Figueira da Foz, Portugal. Procura o que visitar na Figueira da Foz, na região Centro de Portugal? Pois bem, recentemente tive oportunidade de voltar a visitar a Figueira, muitos anos depois de ali ter passado umas férias de verão. Assim, das praias ao centro histórico e ao Bairro Novo, passando pelo Mercado Municipal e pelas rotas pedestres das salinas e dos arrozais – e, claro, pelas povoações de Buarcos a Quiaios! -, a verdade é que não falta o que fazer na Figueira da Foz. É uma cidade muito interessante!
Eis, pois, dicas para visitar a Figueira da Foz e onde comer bem numa escapadinha de fim de semana. Inclui referência às principais atrações turísticas da cidade e algumas sugestões de passeios nos arredores. Vamos a isso.
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O que fazer na Figueira da Foz
- 1.1 Visitar o Mercado Municipal
- 1.2 Fotografar o Pelourinho da Figueira da Foz
- 1.3 Visitar a Igreja Matriz de São Julião
- 1.4 Fotografar o Forte de Santa Catarina
- 1.5 Visitar Quiaios
- 1.6 Apreciar as vistas do miradouro da Bandeira (Serra da Boa Viagem)
- 1.7 Dar um mergulho na praia de Quiaios
- 1.8 Percorrer a pé a Rota das Salinas (PR6 FIG)
- 1.9 Espreitar a vila de Maiorca
- 1.10 Fazer a Rota dos Arrozais (PR1 FIG)
- 1.11 Banhos de sol na Praia da Claridade
- 1.12 Visitar Buarcos
- 1.13 Comer um gelado na Emanha
- 1.14 Outras coisas a fazer na Figueira da Foz (e arredores)
- 2 Mapa dos lugares a visitar na Figueira da Foz
- 3 Dicas para visitar a Figueira da Foz
O que fazer na Figueira da Foz
Venha daí conhecer este guia para visitar a Figueira da Foz, com muitas dicas sobre o que ver e fazer, as melhores praias, percursos pedestres e outras atrações a explorar na agradável cidade costeira do Centro de Portugal. Seja numa escapadinha de fim de semana ou numas férias de verão mais prolongadas.
Visitar o Mercado Municipal
É sabido que gosto de mercados, pelo que não poderia deixar de visitar o Mercado Municipal da Figueira da Foz.
Nas palavras da Câmara Municipal, o mercado “integra-se na ampla corrente da arquitetura do ferro que abrangeu todo o território nacional e internacional durante a segunda metade do século XIX”. Foi inaugurado em 1892 e dispõe de “um grande pátio central, coberto por uma estrutura em ferro construída segundo as mais modernas técnicas da época”.
Pela minha parte, e apesar de algumas bancas estarem fechadas quando visitei o mercado, o que mais me chamou a atenção foi uma banca de peixe. Pareceu-me de grande qualidade, tal como as que encontro no mercado da minha cidade, Matosinhos. Há também frutas e legumes, e outros artigos do comércio artesanal da região.
Em suma, e a não ser que queira comprar peixe, não me pareceu um local indispensável neste compêndio com o que visitar na Figueira da Foz. Mas, tendo tempo, passe por lá para conhecer.
Fotografar o Pelourinho da Figueira da Foz
Marco histórico da cidade, o Pelourinho da Figueira da Foz foi “levantado em 1782 sobre uma base de cinco degraus quadrados, na qual se eleva um pedestal bojudo e sobre este uma elegante coluna torcida, coroada por um capitel onde se encontram esculpidas, numa das faces em meio de ornamentos em conchas, as armas nacionais”. As palavras são de quem sabe mas, para o turista, vale pela referência histórica. O pelourinho fica no Largo Luís de Camões, no centro da Figueira da Foz.
Visitar a Igreja Matriz de São Julião
Não muito longe encontra-se a Igreja Matriz de São Julião, em cujo interior, de nave única, se destaca “uma capela lateral com um belo retábulo de pedra, da segunda metade do século XVI, proveniente do Convento de Seiça”.
Não creio que seja algo imprescindível para quem procura o que visitar na Figueira da Foz, mas fica a referência. Até porque, nas minhas viagens, acabo sempre por entrar num ou noutro templo religioso – seja uma igreja, uma mesquita ou um mosteiro. De referir também que o templo atual não corresponde à igreja primitiva, tratando-se, ao invés, de uma “reedificação datada do século XVIII”.
