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Gruta Kuza (Jambiani), nadar numa das grutas sagradas de Zanzibar

Por Filipe Morato Gomes | Viagens África Tanzânia Zanzibar
Atualizado em 30.05.2022 | Tempo de leitura: 5 minutos

Gruta Kuza, Jambiani
Tomar banho na gruta Kuza é um dos grandes prazeres de Jambiani (para além da praia)

Antes de partir para Zanzibar, uma amiga recomendou que fosse conhecer a pousada Savera Beach Houses, propriedade de um casal luso-indiano a viver em Jambiani. Foi lá que Sávio, a metade indiana do casal, sugeriu que fosse visitar a gruta Kuza, uma das várias grutas sagradas de Zanzibar.

Nunca tinha ouvido falar na gruta mas, depois de perceber do que se tratava, decidi logo ali que tinha de conhecer Kuza. Ainda para mais quando soube que a gruta ficava praticamente do outro lado da estrada, por assim dizer, em relação à pousada Mango Beach House, onde estava hospedado em Jambiani.

E assim, depois de explorar a praia de Jambiani e de caminhar até à praia de Paje, chegou a altura de explorar a gruta Kuza.

A minha visita à gruta Kuza

Acesso à gruta Kuza
A caminho da gruta Kuza, em Jambiani

A partir da minha pequena pousada, cruzei a aldeia de Jambiani até à estrada principal. Do outro lado da estrada, mesmo em frente ao local onde desemboquei, uma placa indicava: “Kuza cave“. Bastou atravessar a estrada e seguir por um caminho de terra batida até encontrar o Kuza Cave Culture Centre.

Trata-se de um espaço simples mas muito agradável, onde é preciso pagar o valor aparentemente exagerado de 10USD para visitar a gruta Kuza. O motivo é simples: o dinheiro é uma forma de contribuir para a manutenção da Kibigija Nursery School, e permitir que as cerca de 100 crianças que frequentam a escola tenham um pequeno-almoço condigno todos os dias.

Gruta Kuza
Curta caminhada na floresta até à gruta

Feitas as introduções ao projeto, não demorámos muito para seguir em direção à gruta, onde tomámos banho demoradamente na água fresca e cristalina de Kuza. Manda a verdade dizer que o snorkelling não é espetacular (não há peixes nem nada); mas, ainda assim, é uma experiência muito agradável estar ali.

Assim que regressámos ao centro de acolhimento e pedimos o prato disponível para almoço (frango com massala), uma chuva diluviana caiu sobre Jambiani. O vento era forte e o ambiente ficou frio; ao ponto de Natalie Denmeade, uma antropóloga australiana mentora do projeto, ter ido buscar mantas para aquecer os presentes. E ali ficámos, esperando, esperando, até percebermos que o chef, muçulmano, tinha ido rezar porque era sexta-feira.

Snorkeling na gruta Kuza
Snorkelling na gruta Kuza

Assim que as condições atmosféricas acalmaram, estivemos à conversa com a anfitriã. Foi quando fiquei a saber que Kuza quer dizer “dar à luz”.

Enigmas à parte, certo é que a gruta é um lugar sagrado para as populações locais, que ainda hoje entregam potes de cerâmica, recheados com oferendas, usados para pedirem desejos ou ajuda aos deuses. Uma curiosidade interessante tendo em conta que os habitantes de Zanzibar são, hoje em dia, maioritariamente muçulmanos.

Já lá foram também encontrados ossos de pessoas e crê-se que a gruta era usada para rituais religiosos, para além de, ao que se crê, ter alguma relação com o ato de dar à luz. Natalie está a tentar documentar tudo o que encontra, para nos ajudar a perceber melhor a história da gruta Kuza.

Restaurante Kuza
Ponto de apoio para as visitas à gruta, com possibilidade de almoçar

Tudo somado, ainda bem que Sávio me falou de Kuza. Apesar da chuvada, a visita valeu bem a pena!

Guia prático

Como organizar a visita à gruta Kuza

Estando em Jambiani, não há muito que enganar para chegar à gruta Kuza. O acesso ao Centro Cultural faz-se entrando numa pequena estrada de terra a partir da estrada principal Paje – Jambiani. Há placas a indicar a gruta. Caso fique hospedado na Mango Beach House (foi a minha escolha), é literalmente do outro lado da estrada.

Como referido, a visita à gruta Kuza custa 10USD (ou 20.000TZS) por pessoa. Caso queira almoçar, o preço está fixado em 15.000TZS. É mais uma forma de ajudar a comunidade. Por último, saiba que todas as terças-feiras à noite há um jantar buffet, com música e danças tradicionais, aberto aos visitantes; custa 25.000TZS por pessoa (incluindo a visita à gruta). Caso queira trabalhar como voluntário no Kuza Cave Culture Centre, também é possível. Para mais informações visite www.kuzacave.com.

Onde ficar

Antes de mais, convém saber que Jambiani não se refere a uma povoação em concreto mas sim a um conjunto de pequenas aldeias adjacentes umas às outras ao longo da costa. Resultado? Antes de partir é muito difícil perceber onde é melhor ficar em Jambiani.

Pela minha experiência, no entanto, a localização exata pouca diferença faz. Como referido, fiquei hospedado na Mango Beach House e recomendo vivamente (caso viaje a dois). Trata-se de uma pequena pousada com apenas três quartos e é incrivelmente tranquila. Caso prefira o conforto de ouvir português, Verá Sá é uma portuguesa a viver em Jambiani desde o início de 2019; junto com o seu marido Sávio, gere o excelente Savera Beach Houses.

Alternativamente, considere o simples mas acolhedor Garden Beach Bungalows; o muito popular Mbuyuni Beach Village; ou o bem decorado Zanzistar Lodge – todos excelentes hotéis em Jambiani para estilos diversos. Caso pretenda mais algum luxo, o Fun Beach Resort é uma escolha muito elogiada (tem uma piscina fantástica). Para outras opções de alojamento em Jambiani, utilize o link abaixo.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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