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Delft, um dia na cidade de Vermeer

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Delft Europa Países Baixos
Atualizado em 24.12.2022 | Tempo de leitura: 7 minutos

Rua de Delft, holanda
Delft é uma cidade pequena e bela

Delft, cidade natal do pintor holandês Johannes Vermeer, autor da célebre Rapariga com o brinco de pérola. Mestre da iluminação, Vermeer viveu toda a sua vida em Delft, retratando várias cenas de rua inspiradas no quotidiano local.

Era precisamente a luminosa Delft de Vermeer, retratada na tela Vista de Delft, que queria conhecer. A cidade das casas de tijolo escuro e telhados alaranjados pintadas em A Ruela. A Delft das ilhas e das dezenas de pontes que as unem; a cidade dos canais, tal como Amesterdão, mas muito mais tranquila e com menos turistas. E, ainda, a Delft dos azulejos azuis e brancos.

Infelizmente, não tive sorte com o tempo. Viajar na Holanda é assim mesmo; não seria de esperar dias muito soalheiros em pleno mês de abril. Mas nem isso impediu que me apaixonasse por Delft. Neste post, partilho o que fazer num possível roteiro em Delft. Será, com absoluta certeza, um dia muito bem passado.

Conteúdos do Artigo
  • 1 O que visitar em Delft
    • 1.1 Igreja Nova de Delft
    • 1.2 Igreja Velha de Delft
    • 1.3 Passear junto aos canais
    • 1.4 Centro Vermeer
    • 1.5 Café Kek
    • 1.6 Museu Prinsenhof
    • 1.7 Cerâmica de Delft
  • 2 Dicas para visitar Delft
    • 2.1 Como chegar a Delft
    • 2.2 Transportes
    • 2.3 Onde dormir
    • 2.4 Seguro de viagem

O que visitar em Delft

Igreja Nova de Delft

O que fazer em Delft: subir à torre da Velha Igreja
A malha urbana de Delft vista da torre da Igreja Nova

Nada melhor do que começar a visitar Delft subindo à torre da Igreja Nova, a partir de onde se tem uma vista desafogada sobre toda a cidade; razão suficiente para encarar a árdua tarefa de subir a infindável escadaria em caracol – ora de madeira, ora de pedra – até ao topo da torre. São exatamente 376 degraus, correspondentes a vinte ou trinta minutos de esforço amplamente recompensado pelas vistas lá do topo.

Dali, observando com atenção as ruas, a arquitetura das casas, os canais serpenteando o casario e as pontes que encurtam distâncias, dá para imaginar possíveis cenas pintadas por Vermeer. Não tive a sorte de vislumbrar Roterdão nem Haia (consta que isso acontece em dias de céu limpo), mas isso pouco importou. Lá de cima, Delft é linda, linda!

Uma vez de novo no solo, não deixe de visitar a igreja propriamente dita. Lá dentro, para além do belíssimo teto de madeira sobre o altar-mor, é o mausoléu de Guilherme I, Príncipe de Orange, da autoria do escultor Hendrick de Keyser, que concentra todas as atenções.

Octávio Costa, companheiro de viagem nesta aventura holandesa, descreveu o mausoléu na perfeição: são “peças de ouro, bronze, mármore preta e mármore branca italiana; quatro figuras femininas em bronze que simbolizam os valores pelos quais Guilherme lutou: liberdade, justiça, religião e coragem; e, deitado a seus pés, o cão, que morreu pouco depois do seu dono”. É impressionante. Não me admiro se houver quem visite Delft apenas para o ver.

Igreja Velha de Delft

Igreja Velha de Delft
Nave central da Igreja Velha de Delft

Em Delft é assim: a Igreja Nova parece velha e a Igreja Velha parece nova. Pelo menos foi essa a sensação com que fiquei depois de visitar ambas as igrejas. Sensação estranha, esta.

Na mais antiga, saltou-me à vista a torre visivelmente inclinada (ao que dizem, são já dois metros de inclinação); e também os magníficos vitrais que encontrei no seu interior. E é lá que Vermeer está sepultado. Vale sem dúvida a pena incluí-la no seu roteiro em Delft.

Passear junto aos canais

O que fazer em Delft: passear nos canais
Um dos inúmeros canais de Delft

Um passeio sem grandes planos, junto aos canais, é a minha próxima sugestão para fazer em Delft. No pouco tempo que tive disponível, fiz questão de caminhar junto a vários dos canais de Delft para melhor sentir a cidade. É a forma perfeita de o fazer. Ou de bicicleta, claro está. Tivesse eu uma companheira de duas rodas e ter-me-ia aventurado por canais mais afastados do centro. Fica a dica.

