
Uma expedição pela Namíbia, o país encaixado entre Angola e a África do Sul, conhecido pelos seus parques naturais e por paisagens tão inóspitas como inesquecíveis. Um roteiro de viagem à Namíbia, com passagem por Windhoek, deserto do Namibe, Costa dos Esqueletos, Parque Etosha e as tribos Himba do norte do país.
Todos nós, de uma forma ou de outra, alimentamos desde pequenos um imaginário intimamente ligado a África. Seja pelas lendárias aventuras de John Weissmüller, na pele do famoso Tarzan, pelos recorrentes documentários de vida selvagem ou, mais recentemente, através dos bonecos animados do Rei Leão, qualquer criança fixará mais cedo do que tarde nomes como zebra, girafa, hipopótamo, elefante e tantos outros animais desse mítico continente, berço de todos os mistérios, incluindo o da origem da nossa própria espécie.

O mais próximo que estive desse sonho eternamente adiado foi em 1994, quando comecei a desenhar uma viagem ao Botswana com uma pequena incursão no então recente e desconhecido país que dava pelo nome de Namíbia. Depois, não sei bem porquê, engavetei novamente o mapa e acabei noutros destinos.
Agora que me encontro deitado nas dunas do Namibe, fitando um céu austral com mais estrelas que grãos de areia, pergunto-me: como foi possível esperar tanto tempo? É que a realidade supera de longe toda a metragem de filmes, séries e documentários que alguma vez possamos ter visto. E apenas estou no início de uma longa viagem.
Saída de Windhoek – a aventura começa
Havia um dia que tinha deixado a capital, Windhoek (que se lê vinduk), com o seu asfalto, edifícios altos, toda a variedade de gentes e demais sinais de civilização, e acabara de alcançar um planalto inóspito de areias avermelhadas. De repente esse mundo pareceu-me tão distante quanto Marte ainda se oferece aos olhos de um potencial astronauta terreno.
No vale abaixo não era altura de correr o Kuiseb, um desses rios efémeros comuns nestas paragens, onde a chuva cai raramente mas sempre de uma só vez. Os sinais das esporádicas e violentas torrentes são bem visíveis pelo caos de ramos e troncos secos que se amontoam em barricadas intransponíveis e na areia finíssima que constitui o leito, agora seco. As margens são, no entanto, surpreendentemente verdes graças às árvores rípicolas cujas raízes se vão abastecendo no subsolo.
São poucos os humanos que se aguentam por aqui. Alguns membros do povo Topnaar estabeleceram-se em pequenas comunidades ao longo do vale e vão vivendo das cabras, de um fruto verde e espinhoso, tão apreciado quanto disputado, chamado !nara (as palavras locais iniciadas por um ponto de exclamação pronunciam-se com um estalido da língua) e, tal como as árvores, dos aquíferos que se escondem uns metros abaixo da superfície poeirenta.
Quanto aos animais selvagens, também não têm a tarefa facilitada, embora o Namibe – um dos desertos mais antigos do planeta – lhes tenha concedido tempo de sobra para adaptar o organismo às árduas circunstâncias: há toupeiras douradas que se mantêm enterradas durante o pino do sol, coelhos e raposas de orelhas sobredimensionadas para dissipar o calor, e até escaravelhos que descobriram nas encostas arenosas a melhor forma de saciar a sede: deixar a gravidade fazer escorrer para a boca o nevoeiro matinal lentamente condensado nas diminutas carapaças. Engenhoso.
Sinto-me, pois, um felizardo, dadas as limitações morfológicas da nossa espécie, completamente inadaptada às zonas mais remotas deste mar de areia.
É um luxo poder contemplar o magnífico cenário de montanhas douradas e ondulantes que se estende a perder de vista até tocar outro oceano, o verdadeiro. Vale-nos o engenho tecnológico dos todo-o-terreno para galgar dezenas de quilómetros de dunas - oitenta, em cerca de 9 horas - em constantes ziguezagues, sobe e desce e, não poucas vezes, exasperantes “quase sobe” ou nervosos “será que desce?”.
Caprichos próprios de um deserto naturalmente instável, onde cristas em gume, pendentes abruptas e areias ilusórias ao primeiro olhar, são apenas algumas das armadilhas que insistem recordar-nos a real dimensão da pequenez humana.
No deserto do Namibe
Seja como for, aqui estou, como dizia, deitado nas dunas do Namibe. O crepitar do fogo e um ligeiro arrepio resgatam-me subitamente desta deambulação mental pelo dia que passou. Faz frio. Olho à volta e nem acredito que tenhamos descido esta enorme parede de areia ao volante de um veículo; é uma duna gigante com um desnível de cerca de cinquenta metros e uma inclinação que nos transformou de repente nos mais ousados duplos de Hollywood. Os crentes terão rezado, imagino.
