
Tenho andado cada vez mais empenhado em conhecer melhor Portugal. Não só devido ao projeto Rostos da Aldeia mas, também, em viagens para o Alma de Viajante. Vem isto a propósito de uma incursão recente pelo Ribatejo e Alto Alentejo, com o objetivo de visitar os territórios do Montado de Sobro e Cortiça.
A ideia era estudar as atrações e montar uma espécie de roteiro que pudesse ajudar os visitantes a fazerem escapadinhas por uma região que é tida como a “maior mancha florestal de montado de sobro do mundo”. Ora, como há mais de 25 concelhos que integram a rede do Montado de Sobro e Cortiça, a viagem foi dividida em três partes. E esta primeira centra-se nas sub-regiões do Ribatejo e Alto Alentejo. Já lá vamos.
Antes de mais, deixo aqui um vídeo inspirador sobre estes territórios, da minha autoria.
Partilho neste artigo um possível roteiro pelo Ribatejo e Alto Alentejo, centrado nos territórios do Montado de Sobro e Cortiça. Como referi, é o primeiro de três roteiros que farei sobre esta temática; sendo que, neste artigo em particular, o foco estará nos municípios de Almeirim, Avis, Benavente, Chamusca, Coruche, Crato, Fronteira, Gavião, Ponte de Sor e Portalegre.
Como facilmente perceberá, não é fácil selecionar lugares a visitar ou atividades a fazer dentro de um território tão vasto. Encare, pois, estas sugestões como ponto de partida para montar o seu próprio itinerário, de acordo com os seus gostos, ritmo de viagem e tempo disponível para esta escapadinha. Vamos a isso!
O itinerário foi compilado a partir de uma viagem de sete dias pela região.
Roteiro no Ribatejo e Alto Alentejo (Montado de Sobro e Cortiça)
Dia 1: Coruche
Comecei o primeiro dia do roteiro pelo Montado de Sobro e Cortiça da melhor forma possível: a fazer um passeio de balão madrugador. Foi uma experiência maravilhosa.
Tive muita sorte com as condições climáticas, já que o meu voo foi o único realizado durante esse dia, em virtude do vento que entretanto se levantou. Isto para dizer que deve ir preparado para lidar com a frustração de não poder voar de balão – não há nada a fazer senão respeitar as condições do tempo e as decisões dos profissionais sobre a concretização ou não do passeio.
De resto, a verdade é que não falta o que fazer em Coruche. Imperdível é, por exemplo, a Igreja da Misericórdia, alvo recente de uma profunda remodelação que lhe restaurou o brilho de outrora. E também o Núcleo Rural de Coruche, que “salvaguarda e valoriza o património agrícola, bem como as memórias e práticas associadas às artes, aos ofícios e aos saberes tradicionais em desuso no contexto da evolução tecnológica e das transformações estruturais ocorridas ao longo do século”.
Ora, depois de visitar ambas as coisas, decidi explorar as ruas de Coruche em busca de murais e escadarias alvo de intervenções artísticas que em muito valorizam o espaço público da vila.
Passei ainda no premiado edifício do Observatório do Sobreiro e da Cortiça, cujo exterior vale a pena admirar (é parcialmente revestido a cortiça!); e acabei por passar pelo Posto de Turismo para carimbar o passaporte do Montado de Sobro e Cortiça. Confesso que não costumo ligar a estas coisas, mas ter ido ao Posto de Turismo permitiu saber da existência de um artesão local que trabalha com junco, chamado António Lourenço. E, assim, lá arranjei forma de tentar conhecer de perto o seu trabalho, visitando o seu atelier (por sorte, ele e a sua esposa Fátima estavam lá!).
Ao final da tarde, uma passagem pelo miradouro junto à Igreja de Nossa Senhora do Castelo foi garantia de boas vistas sobre toda a zona envolvente e o final de um dia bem passado no território do Montado de Sobro e Cortiça!
Para mais informações sobre os passeios de balão consulte o site da Windpassenger. Uma vez que o voo de balão começava bastante cedo, optei por ir dormir a Coruche no dia anterior; se vive longe de Coruche, aconselho a fazer o mesmo.
Refeições: Para comer, não posso deixar de referir três excelentes restaurantes de Coruche que vale a pena experimentar. São eles o Gran´gula (comida contemporânea divinal); o Stein Grill, para pratos de peixe; e o Sabores de Coruche, provavelmente o mais afamado da vila.
