Hoje, na série de portugueses pelo mundo, vamos até às Maldivas pela mão da Macy Domingues. A Macy tem 28 anos, é instrutora de Mergulho e está a viver nas Maldivas há quase dois anos. Desafiei-a a partilhar connosco as suas experiências na ilha Ihuru; bem como sugestões e dicas para quem quiser visitar as Maldivas e conhecer um pouco melhor o arquipélago.
É um olhar diferente e mais rico sobre Ihuru – o de quem vive por dentro o dia-a-dia de uma pequena ilha das Maldivas, estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocado, como acontece a todos os viajantes. Este é o 57º post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.
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Nas Maldivas, com a Macy Domingues (entrevista)
- 1.1 Define as Maldivas numa palavra.
- 1.2 Ihuru é uma boa ilha para viver nas Maldivas? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
- 1.3 E o que mais te marcou nas Maldivas?
- 1.4 Como caracterizas as pessoas das Maldivas?
- 1.5 Como terminarias esta frase: “Não podem sair das Maldivas sem…”
- 1.6 As Maldivas estão muito associadas ao turismo de luxo e às luas-de-mel. Como é a experiência de viajar de mochila às costas?
- 1.7 Já agora, fala-nos um pouco do resort onde trabalhas.
- 1.8 Vamos tentar fazer um roteiro de viagem nas Maldivas. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
- 1.9 As Maldivas não são um destino barato, mas de certeza que sabes alguns truques e dicas para se poupar dinheiro. Conta-nos.
- 1.10 Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que ilhas nos aconselhas a procurar hotel nas Maldivas?
- 1.11 Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar nas Maldivas? Pode ser um petisco, um prato típico, ou algo mais “estranho”…
- 1.12 Escolhe um café e um museu.
- 1.13 Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite?
- 1.14 Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras nas Maldivas? O que comprar?
- 1.15 Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” das Maldivas; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, uma praia, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
- 2 Guia prático
Nas Maldivas, com a Macy Domingues (entrevista)
Define as Maldivas numa palavra.
Mar.
Ihuru é uma boa ilha para viver nas Maldivas? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
Devo confessar que, inicialmente, estava um pouco receosa ao aceitar esta oferta para trabalhar nas Maldivas. Eu sabia que ia adorar o mergulho nas Maldivas e, em termos profissionais, também estava super confiante pois já tinha trabalhado num resort na Indonésia. Também já tinha trabalhado em Santa Maria, nos Açores, que é uma ilha relativamente pequena, com cerca de 5 mil habitantes; por isso já tinha tido alguma experiência com insularidade.
No entanto, os dois factores que me fizeram recear a minha estadia nesta ilha por dois anos foram: primeiro, a pequena dimensão da ilha que torna o isolamento ainda mais sério; segundo, o facto de ser um país 100% muçulmano.
Inclusive, na primeira entrevista, o gerente do resort foi muito honesto, e fez questão que eu percebesse bem o quão isolada e pequena é a ilha, que agora considero o meu paraíso privado.
Ao chegar, fiquei simplesmente deslumbrada com a beleza da ilha, com a cor da água, com a beleza dos corais, com a quantidade de vida marinha, com a praia de areia branca, com as palmeiras e com a beleza do resort em madeira. Sinceramente, a ideia de que a ilha era pequeníssima desapareceu da minha mente assim que me apercebi da beleza do local e da sorte que tenho de trabalhar num sitio assim.
E o que mais te marcou nas Maldivas?
O que mais me marcou, em termos de impacto negativo, foi o evento El Niño, em maio de 2016. Todos sabemos da existência do aquecimento global e de como aceleramos este processo com o nosso estilo de vida. Mas é especialmente triste quando vemos o impacto deste acontecimento tão rapidamente à frente dos nossos olhos.
Nas Maldivas, cerca de 60% dos corais morreram. Isto para todos nós, que aqui vivemos, foi um acontecimento que trouxe muita tristeza. Gradualmente, ao longo de três semanas, a temperatura da água chegou aos 33 graus, mesmo a uma profundidade de 30 metros, fazendo com que grande parte do coral morresse. De repente, passámos de um recife lindíssimo cheio de vida e de cor, para uma estrutura de rocha morta, coberta por algas verdes e bactérias. Aqui nas Maldivas toda a gente depende do mar. A vida é feita no mar, seja para mergulho, snorkelling, ou pesca, e todos tivemos uma grande perda.
