Apesar da República Dominicana ser conhecida como um destino de veraneio, com muitos resorts Tudo Incluído em locais como Punta Cana, Bayahibe ou La Romana, a verdade é que o país é muito mais do que belas praias. Aquilo que me propus fazer neste roteiro de viagem à República Dominicana foi, precisamente explorar uma espécie de “lado B” do país, incluindo, naturalmente, referências às belíssimas praias que polvilham o litoral da ilha Hispaniola (ou Ilha de São Domingos, nome da ilha que inclui a República Dominicana e o Haiti).
Tenha em atenção que em duas semanas é impossível montar um roteiro na República Dominicana que passe por todas as atrações existentes. O país é enorme e, entre centros históricos coloniais, paisagens rurais e praias magníficas, há muito a visitar e conhecer na República Dominicana.
Vale por isso a pena investir algum tempo a pensar no que fazer na República Dominicana, tentando distribuir essas atrações pelos vários dias de viagem, para aproveitar ao máximo a estada. E não fique só pelas praias – talvez se surpreenda!
A esse respeito, partilho neste artigo o meu roteiro na República Dominicana, dia a dia, para que possa adaptar o itinerário aos seus gostos pessoais e objetivos da viagem. Foram duas semanas bem aproveitadas; incluindo passeios em várias povoações charmosas, alguns museus, belas praias e um centro histórico classificado como Património da UNESCO.
Nota importante. Convém notar que eu optei por viajar a um ritmo muito lento e usando apenas transportes públicos (estava mesmo a precisar de voltar a viajar desta forma!); pelo que, caso queira, conseguirá visitar mais coisas se viajar mais rápido e/ou tiver um carro alugado. Além disso, o itinerário foi pensado para incluir lugares tranquilos (exemplos: Las Galeras em vez de Las Terrenas; Cabrera em vez de Cabarete); e também não é um roteiro vocacionado para férias na praia (nem sequer explorei Punta Cana!). Deverá, por isso, ser adaptado em função daquilo que procura na República Dominicana.
Em suma, encare este roteiro de viagem à República Dominicana como um ponto de partida para elaborar o seu próprio itinerário, de acordo com os seus interesses, ritmo de viagem e tempo disponível. Vamos a isso!
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Roteiro na República Dominicana
- 1.1 Dia 1: Voo para Punta Cana
- 1.2 Dia 2: Santo Domingo
- 1.3 Dia 3: Santo Domingo
- 1.4 Dia 4: Santo Domingo
- 1.5 Dia 5: Las Galeras (Samaná)
- 1.6 Dia 6: Praia Rincón e rio Caño Frio (Samaná)
- 1.7 Dia 7: Las Galeras (Samaná)
- 1.8 Dia 8: Parque Nacional Los Haitises
- 1.9 Dia 9: Cabrera
- 1.10 Dia 10: Praia Grande e Cabrera
- 1.11 Dia 11: Puerto Plata
- 1.12 Dia 12: Puerto Plata
- 1.13 Dia 13: Santiago de los Caballeros
- 1.14 Dia 14: Santiago de los Caballeros
- 1.15 Dia 15: Viagem para Punta Cana e voo de regresso
- 2 Mapa do meu roteiro na República Dominicana
- 3 Guia prático
Roteiro na República Dominicana
Dia 1: Voo para Punta Cana
Aterrei em Punta Cana por volta das 21:30, após um longo voo da TAP direto de Lisboa. Confesso que não tinha interesse em visitar Punta Cana; mas, dado que a essa hora já não havia transporte para Santo Domingo, acabei por pernoitar em Punta Cana, perto da estação de autocarros, para que pudesse apanhar na manhã seguinte um transporte para a capital. Tempo apenas para a primeira cerveja dominicana e descansar da viagem…
Dormida: Hotel Costa Love, um hotel simples mas um pouco caro para o que oferece, convenientemente localizado perto do terminal de autocarros. Veja onde ficar em Punta Cana para outras opções.
Dia 2: Santo Domingo
Acordei cedo, tomei o pequeno-almoço e fui até ao local de onde partem os autocarros rumo a Santo Domingo. Com os bilhetes na mão, e ainda antes de embarcar, fui comprar um cartão SIM numa pequena loja das proximidades, muito útil para a viagem na República Dominicana.
