Cidade do Cabo, the special one

Por Filipe Morato Gomes
Cidade do Cabo

Edificada num local privilegiado, aprisionada entre as águas revoltas dos oceanos e as fotogénicas table mountains, a Cidade do Cabo é uma urbe cosmopolita, hiperativa, de belas praias, noites longas, bom surf, muito luxo e alguns excessos. Mas será assim tão especial quanto dizem os relatos de viagem?

São raras, é certo, mas existe um punhado de cidades no mundo que recolhem aplausos praticamente unânimes entre os viajantes que por elas passam. E a Cidade do Cabo é, seguramente, uma delas, pelo que a pergunta – será assim tão especial quanto dizem os relatos de viagem? – é praticamente de retórica.

A reportagem poderia, aliás, terminar logo aqui para se evitar o risco de o escriba embevecido começar a discorrer um chorrilho de elogios sobre “a mais” isto, “a mais” aquilo cidade do continente africano. Pela simples razão de que, em abono da verdade, a Cidade do Cabo é quase tudo o que de positivo dela se diz.

As casas mais caras e luxuosas da Cidade do Cabo ficam nas escarpas de Clifton
As casas mais caras e luxuosas da Cidade do Cabo ficam nas escarpas de Clifton

Do simbólico Cabo da Boa Esperança ao multicolorido bairro de Bo-Kaap, do luxo desmedido das escarpas de Clifton às impecáveis docas Victoria & Alfred, da irreverente Long Street às ondas poderosas de Camps Bay, do mercado diário da praceta Green Market à vista do topo das table mountains, a Cidade do Cabo é uma metrópole vibrante e cosmopolita, elegante, trendy e hiperativa, com muitos espaços verdes, praia, surf e gente bonita. Numa palavra, é uma cidade fascinante.

Também há, naturalmente, a miséria das favelas, a discriminação racial e o crime violento, para além da SIDA e das drogas a lembrar que o solo que se pisa é sul-africano. Mas essas não são características exclusivas da Cidade do Cabo e, verdade seja dita, à parte a discriminação, têm proporções bem mais comedidas que noutras paragens da região, mormente em Joanesburgo e na capital Pretória.

Nota-se – não haja ilusões – uma grande segregação racial, apesar do término oficial do apartheid ter ocorrido há quase 20 anos, por decreto do então presidente e posterior Nobel da Paz Frederik de Klerk. Apesar de estarmos em África, a pele clara predomina no corpo dos transeuntes que se passeiam nas ruas do centro, nos rostos que trabalham no comércio, nos donos dos restaurantes e cafés, nos frequentadores das praias ao longo da Beach Road, nos cartazes publicitários, em quase todo o lado. Exceto nas favelas dos arrabaldes, naturalmente. É o apartheid dos tempos modernos, a exclusão social.

A constatação pode até parecer um paradoxo, quando falamos de uma cidade que recebe gente dos cinco continentes, atraída pela qualidade de vida, pelas múltiplas oportunidades profissionais, pelo dinamismo cultural e pelo sentimento de segurança certamente acima da média do país. Porque, no fundo, a Cidade do Cabo aparenta ser uma boa cidade para se viver com qualidade, ao ponto de muitos dos que por aqui passaram não mais se deixassem partir. Em última análise, o Cabo é uma cidade do Mundo e esse espírito aberto transpira para o viajante em gotas de alegria, de fascínio, de prazer.

À chegada à central de camionagem, entrei num táxi cujo motorista era, naturalmente, estrangeiro (são quase todos do Burundi, do Congo, do Ruanda…). Tinha já trabalhado em Moçambique, pelo que arranhava umas quantas palavras em português. “Long Street? OK, amigo”. Assim começava a descoberta de uma cidade verdadeiramente especial.

Long Street, centro turístico da Cidade do Cabo

É no centro da Cidade do Cabo que se concentram os edifícios mais imponentes em altura, como as torres de escritórios e os enormes centros comerciais ao melhor (pior?) estilo europeu. Mas também os edifícios históricos e monumentais como o do parlamento, e as sedutoras casas de arquitetura vitoriana com requintadas varandas de ferro forjado, concentradas sobretudo numa rua bem conhecida por motivos mais prosaicos: Long Street, o ponto nevrálgico do turismo low cost de toda a África do Sul.

