Acredito que todos devem viajar o mais possível – para abrir horizontes. Já aqui fiz apologia da viagem solitária como a mais desafiadora forma de descobrir o mundo, sei bem do prazer que é viajar em pequenos grupos como os que lidero para a agência Nomad, mas ainda não tinha dedicado espaço neste blog para as viagens a dois.
Eu próprio já tive oportunidade de dar uma volta ao mundo em família – no caso, a três – e experienciar as conquistas e dificuldades com que uma relação se debate em viagem, pela presença constante, todo o dia, durante meses a fio. Ainda assim, pedi a colaboração de três casais acostumados a viajar a dois, que amavelmente responderam ao desafio de exporem um pouco da sua relação em viagem – e as consequências das viagens na relação.
São eles o João Leitão e a Ania Chojnacka, que andam a dar uma volta ao mundo sem data de regresso e me escreveram do México, a Carla Mota e o Rui Pinto, que têm bichos-carpinteiros nas botas e responderam ao desafio algures da Gronelândia, e a Joana Oliveira e o Nuno Brilhante, que estão a unir a Nova Zelândia a Portugal de bicicleta e enviaram o seu testemunho a partir de França. Sim, estão todos em viagem. E, curiosamente, todos estes “casais” se conheceram na estrada.
Todos têm formas distintas – ou complementares – de viajar com o namorado ou namorada. Eis as suas respostas a um pequeno questionário sobre a arte de viajar a dois, seguidas dos meus próprios comentários.
Viajar a dois
1. Concordam com quem diz que “a melhor forma de conhecer uma pessoa é viajar com ela”?
Ania e João: Sem dúvida que passar 24 horas por dia com alguém durante semanas, meses e anos, faz-nos conhecer a outra pessoa com mais pormenor. De qualquer maneira, isso é algo que já se faz em casa, vivendo juntos.
Viajar porém, apresenta mais desafios. Ficamos a saber como o outro reage em situações diversas, as suas fobias escondidas, os seus gostos pessoais, o que desperta felicidade ou atrofia o seu bem-estar.
Joana e Nuno: De conhecer uma pessoa e de se conhecer a si mesmo. As pessoas dizem que um casal deve ter a experiência de viver junto, no sentido de viverem na mesma casa, antes de considerar algo mais definitivo, como o casamento, filhos… Mas, no nosso entender, o derradeiro teste a uma relação é uma grande viagem feita a dois – se a relação sobreviver a ela, sobreviverá a qualquer coisa.
Carla e Rui: Definitivamente. As viagens têm a vantagem (ou desvantagem, depende da perspetiva) de mostrar o nosso “eu”. Em viagem somos postos constantemente à prova, passamos momentos difíceis, acontecem peripécias (umas boas outras menos boas) e muitas vezes reagimos por instinto, por impulso. Estas reações são fruto da personalidade de cada um. Pessoas diferentes reagem de forma diferente. É como se caísse o pano. Não há tempo para polir as reações, polir as ações e muitas vezes a forma como se fala.
Para além disso, em viagem há imensas coisas interessantes para se ver e fazer. Quando se viaja a dois tem que se ter interesses comuns e uma forma de estar na vida semelhante. Isso é determinante para que a viagem decorra com sucesso e agrade a ambos. Nós conhecemo-nos a sério num Inter-Rail e aí percebemos que conseguiríamos viver juntos. A prova tivemo-la na Índia, uma viagem a dois durante dois meses cheios de provações.
O meu comentário: Sem dúvida que, em viagem, estamos muito mais expostos a momentos de prazer, mas também à adversidade, ao desconforto, aos infortúnios e imprevistos. A nossa forma de ser, de estar, de reagir é posta à prova a todo o momento. Para o bem e para o mal, ganhamos um autoconhecimento ímpar e, claro, conhecemos o outro de forma muito profunda. Como diz a Carla e o Rui, “é como se caísse o pano”.
