Na costa oeste da ilha Sul da Nova Zelândia, não tem como ficar indiferente à beleza natural com que a região foi abençoada. Do superlativo glaciar Fox ao silêncio azulado do gelo de Franz Josef, passando por uma incursão ao espelhado Lago Matheson, esta é uma viagem pelos emblemáticos glaciares do Parque Nacional Westland. Um exclusivo para amantes de actividades ao ar livre.
Rota dos glaciares neozelandeses
Não deve haver muitos países onde os cenários naturais sejam tão belos e as pessoas dêem tanto valor ao meio que as envolve como na Nova Zelândia. Pudera! Com tamanha exuberância natural à porta de casa, com lagos e rios e montanhas totalmente afinados numa orquestra filarmónica em tons de verde, azul e branco, os neozelandeses limitam-se a dela desfrutar, preservando-a. Com toda a naturalidade.
Sejam caminhadas alpinas e florestais, trilhos de BTT, esqui ou snowboard, descidas de caiaque ou rafting e todo o tipo de desportos de aventura praticados ao ar livre – em terra, no ar ou na água -, de tudo um pouco o viajante pode experimentar na Nova Zelândia. Especialmente na ilha Sul que, verdade seja dita, deixa a sua vizinha do norte a milhas de distância em termos de beleza natural.
Por isso mesmo, escolhi Christchurch em vez de Auckland para aterrar no país, aluguei uma autocaravana e parti imediatamente à descoberta da ilha Sul, pontilhada por fiordes como o Milford Sound e o Doubtfull Sound, parques naturais como o Abel Tasman e o Arthur Pass, montanhas como o Tongariro e o Cook, lagos como o Tekapo e o Wakatipu e, claro está, os inigualáveis glaciares Fox e Franz Josef.
Era neles que depositava as maiores esperanças da minha passagem pela Nova Zelândia e, descontando a frustração de não poder aproximar-me da cabeça do glaciar Fox (já lá vamos), nem por um minuto me desiludi. Sejam, pois, bem-vindos nesta rota de viagem pelo Parque Nacional Westland Tai Poutini, abrigo natural dos glaciares neozelandeses.
Caminhadas em Fox Glacier e Lago Matheson
É apenas uma pequena aldeia com duas dúzias de casas, vários hotéis, motéis e bed & breakfast, uma bomba de gasolina, uma loja de conveniência e um punhado de empresas que organizam passeios de helicóptero sobre os dois glaciares das proximidades e, no entanto, a aldeia de Fox Glacier tem um charme indescritível.
Deve ser da localização, em pleno Parque Nacional Westland Tai Poutini: um vale verdejante, com lagos e ribeiros e arvoredo e pastagens, rodeado das mais altas montanhas da Nova Zelândia, nevadas, que causam aquela sensação tipo nem-sei-para-onde-olhar-que-é-tudo-tão-bonito.
Como em todo o país, é a Natureza quem mais ordena. Vem a Fox Glacier quem gosta de caminhar, de ciclismo, de ar puro, de glaciares e de montanha. Ou, simplesmente, quem gosta de paisagens bonitas. Como as do Lago Matheson.
Dirigi-me ao Lago Matheson por indicação de um amigo que gabou o extraordinário encanto do lago. As suas fotos não enganavam. Estava há muito anotado como algo a fazer durante a minha passagem por Fox.
Sabendo dos meus planos, o vigilante do parque onde me alojara informou-me que uma árvore de grande porte tinha caído no trilho pedonal que circunda o lago e que, por precaução, as autoridades tinham decidido encerrá-lo. Oficialmente, era possível apenas chegar até ao lado oposto da quase circunferência formada pelas margens do Lago Matheson, mas não circunscrevê-lo, informou-me. Fui confirmar.
Perguntei no Matheson Café, localizado no início do caminho, mas os empregados nada sabiam. Na pequena loja adjacente, idem, que estava tudo normal, que nem ouviram falar da tal árvore. Foi quando apareceram três homens em fim de caminhada a confirmar o acidente: “caiu uma árvore enorme e não podes passar; puseram uma fita a marcar a zona como interdita”.
Ainda assim, meti-me ao caminho, ansioso por conhecer e fotografar o famoso espelho de água do Lago Matheson, com os montes Cook e Tasman refletidos nas águas apenas agitadas pelo nadar de um ou outro pato bravo.