Não é das mais altas deste deserto; esse título está reservado às que se situam na região de Sossusvlei que, com mais de duas centenas de metros de altura e outro tanto em quilómetros para sudoeste deste ponto, se encontram demasiado afastadas dos nossos objetivos.
O acampamento só foi montado quando o vento amainou. Até lá dispusemos as seis viaturas em U para nos defendermos da areia como o faziam as caravanas dos pioneiros do Oeste americano perante um ataque índio; os grãos de areia são as flechas das nossas preocupações: beliscam-nos violentamente a pele e entranham-se em tudo o que é possível, sobretudo no equipamento fotográfico.
Mesmo assim arriscámos uma subida a pé até uma crista visivelmente em trânsito para outro sítio qualquer, tal era a força do vento. Mas isso foi há umas horas. O que importa é que o nosso braai (grelhado de carnes tradicional) está quase pronto.
Os cinco guias que nos acompanham, mais do que experientes condutores de areia, são incansáveis nos detalhes da expedição, incluindo a preparação das refeições. Quatro deles são responsáveis por nos fazer atravessar o deserto e todos os seus obstáculos com perícia, conforto, segurança e, diga-se, divertimento. O quinto é para nós o primeiro.
Incumbido de nos guiar durante toda a estadia no país, Jan Grobler é um antigo park ranger de origem sul-africana com anos de experiência nestes terrenos impiedosos – um homem que inspira confiança e transpira um profissionalismo irrepreensível.
E sentido de humor. Quando mais uma vez uma das nossas pickup não consegue transpor uma duna teimosa, ele desata a correr lá do alto até cá abaixo, irrompe a sua cara vermelha do sol pela janela aberta do condutor e encoraja toda a tripulação num tom tão ofegante quanto hilariante: “ok, a ideia vocês já perceberam”.
Pelo menos vista do banco de trás, a cena parece tirada de um filme dos Monty Python. Mas que posso eu dizer, que enverguei uns ridículos óculos de natação em pleno deserto, sem que nenhum dos meus companheiros de viagem pudesse imaginar antecipadamente tratar-se de uma tentativa séria para proteger as lentes de contacto?
O dia amanhece com o habitual nevoeiro, característico desta costa desértica. Não estamos longe do mar e na base da duna onde acampámos pode mesmo ouvir-se o ribombar distante das vagas.
Antes de lá chegarmos, porém, temos de superar aquilo que os guias insistem em designar desde ontem como “o melhor está para vir”. Trata-se de um amplo e profundo buraco aparentemente sem saída possível, apelidado de forma objetiva e preocupante – como “cemitério dos Land-Rover”. “Felizmente, estamos de Toyota” – alguém desdramatiza enquanto Fanus se abeira da cratera para nos dar a chave segura do derradeiro desafio. Momentos mais tarde já refrescávamos com alívio as faces queimadas numa familiar brisa atlântica.
O cheiro a maresia é igualzinho ao de boa parte da nossa costa e depois da vastidão árida que deixámos atrás, quase apetece gritar de alívio, ao contrário do que é habitual: “mar à vista!”.
Para sul vislumbra-se Sandwich Harbour, uma enseada natural em tempos utilizada como ancoradouro de baleeiros; para norte, as primeiras casas cor pastel, características da cidade e importante porto comercial de Walvis Bay, que atingimos ao fim de uns quarenta quilómetros pela própria praia.
Rumo à Costa dos Esqueletos
Swakopmund, na vizinhança de Walvis, é a segunda cidade da Namíbia e sua principal estância balnear. O facto de estar mais ou menos alinhada com a capital, situada no centro geográfico de um país onde a faixa desértica do Namibe bloqueia de alto a baixo aproximadamente 2.000 quilómetros – o acesso à costa, parece ser a razão mais plausível para o seu sucesso.
A forte rebentação e os 16º de temperatura da água (na melhor das hipóteses) não me parece tão-pouco tornar o destino mais convidativo aos cidadãos de Windhoek: é simplesmente mais perto do que qualquer outro sítio à beira-mar e quase a direito – o que se arranja, portanto.
Não que esta terra de 25.000 almas não seja agradável, mas o seu principal encanto quando se apresenta a um viajante farto de comer pó no caminho, assemelha-se à descoberta do arco-íris e do respetivo pote de ouro num só pacote – a imagem que retenho da chegada ao Swakopmund Hotel.