Dormida: guesthouse Casa do Rio Sorraia (na malha urbana) ou Monte Macário, num espaço rural nos arredores. Veja também o artigo sobre onde ficar em Coruche.
Dia 2: Benavente
Para o segundo dia, a ideia era explorar o município de Benavente. Mas pode naturalmente aproveitar um pouco mais de Coruche, caso não tenha conseguido visitar tudo o que pretendia; e só então seguir para Benavente.
Ora, apesar de Benavente não ser das mais entusiasmantes localidades que já conheci, vale a pena passear pela malha urbana e atentar a alguns pormenores arquitetónicos. É o caso da Torre do Relógio do edifício da Câmara Municipal de Benavente.
O que me levou a Benavente foi o seu Parque Ribeirinho e, principalmente, a possibilidade de fazer uma caminhada pela chamada Rota das Lezírias. Trata-se de um trilho de Pequena Rota (PR1 BNV), circular, onde é também permitido o uso de bicicleta, e que “une os aglomerados urbanos de Benavente e Samora Correia através das lezírias dos rios Sorraia e Almansor”.
Para quem está habituado a caminhadas em ambiente de montanha, encontrará nas lezírias paisagens totalmente diferentes. No total, o percurso tem 20 km de extensão mas, na verdade, subdivide-se em dois percursos circulares de menor dimensão, o que permite fazer trajetos menores (de 9 km ou 13 km) e regressar ao início – seja Benavente ou Samora Correia.
É uma forma diferente de descobrir uma região para muitos desconhecida!
Dormida: Benavente Vila Hotel, em Benavente; ou então voltar a Coruche, caso prefira não mudar de hotel todas as noites.
Dia 3: Almeirim e Chamusca
Cheguei a Almeirim sem grandes expectativas, mas a verdade é que fui completamente surpreendido. Primeiro, a gastronomia é extraordinária; segundo, a cidade tem um certo charme; e terceiro, conheci dois artesãos que me abriram as portas e com quem poderia ter ficado o dia inteiro a conversar. Vamos por partes.
Assim que estacionei o carro nas proximidades da praça de touros de Almeirim, notei imediatamente uma diferença enorme em relação a Benavente: talvez por ser fim de semana, havia muitos turistas a passear pela cidade.
Dirigi-me de imediato a uma loja chamada Vitorino & Simão, onde se vendem botas de pele feitas de forma artesanal; mas rapidamente percebi que a oficina do artesão não era ali. Um telefonema depois, estava a caminho da oficina de calçado artesanal de Simão Monsanto, onde fiquei a conhecer melhor uma arte tradicional que tanto me fascinou. Os moldes, os sapatos feitos manualmente e à medida, a alma da oficina… tudo. Diante de mim estava uma espécie de alfaiate do calçado. Inesquecível!
Com a hora de almoço a aproximar-se, não podia deixar de provar a afamada sopa da pedra de Almeirim. Para tal, escolhi o restaurante O Pinheiro, recomendado por um habitante local, de onde saí demasiado cheio para fazer o que quer que fosse. Feliz ou infelizmente, faltava ainda a sobremesa… e foi assim que fui conhecer as caralhotas de Almeirim.
Brincadeiras com o nome à parte, as caralhotas são, na verdade, pequenos pães de côdea estaladiça e miolo rústico característicos do concelho. Mas existem também variantes doces – com maçã, por exemplo. Foi exatamente isso que eu provei, depois de ter observado in loco o processo de fabrico de dona Emília – o velho forno a lenha já não é utilizado, mas as caralhotas continuam deliciosas.
Estava então na hora de prosseguir viagem para o vizinho concelho da Chamusca. Aí, além de visitar o chamado Porto das Mulheres (bom lugar para relaxar!), o que mais me atraiu foi a quantidade de arte urbana existente na pequena aldeia de Ulme – muito por culpa de um festival chamado Pin’Arte, que todos os anos leva a Ulme alguns artistas consagrados que ali deixam a sua marca. Adorei!
Caso tenha tempo, pode continuar em direção ao Observatório da Paisagem da Charneca – tendo em atenção que, ao fim de semana, parece estar encerrado (foi o que me aconteceu). Ou então, seguir logo viagem rumo à bonita aldeia de Arrepiado, nas margens do Tejo; e, um pouco mais a norte, ao chamado Miradouro do Almourol – Arrepiado, com vistas sobre o Castelo de Almourol especialmente bonitas ao final da tarde.
Dormida: Convento Inn and Artists Residency, Chamusca; ou o Luna Hotel Turismo, em Abrantes, caso prefira não voltar para trás depois de visitar o miradouro.