Para além do evento El Niño é triste também perceber que se destroem recifes inteiros, se alteram estruturas de ilhas e até se criam ilhas artificias, movendo areia do fundo do mar, só para satisfazer as necessidades dos mercados. O conceito de desenvolvimento sustentável ainda não se aplica nas Maldivas.
Como caracterizas as pessoas das Maldivas?
Do que conheço, as pessoas das Maldivas são muito fechadas. Depois de uma experiência incrível de hospitalidade na Indonésia, as Maldivas foram um choque em termos culturais. As pessoas não são muito sorridentes, demoram bastante tempo a abrirem-se e a falarem sobre assuntos pessoais; e levam muito tempo também a confiar em algum estrangeiro. Eu tenho amigos nas Maldivas que prezo muito, e felizmente o staff do centro de mergulho é espectacular e com uma mente muito mais aberta.
Estive em outras ilhas a fazer férias – como Maafushi, Dhigurah, Thinadhoo, Thulusdhoo – e conheci algumas pessoas mais simpáticas e afáveis; mas em Malé, por exemplo, é mesmo horrível, e dá para ver que não é só com os estrangeiros. Mesmo entre eles não há simpatia, não há um sorriso, não há um ‘bom dia’ ou um ‘obrigado’ quando se vai a um estabelecimento de atendimento ao público.
Penso que, para quem vem fazer férias nas Maldivas, a perceção poderá ser diferente; o pessoal que trabalha em unidades hoteleiras normalmente é mais simpático para com os clientes.
Como terminarias esta frase: “Não podem sair das Maldivas sem…”
Como instrutora de mergulho tenho de dizer que não podem sair das Maldivas sem mergulhar pelo menos uma vez, claro.
As Maldivas são famosas precisamente pelo seu mar, pelos seus corais, pela vida marinha. Com temperaturas da água a 30ºC, poder mergulhar em águas cristalinas, ver mantas, tubarões-baleia, tartarugas e montes de peixes coloridos é algo único. Uma bela sessão de snorkelling também conta.
Claro que há outras coisas espectaculares nas Maldivas, como jantar num banco de areia no meio do mar ou velejar ao por do sol; mas diria que mergulho ou snorkelling está mesmo no topo da lista de coisas a fazer nas Maldivas.
As Maldivas estão muito associadas ao turismo de luxo e às luas-de-mel. Como é a experiência de viajar de mochila às costas?
Felizmente, hoje em dia já há muitas opções para quem quer viajar barato. Não há hostels mas há imensas guest houses que têm condições incríveis a preços baratíssimos.
Eu já fiquei em guest houses em algumas ilhas e posso afirmar que Maafushi, por exemplo, é uma ilha local perto de Malé que é uma ótima opção. Em Maafushi há casas de hóspedes a cada esquina e a ilha tem muita vida, montes de atividades aquáticas, música a tocar em bares, e o preço normal são 40€ por noite com pequeno almoço.
O barco de Malé para Maafushi custa 20€ e demora apenas 25 minutos. A única coisa que não há nestas ilhas habitadas por locais (e que só há nas ilhas dos resorts) é álcool – pois, sendo um país muçulmano, não é permitido. Os únicos lugares com licença para venda de álcool são as ilhas dos resorts (ilhas em que os proprietários das ilhas são também os donos do resort) ou os barcos de cruzeiro.
Em Maafushi, com o seu estilo de turistas jovens que também gostam de festas há dois barcos-safari, onde se pode ir todos os dias, que estão sempre atracados junto à ilha e onde fazem festas e vendem álcool e comida. Se forem viajar por outras ilhas locais não terão acesso a álcool.
Esquecendo este facto, se viajarem low cost, usando ferry público (barco entre ilhas) e dormirem em guest houses, conseguem uma viagem mais barata e vão desfrutar de tudo o que um turista desfruta num resort – ou ainda mais.
No entanto, considerem que as Maldivas, apesar de ser um país asiático, é realmente um destino caro.
Isto acaba por fazer sentido, pois as Maldivas não têm produção nenhuma. Vivem exclusivamente do turismo. As ilhas são todas somente areia com pouca vegetação, à exceção de palmeiras, pelo que é impossível haver agricultura. Apenas 10% do território tem terreno cultivável e produz produtos como milho, abóbora, batata doce, ananás, cana-de-açúcar, amêndoas e coco. Mas estes produtos são para consumo interno. Não são suficientes para exportação, pelo que tudo o resto é importado.
