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Enoturismo: 5 destinos para assistir às vindimas no hemisfério Norte

Por Filipe Morato Gomes | Atualizado em 14 Out 2020 | Viagens Alemanha América do Norte Américas Califórnia Douro Estados Unidos da América Europa França Itália Mosela Portugal Toscana Enoturismo 4 Comentários

Vindimas no Douro
Vindimas no Douro

Embora a data de início das vindimas seja naturalmente variável em função das condições climatéricas e do grau de maturação das uvas (de região para região, de ano para ano), os meses de agosto, setembro e até outubro são, regra geral, as melhores apostas para quem pretende deslumbrar-se com as paisagens vinícolas em período de vindimas, deleitar-se com os inúmeros festivais que têm o vinho como tema ou, até, participar nas vindimas nos países do hemisfério Norte.

Com o mês de agosto a entrar na sua última semana, é pois chegada a altura de desfrutar da mágica época das vindimas em algumas das regiões vitivinícolas mais emblemáticas do mundo.

É o que eu faço sempre que visito o Douro. Nunca me canso de apreciar as cores outonais do Douro vinhateiro, os socalcos sobranceiros ao rio, o espetáculo que, ainda hoje, constitui a época das vindimas. A região do Douro é única. Mas não a única.

A pensar nos amantes do vinho e das vinhas, aqui ficam cinco paisagens vínicas excecionais para visitar nesta época do ano: o Vale do Loire (França), a Toscana (Itália), o Vale do Mosela (Alemanha), Sonoma County, na Califórnia (Estados Unidos da América) e, claro, a região do Douro (Portugal). A África do Sul, o Chile, a Austrália e a Nova Zelândia – no hemisfério Sul – ficam para mais tarde.

Vindimas no hemisfério Norte

Vale do Loire, França

Ando há muito para visitar o Vale do Loire e nem a rota da Ryanair entre o Porto e Tours me fez ainda conhecer uma região afamada pelos seus magníficos castelos, beleza natural e vinho de excelente qualidade. Especialmente brancos, de castas como Chenin blanc, Sauvignon blanc e Melon de Bourgogne.

Para os mais interessados pelas questões vinícolas, o Vale do Loire divide-se em sete regiões vínicas distintas: Pays Nantais, Anjou, Saumur, Touraine e Centre-Loire. Sim, a França é o maior produtor mundial de vinho mas tem muito mais que Bordéus e Champagne. O Vale do Loire, por exemplo, merece com toda a certeza uma visita – especialmente agora, com o aproximar da época das vindimas, que enche de vida as pequenas povoações do Loire.

Onde dormir no Vale do Loire

Toscana, Itália

De Montalcino a Montepulciano, passando por San Gimignano ou Siena, não deve haver aldeia, vila ou cidade toscana que se preze que não organize um festival do vinho nos meses de setembro ou outubro ou, pelo menos, que integre uma rota vinícola com inclinação turística. Provas de vinhos, música, muita alegria e a celebração do vinho e das vindimas fazem parte da rotina outonal um pouco por toda a região da Toscana.

É sabido que a Itália é um dos grandes produtores de vinho. É também um dos países mais visitados do mundo, e a Toscana desempenha um relevante papel nessa popularidade, muito por “culpa” da portentosa arquitetura renascentista da Toscana. Faltará, porventura, dar mais relevo às zonas rurais da região – e, para isso, dificilmente haverá melhor pretexto que o vinho, as vinhas e, claro, as vindimas.

Onde dormir na Toscana

Vale do Mosela, Alemanha

O Vale do Mosela é a região vinícola mais antiga e importante da Alemanha, e onde são produzidos alguns dos mais aclamados vinhos brancos da Europa. A casta Riesling é a rainha dos vinhos de Mosela, néctares que ganham distintíssimo relevo nos inúmeros festivais ligados ao vinho aprazados para o mês de setembro em pequenas localidades como Bernkastel-Kues, Traben-Trarbach and Winningen.

E, mesmo que as vindimas não sejam o ponto principal da visita, o Vale do Mosela é “dramaticamente cénico” – para utilizar as palavras do Turismo da Alemanha. Seja como for, a Rota dos Vinhos do Mosela é um excelente pretexto turístico para visitar uma Alemanha mais rústica e tradicional. Especialmente, claro, em época de vindimas.