Dia 4: Gavião e Crato
Depois de uma noite bem dormida, a próxima paragem que recomendo é a povoação de Belver, no município de Gavião. Tendo o Castelo de Belver no horizonte, visitei o Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver (também conhecido como Museu das Mantas), onde fui muito bem recebido; e o inusitado Museu do Sabão – que, apesar de ter um projeto museológico interessante, não me encheu as medidas. Mas fica a sugestão.
Ainda na margem direita do rio Tejo, referência obrigatória para o magnífico Observatório de Avifauna do Outeiro. Lá chegar requer alguma paciência para percorrer estradas de terra batida; mas as vistas sobre o vale e o rio são deslumbrantes e tudo compensam.
Infelizmente, estive lá a meio da tarde, pelo que não tive o privilégio de avistar aves de grande porte. Já vi muitos grifos, abutres-do-egipto, águias-perdigueiras e milhafres-reais quando fui visitar os miradouros do Douro Internacional; mas, para ter experiência semelhante no Observatório de Avifauna do Outeiro, tinha de ter ido de manhã cedo ou ao final do dia. Terá de ficar para uma próxima.
Para terminar, atravessei o rio e fui conhecer a Praia Fluvial do Alamal, onde fiz um curto mas lindíssimo percurso pedestre. Chama-se Passadiços de Alamal e é uma caminhada muito fácil nas margens do Tejo que recomendo vivamente.
Não muito longe fica a belíssima aldeia de Flor da Rosa, no vizinho concelho do Crato, paragem obrigatória neste roteiro pelo Ribatejo e Alto Alentejo. Assim que cheguei, parei na Barros – Flor da Rosa, que funciona como escola de formação para oleiros.
Estando em Flor da Rosa não foi difícil descobrir o atelier de Rui Heliodoro, o oleiro mais antigo da aldeia. Estava a trabalhar numa encomenda para o estrangeiro, e, de novo, por ali fiquei à conversa e a observar a produção de peças em cerâmica na sua roda de oleiro.
Antes de deixar Flor da Rosa para trás, tempo ainda para visitar o Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, onde atualmente está instalado um Posto de Turismo municipal e a Pousada Mosteiro do Crato – um excelente local para pernoitar.
Fundamental no Crato é também conhecer a Anta do Tapadão, um monumento megalítico impressionante. Não se desmotive ao ver o portão fechado – é mesmo assim, por causa dos animais!; basta abrir, entrar e voltar a fechar.
Tentei ainda visitar o coração da sede de concelho, nomeadamente a Praça do Município, onde fica a extraordinária Varanda do Grão-Prior; mas, infelizmente, a praça estava em obras e totalmente fechada. Fica a dica.
Dormida: Pousada Mosteiro do Crato, no antigo Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa (Pousada de Portugal).
Dia 5: Portalegre
Uma das grandes surpresas desta minha viagem por terras alentejanas foi, sem qualquer dúvida, Portalegre. Nunca tinha dedicado tempo para conhecer a cidade, e a verdade é que me surpreendeu a todos os níveis. Do artesanato aos museus passando pela gastronomia, Portalegre é um destino fantástico!
Entre as coisas que tive oportunidade de conhecer, referência óbvia para o centenário Plátano do Rossio, uma árvore imponente que não deixará indiferente quem quer que ali se detenha um par de minutos.
Fui ainda ao Mercado Municipal de Portalegre, mas estava com pouca atividade. Talvez por isso, e apesar de adorar mercados, o que me deixou boquiaberto foi o maravilhoso Museu das Tapeçarias de Portalegre, complementado com uma visita à Manufactura de Tapeçarias de Portalegre – uma “fábrica” onde pude observar três mulheres a trabalhar numa tapeçaria.
E, para finalizar em beleza, fui conhecer o trabalho de António Adélio, um artesão que trata com enorme carinho a chamada arte pastoril, fazendo peças utilitárias e decorativas em cortiça e madeira. Muito bom!
Fora de Portalegre, passei ainda no Pego do Inferno, uma pequena cascata que, com bom tempo, deve ser um excelente local para refrescar corpo e mente. E também passei na aldeia de Alegrete, eleita por mim como uma das aldeias mais belas e bem cuidadas que conheci nesta viagem. Não deixe de a visitar!