Acompanhado pelos guias interpretativos Outfoxing “Os gigantes da floresta tropical” e “As pequenas plantas da floresta” relativos à caminhada em redor do Lago Matheson [ver guia prático], pude identificar inúmeras espécies da flora local, como a Totara ou a árvore gigante Kahikatea, acrescentando assim novos motivos de interesse à caminhada. Até que atingi o ponto onde as autoridades pediam a cooperação dos andarilhos para que não avançassem mais. Voltei para trás, com a promessa de tentar novamente, no dia seguinte, contornar toda a extensão da margem do Lago Matheson, após conhecer o principal motivo que ali me trouxera: o glaciar Fox.
Manhã cedo, preparei-me para caminhar até à cabeça do glaciar. À saída do parque, nova conversa com o vigilante: “Houve uma enxurrada esta noite, o caudal do rio está demasiado grande e perigoso, não dá para ir até à cabeça do glaciar. Tens de ficar a algumas centenas de metros do glaciar”. As contrariedades pareciam não ter fim. Fui na mesma.
A caminhada não era deslumbrante. Percorri o vale do glaciar até um ponto onde não era possível prosseguir devido aos perigos de nova enxurrada. Havia avisos – e recortes de jornais – a informar da morte de turistas por se terem aproximado demasiado do glaciar, essa enorme massa de gelo em movimento que provoca derrocadas esporádicas. Mas ficar ali, com a cabeça do glaciar tão distante, era frustrante. Àquela distância, nem as fotografias se safavam.
Voltei para trás, reajustando a missão: iria percorrer um trilho montanhoso em direção ao chamado Chalet Lookout, um miradouro natural onde é possível ver a cabeça do glaciar de uma posição mais favorável. E essa sim, foi uma caminhada e tanto, em plena floresta tropical bordejando um glaciar – uma aparente contradição que julgo não acontecer em nenhum outro lugar do planeta -, subindo e subindo e subindo por entre um verde tão verde como a húmida selva dos trópicos, até um ponto onde o Fox ali estava, lá em baixo, aparentemente tão próximo, aparentemente imutável mas em movimento constante. Naquele momento, a frustração desapareceu completamente; tinha valido a pena não desistir!
Com esse pensamento em mente, regressei nesse fim de tarde ao Lago Matheson. Estava determinado a ver e fotografar as suas águas espelhadas, a circunscrever o perímetro das suas margens. E assim fiz. A árvore de grande porte tinha sido entretanto serrada por diligentes trabalhadores do Departamento de Conservação, o trilho estava de novo aberto, e até já havia alguns turistas a caminhar e habitantes locais a fazer jogging. Com os últimos raios de sol de um dia em cheio, uma vez mais fui recompensado pela insistência. E foi então que cheguei à minúscula e literalmente chamada Reflection Island, e o lago me mostrou as montanhas invertidas nas suas águas iluminadas pelos últimos raios de luz de um dia em cheio. Que beleza é o Lago Matheson!
De alma cheia, podia finalmente seguir para Franz Josef.
Ice Explorer no glaciar Franz Josef
Franz Josef Glacier é um agradável povoado de montanha localizado a escassos quilómetros da cabeça do homónimo glaciar, uma das principais atrações turísticas da ilha Sul da Nova Zelândia. É ligeiramente maior que a vizinha Fox Glacier – traduzindo: tem um supermercado, um par de restaurantes aprazíveis, muitos pequenos hotéis, algumas lojas de equipamento de montanha e uma bomba de gasolina com preços proibitivos -, mas não se espere uma grande cidade.
Tudo na aldeia de Franz Josef Glacier roda em torno do glaciar, assim nomeado pelo geólogo Julius von Haast há quase 150 anos em honra do homónimo imperador austríaco. Há um punhado de curtos passeios pedestres acessíveis a toda a família, como o Glacier Valey Walk, que leva o visitante até escassas dezenas de metros da cabeça do glaciar, e o Peters Pool, que oferece uma vista bonita sobre o mesmo; bem como um conjunto de trekkings de várias horas ou dias para as pernas mais aventureiras, como o afamado Copland Track, com 18 quilómetros de extensão (e outros tantos para regressar). E, claro, há o glaciar Franz Josef, ele próprio, e a visão absolutamente fascinante que é mergulhar num mundo de paredes de gelo azuladas. É uma experiência única, calcorrear a pé a face do glaciar e deixar-se deslumbrar pelas formas insólitas e os tons de azul que tomam conta do gelo em movimento.
