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Salta, la linda

Por Ana Isabel Mineiro | Viagens América do Sul Argentina Salta
Atualizado em 8.08.2017 | Tempo de leitura: 6 minutos

Salta, norte da Argentina

Rodeada por uma espécie de savana austral muito verde, Salta é uma excelente surpresa para quem viaja no Norte da Argentina. Relato de uma curta viagem à região de Salta.

A caminho de Salta

A viagem entre Iguazú e Salta fez-me atravessar durante horas sem fim uma paisagem verde e encharcada, onde a chuva parecia não ter fim.

Salta, Norte da Argentina
Salta, Norte da Argentina

Da terra vermelha do Chaco, região tropical por onde correm rios importantes como o Paraguai e o Paraná, fomos entrando progressivamente em solo de aspecto mais seco, onde a chuva parecia perder-se em ameaçadoras nuvens longínquas, para só cair ocasionalmente.

Ainda assim, a região de Salta consegue combinar zonas andinas áridas com vales férteis e verdes. Os índios Diaguita-Calchaquies viviam nestes vales, e renderam-se à influência inca bem antes da conquista espanhola.

Apesar da sua mais famosa atracção turística, o Tren a las Nubes (Comboio das Nuvens), continuar desactivado, a cidade era a entrada perfeita na “civilização urbana”: longe de ser uma selva de cimento, possui todas as distracções e confortos necessários – e ainda alguns extras como parques e jardins, um teleférico panorâmico, supermercados bem abastecidos e com comida pronta, um Mercado Municipal cheio de animação e artesanato local.

As ruas são divididas em quarteirões do mesmo tamanho, de tal maneira que alguém habituado às excitantes ruas portuguesas que sobem, descem, estreitam e alargam, se perde em menos de dois minutos. As construções mais altas parecem ser as torres dos campanários das igrejas, pintadas de branco e tons creme que lembram suspiros e gelados – com a escandalosa excepção da Igreja de S. Francisco, cor de tijolo com colunas brancas e rebordos amarelo-dourado.

Humitas, especialidade salteña de milho e queijo
Humitas, especialidade salteña de milho e queijo

É esta elegância colonial que atrai os turistas, sobretudo nacionais, que procuram conhecer este recanto do país. Em volta do jardim da Praça 9 de Julho, que marca o centro, perfilam-se uma Câmara Municipal do século XVIII, a catedral e o edifício do museu de Arqueologia de Alta Montanha, onde uma importante colecção – que inclui os corpos com mais de quinhentos anos de três crianças incas encontradas no cimo do vulcão Llullaillac – nos situa nesta civilização, de cujo império esta zona chegou a fazer parte.

Nas ruas de peões desenrola-se uma actividade intensa, muito mais actual, com lojas de tudo que transbordam para a rua, vendedores de fruta, jornais e pipocas.

Muitos rostos espelham a altitude e a proximidade dos Andes, mas o tipo de vida é indubitavelmente argentino, ou seja, latino: a importância dada ao visual, o gosto pelo convívio fora de portas em esplanadas que enchem, cafés ruidosos; uma humana confusão de gente afável e comunicativa, sobretudo para com os estrangeiros.

Vista de uma rua de Salta
Vista de uma rua de Salta

No mercado descobrimos o sabor das humitas, embrulhos de folhelho de milho com recheio do mesmo e de queijo, que aqui é delicioso.

Pirâmides de misturas de especiarias, especialmente concebidas para incrementar o sabor da parrilhada, o prato de carne assada na brasa que é uma espécie de religião nacional, perfumam o ar.

Turistas e nacionais procuram também o famoso chá-mate e os respectivos copos típicos onde este é consumido através de uma bombilla, um filtro metálico espetado no líquido que impede que se ingira as folhas ao beber o chá.

Apesar do tráfego intenso nas horas de ponta, sabe bem andar a pé ou de bicicleta, descobrindo com vagar pequenos restaurantes em antigas casas coloniais, ruas adornadas de jacarandás e buganvílias gigantescas, passeando no Parque San Martin ou na bela zona de San Lorenzo, onde um arvoredo cerrado esconde mansões e um parque nos deixa entrever a beleza dos bosques que rodeiam a cidade.

Conhecida por la Linda, Salta faz jus ao título com uma combinação de capital colonial de província e um enquadramento natural invejável.

Convento de S. Bernardo, em Salta
Convento de S. Bernardo, em Salta
Igreja de S. Francisco em Salta
Igreja de S. Francisco em Salta

Guia de viagens a Salta

Este é um guia prático para viagens a Salta, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos turísticos, os melhores hotéis e sugestões de atividades na região norte da Argentina.

Quando viajar para Salta

Todo o ano, sabendo que o verão europeu corresponde ao inverno na América do Sul, com frio e céus geralmente limpos, enquanto o inverno corresponde a um verão quente mas geralmente chuvoso.

Como chegar a Salta

Voar com a TAP para Buenos Aires, via Brasil, e em combinação com a Varig e a TAM, ronda os 1.030 euros. Daí pode voar para Salta ou, melhor ainda, viajar de autocarro; são cerca de 20 horas mas, apesar do número ser assustador, a verdade é que optando por um bus-cama nocturno nem se chega cansado: os transportes na Argentina são de excelente qualidade.

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Onde ficar

Em Salta, a Posada del Sol fica na rua Alvarado, nº 646, a um quarteirão da Praça 9 de Julho e os quartos duplos rondam os 45 €; o Hotel Munay fica na rua San Martin, nº 656, muito próximo do mercado municipal e ruas de peões, e os preços rondam os 30 €. Opções de hotéis mais baratos e muito interessantes são as pousadas Backpackers, uma na rua Buenos Aires e outra na S. Juan, que oferecem dormitórios ou duplos por cerca de 6 € a 20 €, respectivamente.

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Restaurantes

Para além da típica comida argentina, da parrilhada (carnes na brasa) às massas caseiras ao estilo italiano, Salta também é conhecida pelas suas humitas de milho e queijo e pelas empanadas com recheio de carne picante. El Solar del Convento, na rua Caseros 444, perto da Praça 9 de Julho, tem pratos locais, assim como o Doña Salta, na rua Córdoba 46. Para provar humitas, o melhor lugar é o Mercado Municipal. Para os vegetarianos, existe o Bio’s Diet, na rua Santiago del Estero 496.

Informações úteis

Salta tem cerca de 464.000 habitantes e situa-se no Noroeste da Argentina, no Vale de Lerma, a quase 1.200 metros de altitude. Fica a menos de 400 quilómetros da fronteira boliviana de Villazón, pelo magnífico desfiladeiro de Humahuaca. Não necessita de visto – apenas de um passaporte válido.
Leve pouco dinheiro consigo, apenas o suficiente para um percalço: em Salta há vários ATM dentro dos bancos, junto à Praça 9 de Julho, e também uma casa de Câmbios e vários cambistas de rua que podem ajudar-nos num aperto. Um euro vale cerca de 5 pesos argentinos.
Para obter detalhes específicos sobre os melhores destinos do norte da Argentina, visite o site oficial do Turismo da Argentina. Obtem informações sobre o Trem a las Nubes em www.trenalasnubes.com.ar.

Seguro de viagem

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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