De resto, infelizmente a Sé Catedral de Portalegre estava encerrada para obras e rodeada de andaimes, tal como o Castelo de Portalegre que estava temporariamente fechado. Ficou também por ver o Museu José Régio, o Convento de São Bernardo e o Convento de Santa Clara. Confirmo: não falta o que fazer em Portalegre – e um dia não é, de todo, suficiente para ver tudo!
Refeições: Apesar de haver excelentes restaurantes em Portalegre, não posso deixar de referir um deles, que me encheu as medidas. Falo do acolhedor Solar do Forcado, localizado no centro histórico da cidade. Alternativamente, o restaurante Sal e Alho e o Tomba Lobos são outras apostas seguras.
Dormida: Hotel José Regio, em Portalegre (excelente relação qualidade/preço; gostei muito). Veja também o artigo sobre onde ficar em Portalegre.
Dia 6: Fronteira e Avis
De volta à estrada, a quantidade de cegonhas que avistava a todo o momento era impressionante. Fosse em pleno voo ou nos seus ninhos.
O objetivo era chegar a Cabeço de Vide (lindo!), passear um pouco pela urbe e seguir viagem rumo a Fronteira, que tem na antiga estação de caminhos-de-ferro um dos seus edifícios mais emblemáticos. Naturalmente, fui lá espreitar os azulejos, em excelente estado de conservação.
De seguida, dirigi-me ao Centro de Interpretação da Batalha de Atoleiros – que, nas palavras do Turismo de Portugal, é um “projeto destinado a apresentar aos visitantes uma reconstituição da batalha histórica travada a 6 de abril de 1384 [Batalha dos Atoleiros], a curta distância da vila de Fronteira”. Não vi muito mais de Fronteira, porque em viagem é sempre preciso fazer escolhas.
O resto do dia foi passado a conhecer a magnífica vila muralhada de Avis, onde pontifica a Igreja e o Convento de São Bento de Avis e um pelourinho muito interessante. Pela minha parte, vagabundear pelas ruelas empedradas rodeado pelas muralhas é, por si só, programa para me deixar encantado. Até porque a vila de Avis é linda. Mesmo.
Refeições: Há, naturalmente, vários bons restaurantes na região; mas, entre aqueles que experimentei, não posso deixar de referir o acolhedor A Taverna do Paulo, em Avis. Muito bom.
Dormida: Casa da Moira, em Avis (não é barato, mas vale a pena).
Dia 7: Ponte de Sor
O dia começou com uma das estradas mais bonitas de toda esta viagem. Na região de Aldeia Velha, as estradas são estreitas e rodeadas de sobreiros, proporcionando vistas espetaculares do montado que sumarizam bem o espírito da jornada. O destino era Ponte de Sor, mas ainda não tinha lá chegado e já estava fascinado.
Este dia prometia. Até porque tenho relações afetivas com Ponte de Sor. Quer dizer, lembro-me de o meu pai lá ter trabalhado durante alguns anos; mas não me lembrava de ter ido visitar Ponte de Sor. Foi por isso com alguma expectativa que me dirigi à cidade.
Lá chegado, comecei por procurar todo e qualquer mural pintado em Ponte de Sor. Como aquela “Nossa Senhora da Cortiça”, um mural da autoria do artista italiano Marco Burresi criado por altura do Festival Sete Sóis Sete Luas de 2016.
Decidi então dedicar o meu tempo a conhecer a zona ribeirinha de Ponte de Sor. Trata-se de uma área de lazer muito agradável e bem cuidada, ideal para caminhadas e prática desportiva, que desemboca numa ponte pedonal muito fotogénica.
Depois de explorar a cidade, faltava ainda fazer-me novamente à estrada para visitar a barragem de Montargil, um lugar de grande beleza e propício a atividades de veraneio. Ora, apesar do céu azul, não estava propriamente tempo para banhos, pelo que me limitei a apreciar a paisagem e meter conversa com alguns pescadores que passavam o tempo nas margens da albufeira.
Com tudo isso, acabei por não conseguir visitar o Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, onde se exibe “o maior mosaico do mundo com rolhas de cortiça”, da autoria do artista albanês Saimir Strati – o “mestre do mosaico”. Foi pena, é certo, mas ter razões para voltar também não é mau de todo…
Era o final do roteiro no Ribatejo e Alto Alentejo, percorrendo parte do território do Montado de Sobro e Cortiça. Faltava ainda regressar ao ponto de partida – Coruche -, mas isso ficaria para o dia seguinte. Tinha decidido passar a noite em Ponte de Sor e celebrar o término desta bela viagem pelo interior de Portugal com um copo de vinho alentejano… e assim fiz. Tchim! Tchim!