Em Malé, uma refeição custa facilmente 20€ só o prato e as compras no supermercado são também bastante caras.
Já agora, fala-nos um pouco do resort onde trabalhas.
O resort onde trabalho pertence a uma cadeia de hotéis enorme, com hotéis por todo o mundo. A cadeia tem quatro marcas que diferem em preço, tipo de estadia e serviços disponíveis e todas elas têm nomes de árvores: Banyan Tree, Angsana, Cassia, Dhawa.
O sítio onde trabalho tem duas ilhas vizinhas; uma tem marca Banyan Tree e a outra tem marca Angsana, mas são muito parecidas com uma ligeira diferença de preço e serviços. Eu estou sedeada no Angsana Ihuru Resort & Spa mas quando é preciso vou à outra ilha fazer uns mergulhos. Para os clientes isto é também uma grande vantagem pois podem desfrutar das duas ilhas. Há um barco, a cada duas horas, que transporta pessoas entre as ilhas desde as 8h00 da manhã até às 23h00 (demora 2 minutos a fazer a travessia).
O meu resort é composto por 46 villas, dispostas em redor da ilha e no centro encontra-se a área de staff onde temos a nossa própria cantina, lavandaria, ginásio, sala de jogos, campo de basquetebol e badminton. Cada villa está dividida por arbustos e árvores o que torna a vista lindíssima. A ideia é cada villa ter a sua praia privada. Não temos villas sobre a água pois isso iria destruir o recife.
Temos também um laboratório marinho, com biólogos, que tem um projeto para conservação de tartarugas, e todas as semanas fazemos limpeza do recife e ainda plantação de coral. É um facto que somos conhecidos como um dos melhores recifes housereef desta zona. Estamos apenas a 25 minutos de barco do aeroporto o que é também muito conveniente para quem chega cansado da viagem e não quer perder mais tempo em deslocações.
Na minha ilha temos disponíveis atividades de mergulho, snorkelling, wakeboard, windsurf, catamaran, banana, cruzeiros para ver golfinhos, tours ao recife das tartarugas ou para ver mantas, pesca noturna, tours de catamaran ao por do sol, jantar em banco de areia, excursões a Malé ou a outra ilha local, kayak, stand-up paddle, ténis de mesa, dardos, jogos de tabuleiro e outros.
Na outra ilha, Banyan Tree, temos ainda a alimentação das raias que vêm à praia todos os dias esperar o seu snack de peixe fresco; e a alimentação das tartarugas bebés, uma atividade a que toda a gente das duas ilhas adora assistir.
Um dos serviços que mais aprecio é o spa. A marca Angsana SPA é muito conhecida em todo o mundo. Devem mesmo experimentar. Desde o ambiente aos chás e aos óleos, passando pelos vários tipos de massagem e pelas massagistas que são excecionais; acho o serviço mesmo perfeito.
Vamos tentar fazer um roteiro de viagem nas Maldivas. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
De norte a sul do país são cerca de 900km, pelo que é difícil ficar a conhecer tudo num só roteiro de viagem nas Maldivas. A melhor opção para quem quer visitar mais do que um sítio é fazer um cruzeiro, pois desta forma poderá parar em várias ilhas e fazer tours. Cada atol tem várias ilhas, cada uma com sua beleza; umas com melhores recifes do que outras, umas com mais vegetação, umas com resorts de turismo, outras só com locais, outras ainda desabitadas.
Principalmente para amantes de mergulho aconselho a opção live aboard pois os preços são razoáveis e é a melhor forma de se conseguir ver os melhores spots do país.
Existem também muitos barcos-safari para fazer surf. Os melhores spots de surf ficam no atol onde estou, Atol do Norte de Malé. Estes barcos têm preços em conta, muita qualidade e assim podem surfar as melhores ondas em diferentes ilhas.
Agora começam também a aparecer barcos cruzeiro para pesca, onde é possível passar uma semana pelas várias ilhas a fazer big game fishing.
Em relação ao mergulho, atividade que conheço melhor, penso ser essencial uma passagem por South Ari Atoll, mais especificamente um sítio chamado Maamigili que é mesmo no sul deste atol. É um sítio muito famoso para ver tubarões-baleia. Eu estive lá quatro dias apenas e vi dois. Foi espetacular!