Uma vez em Santo Domingo, instalei-me num hotel do centro histórico e fui visitar o excelente Museu Memorial da Resistência Dominicana. Depois parei para um café na Casa Barista, conheci o pequeno Museu do Âmbar e passei ainda na Casa do Teatro, um dos ícones culturais de Santo Domingo, onde indaguei sobre a programação para os próximos dias.
À noite, tempo para uma cerveja num animado colmado nas proximidades do hotel.
Dormida: La Aldea, um hotel com custo/benefício imbatível na Zona Colonial; ou num dos muitos apartamentos existentes no centro histórico. Veja onde ficar em Santo Domingo para outras opções hoteleiras.
Dia 3: Santo Domingo
Manhã muito preenchida que começou comigo a fotografar o edifício das Casas Reais e a visitar o adjacente Panteão da Pátria. Aproveitei depois para conhecer a Catedral de Santo Domingo e o Alcácer de Colombo, o “histórico palácio do governador, construído pelo filho de Cristóvão Colombo, com mobiliário e arte da época.”
Depois, apanhei um Uber até ao parque Los Tres Ojos, onde passei talvez hora e meia a deambular pelas grutas e lagos. Para quem conhece os cenotes mexicanos, talvez o Los Tres Ojos não seja muito impressionante; mas ainda assim eu gostei de conhecer.
De regresso à cidade, tempo ainda para explorar novamente a Zona Colonial, passar no Museu Larimar (uma desilusão) e visitar a Fortaleza Ozama. Foi outro excelente dia no roteiro de viagem pela República Dominicana.
Dormida: La Aldea, um hotel com custo/benefício imbatível na Zona Colonial; ou num dos muitos apartamentos existentes no centro histórico. Veja também outros hotéis no centro de Santo Domingo.
Dia 4: Santo Domingo
Ao terceiro dia em Santo Domingo, aproveitei para estar, sentir e deixar-me levar pelo prazer de viajar devagar. Ou seja, fiz muito pouco além de passear sem rumo, sentar-me na praça central ou em cafezinhos para adiantar este roteiro na República Dominicana e o artigo sobre o que fazer em Santo Domingo. Por isso, caso tenha o tempo contado, não creio ser fundamental este dia extra na capital dominicana; mas a mim soube-me muito bem voltar a este ritmo lento das viagens…
Dito isto, aproveitei para conhecer as ruínas do Hospital San Nicolás de Bari, localizadas na fotogénica Calle Hostos; visitar a belíssima Igreja de Santa Bárbara; e ainda atravessar a Porta do Conde e espreitar o Altar da Pátria, no Parque da Independência.
Dormida: La Aldea, um hotel com custo/benefício imbatível na Zona Colonial; ou num dos muitos apartamentos existentes no centro histórico. Veja onde dormir em Santo Domingo para outras opções.
Dia 5: Las Galeras (Samaná)
A manhã começou muito cedo com uma viagem de Uber até ao terminal da Asotrapusa, onde apanhei um autocarro que me levaria – lentamente! – até Las Galeras, na Península de Samaná. Era, entre todos os destinos de Samaná, aquele que mais queria visitar, pelo seu ambiente tranquilo e turisticamente menos desenvolvido.
Lá chegado, e por sugestão do meu anfitrião, fui almoçar ao comedor Juana, gerido por uma família dominicana. Ao domingo fazem um sancocho delicioso – uma sopa de carnes, tubérculos e legumes, acompanhada com arroz – e, por isso, não foi difícil convencer-me a provar esse típico prato da gastronomia dominicana.
O problema foi que fiquei tão cheio que os meus planos de conhecer La Prayita, a praia mais bonita de Las Galeras, teve de ser adiado por um par de horas. Mas foi lá que passei boa parte da tarde num dolce fare niente que me soube pela vida. Ao final da tarde, passei ainda na chamada Praia Grande, mas confesso que fiquei desiludido. La Prayita é muito mais bonita!
Dormida: Il Triangolo, um hostel barato e com excelente ambiente em Las Galeras.
