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Ser líder Nomad, o ‘melhor trabalho do mundo’

Por Filipe Morato Gomes | Atualizado em 25 Dez 2019 | Inspiração 8 Comentários
Tempo de leitura: 5 minutos

Líder Nomad - viagens de aventura
Parte da família Nomad num encontro inédito em Sintra, dezembro de 2012. Foto de António Luís Campos.

Sou líder Nomad praticamente desde a fundação da agência de viagens de aventura, em 2007 – creio que sou o colaborador mais antigo da Nomad -, e todos estes anos a liderar grupos na Mongólia e no Irão deram-me experiência suficiente para poder agora falar sobre este trabalho. Sim, este texto é sobre trabalho, não é sobre férias ou viagens de lazer.

Existe a visão romântica de que ser líder de viagens (tradução livre de tour leader) – ou líder Nomad, como chamamos na agência – é o “melhor trabalho do mundo”. Porque isso permite estar muito tempo em viagem, conhecer novos países, povos, culturas e gastronomias e, melhor que tudo, dizem, ainda me “pagam para viajar”. Para mim, de facto, é um trabalho absolutamente fascinante, mas acredite que ser líder de viagens não é para todos.

Um modo de vida

Ser líder Nomad não é só uma profissão, é um modo de vida repleto de afetos e amizades, rodeado de companheiros inspiradores, apaixonados pela Natureza, pelas montanhas e caminhadas, pelas viagens, por uma vida ativa e sustentável.

Para mim, é um modo de vida que tem horários de 24 horas por dia durante as viagens, sem mordomias ou salário fixo. Tal como eu, boa parte dos líderes tem outras atividades profissionais – gerem restaurantes, são jornalistas e escritores, são professores, dão workshops de escrita ou fotografia, têm projetos próprios que lhes permitem realizar-se profissionalmente e ter um rendimento adicional que contrabalance o tempo em que não estão ao serviço da agência.

E como é esse trabalho de líder de viagens Nomad?

Ser líder Nomad implica conhecer gente maravilhosa, desbravar destinos extraordinários, vivenciar experiências emocionalmente marcantes, fazer amigos por esse mundo fora. Ser líder Nomad implica ser feliz e estar de bem com a vida.

Mas implica também partilhar o dia-a-dia com alguns viajantes a quem nunca chamará de amigo, tomar decisões no terreno a toda a hora – e assumir as suas consequências -, implica desconforto, noites mal dormidas, voltar aos mesmos sítios vezes sem conta, lidar com o imprevisto e tomar as rédeas de situações complicadas, implica inspirar confiança a quem deposita em si a resolução dos seus problemas e dos seus medos. Implica resolver (“eu resolvo” é uma das frases que mais utilizo em viagem). Seja o que for. Resolver! É muita responsabilidade.

Há muita gente que adora viajar mas que eu não imagino a liderar viagens, a responsabilizar-se por outros, a assumir o controlo de situações adversas, a ter o espírito de camaleão suficiente para se adaptar às circunstâncias, ao grupo, às adversidades e imprevistos da vida em movimento. Há muita gente que não se daria bem a gerir sensibilidades, a assumir a responsabilidade de tomar decisões em nome de um grupo se preciso for.

Ser líder de viagens implica também ausências prolongadas e assumir compromissos com a família. O meu amigo Jorge Vassallo, líder Nomad de excelência, viaja cerca de 10 meses por ano e com toda a certeza tem saudades da família e dos seus amigos portugueses; seguramente, já falhou acontecimentos familiares importantes por estar fora do país. Não é impossível conciliar viagens e família – ou ser pai, como prova o fotógrafo Jimmy Chin nesta entrevista -, mas é algo que pesa na altura de decidir acrescentar mais uma edição ou novo destino ao portefólio de viagens. Eu próprio tenho abandonado as festividades natalícias na madrugada do dia 25 de dezembro para me antecipar à chegada dos viajantes que participam na edição invernal da viagem Segredos da Pérsia. Não é grave, faço-o com gosto, mas se pudesse partiria um dia mais tarde.

Outro exemplo. Em outubro de 2014 nascerá o meu segundo filho. Se tudo correr bem com a gravidez, como espero, quando ele nascer estarei no Irão acompanhando um grupo de 10 bravos viajantes. Sofrerei a mesma agonia do marinheiro embarcado, do militar em missão de paz. Sim, o meu segundo filho vai nascer e eu estarei longe. Sim, a primeira imagem que terei dele será através de uma qualquer fotografia enviada por sms. Pior, se a minha mulher precisar de algo, nem que seja um ombro, não estarei lá para o emprestar.

[Nota: o filho acabou por nascer 36 horas antes de eu embarcar]

Apesar disso, dificilmente trocaria a tribo Nomad por outro trabalho qualquer. Muito menos por um emprego daqueles entre quatro paredes, com horário e salário certo ao fim de cada mês. Não me estou a queixar – que fique bem claro -, apenas a chamar a atenção para o facto da atividade de líder de viagens implicar muito profissionalismo, responsabilidade e compromisso familiar. Essa é a mensagem principal deste post.

Por isso, quando lhe disserem que ser líder Nomad é o “melhor trabalho do mundo”, pode acreditar, desde que tenha a consciência de que não é a tarefa ideal para toda a gente. Há muitos viajantes experimentados que não seriam líderes de viagem competentes. Muito menos na Nomad.

Nota: não, a Nomad não me paga para escrever sobre o meu trabalho na agência; mas este espaço é meu e felizmente sou um ser livre para escrever o que penso – positivo ou negativo – sobre qualquer assunto.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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