Mas eu não podia gastar tanto dinheiro, era um absurdo. Já tinha estado próximo de um glaciar na Suíça, abeirado-me da cabeça de um outro, dias antes, em Fox, e até visto o Franz Josef bem pertinho, numa caminhada muito bonita e variada até à sua cabeça, desde o parque de estacionamento, a poucos quilómetros da aldeia. O trilho começou por ser quase floresta, foi abrindo a pouco e pouco até que, sem que nada o fizesse prever, o vale se desnudou numa curva à minha frente.
Tudo era cinzento e castanho, desolador, quase lunar. Assim que pisei o fundo do vale, parecia ter entrado noutro mundo. A vegetação era escassa. O branco do glaciar, ao fundo, contrastava com um magnífico céu azul. E era possível chegar bem perto da cabeça do glaciar, coisa que, naturalmente, fiz com entusiasmo. Até que um densíssimo nevoeiro tomou conta do vale com uma rapidez de piloto supersónico.
Estando ali tão perto, pensei na possibilidade de pisar o gelo do próprio glaciar e explorá-lo de uma forma mais intimista – e dispendiosa. Mas era hora de ser racional. Tinha de seguir viagem, não fazia qualquer sentido enterrar 300 dólares neozelandeses literalmente no gelo. Ou fazia? Claro que não.
Contrariado com a minha própria decisão, no dia seguinte virei costas a Franz Josef e prossegui viagem, conduzindo a autocaravana em direcção a Motueka, localidade do extremo norte da ilha Sul da Nova Zelândia, onde contava explorar o Parque Nacional Abel Tasman nos dias seguintes. Mas o que não me saía da cabeça era o gelo do Franz Josef, a oportunidade perdida de palmilhar a superfície do glaciar em cima de uns crampons. Os pensamentos fustigavam-me como imaginárias chibatadas. Com duas horas de estrada e muita gasolina já gasta, com Greymouth à vista, parei o carro: “Desculpa”, virei-me para a companheira de viagem, “mais vale arrepender-me de uma coisa que fiz do que de uma que não fiz”, um lema de vida que estava teimosamente a ignorar. Inverti a marcha e regressei a Franz Josef.
Cheguei à aldeia feliz da vida, direto ao escritório da Franz Josef Glacier Guides. O sol já tinha há muito desaparecido por detrás das montanhas, estavam praticamente a fechar as portas do escritório, mas tive ainda tempo de saber que para o dia seguinte se previa uma manhã solarenga. Reservei um lugar para a primeira partida do dia e saí.
O dia amanheceu solarengo como previsto, de céu limpo e azulado. Cheguei ao vestiário da empresa, escolhi e calcei as botas especiais e o equipamento quente e impermeável, e coloquei um par de crampons numa bolsa à cintura. Chris apresentou-se como o guia do trekking no gelo, gracejando que era a primeira vez que fazia aquilo enquanto apresentava ao grupo os procedimentos de segurança. É uma velha tática para descomprimir (ele tinha na verdade uns 10 anos de experiência), até porque havia quem não escondesse o nervosismo. E não era para menos, já que os perigos de um glaciar espreitam a cada fenda ou buraco, como o próprio Chris haveria de vivenciar.
Atravessámos a rua principal da aldeia em direção ao local onde aterram os helicópteros. A viagem era curtíssima, um voo direto ao glaciar sem direito a voltas cénicas para apreciar a paisagem. Menos de cinco minutos depois de entrar na libelinha mecânica, punha finalmente pé no glaciar Franz Josef, qual Armstrong dos sonhos terrenos. Assim começavam quase três horas de grande emoção.
Caminhámos pelo gelo, subimos e descemos pequenos desfiladeiros onde juraria que o gelo era azul, rastejámos por buracos, arriscámos saltos por fendas profundíssimas, enquanto o sol ia subindo a pouco e pouco e iluminando zonas cada vez mais vastas do glaciar.
