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Descobrindo a Cidade do Panamá (da Cinta Costera ao Casco Viejo)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens América Central Américas Cidade do Panamá Panamá
Atualizado em 17.04.2019 | Tempo de leitura: 5 minutos

Vista sobre a cidade do Panamá
Vista sobre a Cidade do Panamá

A Costa Rica e o Panamá eram os únicos países da América Central onde ainda não tinha estado e, por isso, há muito que os elegi como um dos projetos de viagem a concretizar nos próximos anos.

Por mil razões e uma viagem de última hora ao litoral de Marrocos, praticamente não fiz pesquisas sobre o que fazer na capital do Panamá (só horas antes de voar é que fui ver, por exemplo, as opções sobre o transporte entre o aeroporto Tucumen e o meu hostel).

Ainda assim, cheguei à Cidade do Panamá munido de um roteiro de 24 horas escrito pela Rita Andrade para o Alma de Viajante e com a ideia preconcebida de ser a “mais cosmopolita capital da América Central”, um centro financeiro por excelência com um skyline a lembrar as grandes metrópoles mundiais, porventura crescendo à custa dessa gigante obra de engenharia chamada Canal do Panamá e com um casco viejo pequeno mas bonito. Pouco mais sabia sobre a Cidade do Panamá – e esse desconhecimento nem sempre é mau.

E foi precisamente rumo ao Casco Viejo que comecei a exploração da Cidade do Panamá.

Saí da Posada 1914 manhã cedo, atravessei o Parque Urraca e cruzei a Avenida Balboa por enormes pontes pedonais em espiral que transformam 20 metros de avenida em centenas de metros de caminho (pelo menos fiz a travessia em segurança). Do outro lado, aí estava ela: a Cinta Costera.

Avenida Balboa, Cidade do Panamá
Avenida Balboa, Cidade do Panamá

Ao contrário do que haveria posteriormente de comprovar a um domingo, sendo dia de trabalho não havia muita gente na Cinta Costera. Apenas um ou outro panameño ou estrangeiro radicado na Cidade do Panamá a correr ou a passear os seus cães.

É uma marginal muito curiosa: olha-se para um lado e vê-se, ao fundo, o pequeníssimo Casco Viejo, com as suas casas em estilo colonial de altura reduzida, mas relativamente degradado; olha-se para tudo o resto e, tirando os barcos que repousam na marina, há apenas prédios muito esguios e estreitos de trinta, quarenta ou mais pisos. Parecem duas cidades diferentes.

Confesso que o lado moderno da Cidade do Panamá não despertou em mim grande interesse, pelo que continuei a caminhar debaixo de um sol queima-pescoços rumo ao Casco Viejo, apenas com uma paragem já planeada de permeio: o Mercado de Marisco.

Ceviche no Mercado de Marisco

Ceviche, ceviche, ceviche! Passaria pouco das dez e meia da manhã quando cheguei ao Mercado de Marisco da Cidade do Panamá, mas a vontade de comer ceviche – “peixe fresco marinado em caldo de peixe e sumo de lima que, graças à acidez do citrino, fica cozinhado na perfeição, sem necessidade de recorrer a nenhum método de confeção”, para utilizar as palavras do chef Kiko sobre o ceviche peruano – era muita. As tasquinhas de rua estavam ainda sem clientes, em algumas ainda limpavam o chão e preparavam as mesas para receber os primeiros comensais, mas não consegui resistir aos recipientes com ceviche que, enterrados em gelo, já coloriam as bancas dos restaurantes.

Ceviche no Mercado de Marisco da Cidade do Panamá
Ceviche no Mercado de Marisco da Cidade do Panamá

Pedi ceviche combinacion, que misturava vários “frutos do mar” com predominância para o polvo, e outro ceviche de corvina, peixe simples que me soube pela vida. Tudo acompanhado por uma cerveja Balboa fresquinha, que fez deste almoço madrugador um enormíssimo prazer.

Escolhi um completamente ao acaso, pensando que o ceviche dificilmente variaria entre os estabelecimentos, mas enganei-me (sei agora que o ceviche não é igual em todos os restaurantes do Mercado de Marisco, até porque dias depois voltei e comi noutro restaurante e o ceviche era muito mais picante, além de ter delícias do mar no ceviche combinacion, em vez de apenas produtos frescos). Felizmente, a aposta foi acertada e pude continuar a caminhada até ao Casco Viejo de estômago sorridente.

Passeando no Casco Viejo

Havana. Ao entrar no Casco Viejo, o centro histórico da Cidade do Panamá, veio-me à memória a capital cubana. Embora em menor escala, encontrei os mesmos prédios coloniais completamente degradados, simultaneamente charmosos e decadentes, partilhando as ruas com edifícios oficiais bem arranjados e outros prédios, outrora de habitação, recuperados (alguns tão “bem” recuperados que me pareciam cenários de filme feitos de esferovite) para albergar hotéis, pousadas de charme e restaurantes.

Vista da Praça da Independência, no centro histórico da Cidade do Panamá
Vista da Praça da Independência, no centro histórico da Cidade do Panamá

Através das portas e janelas quase sempre abertas, dava para perceber casinhas simples e pobres, nem sempre acolhedoras, habitadas por gente quase tão velha como as pedras gastas das fachadas. Outros havia simplesmente abandonados, com as janelas tapadas por tijolos ou blocos de cimento à espera de um dia serem reabilitados.

Percorri sem rumo as ruas do centro histórico (acho que “sem rumo” é a forma de o fazer), admirando as múltiplas pracetas e ruínas, as casas decadentes convivendo com os imponentes edifícios oficiais, até que me detive na Praça da Independência. Entrei na igreja por mera curiosidade, voltei à praça e comecei a desenhar perto do coreto.

São momentos como este que cada vez mais me fazem ter a certeza de que viajar devagar é a melhor forma de viajar. Mesmo na cosmopolita Cidade do Panamá.

Domingo na Cinta Costera

Dias depois, passada uma curta estadia no arquipélago de San Blás, voltei à Cidade do Panamá. Era domingo, e a Cinta Costera era todo um outro mundo!

Domingo à noite nos restaurantes do Mercado de Marisco, no início da Cinta Costera
Domingo à noite nos restaurantes do Mercado de Marisco, no início da Cinta Costera

Gente, muita gente. Parecia uma romaria, uma feira popular sem carrosséis, com milhares de pessoas a passear na marginal, outros a praticar desporto, a correr, em skate ou de bicicleta, muitas famílias com crianças pequenas, casais a namoriscar à beira-mar e dezenas e dezenas de barracas de rua a vender comes, bebes e guloseimas. Uma cidade viva! Verdadeiramente inspirador.

E foi assim que dela me despedi, já bem perto da meia-noite, ainda a Cinta Costera fervilhava de vida. O resto do Panamá esperava por mim.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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