Dia 6: Praia Rincón e rio Caño Frio (Samaná)
Depois de um belo pequeno-almoço, segui de jipe com o espanhol Álvaro Fernandes – habitante local desde há alguns anos! – até à foz do pequeno rio Caño Frio, em plena Praia Rincón (considerada uma das praias mais bonitas da República Dominicana). A ideia era fazer uma atividade totalmente diferente do habitual por estas bandas: stand up paddle no rio Caño Frio.
Quando chegámos à Praia Rincón, praticamente não havia ninguém. Os vendedores ainda montavam as suas bancas e, à exceção de uma senhora que se abeirou do carro para vender um pão doce muito saboroso, tudo estava ainda meio adormecido. Perfeito, portanto.
Depois do stand up paddle, regressei a Las Galeras para um almoço merecido; e, à tarde, voltei a La Prayita para mais uns mergulhos, relaxar à sombra de uma palmeira e beber uma água de coco. Mais um dia do roteiro pela República Dominicana tranquilo e bem passado.
Dormida: Il Triangolo, um hostel barato e com excelente ambiente em Las Galeras.
Dia 7: Las Galeras (Samaná)
Gostei tanto do ambiente de Las Galeras que acabei por estender a estadia por mais um dia. Poderia ter feito uma caminhada até à praia Frontón ou até à praia Rincón, mas confesso que me estava a saber tão bem ficar – simplesmente ficar! -, pelo que não fiz muito durante o dia.
Tudo somado, além de organizar os dias seguintes do roteiro na República Dominicana – incluindo a visita a Los Haitises! -, de conversar com o pessoal do hostel e de desfrutar de La Prayita, nada de relevante se passou neste dia. E isso soube-me pela vida. Viajar também é isto!
(Às vezes sabe muito bem parar, lutar contra a voracidade que nos impele a ver lugares atrás de lugares e simplesmente deixar-se estar. Este foi um desses dias. E não me arrependo.)
Dormida: Il Triangolo, um hostel barato e com excelente ambiente em Las Galeras.
Dia 8: Parque Nacional Los Haitises
Na noite anterior tinha decidido comprar um passeio ao Parque Nacional Los Haitises. Não sou muito de integrar excursões, mas era a melhor forma de conhecer o parque – e até gostei do passeio. Já lá vamos.
Acordei cedo e entrei numa carrinha que me levaria de Las Galeras a Samaná. Lá chegado, e após alguma espera, entrei num barco que iria atravessar a península de Samaná até Los Haitises. Não sabia muito bem ao que ia, mas acabou por ser interessante.
A primeira “atração” foi entrar – ainda que muito pouco! – pelos manguezais do parque nacional, com algumas explicações do guia dominicano sobre as quatro espécies de manguezais presentes na região. Depois, paragem e desembarque para visitar duas grutas, a primeira das quais com inúmeras figuras pictóricas desenhadas nas rochas.
Esta parte do passeio valeu muito a pena; mas o que se seguiu já não me atraiu tanto: a paragem em Cayo Levantado para almoçar e fazer praia. Nada a dizer sobre a metade da ilha aberta ao público (a outra metade pertence a um hotel): é linda. O que não gostei foi do facto da ilha estar turisticamente sobre-explorada. A ilha está cheia de pequenos restaurantes e de um sem-fim de bancas de artesanato que, com toda a honestidade, estragam a experiência. E o pior é que as excursões desembarcam ali todas à mesma hora, lotando desnecessariamente Cayo Levantado por umas três horas.
Para mim, Cayo Levantado é um daqueles exemplos em que o turismo acaba por destruir os locais. Por mim, teria ficado apenas em Los Haitises!
Para fazer uma excursão a Los Haitises, não importa onde compra o tour que fará sempre a mesma coisa. A diferença será no tipo de barco (catamarã ou barco mais pequeno) e no nível de serviço. Pergunte no seu hotel ou dirija-se ao cais em Samaná e reserve na hora. Eu paguei 75 dólares norte-americanos, incluindo o transporte a partir de Las Galeras.
Dormida: Nilka Hotel Boutique, um excelente hotel em Samaná.
