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Lisboa fora da caixa (5 atividades sem turistas para fazer em Lisboa)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Europa Lisboa Portugal
Atualizado em 26.12.2022 | Tempo de leitura: 7 minutos

Galeria Subterrânea do Loreto, em Lisboa
Galeria Subterrânea do Loreto, em Lisboa

No rescaldo de um fim de semana prolongado passado fora de casa mas em Portugal, dedico o post de hoje à fantástica cidade de Lisboa.

Não haverá guia ou site de viagens que não tenha já tentado responder à pergunta o que fazer em Lisboa em 3 dias (ou 1, ou 2, ou 5). Não vou, por isso, repetir as óbvias sugestões do Mosteiro dos Jerónimos, dos pastéis de Belém, da Torre de Belém, do Castelo de São Jorge e da Sé Catedral, dos bairros de Alfama e Bairro Alto, das ruas pedonais da Baixa/Chiado, dos miradouros da Graça, São Pedro de Alcântara, Portas do Sol e Senhora do Monte e demais atrações turísticas que trazem fama mundial ao destino Lisboa.

O meu objetivo é outro.

Tenho ido cada vez mais vezes a Lisboa e tenho tido oportunidade de conhecer um pouco melhor a capital portuguesa, aos poucos. E a verdade é que, como já aqui escrevi, quanto melhor conheço Lisboa mais gosto da cidade. Da Lisboa que se esconde atrás das paixões assolapadas e dos amores à primeira vista. Uma Lisboa alternativa, por assim dizer, igualmente bela mas mais recatada. Sem turistas.

Este não é, pois, um normal roteiro de viagem em Lisboa; é, ao invés, uma sugestão sobre o que fazer em Lisboa depois de percorridas as tais atrações turísticas “obrigatórias”. Eis então 5 atividades “fora da caixa” na cidade de Lisboa para quem viaja devagar, com tempo, ou quem prefere conhecer uma Lisboa off the beaten track (sempre desconfiei deste jargão do turismo, mas não resisti).

O que fazer em Lisboa (5 atividades sem turistas)

1. Visitar o Reservatório da Patriarcal e a Galeria Subterrânea do Loreto

Numa das últimas vezes que estive em Lisboa, em reportagem para a Hotelandia, certa manhã pretendia sair rapidamente do hotel onde me encontrava para descer até às catacumbas de Lisboa. Acabei por ficar “retido” na receção numa agradável conversa com o proprietário e, quando cheguei ao jardim do Príncipe Real, o horário da visita guiada pela Galeria Subterrânea do Loreto já tinha passado. Limitei-me, por isso, a visitar o surpreendente Reservatório da Patriarcal, uma mãe d’água localizada debaixo do jardim do Príncipe Real e que está integrada no Museu da Água de Lisboa. Ainda assim valeu muito a pena.

Numa das próximas vezes que visitar Lisboa, seguramente aproveitarei para conhecer também a adjacente Galeria Subterrânea do Loreto. E é isso mesmo o meu desafio nesta sugestão “fora da caixa”: visite não só o Reservatório da Patriacal como também a Galeria Subterrânea do Loreto. Vale muito a pena e (praticamente) não tem turistas.

Informações práticas
Onde fica: Jardim do Príncipe Real (a entrada é no centro do jardim).
Horário: Reservatório do Patriarcal, de terça a sábado, das 10:00 às 17:30. A visita à Galeria Subterrânea do Loreto é obrigatoriamente guiada e tem a duração de aproximadamente 2 horas, com início às 11:00 e 15:00 (quarta e sábado), ou 13:00 (sexta).
Preço: Reservatório: 1€; Galeria Subterrânea: 2€.

2. Jardim da Tapada das Necessidades

Tido como um dos mais bonitos jardins de Lisboa – embora a precisar de alguns cuidados de preservação -, a Tapada das Necessidades permanece um dos tesouros escondidos da cidade de Lisboa. Porventura devido à sua localização entre Alcântara e a Lapa, o jardim encontra-se completamente arredado dos circuitos turísticos alfacinhas. Mas é um verdadeiro oásis de tranquilidade no bulício da capital portuguesa.

Mandado construir por D. João V, o jardim da Tapada das Necessidades preserva uma riqueza histórica e ambiental dignas de serem conhecidas por quem visita Lisboa.

Informações práticas
Onde fica: Largo das Necessidades (entre Alcântara e a Lapa).
Horário de verão: 8:00 – 19:00 de segunda a sexta-feira; a partir das 10:00 ao fim de semana.
Preço: Grátis.

3. Percorrer o Aqueduto das Águas Livres

“Não é comum a visita que o Aqueduto das Águas Livres proporciona: dois passeios pedonais permitem percorrê-lo nesta travessia sobre o Vale de Alcântara, o seu troço mais visível e imponente, erguendo-se no topo de 21 arcos de volta perfeita e 14 arcos centrais em ogiva, uma opção para vencer a altura deste troço (no total, o aqueduto conta com 127 arcos). Do lado Norte, por onde entramos, olha-se o que Pedro Inácio chama de “Lisboa rejuvenescida” – Campolide e Benfica, prédios antigos e outros a reluzir de novo; do lado Sul, Alcântara, Monsanto, uma nesga da ponte 25 de Abril e até o Cristo-Rei além Tejo: para nascente estão as Amoreiras. Nós seguimos para poente em modo contranatura – em direção a Monsanto, a montante”.