Long Street, a meca do turismo mochileiro na África do Sul
Long Street, a meca do turismo mochileiro na África do Sul

Muito animada durante as 24 horas do dia, especialmente assim que o sol se esconde, Long Street é a artéria turística por excelência, pejada de restaurantes, bares, albergues, lojas de conveniência e pontos de acesso à internet, bem como a sua dose de pedintes andrajosos e vendedores de droga que sussurram nomes de substâncias ilícitas ao cruzar com um transeunte de feições estrangeiras.

Para quem já esteve em Banguecoque, Long Street faz lembrar – para o bem (leia-se diversão, ambiente descontraído, liberdade, boa música, gente bonita) e para o mal (leia-se jovens embriagados a cambalear pelas ruas às três da madrugada, desacatos, drogas) – a popular Khao San Road, essa avenida surrealista frequentada por gerações de mochileiros de todo o mundo e que tem tanto de fascinante como de decadente. Tal e qual como Long Street, que pode ser imprescindível ou abominável, consoante o estado de espírito do viajante.

A praceta Green Market e o Jardim Botânico

Bem perto fica a praceta Green Market, onde, diariamente, até cerca das quatro horas da tarde, dezenas de comerciantes vendem artesanato, estátuas de madeira, peças de roupa, pinturas, batuques, bugigangas e souvenirs de toda a espécie.

Banca na praça Green Market
Banca na praça Green Market

É um passeio divertido deambular pelo exíguo espaço entre as bancas de venda, mesmo que não tenha intenção de acumular peso na bagagem com compras acidentais. É que, ao contrário de muitos outros lugares da Cidade do Cabo, na Green Market sente-se que estamos em África.

Se isso não for motivo suficiente para convencer o viajante mais comodista, saiba que numa das esquinas da praceta se vende, provavelmente, o melhor ice coffee da Cidade do Cabo. Uma delicia em dias de calor.

Praticamente ao lado da praça Green Market ficam os espaços verdes do Jardim Botânico. Numa cidade cada vez mais construída em altura, os jardins são o local ideal para um passeio matinal em família. Mais, se viaja com crianças, tem ali a oportunidade de as deixar correr livremente pelos relvados, alimentar os pombos ou observar os muitos esquilos ariscos que por ali cirandam.

Se prefere outros ambientes, passe pelo Jardim Botânico num horário mais tardio, um pouco antes do sol descer abaixo do horizonte, quando o jardim é invadido por músicos amadores, rastafaris e muitas personagens excêntricas que conferem à zona verde um colorido diferente, ambiente animado e, digamos, alternativo.

Bo-Kaap, faceta da renovada Cidade do Cabo

Não há visita à Cidade do Cabo que fique “completa” sem uma passagem por Bo-Kaap, um pequeno bairro localizado já na encosta da Signal Hill e cuja preservação tem vindo a ser incentivada pelos poderes locais.

Pormenor de Bo-Kaap, um dos bairros mais bem preservados da Cidade do Cabo, África do Sul
Pormenor de Bo-Kaap, um dos bairros mais bem preservados da Cidade do Cabo, África do Sul

O objetivo é tornar aquele que se apresenta como um espaço pródigo na diversidade multicultural, numa atração turística de qualidade, criando um polo de interesse adicional para os visitantes.

Dos habitantes de Bo-Kaap, maioritariamente descendentes de escravos trazidos pelos marinheiros holandeses da Malásia, Indonésia e de outras paragens africanas e asiáticas, diz-se, aliás, serem muito orgulhosos da sua rica herança cultural, pelo que o intercâmbio com os forasteiros pode ser uma experiência agradável e enriquecedora.

Nos dias de hoje, Bo-Kaap continua um bairro pequeno e bonito, com um punhado de ruas de casas térreas bem arranjadas e um jogo de cores garridas nas fachadas recém-pintadas que é demasiado fotogénico para ser ignorado.

Por tudo isso, um passeio por Bo-Kaap faz uma manhã diferente e prazenteira na Cidade do Cabo.

Castelo da Boa Esperança

Pátio interior do Castelo da Boa Esperança, Cidade do Cabo
Pátio interior do Castelo da Boa Esperança, Cidade do Cabo

Também localizado praticamente no centro e considerado uma das principais atrações da Cidade do Cabo, o Castelo da Boa Esperança é uma fortificação pentagonal bem preservada, tendo em conta que dele dizem ser o mais antigo edifício em funcionamento de toda a África do Sul.

Parte do edifício está transformada em museu com um importante acervo militar, outra serve de guarida à sede regional do exército sul-africano e outra alberga um prestigiado restaurante local.