Dia 9: Cabrera
Quando procurava um lugar para ficar entre Samaná e Puerto Plata, coloquei várias hipóteses em cima da mesa. A candidata mais forte era Cabarete, a meca dominicana do kite surf, já que a sua vizinha Sosúa nunca me atraiu. Até que o meu amigo Ricardo, do blogue Cruzamundos, me falou de Cabrera como sendo um lugar tranquilo e até agradável para ficar. E assim optei por Cabrera.
Na verdade, do ponto de vista turístico, Cabrera não tem qualquer atração de relevo. Mas é quase sempre nestes locais que melhor me sinto; e, como disse, tinha saudades de fazer uma viagem mais tranquila e um roteiro de viagem a um ritmo menos exigente.
E assim aproveitei o tempo para caminhar na vila, sentar-me no parque central e conversar com as pessoas, procurar um costureiro para arranjar uns calções; enfim, como sempre costumo dizer, “mais do que ver, viver”.
Caso procure locais mais movimentados, Cabrera não é a melhor opção. Nesse caso, opte por ficar em Cabarete (kite surf e animação noturna) ou Sosúa (muito turístico e animado, mas com demasiada prostituição).
Dormida: Tinha pensado ficar na Casa Lambí, mas era um pouco cara para uma pessoa só, pelo que escolhi um apartamento. Tendo carro, considere também o excelente Cabrera Chalet Boutique Hotel ou o El Castillo Tropical.
Dia 10: Praia Grande e Cabrera
A manhã foi totalmente dedicada a explorar a Praia Grande, tida como a melhor praia da região. Cheguei lá a bordo de uma guagua e, dada a quantidade de pequenos restaurantes de praia e bancas de artesanato, é visível que se trata de uma praia que recebe muitos veraneantes. Mas, num dia de semana, estava absolutamente tranquila.
Antes de regressar a Cabrera, tempo ainda para conhecer a vizinha e mais pequena Praia Preciosa, igualmente bonita e agradável. De resto, deixei-me ficar pelas ruas e praças de Cabrera sem mais planos que não vagabundear, conversar e viver a cidade.
Dormida: Tinha pensado ficar na Casa Lambí, mas era um pouco cara para uma pessoa só, pelo que escolhi um apartamento. Tendo carro, considere também o excelente Cabrera Chalet Boutique Hotel ou o El Castillo Tropical.
Dia 11: Puerto Plata
A manhã foi passada em trânsito. Primeiro, apanhei uma guagua em Cabrera até Rio de San Juan, onde esperei pela partida de outra guagua que me levaria até ao destino final: Puerto Plata. De permeio, passei pelas afamadas Cabarete e Sosúa, mas não parei.
Uma vez em Puerto Plata, fui explorar a cidade. Era notório que muitos dos edifícios vitorianos que dão o charme a Puerto Plata estão em muito mau estado; mas não é menos verdade que o centro está muito bem arranjado e é visualmente muito atrativo. Dizem-me que há inúmeros cruzeiros a atracar em Puerto Plata com milhares de turistas, e isso talvez explique a cara lavada do coração de Puerto Plata.
Pela minha parte, fui visitar a Fortaleza de São Filipe; e depois deixei-me ficar a cirandar pelo centro histórico, em busca da arquitetura vitoriana que distingue Puerto Plata.
Dormida: Ia ficar no Villa Carolina provavelmente o melhor hotel de Puerto Plata para viajantes independentes, mas não tinha vagas nas minhas datas; a opção recaiu na guesthouse Casa Azul. Veja onde ficar em Puerto Plata para outras opções hoteleiras, incluindo resorts na praia.
Dia 12: Puerto Plata
De manhã, fui conhecer uma das praias de Puerto Plata. Recomendaram-me a belíssima Praia Dourada, mais afastada e junto a um grande resort, ou a Praia Cosita Rica, a pouco mais de 2 km de onde me encontrava. Optei pela segunda.
Manda a verdade dizer que a praia está muito longe de ser das mais belas que vi na República Dominicana, mas ainda assim tem dois bares de praia muito agradáveis, onde passei algum tempo a desfrutar do ambiente. Mas acredito que a Praia Dourada teria sido uma melhor escolha.
