Hoje, na série de portugueses pelo mundo, vamos até Los Angeles pela mão da Anita Rocha. A Anita tem 34 anos, é assistente executiva e manager criativa numa empresa de direitos musicais e está a viver em Los Angeles desde 2015. Desafiei-a a partilhar connosco as suas experiências na maior cidade da Califórnia e segunda maior dos Estados Unidos da América; bem como sugestões e dicas para quem quiser visitar Los Angeles e conhecer um pouco melhor a cidade.
É um olhar diferente e mais rico sobre Los Angeles – o de quem vive por dentro o dia-a-dia da “Cidade dos Anjos”, estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocado, como acontece a todos os viajantes. Este é o 61º post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.
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Em Los Angeles com a Anita Rocha (entrevista)
- 1.1 Define Los Angeles numa palavra.
- 1.2 Los Angeles é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
- 1.3 E o que mais te marcou em Los Angeles?
- 1.4 Como caracterizas os californianos?
- 1.5 Como é um dia “normal” em Los Angeles?
- 1.6 Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Los Angeles sem…”
- 1.7 Quanto ao turismo, vamos tentar fazer um roteiro de 3 dias em Los Angeles. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
- 1.8 A Califórnia não é um destino barato. Tens algumas dicas para poupar dinheiro em Los Angeles?
- 1.9 Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que zona nos aconselhas a procurar hotel em Los Angeles?
- 1.10 Na tua opinião, que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar em Los Angeles?
- 1.11 Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
- 1.12 Escolhe um café e um museu.
- 1.13 Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite em Los Angeles?
- 1.14 Tens alguma sugestão para quem pretender fazer compras em Los Angeles? O que trazer?
- 1.15 Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Los Angeles; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
- 2 Guia prático
Em Los Angeles com a Anita Rocha (entrevista)
Define Los Angeles numa palavra.
Contradição.
Los Angeles é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
Los Angeles (LA), com a sua geografia tão espalhada e na sua inconsistência, não era à partida uma cidade que pudesse comparar a qualquer outra. LA não é fácil de visitar nem de se amar à primeira vista. É preciso tempo para entender todas as suas camadas e a sua forma estranha, porém descontraída, de existir.
Depois de chegar a Los Angeles, foi preciso algum tempo para a entender; mas a cidade cresceu em mim e acabei por me adaptar totalmente. É uma cidade em que se pode ter uma vida muito relaxada; o ambiente é de uma cidade de praia apesar de ser uma grande metrópole. As oportunidades sem fim a nível profissional e a oferta cultural associada a esta descontração tão típica da costa oeste fizeram-me apaixonar por Los Angeles.
E o que mais te marcou em Los Angeles?
LA é o espelho da decadência mais incrível e inspiradora das normas que governam a nossa sociedade. E, no entanto, é humana. Há uma humanidade neste lugar, uma força nas interações humanas sem precedentes.
Los Angeles é extrema: tanto na sua beleza como nos seus sonhos e hábitos. Los Angeles é o glamour, as Barbies, o vazio e toda a falsidade que se pode comprar e construir com um bisturi e uma palmeira no quintal. No seu lado mais sombrio, é também a cocaína e as metanfetaminas, as prostitutas, a poluição atmosférica e a divisão de classes entre as Hollywood Hills e Compton.
Los Angeles pode ser absolutamente limpa e miseravelmente imunda, em toda a vastidão dessas asserções, tudo ao mesmo tempo. LA é todas essas contradições… como todos nós somos.
Esta é a cidade onde todos os sonhos parecem possíveis, tangíveis, reais; e, no entanto, é também a cidade onde muitos sonhos vêm morrer.
Como caracterizas os californianos?
Muito simpáticos e prestáveis numa primeira abordagem. Algo superficiais numa análise mais aprofundada.
Como é um dia “normal” em Los Angeles?
Esta é uma pergunta de difícil resposta uma vez que um dia “normal” em LA pode variar imenso de pessoa para pessoa e de dia para dia. É uma cidade com muitas pessoas com profissões liberais pelo que o ritmo da cidade é muito inconstante e imprevisível. Qualquer hora pode ser hora de ponta consoante o que se passa na cidade.