Foi construído pelos holandeses em 1666 e é monumento nacional desde 1936. Deve ficar para o fim da estadia, caso sobre tempo ao viajante depois dos apelos do mar.

Docas Vitória & Alfred

Porventura a zona mais agradável de toda a cidade, as rejuvenescidas docas Victoria & Alfred oferecem passadiços de madeira para passeios pedestres à beira-mar, uma marina que abriga iates de luxo e navios de cruzeiro, a bela Torre do Relógio e um sem número de restaurantes para carteiras mais recheadas.

As docas foram inicialmente construídas por ordem do Príncipe Alfred de Inglaterra, para que servissem de porto de abrigo às embarcações. Hoje, é uma das zonas com maior vitalidade turística e comercial de toda a urbe.

Vista sobre a aprazível Victoria e Alfred Waterfront - as magníficas docas da Cidade do Cabo
Vista sobre a aprazível Victoria & Alfred Waterfront – as magníficas docas da Cidade do Cabo

É lá que se encontra a Tasca de Belém, por exemplo, propriedade de um português onde os mais nostálgicos da gastronomia lusa podem saborear pratos como um bacalhau com natas, uma alheira transmontana ou um simples bitoque, no extremo sul do continente africano.

Aos fins de semana, assim haja sol, a área enche-se de famílias com os seus filhos, de músicos de rua a exibirem a sua arte, de danças tradicionais sul-africanas, de vida e alegria e, claro, de turistas, muitos dos quais em trânsito para a incontornável Robben Island, porque é também do cais de Victoria & Alfred que partem os ferryboats com destino à memória do horror.

Robben Island é a ilha prisão onde estiveram encarcerados milhares de presos políticos sul-africanos, como Nelson Mandela, um dos quatro prémios Nobel da Paz sul-africanos de todos os tempos. Juntos, têm direito a homenagem pública traduzida numa obra de arte de grandes dimensões exposta junto às docas, composta por um palanque com quatro estátuas em tamanho natural dos galardoados: Albert Lutuli, Desmond Tutu, Fredrik de Klerk e, naturalmente, Nelson Mandela. Estava na altura de embarcar rumo ao passado sombrio da África do Sul.

Robben Island, viagem pela história da África do Sul

Corria o ano de 1962 quando Nelson Mandela foi pela primeira vez mandado encarcerar na prisão de máxima segurança de Robben Island, um ilhéu ao largo da Cidade do Cabo.

Quase meio século depois, entra-se num barco com destino à ilha e antecipa-se uma visita de certa forma solene, respeitosa, emocionalmente intensa. Mas a visita à prisão de Robben Island é, sem grande esforço, uma das maiores deceções excursionistas em que participei em muito anos de viagens. Tempo ironicamente passado sem qualquer liberdade de ação nem de movimentos.

Um visitante prepara-se para entrar na prisão de Robben Island, ao largo da Cidade do Cabo, onde Nelson Mandela e outros presos politicos estiveram encarcerados
Um visitante prepara-se para entrar na prisão de Robben Island, ao largo da Cidade do Cabo, onde Nelson Mandela e outros presos políticos estiveram encarcerados

Após uma agradável viagem de barco, à chegada a Robben Island os visitantes são rapidamente enfiados em autocarros, onde um guia os aguarda com piadas aparentemente improvisadas mas evidentemente gastas de tanto serem ditas, dia após dia, com o objetivo de arrancar uma risada ao turista arrebanhado. O autocarro segue por um percurso predefinido, o guia vai debitando explicações sem emoção, não se pode sair da viatura que só para em locais predeterminados, não se pode explorar ao ritmo próprio, não se pode desfrutar do momento.

Chega-se então à prisão propriamente dita e não há tempo a perder, os presentes dividem-se em grupos e entram no complexo. Nunca há lugar à iniciativa própria, é preciso despachar porque um outro grupo se aproxima, não há tempo para pensar no que se vê. Assim que termina a visita, faltam pouco mais de 15 minutos para o regresso de barco.

À parte o justo reconhecimento a quem tanto lutou por uma nobre causa, visitar Robben Island, nas condições propostas, é pouco mais que tempo perdido. Talvez o facto de ser a mais visitada atração turística da Cidade do Cabo (ao ponto de ser imprescindível comprar ingressos com alguns dias de antecedência) esteja a jogar em desfavor de algo que, bem aproveitado, podia ser um contributo histórico inestimável para a memória coletiva da humanidade. Um contributo para que o que disse Ahmed Kathrada (prisioneiro em Robben Island entre 1964 e 1982) após a sua libertação não seja esquecido: “Queremos que Robben Island reflita o triunfo da liberdade e da dignidade humana sobre a opressão e a humilhação”.