Depois de almoço, decidi visitar o Macorix House of Rum; mas, por ser domingo, as visitas tinham terminado às 13:00 (estava tão descontraído nesta viagem que nem confirmei esse pormenor básico!). Assim sendo, acabei por passar o resto da tarde nas proximidades da praça central de Puerto Plata, com uma passagem pelo excelente café El Rincon Del Cafe & Chocolate RD, que fica na Umbrella Street (sim, uma daquelas ruas criadas a pensar no Instagram (?!).
Dormida: Ia ficar no Villa Carolina provavelmente o melhor hotel de Puerto Plata para viajantes independentes, mas não tinha vagas nas minhas datas; a opção recaiu na guesthouse Casa Azul.
Dia 13: Santiago de los Caballeros
Dia de mudar de poiso e rumar a Santiago de los Caballeros, a segunda maior cidade da República Dominicana. E assim, depois de uma viagem de autocarro com a Caribe Tours, instalei-me confortavelmente no meu hotel em Santiago e fui almoçar.
Uma vez que o calor apertava, deixei-me ficar um pouco por casa antes de me fazer à cidade. E não poderia ter começado de melhor forma. Fui conhecer a chamada Rota dos Murais do bairro Los Pepines, composta por dezenas e dezenas de fachadas decoradas com arte urbana. Maravilhoso.
Daí, segui para o Parque Duarte, onde fica a Catedral de Santiago, mas confesso que não encontrei muitos motivos de interesse; tinha, aliás, um ambiente um pouco estranho. Assim sendo, fui até à chamada Avenida dos Artistas e deixei-me ficar a ouvir jazz e a tomar uma bebida gelada na esplanada do acolhedor Cronopio – Café con Libros. Uma excelente forma de passar o final da tarde em Santiago.
Dormida: Fiquei numa casa particular em Santiago de los Caballeros, porque precisava de um local tranquilo para fazer uma reunião de trabalho; mas, se não fosse isso, provavelmente escolheria o hotel Centro de Santiago.
Dia 14: Santiago de los Caballeros
Dia dedicado a explorar duas atrações emblemáticas de Santiago de los Caballeros. Passei boa parte da manhã a ver a coleção de arte em exibição no magnífico Centro Cultural Eduardo León Jimenes, mais conhecido simplesmente como Centro León e epicentro criativo da cidade.
Depois de um almoço frugal, fui conhecer a fábrica de charutos dominicanos La Aurora, localizada nos arredores de Santiago de los Caballeros. Tratou-se de uma visita guiada por um dominicano apaixonado por charutos, que em muito valorizou a experiência. Recomendo, mesmo para não fumadores.
Para visitar a fábrica La Aurora, agende previamente a visita pelo número disponível no site oficial.
Dormida: Fiquei numa casa particular em Santiago de los Caballeros, porque precisava de um local tranquilo para fazer uma reunião de trabalho; mas, se não fosse isso, provavelmente escolheria o hotel Centro de Santiago.
Dia 15: Viagem para Punta Cana e voo de regresso
De manhã, era então tempo de me despedir de Santiago e encetar a longa jornada de regresso a casa. Apesar do voo ser só à noite, decidi não facilitar e apanhei um autocarro da Caribe Tours para Santo Domingo; daí, segui para o terminal da APTPRA, de onde segui igualmente de autocarro até ao aeroporto internacional de Punta Cana.
Era o ponto final neste roteiro de viagem pela República Dominicana, conhecendo um lado menos turístico do país, para lá dos resorts Tudo Incluído de Bayahibe, Punta Cana e La Romana, ou de cidades festeiras como Cabarete e Sosúa. Gostei muito.
Dormida: a bordo do avião.
Mapa do meu roteiro na República Dominicana
Outras coisas que considerei fazer na República Dominicana
Além de tudo o que referi neste roteiro, há um conjunto de outras coisas que eu tinha ponderado fazer no meu itinerário na República Dominicana mas que, por um motivo ou por outro, acabei por não concretizar. Eis, pois, algumas das atividades que devem valer a pena:
- Visitar a Baía das Águias (quase unanimemente considerada a praia mais bonita da República Dominicana) e o Parque Nacional Jaragua;
- Explorar Santa Cruz de Barahona;
- Conhecer as praias dos Patos e San Rafael, a sul de Barahona;
- Visitar as cidade serranas de Jarabacoa e Constanza, e as cascatas em redor;
- Fazer um passeio às 27 cascatas, perto de Puerto Plata;
- Ir a Praia Frontón, em Las Galeras.