Foi construído em 1901 para albergar a estação de caminhos-de-ferro e, tal como muitos outros edifícios espalhados pelas pacatas ruas da localidade, representativo da arquitetura colonial alemã do início do século XX. Outros exemplos bem preservados são a prisão e o antigo tribunal, talvez um sinal claro de que a justiça é aqui valorizada e sobrevive ao passar das épocas.
E não há melhor exemplo disto do que o direito à dignidade dos povos indígenas e a própria independência do país, alcançada em março de 1990: tarde mas sempre a tempo. As casas baixas estão distribuídas por quarteirões pequenos em esquadria, tudo alcançável facilmente a pé, numa agradável escala humana. As ruas principais, extremamente limpas, são ladeadas por estabelecimentos onde não falta nada nem mesmo, para quebrar o isolamento dos últimos dias, muita cor e animação.
Em resumo, uma cidade com um toque germânico que funciona em pleno, até quando uma estação desativada pode significar um corpo revigorado no que toca à alimentação, descanso, duche e, se sobrar tempo, umas braçadas na tentadora piscina.
Prosseguimos para norte. O tempo enevoado mantém-se enquanto acompanhamos a costa, como que a lembrar que também o clima funciona com um rigor de fazer inveja à relojoaria tradicional alemã. E é ainda sob este teto cinzento que chegamos à impressionante colónia de focas de Cape Cross.
A cruz diz respeito ao padrão implantado em 1486 por Diogo Cão, o segundo europeu a pisar este solo. Três anos antes Bartolomeu Dias tinha feito o mesmo, num local hoje conhecido como Diaz Point, próximo da cidade de Luderitz ou Angra Pequena, se quisermos ser fiéis à cartografia do navegador.
Estes dois locais distam cerca de mil quilómetros e em ambos a história encontra-se assinalada por réplicas, já que os desgastados padrões originais foram removidos - o de Cape Cross ainda em 1893 – encontrando-se atualmente na Alemanha.
As focas que aqui se reproduzem em dezembro e mantêm durante o resto do ano são, na verdade, leões-marinhos (entre outros aspetos distinguem-se das primeiras pelas orelhas proeminentes). Esta é uma das colónias mais afastadas em relação ao extremo sul do continente e onde estes pinípedes conseguem subsistir graças à gélida Corrente de Benguela que refresca esta parte do Atlântico acima do Trópico de Capricórnio.
A Costa dos Esqueletos abre-se agora à nossa frente. É um território inóspito dentro de uma paisagem desoladora. Aos náufragos que alguma vez atingiam a praia, vencendo águas demasiado frias e correntes sobre-humanas, só lhes restava festejar o adiamento da morte porque os esperava um deserto quente e seco, ainda mais cruel que o oceano.
Jan aproveita para lembrar outros dotes pouco amistosos do já macabro litoral: “quando sopra o vento forte de leste, não é anormal ver os carros que viajam ao longo desta estrada chegarem ao seu destino sem pintura de um dos lados”, e continua, “nestas cidades costeiras os buldozers estão sempre a postos para limpar a areia que se acumula nas ruas após uma tempestade”. Para evitar engrossar as estatísticas que fazem jus ao nome da costa, deixamos a estrada principal e apontamos ao interior do país.
Até ao fim do dia é pedido novo esforço às pickup, porque a estrada passa a caminho, que por sua vez se transfigura em trilho e, mais lá para diante este transforma-se em algo que não consigo bem identificar.
Como consequência do troço tivemos um furo, que podia muito bem ser jornalístico: conseguimos observar e até tocar a rara Welwitschia mirabilis, planta de duas folhas considerada um fóssil vivo, com uma longevidade estimada em dois mil anos; atravessámos uma enorme cratera extinta onde abunda a Euphobia damarana, um grande arbusto tão tóxico que chega a ser letal (não tocámos); e, como se não bastasse, a paisagem é de cortar a respiração.
Por volta da hora do jantar temos já toda a savana aos pés, numa vista invejável que se alcança de um dos mais cénicos lodges da Namíbia. Mesmo os mais extenuados podem ainda apreciar as gravuras rupestres de Twyfelfontein, que exibem girafas e zebras pré-históricas numa grande laje vertical a escassos metros dos bungalows.
Da fronteira com Angola ao Parque Etosha
Entre as doze etnias ou grupos raciais que se distribuem pelo território namibiano, muitos destes divididos em diversas tribos e subgrupos, os Himba são, talvez, os mais surpreendentes.
Quando durante o século XIX os seus antepassados Herero foram despojados e expulsos de outras regiões por guerreiros Nama, refugiaram-se no Noroeste do país, junto à fronteira com Angola, onde esta é marcada pelo caudaloso Rio Kunene. Desde então ficaram conhecidos como “ovaHimba”, ou seja pedintes, numa tradução vaga.