Beach Road, luxo no Cabo

De regresso a terra firme, Beach Road, sinónimo perfeito de luxo e ostentação, era a próxima paragem. Vindo de Robben Island, o contraste não poderia ser maior.

"Campo

O passeio começou numa combi – táxi partilhado com trajeto fixo -, depois a pé. Saindo de Green Point, passa-se primeiro por Bantry Bay e só depois Clifton, escarpa super exclusiva onde os mais abastados têm as suas casas encavalitadas na falésia, com vistas privilegiadas sobre o mar, piscinas, segurança privada e todas as mordomias dos condomínios fechados de luxo.

Clifton tem quatro praias consecutivas, numeradas sem imaginação de Praia 1 até Praia 4, ao longo de um par de quilómetros de excessiva ostentação. Após Clifton chega-se à praia Gleen, passa-se pelos verdes campos de petanca com jogadores impecavelmente vestidos de branco, e só então se avista Camps Bay, uma praia razoavelmente longa e mais popular, e especialmente procurada pelos surfistas (e pelas apreciadoras dos surfistas), apesar da temperatura da água não convidar a grandes mergulhos.

Toda a Beach Road é percorrida diariamente por habitantes em busca de boa forma física, no selim de uma bicicleta ou em passo de corrida. Para quem simpatiza com quatro rodas, é também o local onde, em cada minuto, vários automóveis topo-de-gama de marca Ferrari, Porche, Rolls Royce, Bugatti, Mercedes e BMW galgam o asfalto ao seu lado, numa estrada que serpenteia a costa sob o olhar atento do Lion’s Head, um monte com 669 metros de altitude que separa os subúrbios atlânticos do centro da Cidade do Cabo, reprimindo eficazmente um maior volume de construção junto às praias e ajudando, dessa forma, a preservar a exclusividade de Clifton.

E é precisamente do topo do Lion’s Head que se tem uma vista privilegiada sobre toda a Cidade do Cabo e sobre as famosas table mountains, que moldam decididamente a cidade.

Table Mountains, ex-líbris da Cidade do Cabo

As table mountains e a Cidade do Cabo vistas do mar, a caminho de Robben Island
As table mountains e a Cidade do Cabo vistas do mar, a caminho de Robben Island

Ladeadas pelo Devil’s Peak e pelo Lion’s Head, as table mountains dominam totalmente a paisagem, estão quase sempre rodeadas por um manto branco de mistério e em muito contribuem para o fascínio que emana da Cidade do Cabo como destino turístico.

Do topo dos seus 1.086 metros, a vista sobre a Cidade do Cabo e arredores, lá ao fundo, estende-se por quilómetros de terra e mar de forma arrebatadora aos olhos de quem se permitiu subir de teleférico.

É útil esquecer as vertigens e galgar o cabo de aço dentro de uma cápsula periclitante, porque a recompensa é deveras sublime. Sentir-se-á no topo do mundo.

O que dificilmente verá, no entanto, por muito que perscrute o horizonte, é o Cabo da Boa Esperança, no extremo Sul da Península do Cabo, outro marco turístico destas paragens.

O Cabo da Boa Esperança

As danças tradicionais descem às docas da Cidade do Cabo durante os fins-de-semana
As danças tradicionais descem às docas da Cidade do Cabo durante os fins-de-semana

Reconheça-se, antes de mais, que alguns virão ao engano, julgando estar no ponto mais a sul de toda a África, posição geográfica ocupada, de facto, pelo Cabo das Agulhas, uns 150 quilómetros para sudeste do Cabo da Boa Esperança, inicialmente chamado das Tormentas.

Ainda assim, uma deslocação ao extremo sul da Península do Cabo continua a ser um dos passeios preferidos dos visitantes, não só pelo simbolismo do local no domínio das proezas marítimas – particularmente relevante para os portugueses, uma vez que o navegador Bartolomeu Dias foi o primeiro a dobrá-lo, corria o ano de 1488 -, mas também porque a zona é agradável, verde e bonita, e a vista do alto de Cape Point é arrebatadora.