2. Já aconteceu chatearem-se a sério em viagem?
Ania e João: Nunca nos zangámos a sério. Estamos apaixonados. Já tivemos alguns desentendimentos em viagem. Mas, como somos os dois muito práticos, viajar ajuda a resolver tudo mais rápido. Não temos tempo para andar amuados nem zangados. Há coisas mais importantes – nós, a viagem, a descoberta e o estar feliz por andar a explorar o Mundo. E como gostamos um do outro, nada mais importa.
Mesmo que nos zanguemos, no minuto seguinte há algo que acontece, ou vimos algo de novo, que nos faz olhar um para o outro, sorrir, dar um beijo e continuar.
Joana e Nuno: Estávamos no Paraguai a começar mais um dia de pedaladas, e já nem me lembro por que razão mas andava meio chateada com o Nuno; naquela manhã queria dizer-lhe alguma coisa e ele, que anda sempre à minha frente, não me ouviu a chamá-lo. Foi a gota de água… eu voltei para trás de bicicleta e fui à procura da estação de autocarros.
Quando o Nuno lá chegou, quase uma hora mais tarde, intuindo, quando se apercebeu que eu não vinha atrás dele, que algo se tinha passado e, intuindo também que me ia encontrar ali (na estação dos autocarros), já eu tinha bilhete comprado para a próxima cidade a dois dias de viagem de distância para o Nuno. Segui viagem de autocarro e ele de bicicleta e, dois dias depois, o reencontro. Foi o antídoto perfeito. Com as cabeças mais desanuviadas, o que sobrava eram as saudades, a felicidade de estarmos juntos de novo e a capacidade de comunicar de forma civilizada sobre o nosso desentendimento.
Carla e Rui: Tantas vezes! Umas mais graves, outras mais ligeiras. Temos sempre algumas discussões. A maioria das vezes a Carla chateia-se, discute e o Rui nem dá por nada. Passado uns minutos, face à passividade do Rui, a Carla esquece-se que está chateada e a coisa continua. A maioria das vezes, as chatices terminam com uma paisagem deslumbrante que nos faz esquecer tudo ou com um momento intenso em que precisamos de estar unidos para o ultrapassar.
A primeira chatice séria em viagem aconteceu na Índia, em Jaisalmer. Nunca iremos esquecer aquele terraço do hotel na cidade velha onde discutimos, chorámos e no final nos abraçámos. Talvez fosse o momento exato para libertar as emoções acumuladas das últimas semanas. Semanas difíceis em que nada parecia correr como tínhamos previsto, onde tentávamos culpabilizar-nos pelo caos da Índia, onde o stress era tanto que não havia tempo para um abraço amigo e uma palavra de conforto. Foi uma noite dura mas que permitiu ajustar-nos um ao outro. Diria que essa noite marcou a forma como hoje viajamos juntos.
Desde aí algumas discussões aconteceram, nomeadamente nos países onde viajar é mais difícil e há que tomar decisões rápidas. Nada de sério, mas que parecem empolar dentro de nós pois estamos sempre juntos. Nunca precisamos de ir “arejar” ou nos separarmos por momentos. Normalmente discutimos, resolvemos e continuamos como se nada tivesse acontecido. A regra é sempre resolver todos os assuntos.
O meu comentário: Eu também já tive alguns momentos difíceis de gerir emocionalmente numa viagem a dois, mas sempre os soubemos ultrapassar. Viajar apura a paciência de cada um para lidar com situações adversas, pelo que, quando duas pessoas se irritam em viagem, acredito que a resolução do problema aparece de forma mais fácil e rápida. Até porque, quando se viaja a dois, não há tempo nem espaço para adiar – estando juntos, a solução é mesmo conversar e resolver o diferendo. Como dizem a Ania e o João, o melhor é serem “práticos”.
3. Seja como for, há com certeza momentos em que vos apetece estar sozinhos, ter momentos a sós. Como gerem essa situação?
Ania e João: Apesar de cada um de nós gostar de ter o seu tempo a sós, não é propriamente com o isolamento físico que conseguimos isso. Podemos estar lado a lado em silêncio, mas cada um no seu “espaço” e “tempo”. É isso que fazemos. Através do silêncio, sempre com o conforto de que a outra pessoa está ali. Sabe muito bem.