Apesar desta zona ser montanha, tem alguns acessos, por isso é surpreendente a forma como ainda se mantêm tão ligados às tradições e, principalmente, modo de vida. Parte da resposta, dizem alguns, reside no facto de se tratar de um povo extremamente orgulhoso, fiel às suas origens, que não tem pressa de aderir às maravilhas civilizacionais a que outros grupos, como os San (mais conhecidos por bosquímanos), acabaram por sucumbir, afogando-se em álcool.
Enquanto nas terras semidesérticas do Kalahari se perdeu um pouco da generosidade endémica e inocência dócil característica dessa tribo, aqui no norte os Himba parecem ignorar propositadamente as esporádicas avionetas que sobrevoam os seus abrigos de adobe.
É como se não ouvissem o motor dos aparelhos, como se um carro fosse apenas mais um animal de carga, feio, de ângulos duros e sem alma. Quando chegam turistas, lá vendem o seu artesanato e apanham uma boleia até outra aldeia, mas parece ser tudo.
Pedintes? Os Himba desfazem uma rocha ocre em pó, a que adicionam gordura animal, para maquilharem toda a extensão do corpo. Adornam-se com uma infinidade de pulseiras, colares e curtas peças de vestuário, feitas de quase tudo o que lhes é possível utilizar: cobre, búzios, ráfia, pedrinhas, peles, paus e mesmo plásticos, que cortam e decoram de forma igualmente tradicional – não importa de onde vêm, desde que possam utilizar como sempre utilizaram ou como bem entendem. São um povo de feições e estatura perfeitas, elegantes, de fazer inveja aos modelos ocidentais. Belos e ricos, à sua maneira.
Tal como chegámos ao Rio Kunene, regressamos agora por ar, a bordo dos exíguos mas fiáveis Cessna. É uma experiência obrigatória, porque lá em cima também é África e além disso podemos sempre acompanhar uma manada de zebras ou elefantes sem o risco de os perder de vista atrás das árvores.
Aterramos em Hobatere, um confortável lodge numa enorme reserva de 36.000 hectares onde ocorre grande parte dos grandes mamíferos africanos. Do outro lado da estrada de gravilha fica o imenso Parque Natural de Etosha, praticamente do tamanho da Bélgica.
Autêntico símbolo de uma política conservacionista de vanguarda, esta é a joia das áreas protegidas da Namíbia e o local onde se torna mais fácil observar a vida selvagem que faz parte do nosso imaginário infantil. Rinocerontes negros, leões, leopardos, girafas, 1.500 elefantes, 7.000 zebras, 20.000 springboks (um tipo de gazela). Mais de 325 espécies de aves, se quisermos voar por aí.
Os números são tão impressionantes quanto os próprios animais ao vivo, a curta distância. Só nos apercebemos da verdadeira estatura da girafa quando a vemos entre a copa de uma árvore – das grandes; do porte brutal de um rinoceronte, quando um deles nos fita nervoso e a poucos metros, frente ao jipe.
Já no luxuoso conforto do Windhoek Country Club, enquanto dobro a roupa e preparo a mochila para o regresso, vou pensando em todos os momentos fantásticos vividos ao longo de 3.500 quilómetros de viagem. Na minha cabeça a frase “tenho de cá voltar” ecoa silenciosa e repetidamente.
De súbito, algo de inesperado acontece. Vinda das profundezas esquecidas dos bolsos de umas calças, uma pequena porção do Namibe espalha-se pela alcatifa do quarto: “Impossível fugir ao deserto”, recordo com um sorriso as palavras de Jan.
Guia de viagens à Namíbia
Este é um guia prático para expedições à Namíbia, com informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos turísticos, os melhores lodges e sugestões de actividades na região.
Como chegar
A South African Airways voa para Windhoek, via Joanesburgo, capital da Namíbia, a partir de várias cidades europeias incluindo Paris, a ligação mais conveniente para quem parte de Portugal.
A partir da capital, existem uma série de voos regionais que ligam as principais cidades do país. As estradas são geralmente muito boas, incluindo as que não são asfaltadas, que podem ser percorridas sem problemas por veículos normais. Não existem autoestradas.
Um dos meios de transporte mais populares entre os turistas estrangeiros é o veículo todo-o-terreno, equipados com ar condicionado e preparados para uma viagem ao longo do país (tendas, colchões, um pequeno frigorífico, etc.). Há a possibilidade de alugar pequenas avionetas para alcançar algumas zonas mais remotas do país ou determinadas áreas protegidas, já que existem inúmeras pequenas pistas de terra para esse efeito.