As palavras são da jornalista Andreia Marques Pereira, do jornal Público, a propósito do seu primeiro passeio pelo Aqueduto das Águas Livres após a reabertura. Não poderia estar mais de acordo. Passear pelo Aqueduto das Águas Livres, no troço sobre o Vale de Alcântara que une Campolide a Monsanto, é “um passeio pela história com vistas ecléticas de Lisboa”, resume.

Quando o Aqueduto das Águas Livres foi reaberto, a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) desafiou turistas e lisboetas para começarem a “olhar de cima para baixo”. É isso mesmo que lhe proponho – que veja Lisboa de outra perspetiva e inclua um passeio pelo Aqueduto das Águas Livres na sua próxima passagem por Lisboa.

Informações práticas
Onde fica: Calçada da Quintinha, 6 (a Campolide).
Horário:  aberto de terça-feira a sábado, entre as 10:00 e as 17:30.
Preço: 2 € – adulto; 1€ – seniores e estudantes; Gratuito para crianças até aos 12 anos.

4. Conhecer a Villa Bertha

Situada numa rua perpendicular à Rua do Sol à Graça, nas proximidades do Largo da Graça, a Villa Bertha é um recanto imperdível de Lisboa. Na verdade, no trabalho de campo dos meus workshops de Escrita de Viagens faço questão de levar os participantes à Villa Bertha. E fico sempre surpreendido com a quantidade de lisboetas que desconhece esta preciosidade arquitetónica.

A Villa Bertha é bem mais que uma rua. É um oásis de paz e elegância num dos históricos bairros de Lisboa. Eu não me canso de apreciar a arquitetura da villa, seus azulejos e terraços altaneiros; de conversar com a população envelhecida que por lá habita enquanto as suas casas não são transformadas em apartamentos para arrendar.

E é isso mesmo que o desafio a fazer numa próxima viagem a Lisboa: deixe-se perder na Graça e visite a Villa Bertha (se gosta de vilas operárias, tem nas proximidades o Bairro Estrela d’Ouro e também a Villa Sousa, embora esta seja, na minha opinião, bem menos interessante que a Villa Bertha). Não tem desculpa: mesmo que não queira ir à Graça propositadamente, passe na Villa Bertha depois de cirandar pela já conhecida Feira da Ladra.

Informações práticas
Onde fica: Perto do Largo da Graça, numa perpendicular à Rua do Sol à Graça.
Horário: espaço público, sempre aberto.
Preço: entrada livre.

5. Ouvir fado vadio na Tasca do Jaime

Ouvir fado é uma experiência ímpar, e alguns bairros de Lisboa – como Alfama – têm merecida fama de apresentar espetáculos de fado de grande qualidade. O problema é que muitos dos restaurantes tornaram-se indústrias de fazer dinheiro, mais interessados no lucro do que no cliente.

Sem querer julgar as mais famosas casas de fado de Alfama e do Bairro Alto, sugiro um fim de tarde passado na singela Tasca do Jaime, no Bairro da Graça, a ouvir fado vadio. Os preços em dia de fado são bem menos simpáticos que nos dias de semana. Mas pelo menos tem a garantia de lá encontrar a cantar ou o filho do senhor Jaime ou os mesmos velhotes e velhotas que frequentam a casa de pasto há décadas a fio.

Deixo apenas uma sugestão, a bem da sua carteira. Não se sente nas mesas (reservadas para quem pede comida) e mantenha-se ao balcão, provando os deliciosos pastéis de bacalhau que Laura, mulher de Jaime, prepara.

Informações práticas
Onde fica: Rua da Graça 91.
Horário: fado vadio aos sábados, domingos e feriados, sensivelmente das 17:00 às 20:00.
Preço: entrada livre (paga o que consumir).

Mapa: o que fazer em Lisboa (fora da caixa)

Para além destas ideias menos óbvias para descobrir um outro lado de Lisboa, não faltam outras sugestões de coisas para fazer em Lisboa mais tradicionais, incluindo passeios a pé, de tuk tuk ou barco e, claro, as visitas aos monumentos da frente ribeirinha ligados aos Descobrimentos e as excursões à belíssima cidade de Sintra.

Seja quais forem as suas opções, dedique pelo menos 3 dias – idealmente 4 ou 5 – para visitar Lisboa. Porque, das atrações mais turísticas às visitas “fora da caixa”, a verdade é que não falta o que fazer em Lisboa.

Veja também onde ficar em Lisboa. Conhece bem Lisboa e tem outras sugestões “fora da caixa”? Partilhe-as na caixa de comentários para que todos possam beneficiar das suas dicas.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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