Destino: Europa » Alemanha » Colónia

A origem da água de colónia no Museu do Perfume da Casa Farina

Por Filipe Morato Gomes
O que fazer em Colónia: visitar o Museu Farina
Frascos antigos de água de colónia, em exposição no Museu do Perfume da família Farina

Estive quase para não visitar o Museu do Perfume, também conhecido por Museu Farina, durante a minha curta passagem por Colónia. Inicialmente, não pensei que pudesse ter assim tanto interesse; mas acabei por decidir ir e, no fim de contas, valeu a pena.

Visitar o Museu do Perfume na Casa Farina

O museu está instalado na chamada Casa Farina, tida como “a mais antiga casa de perfumes do mundo”. A sua visita permite conhecer a história da Eau de Cologne, a fragrância original criada por Giovanni Maria Farina, um italiano que se instalou em Colónia no início do século XVIII.

Visitar o Museu Farina, Colónia
Sala inicial da visita, a chamada Bel Étage

Cheguei à Casa Farina um pouco antes da hora marcada para a visita com guia em Português. Éramos 15 pessoas, entre brasileiros e portugueses. A visita ao Museu do Perfume começou com a subida ao primeiro andar, conhecido por Bel Étage; um espaço recheado de quadros, móveis antigos e frascos de perfume. É aparentemente a sala onde Giovanni Farina recebia os seus convidados.

Dadas as primeiras explicações sobre a água de colónia criada por Farina, entrámos verdadeiramente no museu.

Museu do Perfume de Colónia
O escritório de Giovanni Farina, no interior do Museu do Perfume de Colónia

Passámos depois pelo escritório, onde ainda se encontra a escrivaninha original usada pelo perfumista. Porventura mais emocionante, havia vitrinas com inúmeros frascos de vidro, lindos e antiquíssimos, onde outrora a água de colónia era vendida.

Depois de algumas informações sobre a cópia de que a água de colónia foi alvo (“à época não havia direitos de autor”, explicou Cristiana, a guia de origem brasileira que conduziu a visita), prosseguimos para a chamada sala de essências.

Museu do Perfume Colónia
Sala de essências da Casa Farina

Giovanni Farina terá escrito que tinha criado uma fragrância que fazia lembrar “uma manhã de primavera em Itália, logo após a chuva”. Pode ser. O cheiro é uma mistura fresca e juvenil, com alguns toques florais – diz-me o olfato; e a sua terra natal terá sido a inspiração para criar a sua Eau de Cologne.

Tal como já me havia acontecido na sala de aromas do Wine Centre de Napier, na Nova Zelândia – ou, mais recentemente, numa visita doméstica à Galeria da Biodiversidade, no Porto -, o meu olfato foi posto à prova. Cristiana pediu para que os presentes tentassem identificar quatro ou cinco odores “guardados” em frascos; tarefa que se revelou dificílima.

A ideia não era identificar o odor à “manhã de primavera em Itália, logo após a chuva” descrito por Farina; era mais um exercício lúdico, e uma forma divertida de concluir o tour ao museu. O cheiro a rosas foi o único que todo o grupo identificou; o cheiro a frutas, como a maçã, já foi menos óbvio; e outros cheiros houve que ninguém acertou.

Água de Colónia na loja da Casa Farina
A água de colónia original, à venda na loja da Casa Farina

Antes de sairmos da sala de essências, Cristiana deu café a cheirar aos presentes, com a explicação de que anularia os odores anteriores para “evitar dores de cabeça”. Pouco depois, era hora de terminar a visita ao Museu do Perfume e voltar à loja da Casa Farina, ponto final na visita guiada pelas origens da água de colónia.

Guia prático

Como visitar o Museu do Perfume

A única forma de visitar o museu é acompanhado por um guia, em horários pré-determinados que pode consultar no site oficial da Casa Farina. A maioria das visitas guiadas tem explicações em alemão; mas há também visitas em línguas como o inglês, italiano, espanhol e português.

A entrada custa 5€ por pessoa, e a visita dura sensivelmente uma hora; é recomendável reservar online com antecedência.

Como chegar a Colónia

Eu voei de Lisboa para Colónia com a TAP, com o objetivo de produzir conteúdos sobre destinos servidos pela companhia aérea portuguesa. O voo dura sensivelmente três horas.

Para ir do aeroporto internacional Colónia-Bona até ao centro da cidade, a forma mais prática e rápida é apanhar um comboio com destino à estação central de Colónia, junto à catedral; a viagem dura pouco mais que 15 minutos e custa 2.80€.

Onde ficar

Eu fiquei alojado no Lindner City Plaza, um hotel de quatro estrelas de grandes dimensões, muito bem localizado nas proximidades do Belgian Quarter e com excelente relação qualidade/preço.

Alternativamente, recomendo que espreite os muito elogiados Excelsior Hotel Ernst am Dom (cinco estrelas) e CityClass Hotel Residence am Dom (quatro estrelas), ambos junto à Catedral de Colónia; o Stern am Rathaus (três estrelas); o 1st Floor Köln 2, um hotel fantástico mas mais afastado do centro; ou, por fim, o mais barato Sandmanns am Dom.

Se prefere o ambiente sociável de um hostel, vai ser difícil encontrar melhor que o Hostel die Wohngemeinschaft. Absolutamente maravilhoso (e mais barato)!

Para outras alternativas use o link abaixo, onde encontrará hotéis para todos os gostos e orçamentos.

Pesquisar hotéis em Colónia

Seguro de viagem

A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.

Fazer seguro na IATI (com 5% de desconto)

Filipe Morato Gomes
Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.

Deixe um comentário