No momento em que escrevo, o pai da minha mulher está nos cuidados intensivos de um hospital portuense. Ninguém sabe o futuro. Incerteza é a palavra do momento.
Não somos particularmente chegados, antes pelo contrário, mas isso também nada interessa para o caso. É o pai da minha mulher, e ela está angustiada, a sofrer. Por isso, estou neste momento sentado no aeroporto de Kigali, capital do Ruanda, acabado de chegar num táxi oriundo de Kisoro, no Uganda, a fazer horas para o check-in de um regresso antecipado.
Sei que a incerteza é fodida (deve ser a primeira vez que aqui uso um palavrão, mas não me ocorre nada mais apropriado). Sei que mais não posso fazer que emprestar o meu ombro. É apenas isso – o meu ombro – que tenho para oferecer. Mas talvez esse quase nada seja quase tudo em momentos como este.
As últimas horas foram loucas. Colado ao écran do meu portátil num internet cafe de Kisoro, com internet lenta, falhas de energia e o telemóvel já sem bateria, a tentar avaliar a situação, comprar um bilhete de avião que parte daqui a poucas horas, fazer a mochila à pressa, despedir-me de quem tão bem me recebeu em Kisoro, arranjar carro, atravessar a fronteira e entrar no Ruanda até chegar ao aeroporto onde me encontro – onde finalmente tive tempo para comer qualquer coisa.
Deixo para trás a prospeção de uma viagem para a agência Nomad; deixo para trás um país onde nunca tinha estado e que queria conhecer; deixo a possibilidade de preparar uma reportagem sobre o Ruanda para assinalar os 20 anos do tenebroso genocídio de 1994. Mas às vezes é preciso saber desistir. Quando valores mais altos se levantam. Como o amor.
Amanhã de manhã aterro em Portugal.
P.S. Agradeço à equipa da Nomad o inexcedível apoio – logístico e não só – nestas horas de aperto.
Seguro de viagem
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Estou contigo amigo Filipe. Não preciso de dizer mais nada porque tu já dizes tudo na última frase. Uma palavra – Amor – que representa tanto e faz tudo o resto parecer efémero. Força.
Felipe,
Que esse momento de incertezas possa se dissipar da maneira mais suave e positiva possivel.
Um grande abraço do teu leitor brasileiro,
Davi
Filipe, também por motivos semelhantes encontro-me como tu. A única diferença é que ainda ia/vou. Enquanto não vou, a única solução é o estarmos o mais possível. No meu caso, com um irmão. Um abraço para a tua família…
Filipe,
Um grande “apertado” com uma grande fé que tudo vai correr pelo melhor!
Madalena
Obrigado a todos pelas mensagens deixadas aqui e no Facebook. Estou agora no aeroporto de Schiphol, à espera de embarcar para Lisboa. Até já.
Olá Filipe, não há nada de extraordinário para dizer nestas alturas. A não ser mandar-te um abraço e desejar que nunca te falte aquela força que vem de dentro. Boa viagem e que tudo corra pelo melhor. Abraço.
Com atraso, mas apeteceu-me dar-te um abraço. Junto outro da Berta
Mico