de um dia em Colombo.

Conteúdos do Artigo
  • 1 O que fazer em Colombo (roteiro de 1 dia)
    • 1.1 Templo Gangaramaya
    • 1.2 Templo Seema Malaka
    • 1.3 Mercado de Pettah
    • 1.4 Mesquita Vermelha
    • 1.5 Dutch Hospital (Forte de Colombo)
    • 1.6 Um chá no The T-Lounge by Dilmah
    • 1.7 Passeio na Galle Green Face
  • 2 Guia para visitar Colombo
    • 2.1 Como chegar a Colombo
    • 2.2 Onde ficar em Colombo
    • 2.3 Seguro de viagem

O que fazer em Colombo (roteiro de 1 dia)

Templo Gangaramaya

O que visitar em Colombo: Templo Gangaramaya
Pormenor do interior do Templo Gangaramaya, em Colombo

Comecei por apanhar um tuk tuk desde o meu hotel até ao templo Gangaramaya. Tido como um dos mais antigos templos budistas de Colombo, o Gangaramaya fica encravado entre edifícios e é tudo menos monótono.

Uma vez lá dentro, chamou-me a atenção a mostra imensa e diversificada – por vezes kitsch – de objetos oferecidos, seja por crentes anónimos ou entidades oficiais. Entre eles, vi coisas tão insólitas como carros antigos em exposição. Dentro do templo budista. Confesso que me pareceu estranho.

De resto, o ambiente estava tranquilo. Havia meia dúzia de visitantes a calcorrearem, descalços, as instalações do Templo Gangaramaya; até que, às tantas, chegou uma turma de meninos de escola para o visitar. E o Gangaramaya ganhou vida.

Templo Seema Malaka

O que fazer em Colombo: Seema Malaka
Vista a partir do Templo Seema Malaka

Com o mesmo bilhete, tinha também acesso ao Templo Seema Malaka, que fica em pleno lago South Beira, nas proximidades do Gangaramaya. Fui até lá.

É um pequeno templo budista que, ao que consta, é mais usado para meditar e descansar do que propriamente para orações. Quando o visitei, estava de facto vazio e tranquilo. Estava-se bem, ali, mas o contraste entre a tranquilidade do templo, em pleno lago, e o arranha-céus em construção, ali ao lado, pareceu-me evidente. Talvez a calma de Seema Malaka esteja a terminar.

Mercado de Pettah

Pettah, Colombo
Vendedores de rua em Pettah, Colombo

Calma é coisa que, seguramente, não se encontra em Pettah, o meu próximo destino. À saída do Templo Seema Malaka abordei um tuk tuk, negociei o preço e pedi-lhe que me deixasse diante da estação de caminhos-de-ferro de Colombo. A ideia era explorar a zona velha de Pettah e perder-me pelas ruas e mercados do coração de Colombo. Não tinha rumo definido, mas sim um objetivo final: chegar à Mesquita Vermelha pelas movimentadas ruelas de Pettah.

Resumindo, Pettah é o caos – não há outra forma de o dizer. Mas é uma zona vibrante e cheia de gente, apaixonante e malcheirosa, decadente e bela ao mesmo tempo. O ambiente, apesar de nunca me ter sentido inseguro, é daqueles que faz muita gente sentir-se desconfortável. Dito isto, recomendo vivamente a inclusão de Pettah na lista de coisas a fazer em Colombo. Mais autêntico não há!

Depois de sair do mercado de Pettah, passei defronte do antigo edifício da Câmara Municipal pensando ser digno de registo. Mas não. Segui então para a Mesquita Vermelha, umas centenas de metros adiante.

Mesquita Vermelha

Mesquita Vermelha, Colombo
Pátio interior da chamada Mesquita Vermelha, na zona antiga de Pettah, Colombo

Quando cheguei à entrada principal da Mesquita Vermelha, estava a terminar uma das orações diárias. Esperei pacientemente, enquanto centenas e centenas de muçulmanos iam saindo da mesquita. E saindo. E saindo. Não era para menos: a Mesquita Vermelha alberga 16.000 pessoas em simultâneo nas salas de oração. E a sexta-feira é o dia mais concorrido (era sexta-feira!).

Quando finalmente consegui entrar, fui conduzido a uma sala onde um homem relativamente jovem fez questão de mostrar um vídeo sobre a história da mesquita e se colocou à disposição para explicar qualquer questão sobre a religião muçulmana ou a própria Mesquita Vermelha. Tenho experiência com momentos semelhantes em alguns locais religiosos do Irão; sabia por isso que, uma vez filtrada a mensagem, podem ser conversas enriquecedoras. Foi o caso.

Uma vez terminada a conversa, saí para visitar a mesquita (pensava eu); mas, para minha frustração, não me foi permitido passar além do pátio interior, ali mesmo. Senti-me um pouco desiludido e, dadas as circunstâncias, não me delonguei por ali.