Para mais informações sobre a Rota de Arte Urbana de Ponte de Sor, veja este folheto em PDF.
Dormida: Hotel Ponte de Sor, em Ponte de Sor (qualidade aceitável e preço justo); ou, se preferir, continue para Coruche.
Mapa do roteiro no Ribatejo e Alto Alentejo (Montado de Sobro e Cortiça)
Acima, encontra o mapa com o roteiro que eu proponho para explorar estes 10 municípios que fazem parte dos territórios do Montado de Sobro e Cortiça. A saber: Almeirim, Avis, Benavente, Chamusca, Coruche, Crato, Fronteira, Gavião, Ponte de Sor e Portalegre. É um itinerário adaptado do meu percurso, otimizado em termos de distâncias, tempo e sequência lógica. Caso tenha curiosidade em ver o roteiro real que eu percorri, veja aqui.
Ao longo dos próximos meses publicarei mais dois roteiros pelo Montado de Sobro e Cortiça, com foco em municípios diferentes. São eles:
- Montado de Sobro e Cortiça (II): Roteiro no Alentejo Central
- Montado de Sobro e Cortiça (III): Roteiro no Baixo Alentejo e Litoral
Guia prático
Como se deslocar
É virtualmente impossível visitar todo este território de forma eficiente recorrendo a transportes públicos, sendo por isso fundamental dispor de carro próprio. Caso necessite de alugar carro para fazer esta viagem, veja os melhores preços no link abaixo.
Quanto dias são precisos para fazer o roteiro
Dada a extensão territorial do itinerário proposto, creio que cinco dias será o mínimo dos mínimos; mas, com uma semana à sua disposição, conseguirá visitar todos os lugares referenciados. Dito isto, dispondo de menos tempo, recomendo que escolha menos municípios ou, em alternativa, elimine algumas das visitas sugeridas (em função dos seus interesses pessoais).
Tendo mais tempo, pode naturalmente visitar tudo com mais calma e acrescentar mais passeios pedestres. Ou, quem sabe, prolongar a viagem por outros territórios do Montado de Sobro e Cortiça mais a sul, seja no Alentejo Central ou no Baixo Alentejo e Litoral.
Onde ficar
Antes de mais, é impossível percorrer este itinerário ficando sempre no mesmo hotel. E mesmo que não queira mudar de hotel todos os dias, é recomendável montar pelo menos quatro bases para explorar todos os locais do roteiro. Eis a minha sugestão:
CORUCHE
Quer vá ou não voar de balão, estou certo que Coruche é uma das bases fundamentais neste roteiro. Isto porque é um locais onde há mais coisas para fazer, pelo que vale a pena dedicar-lhe um dia completo; veja, a propósito, o que visitar em Coruche. As já referidas unidades hoteleiras Casa do Rio Sorraia e Monte Macário são boas opções, tal como a Casa dos Ingleses. Alternativamente, procure alojamento em Coruche no link abaixo.
PORTALEGRE
Tal como Coruche, também Portalegre é, para mim, um local de pernoita fundamental neste itinerário – veja também o artigo sobre o que fazer em Portalegree perceberá os motivos. Como referido, gostei muito do Hotel José Régio, pelo que será essa a minha sugestão. Mas, felizmente, há várias alternativas para alojamento em Portalegre – procure no link abaixo.
Pesquisar hotéis em Portalegre
AVIS
Uma terceira base pode muito bem ser Ponte de Sor, até porque geograficamente encaixa bem no planeamento (no Hotel Ponte de Sor, por exemplo). No entanto, ficará provavelmente mais agradado com o charme da vila de Avis, pelo que vale a pena espreitar unidades hoteleiras como a Casa da Moira, (não é barata). Seja como for, pesquise no link abaixo todas as opções de hospedagem na região.
E AINDA: CHAMUSCA, ABRANTES, GAVIÃO…
Por fim, a quarta base dependerá muito do roteiro exato que percorrer e da distribuição das visitas em cada dia. Mas a região da Chamusca pode ser uma boa base (no Convento Inn and Artists Residency, por exemplo); da mesma forma que ficar uma noite mais perto de Gavião funcionará bem. Neste caso, Abrantes pode ser uma boa escolha (no Luna Hotel Turismo, por exemplo); embora oficialmente fique fora do território do Montado de Sobro e Cortiça.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
Artigo publicado com o apoio do projeto Montado de Sobro e Cortiça.