
Cidade-berço de Josef Stalin (ou Estaline, como normalmente é referido em português), Gori entrou no mapa turístico da Geórgia por causa de uma atração muito específica: o Museu de Josef Stalin, inteiramente dedicado ao líder soviético.
À partida, pode parecer estranho que as autoridades da Geórgia mantenham em Gori – no coração da cidade! – um museu aberto em homenagem ao ditador soviético. Mesmo tratando-se de um filho da terra. Note que o museu foi inaugurado em 1957, numa altura em que a então República Socialista Soviética da Geórgia fazia parte da União Soviética.
Aparentemente, a explicação é simples: será uma forma educativa de mostrar como o culto de personalidade era usado para apresentar os líderes soviéticos à população.
Atualmente, a visita ao complexo museológico divide-se em três partes: o museu propriamente dito (a parte mais relevante do complexo), a casa onde Stalin nasceu e uma carruagem usada como transporte ferroviário. Vamos a isso.
Áreas do Museu de Josef Stalin
1. Edifício principal
Instalado num palacete imponente de arquitetura soviética, o Museu de Josef Stalin propriamente dito retrata não apenas a história do socialismo mas, principalmente, a vida do líder socialista, natural de Gori. É uma espécie de memorial (ou de homenagem) ao filho da terra.
O espólio encontra-se organizado mais ou menos por ordem cronológica, e dividido pela meia dúzia de salões de grandes dimensões que compõem o museu.
Infelizmente, e apesar do interior do museu ser interessante, o facto de quase não haver legendas ou informações em inglês em muito dificulta a análise e compreensão dos objetos expostos (documentos, artigos de jornais, presentes alegadamente recebidos, fotografias, propaganda, mobiliário e peças de arte, entre outros). É, por isso, absolutamente fundamental visitar o museu com um guia.
2. A Casa de Stalin
Entre os principais atrativos do complexo museológico conta-se ainda a cabana de madeira onde o líder socialista nasceu, e onde terá vivido os seus primeiros anos de vida.
Ao que consta, havia uma linha de moradias iguais àquela, mas terão sido todas demolidas (à exceção da casa de Stalin, a única construção sobrevivente).
3. A Carruagem de Stalin
Mais estranha mas igualmente curiosa é a chamada Carruagem de Stalin. Trata-se de uma carruagem blindada utilizada desde 1941 para transportar Estaline por via ferroviária. Quando saí do museu principal encontrei a carruagem fechada, pelo que não tive oportunidade de a visitar.
Guia prático
Como chegar
Há duas maneiras preferenciais para visitar Gori, de forma independente, a partir de Tbilisi: comboio ou marshrutka. Optando pela marshrutka, basta dirigir-se à estação de autocarros Didube, em Tbilisi, e indagar no local pelas carrinhas com destino a Gori.
Para quem se dirige de Tbilisi para Kutaisi de comboio e não tem muito tempo, saiba que dá para fazer Tbilisi – Gori de manhã, visitar o Museu de Stalin e, mais tarde, apanhar novo comboio com destino a Kutaisi.
Nota sobre Uplistsikhe: a cidade escavada de Uplistsikhe não fica muito longe de Gori, e muita gente combina as duas atrações no mesmo dia. No que toca a cidades rupestres da Geórgia, eu acabei por visitar apenas o Mosteiro de Vardzia, pelo que não tenho grandes informações para partilhar sobre Uplistsikhe.
Visitas guiadas
Como disse, praticamente não há legendas em inglês no interior do museu. Felizmente, o custo do ingresso inclui uma visita guiada (teoricamente em inglês). Caso tenha interesse, pergunte na bilheteira. Note que pode ter de esperar alguns minutos até que se forme um grupo mínimo de turistas interessados.
Onde ficar
Eu não fiquei hospedado em Gori, mas a verdade é que a cidade oferece opções de alojamento barato e de qualidade. Entre elas, recomendo o Hotel Continental, a Guesthouse Levani, a Gogi Dvalishvili Wine Cellar e a Guesthouse MK. Ficará bem hospedado em qualquer um deles.
Ao invés, caso prefira ficar baseado na capital e ir e voltar no mesmo dia, veja o post sobre onde ficar em Tbilisi. Nesse artigo falo dos melhores bairros e hotéis da cidade, e será com toda a certeza muito útil.
Para encontrar todas as opções de hospedagem em Gori use o link abaixo.
Seguro de viagem
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Essa frase “Falta de Liberdade” e “Ditador” continua a ser uma mentalização, impingida ao longo de décadas, pelos políticos e Media dos EUA. Do outro lado, é óbvio que a Arte era orientada no sentido do Realismo Socialista e aos temas da luta social!
É curiosos que nada se fala do que aconteceu na época nos EUA. O Director do Moma era da CIA e bons pintores como Eduard Hopper foram postos de parte, para PROMOVER uma pintura/Arte americana, para fazer frente à Soviética. Assim foram criadas aberrações na ARTE, como J.Pollock, bem como o Whitney Museum of American Art (CIA), etc, em que qualquer porcaria servia, para PROMOVER a “arte” AMERICANA!
Quanto ao “Ditador”, há os Ditadores Fascistas, diferentes dos Socialistas-
Quem adora viajar (como eu, que já visitei 84 países), gosta de saber a verdade HISTÓRICA e não a Manipulada, politicamente! Um Abraço.
O sr. António Fernandes Lourenço que já visitou 84 países devia ter mais respeito pelas vítimas do maior criminoso do século XX a seguir a Hitler.
Eis a lista dos factos históricos (crimes):
– 1,5 milhões de pessoas foram fuziladas
– 3 milhões morreram nos campos de concentração da Sibéria
– 1,7 milhões foram deportados
– 1 milhão de fuzilamentos nos países ocupados
O tribunal de Nuremberg depois de julgar os criminosos nazis devia ter julgado Estaline e os principais criminosos pelo regime estalinista. Se o sr. António Fernandes Lourenço continua a pensar o que escreveu não vale a pena visitar mais nenhum país porque o sr. revela uma grande dificuldade em aprender.