Quem me conhece sabe que não sou um tipo atraído pelas grandes descargas de adrenalina. Não me imagino a fazer bungee jumping, skydiving ou white waters rafting e até a minha filha de 8 anos é mais dada a montanhas-russas e afins do que eu (sai à mãe). Um exemplo: na primeira vez que fiz parapente, nas proximidades do glaciar Aletsch, na Suíça, tinha o coração a mil antes de começar a correr rumo ao abismo (depois foi maravilhoso).
Estava por isso com aquele desconforto inexplicável quando me preparava para fazer a primeira linha do canopy no parque Selvatura, localizado nas proximidades de Monteverde. Não era propriamente medo, como alguns elementos do grupo, apenas um desconforto.
José Miguel, o líder Nomad que coordena a viagem da agência à Costa Rica, disse ao grupo que nenhum participante nas viagens anteriores alguma vez desistiu de fazer canopy em Monteverde e explicou que o canopy nasceu precisamente na Costa Rica. O biólogo norte-americano Donald Perry criou um sistema mecânico com cabos de aço à altura da copa das árvores da floresta tropical perto de Braulio Carrillo para melhor observar e estudar pássaros, mamíferos e plantas. Quando o “tram” de Perry abriu ao público, em meados de 1990, era o primeiro do género em todo o mundo.
E ali estava eu, tenso, na primeira plataforma a ser preparado para o primeiro slide por entre as copas das árvores da floresta nublada. As minhas caretas, registadas por um fotógrafo do parque, não deixam margem para dúvidas: estava tenso. E assim continuei até ao fim do segundo cabo, com pouco mais de 200 metros de extensão e não muito alto.
No terceiro, com mais de 700 metros e a uma altura considerável do solo, aconteceu o clique. Estava no início do slide, deslizando para o meio de uma nuvem que pouco deixava ver do que aí vinha, quando dei por mim a pensar: “vou desfrutar disto”! E, num ápice, controlei o cérebro e os medos. A partir desse exato momento, deslizei com alegria, de sorriso rasgado e sem qualquer receio. Por vezes passei a poucos centímetros de uma árvore ou pedra; outras estava muito, muito alto, atravessando vales de lado a lado, mas sempre feliz. Uma sensação de liberdade, qual pássaro da floresta.
No final, os sorrisos de superação estampados em todos os elementos do grupo – incluindo os menos confiantes – diziam tudo: tinha valido a pena! Fazer canopy é uma experiência intensa, libertadora, extraordinária.
Venha de lá esse skydiving!
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