Joana e Nuno: Sim. Por norma tentamos que cada um vá à sua vida o mais possível, dentro do contexto de quem anda a viajar o mundo a dois em bicicleta (são duas, esclareça-se), o que nem sempre se consegue conciliar. Quando estamos parados é normal cada um fazer as suas coisas, visitar museus, ir às compras, estar ocupado com coisas diferentes na atualização do site, cada um no seu próprio computador, no seu próprio mundo. Mas nem sempre é o suficiente.
Por norma, e não pela razão de forçar uma separação, quando me deparo com projetos interessantes e a possibilidade de fazer outras coisas, sobretudo trabalho voluntário, agarro a oportunidade e faço uma pausa do cicloturismo por um mês ou dois e o Nuno segue de bicicleta. Indiretamente, acaba por ser a solução perfeita para a overdose presencial em que se transforma a relação numa viagem longa.
No entanto, nesta viagem, em que estamos a unir a Nova Zelândia a Portugal em bicicleta, estas pausas não têm sido tão frequentes como seria porventura ideal.
Carla e Rui: A Carla é uma pessoa demasiado sociável, raramente gosta de estar sozinha. Não tem essa necessidade. Quando viaja só procura sempre companhia, alguém para partilhar um sorriso, uma sensação, uma alegria ou uma paisagem. Já o Rui tem essa necessidade e por norma isola-se do mundo “viajando” num livro.
O meu comentário: Cada casal tem a sua dinâmica, mas o importante é falar, dizer o que se pensa e compreender as necessidades do outro, mesmo que sejam muito diferentes das nossas. Nunca me separei por vários dias numa viagem a dois mas, durante o projeto Diário da Pikitim, lembro-me de ter necessidade de passar algumas horas a passear ou fotografar sozinho e de esses momentos me terem sabido incrivelmente bem. Regressei para o conforto do “lar” mais bem-disposto, motivado e de baterias recarregadas.
Mas, se for preciso, façam como a Joana e o Nuno: separem-se por uns dias e voltem ao conforto de um abraço dias depois.
4. Mas confessem lá, ao fim de vários meses juntos, 24 horas por dia, não ficam “fartos” um do outro?
Ania e João: Não. Cada vez nos sentimos mais chegados e chegamos à conclusão que a viagem assim, com a companhia perfeita, é bem bonita e marcante para as nossas vidas.
Joana e Nuno: Há dias em que sim. Mas também há muitos dias em que sabe tão bem estarmos juntos a partilhar esta paixão – que nos une em boa medida – que são as viagens. O atingir metas, o percorrer paisagens superlativas, ultrapassar desafios físicos e dificuldades, entre muitas outras coisas que vivemos a dois, teriam tido um sabor diferente se não as tivéssemos partilhado. Fazem-nos sentir privilegiados por nos termos um ao outro. Da forma como gostamos de viajar, nem sempre é fácil encontrar companheiros compatíveis… e nós temos noção que somos bastante afortunados nesse aspeto.
Carla e Rui: Há momentos em que já nem nos podemos ver. Sim, é verdade. São momentos rápidos porque as nossas viagens são também muito intensas.
O meu comentário: Ao fim de 10 meses a viajar em família, confesso que já estávamos todos “fartos” uns dos outros. Senti isso pela forma irritadiça como eu respondia e reagia a coisas sem importância. Acredito que se a viagem tivesse sido apenas a dois não teríamos chegado a esse ponto. Por outro lado, a minha cara-metade é a única pessoa que conheci até hoje absolutamente compatível comigo em viagem – o que é um privilégio.
5. Que reflexos têm tido as viagens a dois na vossa relação?
Ania e João: Como já vivemos juntos, pode-se dizer que não há assim nenhuma novidade. Aliás, só vem a confirmar o que há em cada um de nós que gostamos – coisas a que damos valor. Viajar faz-nos aprender mais acerca de nós próprios, que realmente do outro.