Dutch Hospital (Forte de Colombo)

Dutch Hospital, Colombo
Pátio do Dutch Hospital, em Colombo

Antes de me dirigir ao chamado Dutch Hospital, passei pelo edifício Cargils, que apresenta algumas semelhanças visuais com a Mesquita Vermelha; mas rapidamente concluí que não havia nada de muito interessante para ver.

Segui então para o Dutch Hospital que, ao contrário do que o nome possa sugerir, não é um hospital. Trata-se de um edifício colonial, do início do século XVII e que, por essa altura, era o coração do forte de Colombo. Atualmente, e após obras de reconversão, o Dutch Hospital é uma das zonas mais trendy de Colombo, com cafés, bons restaurantes e lojas caras.

Poderia ter ali ficado a recuperar energias mas, a caminho do Dutch Hospital, tinha passado por um café que me chamara a atenção. Preferi ir para lá.

Um chá no The T-Lounge by Dilmah

O que fazer em Colombo: The T-Lounge by Dilmah
Café The T-Lounge by Dilmah, em Colombo

Quem me acompanha aqui no blog sabe que adoro cafés. Pois bem, estava eu a caminhar pela zona do Forte de Colombo quando passei diante do The T-Lounge by Dilmah. Tinha de facto muito bom aspeto pelo que, sem surpresas, decidi conhecer.

Lá dentro, o menu era especialmente centrado nos chás provenientes das várias regiões do Sri Lanka, incluindo Ella e Nuwara Eliya. A música era agradável. A sala acolhedora. A carta de chás imensa e diversificada. Tudo perfeito, portanto, não fora o crepe demasiado doce que pedi por pura gula.

Acabei por ficar no café algum tempo, a descansar e a abrigar-me da chuvada que entretanto caía sobre Colombo. Estava já escuro quando me pus a caminho da Galle Green Face, última paragem do meu roteiro em Colombo.

Passeio na Galle Green Face

Visitar Colombo: Galle Green Face
Barracas de rua na Galle Green Face

Acabei o dia a passear na Galle Green Face. Trata-se de uma grande avenida marginal para onde, ao fim da tarde, quando o calor costuma dar tréguas, jovens e menos jovens confluem para passear.

Caminhei, observando os casais de namorados e os jovens pais a brincar com as suas crianças; praticantes de desporto solitários e famílias inteiras; gente bem-vestida e desfavorecidos. É um espaço muito democrático e eclético, que gostei de conhecer.

Foi ali mesmo que jantei. Escolhi o Nana, uma das bancas de comida de rua mais elogiadas da capital do Sri Lanka em sites e guias de viagem. Talvez tenha tido azar, mas foi uma enorme desilusão.

O meu roteiro de um dia em Colombo estava a terminar. Tinha estado em Colombo no pós-tsunami de 2004, em circunstâncias completamente distintas, pelo que fiz questão de voltar à cidade. Felizmente, correu bem e, apesar de não ter feito nada verdadeiramente emocionante, valeu a pena regressar a Colombo.

Estava na hora de chamar um tuk tuk e regressar ao hotel Sunrise Boutique. No dia seguinte, era altura de deixar Colombo, de visitar o Museu da Fotografia do Tsunami perto de Hikkaduwa, e de começar a explorar a cidade de Galle.

Guia para visitar Colombo

Como chegar a Colombo

A maioria das grandes companhias aéreas da Europa e Médio Oriente voa para o Sri Lanka; incluindo Lufthansa, Turkish Airlines, Emirates ou Qatar Airways. Note que o Aeroporto Internacional Bandaranaike fica mais perto de Negombo do que da capital Colombo.

Pesquisar voos para Colombo

Onde ficar em Colombo

Uma dúvida comum no planeamento de uma viagem ao Sri Lanka é sobre onde ficar na primeira e última noite da viagem: ou seja, será melhor ficar em Negombo ou em Colombo? Eu optei por ficar em Colombo no início e em Negombo no final; e resultou bem.

No caso de Colombo, escolhi a Sunrise Boutique, uma pousada excelente mas não tão central como seria desejável. Felizmente, o que não faltam são opções de alojamento em Colombo. Por exemplo, se quiser ficar alojado perto do forte, o C 1 Colombo Fort é bom e relativamente barato. Na mesma zona da cidade, o Fairway Colombo é um grande hotel de quatro estrelas (onde normalmente eu não ficaria), mas os preços são muito apelativos e a localização é excelente.

Um pouco mais a sul mas ainda assim bem localizados, na zona litoral de Colombo, o Drift BnB Colombo e o Moss Colombo são dois hotéis muito elogiados. Por último, se luxo é o que procura, veja o fantástico Paradise Road Tintagel Colombo; não se vai arrepender. Alternativamente, conheça os melhores hotéis de Colombo acedendo ao link abaixo.

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Comentários

  1. Laura Primo da Hora

    Vou passar um dia em Colombo e gostaria de saber preços do transporte usado e qual a moeda local… posso pagar com dólar/euro?

    Responder
    • Filipe Morato Gomes

      Não me recordo dos preços dos tuk tuk que usei em Colombo, mas não são caros. A moeda do Sri Lanka é a Rupia.

      Responder

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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