Fotografar o Forte de Santa Catarina
“O Forte de Santa Catarina, para além da defesa da barra do Mondego, propósito que esteve na base da sua construção no século XVII, em conjunto com a Fortaleza de Buarcos e o Fortim de Palheiros, foi peça fundamental no sistema defensivo do porto e baía da Figueira da Foz e Buarcos. Implantado sobre os Rochedos de Santa Catarina, apresenta um traçado triangular, com ângulos virados a norte, nascente e sul, com três cortinas, um meio baluarte e dois baluartes irregulares.”
in folheto oficial da Câmara Municipal da Figueira da Foz
Para o visitante, o Forte de Santa Catarina é sem dúvida um dos elementos arquitetónicos mais emblemáticos da cidade. Ao que consta, a entrada dá acesso a um pátio interior onde se situa uma pequena capela. Mas, infelizmente, não consegui visitar o forte durante a minha estadia na Figueira da Foz (estava encerrado). Fica no entanto a dica.
De acordo com a informação oficial, o Forte de Santa Catarina está aberto aos domingos, segundas, terças e quartas das 9:30 às 18:30; e às sextas e sábados das 9:30 às 22:00. Eu passei lá a uma segunda-feira de manhã e estava encerrado.
Visitar Quiaios
Antes de mais, convém referir a existência de dois aglomerados urbanos distintos que podem confundir o viajante. Quiaios, no interior; e a zona litoral da Murtinheira e Praia de Quiaios. Distam sensivelmente 4km um do outro, sendo que neste pequeno texto com o que visitar na Figueira da Foz refiro-me à vila de Quiaios.
Parei no povoado por mero acaso. Dirigia-me para a praia e, ao atravessar Quiaios, senti uma boa onda que não consigo explicar. Gostei imediatamente da vila. É agradável, bonita e bem cuidada; e parecia bastante viva, com gente local e veraneantes.
Assim, recomendo vivamente que, para além de visitar a Figueira da Foz e suas atrações, dê uma oportunidade à vila de Quiaios – um povoado que, dizem, “remonta ao período da fundação de Portugal”. Estou certo de que vai gostar de conhecer.
Apreciar as vistas do miradouro da Bandeira (Serra da Boa Viagem)
Estando na região mas não tendo tempo para fazer caminhadas na Serra da Boa Viagem, decidi pelo menos conhecer o chamado Miradouro da Bandeira.
A estrada para lá chegar não é boa. Foi, pois, com enorme surpresa que, ao chegar ao miradouro, vi abrir-se uma enorme clareira onde se encontra uma rotunda com vistas para a Serra da Boa Viagem, Quiaios, a costa e o azul do Oceano Atlântico até à linha do horizonte. É lindo!
Estavam lá um casal com binóculos à procura de uma casa específica, uma família com crianças e um ciclista. As vistas a partir do Miradouro da Bandeira estão, com toda a certeza, entre as melhores da Serra da Boa Viagem.
Dar um mergulho na praia de Quiaios
Não há dúvidas de que a Praia da Claridade é uma praia urbana enorme e emblemática no coração da Figueira da Foz. Mas há algo no areal da praia de Quiaios que me atrai particularmente. Talvez sejam as dunas; talvez seja a menor densidade de urbanização quando comparada com a praia da Figueira da Foz propriamente dita. Apesar do vento, gostei muito da Praia de Quiaios.
Ou seja, mesmo estando a dormir num hotel na Figueira da Foz, vale a pena ir fazer praia a Quiaios uma ou outra vez (desde que o vento não esteja insuportável). Ou, pelo menos, dar um passeio e almoçar nos bons restaurantes da localidade (como o restaurante Mar ou o Nautic-Azul). Fica a dica.
O mar na Praia de Quiaios pode ter ondulação bastante forte e por vezes é perigoso para banhos. Tenha cuidado.
Percorrer a pé a Rota das Salinas (PR6 FIG)
A Rota das Salinas da Figueira da Foz é um dos passeios mais fáceis e agradáveis do município. Com pouco mais de 4km de extensão e um percurso sem inclinações, é propício a toda a família. E tem a vantagem adicional de permitir tomar contacto com o que resta da cultura do sal.
Assim, e “apesar da perda de importância que a extração de sal sofreu na década de 70, o município da Figueira da Foz adquiriu e ativou a Salina do Corredor da Cobra”, onde se desenvolve parte da Rota dos Arrozais, “com o propósito de preservar o valor histórico e cultural deste legado”.
Ora, começando junto ao Núcleo Museológico do Sal, a parte mais interessante de todo o percurso é a parte inicial. O caminho faz-se serpenteando pelo meio das salinas, até que se chega ao posto de trabalho do marnoto João “Formiga”. Se tiver sorte, encontrá-lo-á a trabalhar nas salinas, podendo assistir ao processo e conversar com o senhor João. Para mim, foi o momento alto do passeio.