De regresso à malha urbana e com a viagem a terminar, resta dizer que a Cidade do Cabo já se aperalta para acolher o Campeonato Mundial de Futebol de 2010.

Ficará ainda com mais charme, melhores infraestruturas, mais calor humano mas o mesmo ambiente descontraído e trendy. Não haja qualquer dúvida de que será a “special one” do evento!

Veja também o post sobre viver na Cidade do Cabo.

Guia prático

Este é um guia prático para viagens à Cidade do Cabo, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos turísticos, os melhores hotéis e sugestões de atividades na região.

Onde fica a Cidade do Cabo

A Cidade do Cabo é a terceira maior cidade da África do Sul e fica localizada no extremo Sul do continente africano.

Quando viajar para a Cidade do Cabo

Em última análise, a Cidade do Cabo pode ser visitada todo o ano, pese embora entre junho e agosto (inverno) os dias sejam mais curtos e a precipitação atinja o seu auge. Entre novembro e fevereiro, os dias são mais longos e quentes e a visita teoricamente mais agradável, pese embora o clima na Cidade do Cabo seja, regra geral, inconstante e de difícil previsão.

Como chegar à Cidade do Cabo

A TAP, a KLM e a Lufthansa tem voos para Joanesburgo – e esta última voa também para a Cidade do Cabo. Entre ambas as cidades sul-africanas, há inúmeros voos domésticos diários a preços acessíveis de companhias aéreas como a 1time, Kulula ou South African Airways. Em termos de turismo organizado, há agências de turismo de aventura que oferecem programas overland que começam na Cidade do Cabo e seguem depois para Norte em direção à Namíbia ou ao Botswana.

Onde ficar

Se procura gente jovem, animação e bares com música noite dentro, a escolha só pode ser uma: as pousadas, apartamentos e pequenos hotéis da barulhenta Long Street. No segmento económico, o popular Long Street Backpackers é uma boa opção, embora na mesma gama de preços mas suficientemente afastados da confusão fica o muito elogiado The B.I.G Backpackers.

Se, por outro lado, a loucura de Long Street é precisamente o que pretende evitar, então deve considerar a zona de Green Point e das docas Victoria & Alfred como alternativa. Sugere-se, neste caso, o Holiday Inn Express Cape Town City Centre, de três estrelas, ou os mais dispendiosos e exclusivos DysArt Guest House, de cinco estrelas, localizado em Green Point, ou o The Table Bay Hotel, membro da associação The Leadings Hotels of the World, também de cinco estrelas e localizado no coração das docas Victoria & Alfred.

Por último, se procura o luxo extremo e tem orçamento ilimitado, pode sempre tentar arrendar uma habitação nas escarpas de Clifton, ao longo da chamada Beach Road.

Pesquisar hotéis na Cidade do Cabo

Restaurantes na Cidade do Cabo

A oferta gastronómica na Cidade do Cabo é imensa, estando à disposição dos visitantes comida de qualidade razoável dos quatro cantos do mundo, da Índia à Tailândia, passando pelo México e pelo frango picante do português Nando’s. Dos restaurantes experimentados houve um que, embora turístico q.b., ficou na memória pela simpatia do atendimento, pelo ambiente alegre e descontraído (algures entre o bar, o restaurante rústico e a casa de shows com música ao vivo) e, naturalmente, pelas bem confecionadas refeições. Chama-se Mama Africa e fica na muito mencionada Long Street.

Informações úteis

A moeda oficial da África do Sul é o Rand, e um Euro equivale a um pouco menos de 12 Rands. Há caixas de levantamento automático por toda a Cidade do Cabo, sendo que, por precaução, se aconselha a utilização das caixas localizadas no interior e com segurança à porta. O custo de vida na África do Sul não pode ser considerado elevado quando comparado com Portugal. Os cidadãos portugueses não necessitam de visto prévio para permanecerem na África do Sul por um período inferior a 90 dias.

Para obter detalhes específicos sobre algumas das atrações da Cidade do Cabo, visite os sites oficiais da Victoria & Alfred Waterfront, do Castelo da Boa Esperança e do Teleférico das Table Mountains.

Seguro de viagem

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.

1 comentário em “Cidade do Cabo, the special one”

  1. Eu vou para a Cidade do Cabo em dezembro durante 15 dias e gostaria de saber onde posso passar o meu aniversário num bom restaurante e fazer turismo num local inesquecível? Por outro lado, gostaria de saber onde passar o fim de ano e fazer um curso intensivo de inglês durante dez dias?

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