Joana e Nuno: Não se descobre tudo sobre a outra pessoa, mas quase tudo e gostamos de acreditar que a relação está mais forte com as viagens que temos vivido juntos. O teste virá na pausa, quando a rotina voltar a ser a nossa realidade – embora por experiência, essa seja a parte mais fácil.
Carla e Rui: Hoje conhecemo-nos definitivamente bastante melhor. Conhecemos o melhor e o pior do outro. E, fundamentalmente, conhecemos a pessoa na intimidade. Todos nós somos diferentes daquilo que aparentamos. Somos mais sensíveis ou mais fortes; mais frágeis ou mais instáveis. Tudo isso se conhece melhor em viagem. Mas, as relações vão evoluindo também em viagem e depois da viagem. Não diríamos que a relação fica mais forte. Diríamos antes que temos cada vez mais coisas em comum. Temos cada vez mais motivos para sorrir e chorar juntos. Cada vez mais motivos para nos amarmos e para nos odiarmos. O segredo do sucesso estará em saber encontrar o equilíbrio.
O meu comentário: Fui eu que fiz esta pergunta aos amigos viajantes, mas não estou certo que consiga responder. Conhecemo-nos desde os tempos universitários, muito antes de viajarmos com frequência, pelo que as viagens a dois não terão influenciado a nossa relação de forma tão vincada como se tivéssemos começado a viajar juntos desde os primeiros beijos.
6. Que conselhos dariam a quem está a pensar viajar com o namorado(a) ou esposa/marido?
Ania e João: Mais vale só que mal acompanhado. Mas mais vale bem acompanhado que só.
A companhia perfeita faz a viagem muito mais bonita a vários níveis. O Homem é um ser social, e com isto tem uma necessidade de partilhar com alguém vários momentos da sua vida.
No caso de um casal, é lindo poder partilhar um momento de contemplação, um sorriso, um olhar, um destino diferente, uma situação caricata, um prato de sabor exótico. O partilhar fica registado de uma outra maneira como não fica se estivéssemos sozinhos.
No final de contas, tudo são memórias que quando envelhecermos juntos teremos tanto que falar e relembrar.
É bom ter alguém, é bom amar, é bom partilhar e é bom viajar com alguém, amando e partilhando.
Joana e Nuno: Cada um deve ter funções diferentes, quer seja a fazer itinerários, gerir logísticas, compras, sites… e, se ambos gostam de fazer as mesmas coisas, dividir as tarefas: uma vez fazes tu o itinerário, na outra faço eu.
Saber deixar o outro fazer sem intromissões e críticas. E espaço. Muito espaço. Aprender a estar só, a dois. Sempre que seja possível, cada um fazer as suas coisas, as suas descobertas. E este último (em que falhamos redondamente e somos os primeiros a admitir), continuar a fazer as pequenas coisas que tornam a relação especial, como o jantar à luz de vela, com a mesa bonita, as surpresas, a carta de amor, as palavras bonitas no final do dia, o não desleixar.
Carla e Rui: Pensem bem… Pode ser o início do fim! Estamos a brincar!
Não sabemos bem como será viajar com uma pessoa com quem já se tem uma relação porque, como dissemos, conhecemo-nos em viagem. Mas parece-me uma atividade bem radical para quem já tem uma relação estável. Experimentem e depois… contem-nos TUDO!
O meu comentário: O meu conselho é sempre o mesmo: vá! Seja numa viagem solitária ou, no caso, acompanhado pela sua cara-metade, arrisque. Pode correr muito bem ou muito mal mas, se têm, vontade de experimentar, o melhor é arriscar essa tal viagem a dois. Quem sabe não descobrem coisas incrivelmente belas sobre a outra pessoa e, em conjunto, aprendem a lidar com as fraquezas um do outro, rumo a uma relação ainda melhor.
Hora de viajar (a dois)
Se não quer viajar sozinho, espero que estes testemunhos o ajudem a desafiar o namorado ou namorada a partir numa viagem a dois. Depois conte como foi!