O grupo de dez aventureiros, de todas as idades, estava entusiasmado, mas a experiência não era de facto para todos. Uma senhora amedrontou-se com o gelo e, não conseguindo utilizar os crampons com eficiência, decidiu parar e esperar. Os outros avançavam com enorme respeito, que qualquer escorregadela pode ser fatal. Houve quedas, naturalmente, todas sem importância, mas só interiorizámos o quão traiçoeiro pode ser um glaciar quando, já perto do final do passeio, o infortúnio tocou à porta do próprio guia.
Foi quando Chris caiu num buraco no gelo em forma de funil com uns quatro ou cinco metros de profundidade. Só ouvi um pequeno grito e, quando me voltei, Chris tinha desaparecido numa parede de gelo quase a pique. A experiência acumulada e a formação para lidar com situações adversas fez com que se desenvencilhasse sozinho e, em poucos minutos, com o auxílio da picareta que sempre trazia consigo, estava fora do buraco, visivelmente incomodado e cabisbaixo, embora sem mazelas aparentes. “Magoaste-te?”, perguntei. “Sim, tenho o orgulho ferido. Que vergonha! Não digam a ninguém. Que vergonha!”.
Felizmente, as maleitas ficaram por aí – noutro tipo de fenda as consequências poderiam ter sido trágicas. Pouco depois, à hora marcada, rumámos ao ponto de encontro e entrámos no helicóptero de regresso à aldeia. Já ninguém se lembrava do percalço de Chris, era hora de festejar a “conquista” do glaciar. “Ainda bem que voltei para trás”, pensei. Caminhar no topo do glaciar Franz Josef foi uma experiência para a vida.
Guia de viagens à Nova Zelândia
Este é um guia prático para viagens à Nova Zelândia, com informações sobre a melhor época para visitar os glaciares, como chegar, pontos turísticos, os melhores hotéis e sugestões de atividades junto às povoações de Franz Josef e Fox Glacier.
Quando visitar a Nova Zelândia
Dada a situação geográfica da Nova Zelândia, as diferenças entre verão e inverno são muito vincadas, com dias muito longos em dezembro / janeiro e pequeníssimos por volta de julho / agosto. Em termos turísticos, se quiser fugir dos preços altos e de hordas de turistas, o melhor é evitar o período que decorre entre meados de dezembro e finais de fevereiro. Acontece que essa é a melhor época do ano, uma vez que o clima está mais quente e é propício às atividades ao ar livre. Os meses adjacentes, nomeadamente novembro e março podem ser uma boa aposta, com menos gente e temperaturas amenas. Julho e agosto, por seu turno, são a escolha acertada para os desportos de inverno, nomeadamente nas populares estâncias de esqui da ilha Sul.
Como ir
Não há voos diretos de Portugal para a Nova Zelândia, pelo que a viagem implica pelo menos uma ou duas escalas. Regra geral, as opções mais económicas são da própria Air New Zealand ou, ocasionalmente, promoções internacionais de transportadoras como a Emirates ou a Finnair. Antes de comprar, atente na possibilidade de fazer stopovers para maximizar o investimento. Na Air New Zealand, por exemplo, há tarifas que permitem viajar da Europa para a Nova Zelândia com um stopover em cada sentido (exemplo: Lisboa – Hong Kong – Auckland, com regresso Auckland – San Francisco – Lisboa).
Uma vez chegados a Auckland ou a Christchurch, a melhor forma de se deslocar é, indubitavelmente, de autocaravana alugada. Dessa forma, além de toda a liberdade de movimentos que a opção encerra, poupará bastante dinheiro no alojamento e até nos transportes (especialmente se viajar acompanhado), uma vez que os autocarros na Nova Zelândia são caros. Britz, Apollo, Maui, Jucy e a espalhafatosa Wicked são algumas das mais populares marcas de aluguer de campervans.
Alternativamente, existem os chamados autocarros para mochileiros, que, com a utilização de um passe, permitem a paragem em cidades específicas ao longo de um determinado período de tempo. É também uma excelente forma de socializar com outros viajantes. Entre as empresas mais procuradas conta-se a Kiwi Experience, que apela a um público mais novo e festeiro.
