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Os corais estão mortos nas ilhas Gili (Pikitim #37)

Por Filipe Morato Gomes | Volta ao Mundo em Família Ásia Ilhas Gili Indonésia
Atualizado em 9.09.2018 | Tempo de leitura: 4 minutos

Corais mortos nas ilhas Gili
O excesso de turismo acelerou a morte dos corais ao largo das ilhas Gili Meno, Gili Air a Gili Trawangan

O que se passa nas Gili não é caso único. Em várias zonas do globo, os recifes de coral, base para riquíssimos ecossistemas marinhos, vão definhando. Mas, nas ilhas Gili, ao largo de Lombok, a situação chega a ser chocante. Os corais estão quase todos partidos, destruídos, mortos. Fazer snorkelling nas Gili é como participar num velório subaquático.

São três as ilhas Gili, localizadas ao largo de Lombok. Gili Trawangan, transformada em Meca mochileira, com bares e festas e raves e álcool até altas horas; Gili Meno, com poucas infraestruturas turísticas e menos desenvolvida; e Gili Air, um meio termo entre Trawangan e Meno, onde há de facto muitos bungalows e cafés de praia, mas onde a noite acaba cedo (ou nem começa), as ruas são de areia e o transporte são carroças puxadas por cavalos ou bicicletas. Optámos por ficar na Gili Air.

O grande objetivo da passagem pelas ilhas Gili era descansar após liderar mais uma edição de uma viagem ao Irão para a agência Nomad, passar algum tempo na praia, fazer snorkelling e, se possível, mostrar à Pikitim as tartarugas que por ali nadam, apesar do estado calamitoso dos recifes de coral.

Praia em Gili Air
Um areal de corais mortos, na ilha Gili Air

O facto de boa parte dos corais estarem mortos não era propriamente novidade para mim. Quando passei por Bali, em 2004, já se falava nessa fatalidade. De então até hoje, só poderia ter piorado. Mas ver com os meus próprios olhos foi como uma chapada na cara. Eu que adoro o mar, o litoral, as pequenas aldeias de pescadores, fazer snorkelling e até mergulhar.

De máscara na cara, não parava de abanar a cabeça ao olhar para o fundo arenoso em frente às praias de Gili Air. Quase todos os corais estavam mortos, partidos em mil pedaços, espalhados pelo fundo do mar e pelos areais. De vez em quando, vislumbrava-se um ou outro pedaço de coral vivo, rodeado dos peixes que eu gostaria de ver em maior quantidade. Infelizmente, as águas das Gili estão quase desertas.

Dizem que a utilização massiva de explosivos na pesca foi uma das principais causas da tragédia ecológica. Outros atribuem grande responsabilidade ao fenómeno El Niño de 2007, que provocou alterações significativas na temperatura da água. Outros ainda acreditam que o aquecimento global está, aos poucos, a matar os corais das Gili, tal como em muitas outras zonas do globo.

Material de snorkelling
Para lá dos fatores climáticos e catástrofes naturais, o homem tem boa parte da responsabilidade na destruição dos corais nas ilhas Gili

Seja qual for a verdade, não há dúvida que o homem tem uma boa parte na responsabilidade na destruição do ecossistema marinho ao largo das ilhas Gili. Sejam as técnicas destrutivas dos pescadores ou a ação inconsciente dos turistas (em todo o lado se vê snorkellers de pé em cima de corais). Ou ainda pela ação de quem, nos tempos modernos, depende desses recursos para viver, devido ao turismo.

Certo dia, decidimos participar num tour para ver tartarugas ao largo das ilhas Gili. Parámos em locais onde praticamente não havia corais vivos. O guia da atividade de snorkelling, ao ver uma tartaruga no fundo do mar, mergulhou, tocou na pobre criatura fazendo-a nadar o mais que pode, apenas para que os turistas a vissem nadar. Se eu não tivesse visto com os meus olhos, não acreditaria. É demasiado triste para ser verdade. E assim as ilhas Gili se vão suicidando. Alegremente.

Guia prático

Onde ficar (em Gili Air)

Há excelentes pousadinhas na Gili Air – e a bom preço. Eu fiquei hospedado no Chill Out Bungalows por recomendação de um amigo viajante, e aconselho vivamente a experiência. Mas há mais no mesmo estilo – e muito bons. Tanto o Chill Out como os excelentes Gili Air Escape e Anahata – Tropical Private Villas usam a belíssima arquitetura tradicional. Igualmente no interior da ilha fica o bom e barato Beranda Ecolodge.

Para quem não gostar da localização interior, felizmente, há excelentes hotéis e pousadas junto às praias de Gili Air, para todos os gostos e orçamentos. Recomendo, por exemplo, o extraordinário (e barato) PinkCoco Gili Air e pousadas simples como a Rumah Shalala, mas também o muito bom Senang Villa (custo médio, do outro lado da ilha).

A título de curiosidade, saiba que há um hotel que custa mais de 6.000€ por noite (ouch!). Como é evidente, nunca lá fiquei hospedado mas, se quiser experimentar, o nome é De’Coco Villa and Suites. Para quem procura o luxo extremo em Gili Air, dificilmente encontrará melhor. Para outras opções de boa qualidade e preço mais simpático, veja o link abaixo.

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Sobre o Diário da Pikitim

Este post pertence a uma série que relata uma volta ao mundo em família, com 10 meses de duração. Um projeto para descomplicar e mostrar que é possível viajar com crianças pequenas, por todo o mundo. As crónicas da viagem foram originalmente publicadas em 2012 na revista Fugas e no blog Diário da Pikitim.

Veja também o post intitulado Viajar com crianças: 7 coisas que os pais devem saber.

Saiba mais sobre: Volta ao Mundo em Família Ásia Ilhas Gili Indonésia

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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