Diariamente, recebo mensagens com pedidos de conselhos e dicas de viagem, alguns dos quais relacionados com saúde em viagem e a consulta do viajante online.
Apesar de já ter tido uma experiência com consulta do viajante que considerei uma perda de tempo por manifesta pouca preparação da médica para a temática das viagens (pouco mais fez do que consultar o Fit for Travel), a verdade é que a saúde é algo demasiado importante para se reger por palpites ou conselhos de quem não é especialista. Ou seja, nada melhor do que ouvir a opinião de quem sabe.
Nesse sentido, caso viaje para ambientes muito distintos daquele onde reside, nomeadamente ambientes rurais ou países subdesenvolvidos – mormente em África, no Sudeste Asiático e nas ilhas do Pacífico -, recomendo que vá a uma consulta do viajante para se aconselhar com um médico da área. Sobre vacinas a tomar; sobre a profilaxia da malária (sim ou não); sobre cuidados específicos a ter na região do globo para onde vai viajar; e sobre crises de saúde pública que ocorram a dado momento, como as das “vacas loucas”, da “gripe das aves”, do vírus Ébola ou do Zika.
Tenha em atenção que os médicos são por defeito defensivos e têm tendência natural de sugerir vacinas e profilaxia da malária mesmo quando os riscos são reduzidos. Seguem a lógica de que “mais vale prevenir”, “pelo sim, pelo não” e outros pensamentos semelhantes. Mas isso é melhor do que seguir os palpites de quem não é especialista.
Não basta estar atento aos mapas de distribuição geográfica das doenças no site da Organização Mundial de Saúde. Até porque cada pessoa é diferente; e só um médico pode adaptar as indicações terapêuticas ao histórico clinico do viajante. Sim, ninguém melhor que um médico para o aconselhar. É aí que entra, por exemplo, o Dr. Diogo Medina.
- 1 Consulta do Viajante online (Telemedicina)
- 2 Consulta do Viajante no Serviço Nacional de Saúde
- 3 Conclusão
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Perguntas frequentes sobre a Consulta do Viajante
- 4.1 Para que servem as consultas de Saúde do Viajante?
- 4.2 Quanto tempo antes da viagem devo ir à consulta do viajante?
- 4.3 É preciso marcar consulta com antecedência?
- 4.4 Quanto custa uma consulta do viajante?
- 4.5 Que documentos levar para a consulta
- 4.6 Onde posso fazer a consulta de viajante no SNS (Serviço Nacional de Saúde)
- 4.7 Seguro de viagem
Consulta do Viajante online (Telemedicina)
Até há pouco tempo, as únicas opções de consulta do viajante eram consultas presenciais, marcadas com muita antecedência para locais como os centros de saúde. Fui algumas vezes à consulta do viajante no Centro de Saúde da Batalha, incluindo na primeira volta ao mundo (2004/05) e na longa viagem em família (2012). Fica no topo das Escadas dos Guindais, no Porto e, na verdade, só tenho a dizer bem.
Para além de esporádicas demoras no centro de saúde e o recente aumento do preço das vacinas (na primeira vez que fui a uma consulta do viajante paguei cêntimos pelas vacinas), o principal problema desses centros de vacinação tem a ver com a dificuldade em marcar consultas num tempo razoável. Era preciso marcar com muita antecedência e os horários disponíveis eram reduzidos.
Ora, é aqui que encaixa a consulta do viajante online criada pelo Dr. Diogo Medina.
A consulta do viajante online é um serviço de medicina preventiva prestado em modalidade de telemedicina, com o objetivo de fornecer um serviço credível e de qualidade para a proteção da saúde em viagem. Através da avaliação personalizada dos riscos de saúde relacionados com a viagem e com o perfil do viajante, pretende-se promover a adoção de medidas preventivas de proteção da saúde baseadas na evidência científica, tais como a profilaxia higio-sanitária, a imunoprofilaxia e a quimioprofilaxia anti-malárica.
A prestação de cuidados preventivos por parte da consulta do viajante em telemedicina pauta-se pelos seguintes valores:
- qualidade certificada: a consulta é feita por médicos com competência certificada na área;
- rigor científico: o aconselhamento prestado observa as mais recentes recomendações médicas internacionais;
- satisfação e capacitação do viajante: através da prestação de um serviço cómodo e conveniente, com total espaço ao diálogo e colocação de dúvidas.
A consulta do viajante online é uma consulta médica privada (como num consultório), previamente marcada e a preços acessíveis (30€ por pessoa; 65€ para uma família de quatro pessoas), feita por videoconferência. Basta que o viajante possua acesso à Internet e um aparelho com câmara e de preferência com auriculares (caso faça a consulta num espaço público, como um café); coisa que os smartphone, tablets ou computadores portáteis da atualidade regra geral possuem.
O Dr. Diogo Medina oferece aos leitores do Alma de Viajante uma redução de 10% no valor da consulta. Basta colocar o código “ALMADEVIAJANTE” no campo de “entidade parceira” durante o processo de marcação da consulta do viajante online.
O Alma de Viajante não recebe nada com esta parceria. Recomendo porque acredito no mérito da consulta do viajante online, feita por videoconferência pelo Dr. Diogo Medina.
Consulta do Viajante no Serviço Nacional de Saúde
Sendo certo que a Consulta do Viajante em Telemedicina é um conceito inovador e, aos meus olhos, muito apelativo, tenho consciência de que há viajantes que não abdicam do contacto presencial com o médico. Se é o seu caso, opte pelas consultas tradicionais. Consulte a página do Serviço Nacional de Saúde onde se explicita com detalhe para que servem as consultas de Saúde do Viajante (é esta a expressão utilizada). Foi de lá que retirei as seguintes respostas sobre vacinação:
Quais são as vacinas obrigatórias?