Onde ficar
Não faltam opções hoteleiras próximas de ambos os glaciares, desde rústicos e dispendiosos chalés de montanha até aos parques para autocaravanas mas se, por falta de tempo, tiver de escolher entre uma e outra localidade, fique hospedado em Fox e não em Franz Josef. É uma opinião subjetiva, mas a envolvência da primeira e as atividades extra-glaciar à disposição nas redondezas (como a belíssima caminhada no Lago Matheson) suplantam Franz Josef.
No caso do glaciar Fox, uma das opções mais interessantes é precisamente um desses parques de caravanismo. O Fox Glacier Holiday Park & Motel oferece uma envolvente belíssima, tendo os imponentes picos nevados do Aoraki / Monte Cook em pano de fundo, e instalações irrepreensíveis, cozinha espaçosa e de primeira qualidade, parque infantil e até casas de banho familiares, com dois chuveiros e uma banheira para a higiene de toda a família. Faz parte da rede Family Parks.
Noutro registo, mais confortável e dispensioso, o Misty Peaks, em Fox, e unidades hoteleiras como o Westwood Lodge, o Gleffern Villas e o 58 On Cron Motel, em Franz Josef, são bastante elogiados.
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Guias de trekking no glaciar Franz Josef
Há várias empresas que oferecem caminhadas guiadas no glaciar Franz Josef, mas a maioria recorre aos guias da Franz Josef Glacier Guides, com oferta e preços similares. Entre os passeios propostos mais populares na região do Franz Josef, contam-se caminhadas pelo vale do glaciar (Glacier Valley Walk, 69 NZD), um passeio cénico de helicóptero com caminhada suave no próprio glaciar durante duas horas (Glacier Heli Hike, 399 NZD) ou um trekking mais aventureiro de três horas pelas formações geladas do Franz Josef, com o obrigatório transporte de helicóptero até ao glaciar mas sem voo cénico pela zona envolvente (Ice Explorer, 299 NZD).
Importante é reservar lugar na primeira saída do dia (perto das 8 da manhã) para o glaciar. Como o clima é tropical (por mais estranho que isto lhe pareça!), o céu está geralmente mais limpo de manhã cedo, aumentando a nebulosidade à medida que o sol se eleva no horizonte e aquece o solo. É, por isso, muito provável que a visibilidade no glaciar seja melhor de manhãzinha.
De resto, como precaução para dias onde as condições meteorológicas impedem os helicópteros de voar, convém ter alguma flexibilidade no planeamento de forma a poder ficar, se necessário, um ou dois dias extra na região à espera de bom tempo.
Caminhadas interpretativas em Fox
O Fox Glacier Holiday Park & Motels, com a ajuda de peritos em vida selvagem, biologia e geologia desenvolveu uma série de mini-guias (desdobráveis) muito divertidos para vários trilhos das redondezas, nomeadamente os populares Fox Glacier Walk, Lake Matheson Walk e Moraine Rainforest Walk. Dão, por assim dizer, outro sentido às caminhadas, proporcionando jogos e motivos de descoberta (úteis para caminhadas com crianças) e também conhecimentos práticos sobre a flora local. Chamam-se Outfoxing Guidebooks – fun guides to local walks, são multipremiados e custam apenas 4 NZD cada. À venda na recepção do Fox Glacier Holiday Park & Motels, um dos melhores parques de caravanismo da Nova Zelândia.
Vistos de turismo para a Nova Zelândia
Os visitantes de nacionalidade portuguesa não necessitam de visto de turismo para entrar na Nova Zelândia. À chegada ao aeroporto, o processo implica pouco mais que um carimbo e o viajante está automaticamente autorizado a permanecer no país durante 90 dias, como turista. De referir que as autoridades neozelandesas permitem estadias que misturem férias com trabalhos temporários. Mais informações em www.immigration.govt.nz.
Informações úteis
Apesar de menos dispendioso que a vizinha Austrália, a Nova Zelândia não é um destino barato. Um euro vale sensivelmente 1,6 dólares neozelandeses. Há máquinas ATM em todas as cidades e os cartões de crédito são universalmente aceites. O site oficial do Turismo da Nova Zelândia oferece excelente informação para planear viagens em todo o país, incluindo, naturalmente, a região dos glaciares Franz Josef e Fox. É ponto de visita obrigatória.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.