Centro Vermeer

O que fazer em Delft: visitar Centro Vermeer
Pormenor da exposição no Centro Vermeer

É certo que não se encontra qualquer quadro original de Vermeer no centro de interpretação dedicado ao autor em Delft, a sua cidade natal. Mas, ainda assim, não dei o meu tempo por mal empregue. Basta ajustar as expectativas e não pensar, erradamente, que obras como Rapariga com o brinco de pérola se encontram em exposição no Centro Vermeer (está, na verdade, no Museu Mauritshuis, em Haia). Mas dá, pelo menos, para perceber um pouco melhor a arte do pintor.

O centro não é muito grande e tem algumas réplicas das obras de Vermeer; mas aquilo de que mais gostei foi a zona do “atelier”, onde se explicam as técnicas de iluminação usadas pelo pintor holandês e o estudo da perspetiva.

Tudo somado, ainda bem que o Centro Vermeer fez parte do meu roteiro em Delft. Até porque a escassos metros ficava o meu café preferido da cidade.

Café Kek

Café Kek Delft
Café Kek, em Delft

Como quase sempre que visito cidades, também em Delft quis conhecer um café com boa onda, decoração arrojada e ambiente original. Gosto de espaços alternativos, pesquisei bastante e assim cheguei ao Kek. Recomendo vivamente, seja para um almoço ligeiro ou um café de qualidade.

Outro café muito interessante é o Postkantoor.

Museu Prinsenhof

O que fazer em Delft: visitar Museu Prinsenhof
Edifício do Museu Prinsenhof, em Delft

Dado o pouco tempo disponível para visitar Delft, tive de escolher entre subir à torre da Igreja Nova (para apreciar a cidade vista de cima) e visitar o Museum Prinsenhof. Como é óbvio, escolhi ficar na rua e subir à torre, pelo que acabei por não visitar o Prinsenhof. Ainda assim, estava na minha lista mental com o que fazer em Delft; e, por isso, merece a referência. Diz que vale a pena!

Cerâmica de Delft

Cerâmica de Delft
Um mural dedicado à cerâmica de Delft

Para além da pintura de Vermeer, Delft é mundialmente famosa pelos seus azulejos brancos pintados a azul; que foram, durante séculos, um dos mais icónicos produtos holandeses. Curiosamente, Portugal possui uma das maiores – se não mesmo a maior – coleções de azulejos de Delft do mundo. São cerca de 7.000 azulejos, todos diferentes, que podem ser observados in situ na Casa do Paço, na Figueira da Foz.

Infelizmente, não tive oportunidade de visitar uma das fábricas de produção de cerâmica e azulejos ainda existentes em Delft. Se de outros motivos precisasse para regressar a Delft, aqui estaria um bom pretexto.

Canais de Delft
O centro de Delft e os seus canais (vista da torre da Igreja Nova)

Veja também o roteiro de um dia em Haia e um post sobre o que fazer em Roterdão.

Dicas para visitar Delft

Como chegar a Delft

Viajei de Lisboa para o aeroporto de Roterdão-Haia com a Transavia (voo direto). O aeroporto serve naturalmente Roterdão e Haia mas, na verdade, fica mais perto de Delft. Do Porto, não há, de momento, voos diretos para Roterdão-Haia. Alternativamente, pode sempre voar para Amesterdão, cidade que fica sensivelmente a uma hora de comboio de Delft.

Pesquisar voos para Roterdão-Haia

Transportes

Bicicletas em Delft
A bicicleta é um excelente meio de transporte

Delft é uma cidade muito pequena, e o melhor é explorá-la a pé (ou de bicicleta). Não são necessários transportes públicos.

Onde dormir

Eu fiquei alojado no WestCord Hotel, seguramente um dos melhores hotéis de Delft. Para ser perfeito, faltaria ser um pouco mais central para explorar Delft sem necessitar de usar qualquer transporte.

Outras opções muito boas são o Hotel de Emauspoort e o Hotel de Koophandel (ambos de três estrelas); apartamentos como o Luxury Apartment Delft VI Royal View; ou ainda o mais económico Hostel Delft, para viajantes jovens de espírito. Para conhecer todos os hotéis de Delft utilize o link abaixo.

Pesquisar hotéis em Delft

Seguro de viagem

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Viajei para Delft, Haia e Roterdão a convite da Transavia, com apoio dos organismos de turismo locais.

Saiba mais sobre: Viagens Delft Europa Países Baixos

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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