A vida de escritório típica não é muito comum e os horários são frequentemente flexíveis. Há sempre pessoas a trabalhar no café, na praia ou nos lugares mais inauditos. Há sempre pessoas no ginásio ou a correr à beira-mar a qualquer hora do dia. Há sempre gente na praia.
Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Los Angeles sem…”
- ir ao Griffith Observatory ver as vistas de LA;
- comer num In n’ Out (double double burger animal style);
- ir a Malibu;
- e ver um concerto no Hollywood Bowl.
Quanto ao turismo, vamos tentar fazer um roteiro de 3 dias em Los Angeles. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
Downtown
- Há que visitar a Union Station e a Olivera Str. (a rua mais antiga de Los Angeles e uma das originais do antigo povoado mexicano, a partir do qual surgiu toda a metrópole);
- O Walt Disney Concert Hall de Frank Gehry e o The Broad Museum são edifícios muito próximos e ambos com uma arquitetura belíssima;
- O Angels flight é um funicular situado bem no centro de downtown. Construído originalmente em 1901, estava rodeado de casas vitorianas que deram lugar a edifícios modernos. Reabriu há pouquíssimo tempo ao público depois de vários anos em recuperação;
- Nesta área, o Perch é um bom restaurante/bar com um terraço no topo do edifício. Perfeito para uma bebida ao pôr do sol. Vistas bonitas. Pessoas bonitas;
- O Grand Central Market é um marco com múltiplos vendedores e bancas de comida;
- Para apreciadores de cerveja, DtLA (Downtown LA) tem muito para oferecer: a Angel City Brewery, a Golden Road, a Arts District Brewery – só para citar algumas cervejarias.
Midcity e Beverly Hills
- Midcity tem alguns dos museus mais icónicos da cidade: o LACMA (e a instalação Urban Lights no passeio do museu), o MOCA e o La Brea Tar Pits;
- A Melrose Avenue (entre La Cienega e Highland Ave) é um bairro de compras, jovem, eclético e alternativo. Nesta zona há muitas opções de cafés, restaurantes e bares;
- O Urth Caffe (perto do cruzamento com La Cienega) tem excelentes opções de comida e sobremesas, num ambiente descontraído. Há sempre fila mas avança muito rapidamente;
- Para ótimos shows de improv, a escola The Groundlings, nesta zona da cidade, é uma opção perfeita. Há Improv Night todas as quintas-feiras. Desta escola saíram algumas das estrelas da comédia atual;
- N Beverly Drive é a típica rua de Beverly Hills ladeada de palmeiras. Rodeo Drive é o lugar para lojas high-end, e para passear ao estilo “Pretty Woman”, um ícone nas visitas à cidade;
- O Beverly Hills Hotel pode ser uma paragem perfeita para um cocktail e uma sessão de people watching; o Polo Lounge é um lugar histórico e o Cabana Cafe, junto à piscina, é também outra opção;
- Não muito longe, o Ivy é um bom restaurante, ainda que um pouco pretensioso. Não seria surpreendente encontrar algumas celebridades por aqui.
Hollywood
- O lugar mais turístico e sujo em Los Angeles, mas obrigatório na lista de qualquer visitante. Há o passeio da fama, com as estrelas no chão imundo; o Grauman’s Chinese Theater, com as impressões de mãos e pés de estrelas como Marilyn Monroe, De Niro ou Johnny Depp; e, logo ao lado, o Teatro Dolby onde acontece anualmente a entrega dos Oscars (fica dentro de um Centro Comercial… é favor não ficar muito desiludido);
- Para aliviar os olhos e os ouvidos de toda a confusão e barulho de Hollywood, pode-se subir um pouco até Mulholland Drive e seguir até ao miradouro do Hollywood Bowl (no GPS procurar por “Hollywood Bowl overlook”). Tem vistas lindíssimas de toda a cidade. E é perfeito ao pôr do sol.