Onde ficar
O tipo de alojamento mais comum por todo o país, quando nos encontramos fora das cidades é o lodge. Dos mais simples aos mais requintados, oferecem todas as comodidades que se pode esperar de um hotel, embora com as limitações decorrentes do isolamento e da própria categoria do estabelecimento.
Em Windhoek, o Avani Hotel é considerado um dos melhores da capital. Fica localizado em pleno centro, próximo das principais zonas históricas e comerciais.
O Windhoek Country Club é um resort particularmente preparado para quem está em gozo de férias. Tem uma excelente piscina, restaurantes amplos e casino. Situa-se fora do centro no Western Bypass.
O Swakopmund Hotel ocupou a antiga estação ferroviária desta cidade costeira. É um belo edifício exemplarmente recuperado e proporciona uma ótima estadia.
Situado com uma excelente vista sobre a savana, o Twyfelfontein Country Lodge é ímpar no cenário que oferece, mesmo enquanto se está a jantar.
O Okaukuejo Resort fica no coração do Parque Nacional de Etosha e é uma das melhores opções para quem quiser passar uns dias nesta vasta área protegida e mesmo observar os animais selvagens a poucos metros do quarto.
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Informações úteis
A Namíbia é um país relativamente seguro e confortável para visitar. O passaporte deve ter uma validade de pelo menos 6 meses após a data de entrada. Os principais cartões de crédito têm aceitação generalizada, mesmo nos lodges mais remotos. É possível levantar a moeda local, o dólar namibiano, em qualquer caixa automática das principais cidades e, para quem vem da África do Sul ou para lá tem de voltar, é particularmente importante saber que não necessita trocar os Rand de sobra, já que esta moeda está exatamente equiparada ao dólar namibiano e é geralmente aceite em qualquer transação (embora o troco lhe seja dado na moeda local).
Em relação à saúde, poderá ser importante ou mesmo fundamental, fazer a profilaxia da malária com a antecedência necessária. Nas regiões mais húmidas do norte a doença é endémica. Nas zonas quentes e secas do resto do país não há grandes problemas. A água da torneira é geralmente potável, mas deve haver alguma precaução nas zonas rurais. O país está dotado com bons serviços de saúde nas principais cidades, incluindo um eficiente sistema de evacuação urgente por helicóptero.
O site oficial do Turismo da Namíbia oferece informação atualizada sobre as principais atrações turísticas das distintas regiões da Namíbia, incluindo, naturalmente, os destinos abordados nesta reportagem: Windhoek, deserto do Namibe, Costa dos Esqueletos, Swakopmund e Parque Etosha.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
Muito ricas as informações mas gostaria fazer um adendo:
1 – O país é encaixado entre Angola, Botswana e a África do Sul.
2 – Há diversos erros ortográficos matéria afora, como o do primeiro parágrafo, mostrado aqui abaixo (em maiúsculas): “Todos nós, de uma forma ou de outra, alimentamos desde pequenoS um imaginário intimamente ligado À África.”
3 – Botswana não tem artigo, assim como Portugal, Cuba, Porto Rico, Angola etc.
Enfim, matéria maravilhosa, de conteúdo interessantíssimo mas que, em virtude dos tantos erros ortográficos, nos tira o foco para a atenção. Não consegui continuar a ler por isso.
Atenciosamente,
Marie
Peço desculpa, mas parece-me que o objetivo do autor não foi sujeitar este texto a uma avaliação rigorosa da expressão escrita. Erros ortográficos, pois, se “errare humamo est”!!
Os puristas da língua acabam por perder a verdadeira beleza do texto! Parabéns ao autor e, da minha parte, muito obrigada pelo contributo.
Luísa Sousa
Procuro tratar bem a língua portuguesa e detesto encontrar erros no Alma de Viajante mas, como muito bem diz, por vezes acontece. Seja neste texto da Namíbia, de autor convidado de grande gabarito, seja nos meus próprios textos. Beijinhos e boas viagens.
Olá António,
Achei maravilhoso seu post sobre a Namíbia! Até me emocionei… rsrs África é um continente que passei a me interessar muito em conhecer há um ano atrás e estou me programando para ir no segundo semestre deste ano. Moro no Brasil. Obrigada por compartilhar sua experiência, seu olhar, dicas e investir seu tempo se dedicando a escrever e divulgar sobre o assunto! :-)
Olá! Estou a planear uma viagem à Namíbia no mês de Novembro. Seria possível indicar-me a empresa de safari que escolheu?
Obrigada
Maria Pereira