De referir a existência de inúmeras espécies de aves no ecossistema, sendo esse outro dos grandes atrativos do passeio – especialmente para os amantes da observação de aves. A terminar a Rota das Salinas, o percurso “segue até ao rio Pranto, último afluente do Mondego que nasce no vizinho distrito de Leiria, por esteios e talhões dos quais se podem avistar, entre outros aspetos de interesse, a cidade da Figueira da Foz, a ponte Edgar Cardoso (construída em 1982) e o Moinho das Doze Pedras (moinho de marés datado do séc. XVIII)”.
Para mais informações sobre a Rota das Salinas, veja o folheto oficial em pdf. No que toca à visita ao Núcleo Museológico do Sal, honestamente não creio que valha a viagem, exceto se combinada com o percurso pedestre acima descrito. O “museu”, com muitas aspas, vale apenas e só pelo filme sobre a produção do sal. É apenas a minha opinião, naturalmente.
Espreitar a vila de Maiorca
Não conhecia Maiorca. De todo. A povoação é muitas vezes citada em artigos de viagens por causa da chamada Lagoa de Maiorca; mas, honestamente, creio não ser esse o propósito mais indicado para visitar a zona. Isto porque a Lagoa de Maiorca é uma lagoa (provavelmente tóxica!) de uma antiga pedreira, cujo principal interesse é ser “instagramável” – como se diz nos dias de hoje -, ao passo que a povoação é realmente interessante. A começar pelo Paço de Maiorca, um edifício do século XVIII, antiga propriedade dos Viscondes de Maiorca.
No dia em que passei no Paço de Maiorca (domingo), o edifício estava encerrado. Mas, ao que consta, é possível visitar. A Câmara Municipal afiança que no seu interior se “destacam alguns belos tetos e nas diversas salas painéis temáticos, silhares de azulejos temáticos, figurativos e de padrão, de fabrico de Coimbra, do século XVIII e uma capela com retábulo do século XVI, de peculiar beleza, atribuído às oficinas de D. João de Ruão”. Terá de ficar para a próxima vez que visitar a Figueira da Foz!
Não fui visitar a Lagoa de Maiorca, pelo que não tenho dicas a respeito. Consta que a Mota-Engil pretende construir um complexo turístico no local.
Fazer a Rota dos Arrozais (PR1 FIG)
O Paço de Maiorca é precisamente o lugar sugerido para iniciar a chamada Rota dos Arrozais, um percurso pedestre pelas paisagens alagadas dos campos de arroz do vale do Mondego.
A Rota dos Arrozais constitui um percurso circular, com 13,2 km, inserido no projeto transversal “Rios e Zonas Húmidas” da CIM-RC, no qual se destacam as componentes agrícola e arqueológica, fortemente influenciadas pela existência do rio Mondego.
in folheto oficial da Rota dos Arrozais
Em termos patrimoniais, referência para a Ponte dos Arcos, o Castro de Santa Olaia e a Capela de Santa Olaia. Dito isto, e independentemente da importância histórica ou patrimonial, creio não mentir se disser que as mais-valias do percurso pedestre sugerido são os campos de arroz e as inúmeras espécies de aves que fazem do ecossistema sua casa e é possível avistar. Especialmente se fizer o passeio ao início do dia ou ao final da tarde. Fica a dica.
Para mais informações sobre a Rota dos Arrozais, veja o folheto oficial em pdf.
Banhos de sol na Praia da Claridade
Ex-libris da Figueira da Foz, o imenso areal da Praia da Claridade é um dos principais motivos da popularidade da cidade enquanto destino de veraneio.
Tenho para mim que o areal da Praia de Quiaios seria a minha escolha caso quisesse fazer umas férias de praia na Figueira da Foz. Mas, em todo o caso, fica a referência. Até porque – estou certo! – muita gente preferirá a Praia da Claridade.
Visitar Buarcos
No extremo sul da Figueira da Foz fica a Fortaleza de Buarcos, construída “com o objetivo de garantir a proteção da baía de Buarcos, zona de grande movimento naval e e alvo frequente dos ataques de corsários e piratas”.
Dentro da fortaleza, um labirinto de ruas estreitas espera o visitante. É um prazer deambular sem rumo pela Fortaleza de Buarcos, com a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, encontrará a Capela da Senhora da Conceição (estava fechada quando lá passei) e vários cafés e restaurantes para recuperar energias.
Para mim, Buarcos é um locais de visita obrigatória em qualquer viagem à Figueira da Foz.