Lado Este / Silverlake / Griffith
- Outra ótima opção para ficar a conhecer as vistas mais incríveis da cidade é subir ao Griffith Observatory. As vistas são lindas lá de cima e há um pequeno museu, gratuito, dentro do edifício do antigo observatório. O observatório já não é utilizado para investigação, pois a cidade cresceu e há demasiada luminosidade. A melhor hora para lá ir é ao entardecer, para se conseguir ver ainda com luz do dia, e depois ver o pôr do sol e o acender das luzes da cidade;
- A partir do promontório do Griffith Observatory também é possível ter uma das melhores vistas do sinal de Hollywood;
- Se se estiver a sentir aventureiro há alguns trilhos de caminhada a partir do observatório. O trilho maior pode inclusive levá-lo ao topo do sinal de Hollywood, mas ainda são muitos quilómetros. Querendo mesmo ir até ao sinal, há trilhos mais curtos a partir de Beachwood Canyon;
- O Hollywood Bowl é um anfiteatro ao ar livre e uma das mais icónicas salas de espetáculos de LA. A sinfónica de LA dá lá imensos concertos, de todos os géneros musicais, e alguns acabam com espetáculos de fogo de artifício. Podendo adicionar um espetáculo ao roteiro, aconselho vivamente que seja em Hollywood Bowl;
- Quanto a restaurantes, Silverlake tem um sem número de opções. Sunset Blvd, nesta zona, é o lugar ideal para boa comida, bares e excelentes locais de música;
- Para um almoço agradável e simples, recomendo o Alcove Café. Para jantar, o Night Market Song é uma excelente opção tailandesa. Para um jantar tardio, há sempre o La Poubelle, um bistro francês aberto até tarde (para os horários de Los Angeles);
- Em relação a shows / noite, o Echo e o Echoplex têm sempre um calendário com shows de bandas e artistas mais jovens ou festas; Para noites de improv (teatro de improviso) nesta zona há a Upright Citizens Brigade, mais um ícone da comédia de improv.
Lado Ocidental / Venice
- Ao visitar o lado oeste de LA, o ideal é alugar uma bicicleta para fazer um pouco da costa. Pode começar em Manhattan Beach e seguir o trilho de bicicleta para norte, até chegar a Venice e Santa Mónica (Malibu talvez, se ainda tiver energia); conduzir pela Pacific Coast Highway também é uma ótima opção para chegar a Malibu;
- Manhattan Beach é uma pequena cidade de praia, com muitas lojas de bairro, boas opções de restauração e uma linha de praia bonita;
- Em Venice, há o Boardwalk, com imensas lojas turísticas, “green doctors”, freak shows, a famosa “muscle beach” onde Arnold Schwarzenegger começou o seu caminho para a fama, um parque de skates e muitas pessoas loucas. É imperdível!
- Ainda em Venice, também é possível passear pelos canais construídos artificialmente, à imagem da Veneza italiana, como parte de um empreendimento balnear imaginado por um magnata americano, nos inícios do século XX;
- A rua Abbott Kiney é ótima para compras, com pequenas boutiques, jovens e diversas, bares e restaurantes.
Há muitas opções de restaurantes e bares nesta zona:
- Rose Cafe (brunch / almoço)
- Gjelina (um pouco mais caro. O jantar é ótimo. Necessário reserva)
- Gjusta (almoço / brunch / padaria)
- Scopa (jantar / bar – muito jovem e na moda. Necessário reserva)
- Venice Ale House (o mais junto à praia que é possível na Califórnia. Bom para bebidas ao fim do dia.)
- Venice Whaler (ótimo para o pôr do sol / bebidas. Ambiente jovem e barulhento. Ao fim de semana há um DJ no bar do rooftop)
- Hinano (um verdadeiro “dive bar” com música ao vivo, serrim no chão e pranchas de surf penduradas no teto. Bom para cerveja)
- Firestone (cervejaria)
- Lincoln (bar descontraído, jovem e cool).
Lado Ocidental / Santa Mónica
- À medida que continua pela costa até Santa Mónica, o ambiente muda consideravelmente. Santa Mónica é uma cidade de praia mais posh. Aqui fica o pontão onde terminava a Route 66, onde há lojas turísticas, restaurantes e um parque de diversões;
- A três ruas da praia fica a 3rd Street Promenade – uma parte da rua onde não são permitidos carros e onde há uma grande quantidade de lojas e restaurantes. Perfeito para uma sessão de compras.
Quanto a restaurantes e bares, nesta zona podemos encontrar:
- Areal (brunch)
- Boa (steak house. Cara. Necessita reserva)
- Misfits (bons hambúrgueres)
- Bungalow (bar com um pátio agradável e música ao vivo às terças à noite. De quinta-feira até ao final de semana é preciso chegar cedo para não apanhar fila. Também é agradável durante o dia.)