As ilhas são bonitas e também há guesthouses baratas em ilhas locais perto de Maamigili, como por exemplo Dhigurah. É de ter em conta que há muitos turistas pois é um sítio já muito conhecido para ver os tubarões-baleia.
Estive também numa ilha local chamada Thinadoo em Vaavu Atoll, que dista três horas de barco de Malé. A experiência foi ótima, tem praias lindíssimas escondidas por caminhos por entre o verde de mini florestas.
Fiz snorkel noturno num sítio chamado Alimatha Jeti com cerca de 100 tubarões-enfermeiro, que recomendo. Nesta ilha ficámos num hotel baratíssimo para as condições que oferecia; a comida era como num resort, os quartos também e tinha piscina e tudo, por cerca de 50€ por noite com pequeno almoço incluído. Chamava-se Plumeria Thinadoo.
Outro sítio onde fiquei foi em Maafushi, onde vou regressar brevemente. Os preços das guesthouses rondam os 40€ por noite com pequeno almoço, tem todas as atividades aquáticas, vida noturna, spa e praia; ou seja, tem tudo o que se pode desejar nas Maldivas e fica apenas a 25 minutos de Malé.
Há um sítio que ainda não visitei que se chama Hanifaru Bay, em Baa Atoll, que é famosíssimo para ver mantas às centenas e tubarões-baleia. Sendo uma reserva marinha não se pode mergulhar, só é permitido fazer snorkel, mas deve valer a pena.
Por último, suponho que quem vem às Maldivas deve visitar Malé, a capital, que não me agrada em nada, mas eu nunca gostei de cidades nem de confusão. De qualquer forma, conhecer a capital é um grande contraste com a ideia de paraíso que se tem das Maldivas, pois é uma ilha pequena, suja, ruas em que não cabe nem mais uma pessoa, uma verdadeira selva de cimento.
As Maldivas não são um destino barato, mas de certeza que sabes alguns truques e dicas para se poupar dinheiro. Conta-nos.
Até agora, as guest houses são a forma mais barata que encontrei de viajar nas Maldivas. Em ilhas locais que não tenham resorts, as atividades normalmente são baratas (desportos aquáticos, spa ou mergulho); e as refeições também são a um preço mais acessível. Ao escolherem num menu, a opção mais económica será sempre peixe, arroz ou roshi / chapati (um tipo de pão indiano, muito fininho e espalmado).
Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que ilhas nos aconselhas a procurar hotel nas Maldivas?
É um facto que nas Maldivas não faltam opções hoteleiras. Há hotéis e muitos resorts das Maldivas, espalhados por toda a parte. As ilhas não diferem muito umas das outras. Umas são maiores, outras mais pequenas; mas todas oferecem o mesmo: alguma vegetação maioritariamente palmeiras, praias de areia branca, mar incrível e recifes.
À parte disto o que difere mesmo é o tipo de resort ; mas isso depende da escolha de cada um, principalmente em termos do orçamento disponível.
Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar nas Maldivas? Pode ser um petisco, um prato típico, ou algo mais “estranho”…
Em relação à comida, a verdade é que fiquei um pouco desiludida, quando comparando com a Indonésia, por exemplo.
As Maldivas são bastante pobres em questões gastronómicas. A comida mais tradicional que aqui têm, e que cozinham frequentemente em casa, chama-se Garudiya, de que eu gosto bastante; mas não é algo muito elaborado. Garudiya é basicamente uma sopa de peixe. Ferve-se peixe fresco, normalmente atum cortado em bocados, com cebola, folhas de caril, pimenta, e muito chili (malaguetas). Depois de cozinhado serve-se com lima espremida, e esmaga-se o peixe com o arroz (ou com roshi) numa espécie de pasta com o caldo. Para ser mesmo como os locais, come-se com as mãos.
Os locais comem também muitos noodles, mas isso já são influências chinesas; comem muito caril, e cozinham muitas vezes frango ou peixe com molho de caril, mas isso são influências indianas.
Há alguns snacks de que gosto, que fazem em ilhas como Gula; são umas bolinhas fritas crocantes (tipo croquetes mas em forma de bola), feitas com atum, raspas de coco, gengibre, chili, cebola, limão e açafrão. Há um snack que se chama Banbukeyo, parecido com as nossas batatas fritas, mas em vez de batata usam breadfruit, que em português se chama fruta-pão.