Onde dormir no Vale do Mosela

Sonoma County, Califórnia

Os vinhos da Califórnia ganharam, por mérito próprio, o direito de serem referenciados nas grandes rotas do enoturismo mundial, nomeadamamente através do inevitável Vale de Napa.

Eu poderia sem grandes riscos sugerir o conceituado, sofisticado e muito concorrido Vale de Napa, mas consta que está a ficar cada vez mais caro e elitista, facto que me desagrada sobremaneira. Sonoma County, por seu turno, é uma alternativa igualmente bela, com paisagens que vão das águas frias do Pacífico até aos verdejantes vales vinhateiros, e com a vantagem de ser, digamos, uma região mais rústica, bucólica e democrática. Além de mais barata.

Sonoma County fica a norte de São Francisco e, dada a sua dimensão territorial, é importante focar-se numa região para evitar passar demasiado tempo a conduzir (sim, apesar das paisagens serem belíssimas, há atividades mais interessantes para fazer em Sonoma: provar vinhos, por exemplo). Até porque, segundo a Sonoma County Vintners, as castas cultivadas em Sonoma County estão confinadas a cada sub-região produtora – por exemplo, as mais frias Carneros e Russian River Valley são conhecidas pelos seus vinhos Chardonnay e Pinot, as quentes Dry Creek Valley e Rockpile produzem excelentes Zinfandel e no Alexander Valley sobressaem os Cabernet Sauvignon e os Merlot.

Qualquer que seja a sub-região de Sonoma escolhida, a solução é desfrutar. Hic!

Onde dormir em Sonoma County

Douro, Portugal

Sou apaixonado pela região do Douro e tenho até relações familiares com os homens e mulheres que construíram os socalcos que a UNESCO classificou como Património Mundial (quer dizer, a família da minha mulher é de lá).

Mas, parcialidade à parte, não poderia deixar de incluir o Douro vinhateiro nesta lista de destinos a visitar no outono, pela simples razão de que é efetivamente uma das melhores épocas do ano para subir o Douro de barco, fazer a viagem de comboio pela linha do Douro ou, simplesmente, percorrer as estradas secundárias da região e deslumbrar-se com a vista após cada curva de rio.

Poderia sugerir o Alentejo ou até as vinhas do Pico mas, se há região portuguesa que merece ser visitada em época de vindimas, essa região é o Douro vinhateiro.

Leia também  sobre as vindimas no Douro.

Onde dormir no Douro

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Comentários

  1. Marta Chan

    A zona de foz coa e simplesmente deslumbrante!

    Responder
  2. Paulo Santos

    Há uma zona na Suiça que também merece uma visita.
    Chama-se Lavaux, fica encostada ao lago Léman e é Património Mundial da UNESCO.

    Alguma info:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Lavaux
    http://www.lavaux.ch

    Responder
    • Filipe Morato Gomes

      É verdade, Paulo, obrigado pela referência. Estas são apenas uma pequena seleção para quem gosta de paisagens com vinhas e vindimas, mas poderia ter falado de muitas mais zonas vinícolas, como Lavaux e outras. Grande abraço e boas viagens.

      Responder
  3. João Raminhos Tomé

    http://www.wine-searcher.com/regions-kakheti

    Esquece-se com frequência, que a zona com traços mais antigos de produção de vinho no mundo é no Caucasus, mais precisamente na Georgia. A região de Kakheti merece uma visita pois é deslumbrante não só em paisagens mas também por conter vastas e bem recheadas adegas! …a não perder a casta Separavi para os amantes de vinho tinto!….Já lá estive duas vezes e irei voltar!

    Responder

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O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP – Associação de Bloggers de Viagem Portugueses. Tenho, atualmente, 49 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Alma de Viajante é um blog de viagens sob o mote “Viajar. Partilhar. Inspirar.”, onde partilho de forma pessoal e intimista as minhas viagens pelo mundo. O objetivo é “descomplicar” e inspirar mais gente a viajar como forma de enriquecimento pessoal. Há também guias, roteiros e dicas para o ajudar a viajar. Note que sou um blogger de viagens, não um operador turístico. Saiba mais sobre o Alma de Viajante.

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