- Victorian / Basement (bar / club com diferentes áreas – exterior e interior. A cave geralmente tem uma banda ao vivo de rock clássico dos anos 90).
Lado Ocidental / Malibu
- Malibu é mais a norte e tem uma enorme extensão de praia. Os pores do sol aqui são belíssimos;
- Para uma praia mais isolada há que visitar a praia El Matador (pequena e com escarpas, grutas e arcos de rocha);
- Para comida, o Moonshadows e o Paradise Cove são os meus favoritos nesta zona;
- Também em Malibu, pode visitar-se a Getty Villa – um museu gratuito com belos jardins românticos construídos à imagem dos jardins italianos da Renascença.
Parques de diversões
- Disneyland, em Anaheim;
- Universal Studios, em Burbank;
- Warner Brother Studios (não é um parque de diversões). Tem apenas visitas guiadas aos estúdios de produção de diversos filmes e séries de TV (Friends, Ellen show, Batmobiles e outra memorabilia do género).
A Califórnia não é um destino barato. Tens algumas dicas para poupar dinheiro em Los Angeles?
Sendo verdade que a Califórnia não é um destino barato, LA tem muita oferta, nomeadamente cultural, que não tem de ser necessariamente cara. Há sempre concertos que acontecem um pouco por toda a parte, particularmente no verão, a custo zero para o espectador (há que consultar a LA weekly, por exemplo, para agendas atualizadas do que vai decorrendo).
Há também alguns museus gratuitos: The Broad, Getty Center, Getty Villa, California Science Center, Griffith Observatory, Hammer Museum; e muitos outros museus, não sendo sempre gratuitos, têm dias específicos na semana ou no mês em que são a custo zero (LACMA, LA Tar Pits, Natural History Museum, MOCA).
As atividades ao ar livre são as preferidas pelos Angelenos. Conduzir pela PCH até às montanhas de Malibu ou até às hills de Hollywood (Beachwood Canyon, Runyon Canyon, Griffith Park) são sempre opções a considerar para depois fazer um dos variadíssimos trilhos de caminhada que por ali existem. Não é preciso caminhar muito para se estar completamente imerso nas montanhas e esquecer que a grande cidade está logo ali ao pé.
Praia e surf fazem também parte da rotina de quem vive com o mar mesmo ao lado. Tudo isto são atividades que não exigem grandes gastos.
De forma mais abrangente, o dia a dia pode ser mais barato se pensarmos que o que acrescenta valor (e portanto preço) por cá são os serviços. Se o restaurante tiver serviço será mais caro; logo, se optar por algo mais simples, sem serviço de mesa, pode sempre comer a preços mais controlados.
No que toca a hotéis, para quem tem orçamento mais reduzido, nos Estados Unidos deve sempre considerar a reserva de motéis (hotéis simples mas limpos usualmente de beira de estrada). São uma opção económica e estão presentes um pouco por toda a parte; a Motel 6 e a Super 8 são duas das cadeias mais conhecidas.
Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que zona nos aconselhas a procurar hotel em Los Angeles?
Los Angeles é uma cidade difícil de visitar por ser muito espalhada, assim que um conselho definitivo sobre onde ficar é muito difícil. Los Angeles não se visita a pé. É necessário alugar um carro ou usar e abusar do Uber para percorrer a cidade.
Os pontos de interesse não se concentram numa zona única, pelo que o orçamento disponível para o hotel e o que mais se valoriza na estadia serão os pontos-chave para escolha de localização.
- Santa Mónica e Venice (praia) são sítios populares, com opções para todos os preços;
- Downtown é cada vez mais popular mas a segurança é mais problemática – é uma zona emergente e em reconstrução mas com muitos sem-abrigo. Durante a noite, para quem não conhece, é fácil passar de uma zona cheia de bares e movimento para uma mais problemática sem se ter bem noção disso;
- Hollywood seria outra possibilidade para procura de hotel, com muitas opções e todo o tipo de preços.
Procurar hotéis em Los Angeles
Na tua opinião, que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar em Los Angeles?