Há ainda outro snack que adoro que consiste em comer três coisas ao mesmo tempo, misturando os sabores na boca: atum fumado com tâmaras e coco. Este snack é o que comem mais nas ilhas Maldivas. Dizem que lhes traz memórias de infância pois nas suas ilhas locais era muitas vezes a principal refeição durante o dia.
Escolhe um café e um museu.
Posso mencionar um museu mas para ser honesta nunca lá fui. Existe um Museu Nacional em Malé que tem artefactos da era budista nas Maldivas, e também da era islâmica que se estende até hoje.
Não vou lá frequentemente, mas posso referir alguns cafés em Malé com bom ambiente e onde há também comida e bebida (sumos frescos, chá): Seagull Cafe House, Shell Beans Cafe, Thai Wok Restaurant, Sala Thai Restaurant, HIH Hotel.
Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite?
Quem vem para as Maldivas não é normalmente para sair à noite. Em Malé não existe nenhum bar, pelo menos com o nosso conceito. Mas existe um hotel chamado HIH (Hulhule Island Hotel) que se situa em Hulhule, a ilha do aeroporto. Este hotel é o único sitio onde se pode sair à noite perto de Malé; e não é preciso estar hospedado no hotel para ter acesso ao bar.
Tem dois bares, um junto à piscina, e tem música ao vivo uma vez por semana. É um sítio moderno onde se vê maioritariamente estrangeiros, pilotos que estão de passagem ou pessoas com negócios nas Maldivas.
Tirando este, não há outra vida noturna; a menos que o resort onde estão hospedados seja mais jovem e faça festas com DJs.
Em termos de dança ou música tradicional das Maldivas existe o Bodu Beru, que significa literalmente Grandes Tambores. Eu gosto do estilo, mas somente os homens fazem esse tipo de dança (foi inicialmente criado como forma de luta ou intimidação entre tribos). Acho interessante o espetáculo que fazem, e também cantam e dançam; é tribal. Acontece mais em ilhas locais, mas no resort onde trabalho temos um show feito pelo staff uma vez por semana.
Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras nas Maldivas? O que comprar?
Maldivas não é um país barato, por isso não aconselho a fazerem muitas compras. E peço uma coisa: se comprarem souvenirs em Malé ou em ilhas locais, por favor não comprem corais, búzios, dentes de tubarão, entre outros produtos, pois todos sabemos que isso significa a morte de várias espécies.
Se quiserem levar uma recordação das Maldivas, optem pelos cocos pintados com paisagens das Maldivas, ou por t-shirts com imagens de peixes, ou por pulseirinhas sem conchas.
Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” das Maldivas; pode ser uma loja, um barzinho, um restaurante, uma praia, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
Bem, devo dizer que Maafushi tem bastante turismo mas até agora foi o sítio onde me senti mais livre; umas Maldivas de mente aberta. Adoro as Maldivas pelo seu lado natural mas confesso que o facto de haver tantas regras e restrições me sufoca um pouco. Maafushi prima pela diferença nesse sentido. São umas Maldivas mais “reggae“.
Obrigado, Macy. Vemo-nos quando fizer a minha primeira viagem às Maldivas.
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Eu estive nas Maldivas em maio, na ilha de Ukulhas. Percebo bem o que diz relativamente a serem um povo muito fechado. Nessa ilha onde estive fui quase sempre comer a uma guest house gerida por uma tailandesa. Ali realmente sente-se uma outra simpatia…
Na praia pontualmente também acontecia trocar algumas palavras com uma ou 2 mulheres adultas, talvez pelo facto de os nossos filhos brincarem juntos. Mas fora estas situações, o ambiente era de facto um pouco fechado.
Olá, sou da Ilha de Santa Maria, gostei do teu relato. Como já estive 3 vezes nas Maldivas confirmo as mudanças extremas nos corais, gostei de Maafushi na primeira vez mas agora está mais cosmopolita; acho que deves experimentar Guraidhoo, foi também uma boa experiência.
Quais os sítios para ficar nas Maldivas que aconselha?
Oi meu nome é Michelle também sou instrutora de mergulho e tenho algumas dúvidas sobre o trabalho nas Maldivas, existe algum contato em que eu possa falar com a Macy?