“O Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre-amarela. Todos os Centros de Vacinação Internacional devem administrar a vacina contra a febre-amarela e emitir o respetivo Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia aos utentes que a eles se dirijam, desde que portadores de prescrição médica.
Alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação contra outras doenças. É o que acontece com a vacina contra a doença meningocócica, imposta pela Arábia Saudita aos peregrinos que se dirigem a Meca. Alguns países, incluindo a Arábia Saudita, exigem a vacina contra a poliomielite, a quem é proveniente de um país onde a doença/vírus seja endémico.”
Que outras vacinas são aconselhadas?
“Depende para onde pretende viajar. É precisamente para o aconselhar e informar que existem as consultas de saúde do viajante. As vacinas mais frequentemente indicadas, em função do destino, são as que protegem contra as seguintes doenças: cólera, difteria, encefalite japonesa, hepatite A, hepatite B, gripe, raiva, tétano e febre tifóide.”
Tirando a difteria, que não me recordo, já as tomei todas!
Conclusão
Como é natural, a consulta do viajante não previne que adoeça em viagem. Vale a pena não esquecer de levar consigo a forma de contacto mais rápida com o seu médico habitual; seja email ou telefone. Até porque por vezes os diagnósticos na estrada são errados.
Lembro-me de uma vez a minha filha arder em febre com o que depois se descobriu ser uma febre aftosa. Estava em Koh Lanta, na Tailândia. No hospital, diagnosticaram outra coisa qualquer e prescreveram um antibiótico. Foi o nosso pediatra, à distância, que, após a descrição dos sintomas enviada por email, fez o diagnóstico correto; e nos tranquilizou. “Não há nada a fazer”, disse, “é esperar”; “mas não se preocupem que podia ter acontecido em Portugal”.
Em resumo: marque uma consulta do viajante, mantenha contacto com o seu médico habitual e faça boa viagem. E não se esqueça de fazer um seguro de viagem, porque nunca se sabe quando vai precisar dele.
Perguntas frequentes sobre a Consulta do Viajante
Para que servem as consultas de Saúde do Viajante?
Nas palavras do Serviço Nacional de Saúde, “para aconselhar as medidas preventivas a adotar antes, durante e depois da viagem. Estas medidas dependem do destino, da idade, do estado de saúde do viajante, do intervalo de tempo que falta para o início da viagem e do tipo de viagem. Incluem medidas de proteção individual, vacinação, medicação preventiva da malária, informação sobre higiene individual, cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem, o que fazer em caso de diarreia não complicada, como se proteger da picada dos insetos, como se adaptar ao novo meio ambiente, entre outros aspetos para os quais deve estar alerta quando viaja.
Para avaliar as condições de saúde do viajante antes da viagem, nomeadamente grávidas, crianças, idosos, indivíduos com doenças crónicas sob medicação, entre outros.
Para administrar vacinas, incluindo contra a febre-amarela, e passar o respetivo Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia.
Também lhe podem ser fornecidas informações sobre a assistência médica e segurança no país de destino e aconselhamento sobre a farmácia que o viajante deve levar consigo.
Para prestar assistência médica após o regresso, diagnosticar problemas de saúde possivelmente contraídos durante a viagem, e para efetuar o controlo periódico de indivíduos que passam temporadas prolongadas em países ou regiões onde o risco de contrair doenças é elevado.”
Se viaja com crianças, não deixe de ler sobre prevenção de doenças pediátricas relacionadas com viagens.
Quanto tempo antes da viagem devo ir à consulta do viajante?
Independentemente do tipo de consulta do viajante que escolher (seja online ou presencial), saiba que a mesma deve idealmente ser feita 4 a 6 semanas antes da data de partida.
É preciso marcar consulta com antecedência?
Sim. Há alguns centros de vacinação com tempos de espera de várias semanas, pelo que marcar com antecedência é fundamental. Se a data da viagem estiver demasiado próxima e não conseguir vaga, experiente fazer uma consulta do viajante online com o Dr. Diogo Medina. Há quem consiga marcar com três ou quatro dias de antecedência.
Quanto custa uma consulta do viajante?
O preço de uma consulta do viajante varia entre a taxa moderadora de um centro de saúde público (a partir de 5€), até 70-80€ se realizada num serviço médico privado. O custo das vacinas pode também variar.
Que documentos levar para a consulta
Quando se dirigir à consulta não esqueça do Boletim de Vacinas, do Bilhete de Identidade ou Cartão do Cidadão, do Cartão do SNS / ADSE (ou outros) e uma lista com os seus medicamentos habituais. No caso das crianças, leve também o seu Boletim Individual de Saúde.
Onde posso fazer a consulta de viajante no SNS (Serviço Nacional de Saúde)
Existem dezenas de Centros de Vacinação Internacional em Portugal onde pode fazer a sua consulta do viajante; incluindo em cidades como o Porto, Braga, Viana do Castelo, Macedo de Cavaleiros, Matosinhos, Bragança, Coimbra, Leiria, Aveiro, Castelo Branco, Lisboa, Almada, Setúbal, Entroncamento, Bombarral, Paço de Arcos, Amadora, Póvoa Santo Adrião, Santiago do Cacém, Sines, Évora, Beja, Faro, Portimão, Funchal (Madeira) e em todas as ilhas dos Açores.
Para consultar informação atualizada sobre onde fazer a consulta do viajante, recomendo a consulta da página do Serviço Nacional de Saúde dedicada ao assunto; os Centros de Saúde e Centros de Vacinação Internacional estão organizados por região. Nessa lista, pode também verificar onde fazer uma consulta de Medicina Tropical (pós-viagem).
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