A Califórnia é conhecida por uma cadeia de fast food que existe apenas aqui: a In n’ Out. Faz parte do imaginário popular visto que está presente em muitos filmes e séries de TV. É uma empresa ainda familiar, com valores sociais bem conhecidos e apreciados pelos californianos. Esta cadeia tem um menu “secreto” e o meu pedido é sempre o double double animal style (sandes com dois hambúrgueres e duas fatias de queijo com um molho especial de cebola).
Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
Los Angeles, pela sua diversidade cultural, tem uma oferta gastronómica considerável. A “comida local” aqui é muito definida pela comunidade emigrante predominante em cada bairro.
Comida mexicana há um pouco por todo o lado. É facil encontrar bons tacos espalhados um pouco por toda a cidade e em todo o tipo de restaurantes e roulottes. Tacos Por Favor, El Chollo, El Torito são boas opções.
Para barbecue Coreano há que ir até Korea Town – o meu favorito é o Ahgassi Gopchang; para Dim Sum e outras especialidades asiáticas a minha escolha é o restaurante Din Tai Fung em Glendale; para comida persa / arménia / médio oriente gosto do restaurante Caroussel em Glendale ou do Shamshiri Grill em Westwood.
As roulottes (food trucks) são também muito populares em LA. Para localizações atualizadas há que consultar diariamente online. As minhas roulottes favoritas são:
- Kogi BBQ (fusão entre sabores Coreanos e Mexicanos);
- The Lobos truck (“comfort food” americana);
- El Chato Taco truck (Mexicano);
- Cousins Maine Lobster truck (lagosta de todas as formas e feitios);
- Grilled cheese truck (sandes de queijo grelhado).
Para uma experiência icónica Angelena, num registo mais sofisticado (e caro) há que experimentar o restaurante do hotel Chateaux Marmont. A reserva ao jantar é difícil mas ao almoço é sempre mais simples. O terraço do restaurante é muito agradável, o ambiente é relaxado mas sofisticado sendo o sítio muito frequentado por celebridades.
Escolhe um café e um museu.
Um café: Urth Cafe.
Um museu: The Broad Museum.
Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite em Los Angeles?
A noite, para mim, não é o forte da Califórnia visto que a vida noturna termina às 2 da manhã. A zona de clubs mais conhecida é Hollywood e West Hollywood. Não tenho de todo referências sobre o assunto para poder fazer grandes sugestões.
Enquanto que a zona de Hollywood é conhecida por ser o sítio das discotecas onde, regra geral, é necessário ter cuidado com a indumentária para se conseguir entrar, a zona ocidental (Santa Mónica, Venice) é muito mais descontraída.
Algumas sugestões em Santa Mónica:
- Venice Whaler (ótimo para o pôr do sol. Ambiente jovem e barulhento. Ao fim de semana há um DJ no bar do rooftop);
- Hinano (um verdadeiro “dive bar” com música ao vivo, serrim no chão e pranchas de surf penduradas no tecto. Bom para cerveja);
- Firestone (cervejaria);
- Lincoln (bar descontraído, jovem e cool);
- Bungalow (bar com um pátio agradável e música ao vivo às terças à noite. De quinta-feira até ao final da semana é preciso chegar cedo para não apanhar fila. Também é agradável durante o dia);
- Victorian / Basement (bar / club com diferentes áreas – exterior e interior. A cave geralmente tem uma banda ao vivo, de rock clássico dos anos 90).
Tens alguma sugestão para quem pretender fazer compras em Los Angeles? O que trazer?
Para as típicas compras de souvenirs, Hollywood é a melhor opção. Para encontrar algo mais exclusivo e alternativo, aconselho as boutiques de Abbott Kiney, em Venice. Para compras de roupa nas lojas multinacionais, a 3rd Street Promenade em Santa Mónica ou o Westfield de Century City são as minhas opções favoritas. Para compras high-end, Rodeo Drive ou o Beverly Center são as opções mais populares.
Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Los Angeles; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
Hauser & Wirth Gallery no arts district, downtown. É uma galeria que tem sempre exposições interessantes. O restaurante/bar dentro da galeria é ótimo para ficar a ler um livro ou para uma pausa entre exibições. Sugiro ainda a loja de discos Amoeba que é, na prática, a minha segunda casa.
Obrigado, Anita. Vemo-nos quando fizer uma próxima viagem a Los Angeles.
Guia prático
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