Seguro de viagem
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Adorei este artigo! Eu adoro viajar com o meu marido… já viajámos com amigos mas não se compara à cumplicidade e ao quanto nos divertimos e aprendemos nas viagens a dois! Já o fazemos há mais de 12 anos e mesmo assim, nos dias que se seguem a estarmos juntos 24h sobre 24h temos umas saudades imensas um do outro e passamos o tempo a mandar mensagens como se fossemos miúdos .)
Que bom que viajar a dois tem corrido bem. Acho que o que descreves se chama “amor” :)
Continuação de boas viagens!
Adorei o artigo Filipe :D
Parabéns!
E, neste caso, sou como a Miss Framboesa :D Adoro ter alguém com quem partilhar tudo e, depois das viagens, sentimos muito a ausência um do outro durante o dia :D Sim, também trocámos mensagens como miúdos :D
Gostei muito do artigo. Parabéns!
Só um apontamento: o tipo de fonte utilizado dificulta imenso a leitura!
Obrigado pelo apontamento, não tinha essa noção.
Filipe, adorei esta entrevista! Viajo com o meu amor há uns 3 anos e revejo-me muito nestas respostas =) e tenho de concordar que quem viaja por meses ou anos em casal já passou pelas maiores montanhas-russas. Eu e o Bruno viajamos maioritariamente com mochila às costas e à boleia e já tivemos em situações tensas em que fiquei impresaionadíssima como conseguimos lidar com a situação sem chatear o outro. Mas admito que isto é fruto de todo um trabalho desenvolvido ao longo dos tempos, no início andavamos muito às turras =p
Já adicionei o teu blog ao bloglovin e mal posso esperar pelas práximas leituras!
Saudações viajantes
Marta
Interessante :) Nunca viajei por mais de duas semanas seguidas com o meu atual marido, mas nosso 1º beijo foi em Veneza. Conhecemo-nos na universidade e, de repente, sugeri a ele e outros amigos um inter-rail…após 2 meses a combinar possiveis rotas, e depois de alguns imprevistos, só restou ele e eu (na altura simplesmente meros conhecidos, nem amigos éramos)… resolvemos ir na mesma, os dois, e fazer somente a Itália. Desde planear a viagem, comprar as passagens, reservar hotéis e ir, correu tudo super bem. E a viagem foi simplesmente fantástica! Passamos de colegas a amigos e de amigos a algo mais :)
Depois dessa viagem ainda fomos a Inglaterra, Escócia, Irlanda, França, Espanha (Pirineus e Barcelona), Cruzeiro pelos Fiordes da Noruega (este já foi após casados e com a nossa filha na altura com 11 meses, foi maravilhoso tb) e o próximo destino será Tromso ou Marrocos.
….Não posso dizer que tenhamos estilos semelhantes, porém. Ele gosta de andar a pé (sendo ele guia de montanha tem de gostar nao é?), eu simplesmente odeio. Ele gosta de experimentar as comidas típicas do local, eu sou (na maioria das vezes) muito esquisita para isso, etc. Apesar de estilos diferentes conseguimos nos entender bem, tentando em manter um equilibrio de vontades. Marrocos é o destino que quero para a próxima viagem (um sonho antigo meu), ele prefere ir à “caça” das auroras bureais para passar horas a fotografá-las…mas combinamos que faremos ambos, a seu tempo. Ambos gostamos de viajar e é uma das coisas que nos une :)
Adorei o post, só falta a companhia agora, rs!
Adorei a entrevista! Viajo com o meu marido há já 10 anos durante pelo menos 6 meses no ano. Só que a experiência é muito diferente pois nós viajamos com a nossa “Casandante”, autocaravana. Nunca nos zangamos já estamos juntos há 44 anos e cada vez estamos mais unidos nas nossas aventuras por vezes sem destino, com liberdade completa. Nestes anos só encontramos pessoas boas e solidárias. É indiscritível ouvir o ruído do silêncio; as mudanças da natureza; o conhecimento das pessoa de diferentes culturas…