Comer um gelado na Emanha
É impensável visitar a Figueira da Foz sem passar por uma das mais afamadas geladarias de Portugal. Chama-se Emanha e eu desde miúdo que me lembro de ouvir este nome – e de comer os seus gelados. Portanto, não se esqueça de provar os gelados da Emanha, em copo, cone ou tulipa. Não são baratos, mas são deliciosos. Uma instituição na Figueira da Foz.
Outras coisas a fazer na Figueira da Foz (e arredores)
Como é evidente, esta não é uma lista exaustiva com o que fazer na Figueira da Foz. Até porque, como disse, a região é muito mais do que extensos areais. Dito isto, além das atrações referenciadas no artigo (e no mapa), pode aproveitar para fazer um roteiro no Centro de Portugal focado no património UNESCO ou uma rota de turismo industrial. Vai gostar.
Eis alguma outras coisas que pode fazer na Figueira da Foz
- Visitar o Palácio Sotto Maior (estava encerrado quanto tentei conhecer).
- Arriscar a sorte no Casino da Figueira, de preferência com amigos.
- Fazer stand-up paddle no rio Mondego ou na praia do Cabedelinho, Figueira da foz.
- Conhecer a Lagoa da Vela, incluindo os passadiços e o observatório de avifauna.
- Ir até Montemor-o-Velho.
Mapa dos lugares a visitar na Figueira da Foz
No mapa acima, encontra a localização exata de todos os lugares referenciados no artigo. Como vê, não falta o que fazer na Figueira da Foz!
Dicas para visitar a Figueira da Foz
Como chegar
Não tendo viatura própria ou carro alugado, saiba que a Rede Expressos liga a Figueira da Foz às cidades de Lisboa e Porto. Há também ligações rápidas para Coimbra. Dito isto, para conhecer boa parte dos locais fora da cidade referenciados neste roteiro na Figueira da Foz ajuda muito ter transporte próprio.
Dito isto, a forma mais rápida de chegar à Figueira da Foz é, naturalmente, de carro. Conte com pelo menos duas horas de viagem a partir de Lisboa, ou uma hora e meia a partir do Porto. Caso necessite de alugar um carro em Portugal aos melhores preços, veja o link abaixo.
Onde ficar na Figueira da Foz
No que toca a alojamento, sugiro que veja o artigo sobre onde ficar na Figueira da Foz, em que explico com mais detalhes as minhas sugestões.
Em jeito de resumo, o mais popular hotel da Figueira da Foz é, seguramente, o Eurostars Oasis Plaza, de quatro estrelas. Fica em frente à praia, tem quartos espaçosos e instalações excelentes, e ainda um pequeno-almoço bastante bom. Outras opções incluem o mais económico Costa de Prata Hotel, um três estrelas instalado junto à Torre do Relógio, ou o extraordinário a Vila Branca Guesthouse, (afastado da praia).
Dito isto, felizmente há muitos e bons hotéis (e apartamentos) na Figueira da Foz, pelo que basta pesquisar no link abaixo para encontrar outras excelentes opções de hospedagem – em função do seu orçamento.
Pesquisar hotéis na Figueira da Foz
Restaurantes onde comer na Figueira da Foz
Não tive oportunidade de experimentar muitos restaurantes da Figueira da Foz mas, em todo o caso, deixo aqui algumas referências. Para peixe e marisco a bom preço, experimente um dos dois restaurantes Caçarola. Não deixe também de fazer uma refeição na típica Taverna Ti João. E, para um jantar mais cuidado, atente no restaurante Puro. Creio que vai gostar de todos eles!
No que toca às especialidades gastronómicas, e para além dos incontornáveis peixe e marisco, referência para as Papas de Moado típicas da região de Vila Verde, uma freguesia do município da Figueira da Foz. Trata-se de um doce confecionado com sangue de porco, açúcar, especiarias e frutos secos. Prove ainda as chamadas Brisas, outro doce regional da Figueira da Foz. E os gelados da Emanha, claro!
Onde sair à noite na Figueira da Foz
Com qualquer destino de verão que se preze, também a Figueira da Foz tem a sua dose de opções para quem gosta de sair à noite. Desde logo, a oportunidade de experimentar uma noite diferente no afamado Casino Figueira, localizado no chamado Bairro Novo. Alternativamente, indague sobre a programação do CAE – Centro de Artes e Espetáculos.
Festivais de música na Figueira da Foz
Se procura aliar praia com música, saiba que na Figueira da Foz existem pelo menos dois festivais de música na praia. Literalmente. São eles o RFM SOMNII e o BR Fest, este último dedicado à cultura brasileira, que ocorrem em pleno areal junto à Torre do Relógio. Na Praia de Quiaios há ainda o WoodRock Festival.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.