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Casuares e flamingos no Bird Park de Kuala Lumpur (Pikitim #24)

Por Luísa Pinto | Atualizado em 15 Jul 2018 | Volta ao Mundo em Família Ásia Kuala Lumpur Malásia 1 comentário
Tempo de leitura: 7 minutos

Bird Park Kuala Lumpur
A hora de alimentação dos papagaios é sempre um momento de excitação para os mais novos

A visita ao maior walk-in aviary do mundo já estava na nossa lista de possibilidades, entre as atividades que poderíamos fazer em Kuala Lumpur. Depois da Pikitim ter recebido uma carta dos amiguinhos da escola a documentar a visita a um parque ornitológico, a nossa ida ao Bird Park tornou-se obrigatória. E valeu bem a pena. A Pikitim achou piada ao casuar, viu vários pavões com a cauda aberta e impressionou-se com a beleza dos flamingos.

Tínhamos pensado em fazer uma visita ao Bird Park de Kuala Lumpur após termos lido referências sobre o número de aves que nele existem e pelo facto de andarem a voar “livremente” – naturalmente, redes enormes estão colocadas sobre o parque para impedir que as aves saiam do parque. Era apenas uma possibilidade, até que recebemos uma carta dos amigos da escola a documentar uma visita a um parque ornitológico.

Foi a melhor das prendas que a Pikitim poderia ter recebido na nossa chegada a Kuala Lumpur. Chegámos mais tarde do que o previsto, depois do avião em que viajávamos ter ficado retido mais de três horas no aeroporto de Manila por causa de problemas técnicos. E mal entrámos na guesthouse onde iríamos passar a semana seguinte, o nosso simpático anfitrião tratou de chamar a Pikitim e perguntar-lhe se o envelope que trazia nas mãos seria para ela. Ela deu pulos de contente, quando percebeu que sim, aquela carta era para ela e tinha sido enviada pela escola: “lê, mãe, lê!”, pouco se importando se estávamos ou não ocupados com as burocracias do check-in.

Foi mesmo a primeira coisa que fizemos: ler-lhe a carta que a professora tinha enviado. E logo a ouvimos dar gritinhos de alegria ao reconhecer os amigos nas fotografias que acompanhavam a carta. Eles contavam que tinham feito um passeio a um parque ornitológico e mandavam muitas fotografias das aves que tinham encontrado. Entre elas estava a fotografia “do estranho casuar”. “É mesmo estranho. Não parece nada uma ave. Parece um animal terrestre”, limitou-se a comentar a Pikitim. “Também podemos ir a um parque ornitológico?”, perguntou pouco depois. “Claro que sim”. A visita ao Bird Park passou a estar na agenda de um dos nossos primeiros dias na cidade.

Bird Park Kuala Lumpur
Alguns habitantes do Bird Park andam livremente pelo espaço do parque

O Bird Park de Kuala Lumpur é conhecido por ser o maior “walk-in aviary” de todo o mundo, tem mais de três mil exemplares, sendo que 90 por cento dessas aves são originárias da região. Há gaiolas e jaulas, é claro, sobretudo para reter as espécies mais encorpadas e/ou raras, mas a maneira como o parque está construído (inserido num dos bonitos parques públicos da capital  malaia, os Lake Gardens) dá a ilusão de estarmos no habitat daquelas aves, tão à vontade e à solta elas andam.

Logo à entrada, uma imensidão de periquitos, “a namorar”. Depois pombos, águias, tucanos e… foi logo aqui que começámos a encontrar aves “estranhas”. Parecia ser esse o principal objetivo da Pikitim. “Mãe, olha este tucano, é que é mesmo estranho. Tira uma fotografia deste para eu mandar para a minha escola”, pediu entusiasmada. Estava a falar do tucano-rinoceronte, que é mesmo a imagem de marca do Bird Park de Kuala Lumpur.

A Pikitim haveria de pedir fotografias de muitos animais, e nem se apercebeu, no início, que a estranha “cassaway” que vimos sentada, – uma ave preta de grande porte e de crista vermelha – era o casuar da mesmíssima família que os amiguinhos tinham visto em Portugal.

Este encontro foi a caminho do anfiteatro ao ar livre onde diariamente é feito um espetáculo com várias aves, entre elas aves de rapina, como as águias que simulam estar a caçar em pleno voo, ou papagaios que mostram saber fazer contas ou separar o lixo para reciclar.

Visitar o Bird Park KL
Visitantes malaios no Bird Park de Kuala Lumpur

Os papagaios, as araras e as catatuas foram as aves que mais tempo tiveram a companhia da Pikitim. O seu colorido irresistível e o facto de muitas delas andarem à solta e a “ameaçar” pousar-nos em cima do ombro ou da cabeça fez com que estivéssemos muito tempo junto delas. E a ameaça acabou por concretizar-se – não no ombro da Pikitim, que ela fica demasiado excitada e irrequieta, mas no do pai. “Não te mexas papi, não te mexas!”.

O facto de por ali andar no jardim uma pequena tartaruga também fez com que a Pikitim tivesse pouca vontade de sair daquela ala. “As tartarugas andam mesmo devagar!”, comentava.

Já andávamos a passear pelo parque há mais de duas horas (é um sitio agradavelmente fresco,  mas nada consegue afastar por muito tempo a elevada temperatura e a humidade constantes na cidade de Kuala Lumpur) e a hora de almoço estava já ultrapassada há muito, mas ainda faltava visitar a parte das aves aquáticas.

Havia sempre algo a chamar a atenção da Pikitim; um pássaro novo que atrasava ainda mais o regresso. E a Pikitim queria ver aquelas “aves de pernas altas”, como as das fotografias que os amigos da escola tinham mandado.

Papagaio
Papagaio no Bird Park de Kuala Lumpur

Dissemos ao estômago para se esquecer da comida e pedimos aos pavões que se andavam a mostrar à nossa frente para não nos distrair. Tínhamos como missão ir espreitar os flamingos. E ainda bem que fomos. O almoço só aconteceu quase às quatro da tarde, mas a calma e a tranquilidade com que a Pikitim se sentou a contemplar os flamingos, numa dança que se desenrolava a menos de dois passos, valeu bem a pena.

A primeira coisa que quis fazer quando chegou a casa foi, como é bom de adivinhar, ditar a carta de resposta para enviar aos amigos. E só então se apercebeu que a cassaway e o casuar eram a mesmíssima ave. “Não reconheci. Têm as cores tão diferentes!”, explicava. E insistiu: “Este casuar é como as avestruzes. Não parecem nada aves. Mas as que eu mais gostei foram as que estavam no lago”, sentenciou. Tínhamos reparado nisso: quando ela se sentou e se sentiu como uma princesa, a olhar não para o lago dos cisnes, mas para o lago dos flamingos.

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Este post pertence a uma série que relata uma volta ao mundo em família, com 10 meses de duração. Um projeto para descomplicar e mostrar que é possível viajar com crianças pequenas, por todo o mundo. As crónicas da viagem foram originalmente publicadas em 2012 na revista Fugas e no blog Diário da Pikitim.

Veja também o post intitulado Viajar com crianças: 7 coisas que os pais devem saber.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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