- Fazer alguns percursos pedestres, tanto nas montanhas como na Península de Samaná.
No que toca a excursões, saiba que pode também fazer algumas atividades em grupo ou participar em visitas guiadas, especialmente a partir de Punta Cana. Eis algumas das mais recomendáveis:
- De Punta Cana: passeio de catamarã;
- De Punta Cana: excursão de observação de baleias (útil caso não vá à Península de Samaná).
O que eu mudaria no roteiro na República Dominicana
Quando planeei visitar a República Dominicana, não tinha informação suficiente para saber exatamente onde queria ir. Tinha colocado o foco na capital Santo Domingo, na Península de Samaná e na Baía das Águias (onde acabei por não ir), localizada junto a Pedernales, no extremo sudoeste do país, na fronteira com o Haiti. Mas os planos são sempre quebrados no terreno – e ainda bem que assim é!
Dito isto, se fosse hoje, teria feito algumas alterações ao roteiro, especialmente na ligação a Samaná. De Punta Cana, poderia ter ido conhecer Miches e visitado o Parque Nacional Los Haitises a partir de Sabana de La Mar; e depois apanhar o ferry que une Sabana de la Mar a Samaná. Seguiria então para Las Galeras (onde ficaria ainda mais tempo!) e, após explorar a península de Samaná, continuaria como no presente roteiro da República Dominicana – Cabrera, Puerto Plata e Santiago de Los Caballeros – e só então visitaria Santo Domingo. Ou, alternativamente, talvez não fosse pior fazer tudo no sentido inverso e deixar as praias de Las Galeras para o final.
Tendo mais dias, incluiria mais alguns destinos de montanha, no centro do país, e iria finalmente conhecer a referida Baía das Águias – de que dizem ser a praia mais bonita da República Dominicana.
Guia prático
Como chegar
Atualmente, a República Dominicana está bem servida de ligações aéreas além dos tradicionais voos charter para as férias de verão nos resorts de Punta Cana. No caso de Portugal, a opção mais prática é a ligação direta da TAP entre Lisboa e Punta Cana; que, à data em que escrevo, opera três vezes por semana. Naturalmente, sendo um voo direto não é a opção mais barata, mas vale pela comodidade e rapidez.
Caso valorize mais o custo e menos a duração da viagem, há várias companhias a voar para a República Dominicana com escala em cidades europeias. É o caso da Iberia, com a vantagem de poder voar para Santo Domingo em vez de Punta Cana (nota: para mim, a Iberia é das piores companhias de aviação que conheço e só voo com eles em último caso, mas fica a referência).
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Quanto tempo ficar na República Dominicana
Caso o objetivo seja conhecer o país e não apenas relaxar num dos excelentes resorts de Punta Cana, eu diria que duas semanas é o mínimo recomendável para um roteiro na República Dominicana. Com esse tempo conseguirá conhecer o básico do país, fazer algumas excursões a lugares incríveis, relaxar em praias deslumbrantes e conhecer cidades coloniais como Santo Domingo ou Puerto Plata.
Tendo mais tempo, melhor ainda. Com três ou quatro semanas será possível explorar o interior da República Dominicana, ir até a Baía das Águias e quem sabe até visitar Cabo Haitiano, no Haiti.
Como se deslocar na República Dominicana
Como é natural, alugar um carro será a alternativa mais cómoda para visitar a República Dominicana. Pela minha parte, estava com vontade de viajar de transportes públicos (a minha forma preferida de viajar), pelo que optei por andar quase sempre de autocarro.
Assim, caso não tenha carro, as principais empresas de transportes terrestres são a Caribe Tours e a Expreso Bávaro (acabei por não usar esta), mas viajei também com a APTPRA (excelente) e com a Asotrapusa (menos boa). Estranhamente, a Caribe Tours não tem ligações de e para Punta Cana.
De resto, há quase sempre minivans particulares que percorrem rotas pré-definidas, especialmente úteis em locais onde não há rotas de autocarros. E, claro, dentro das cidades, os Uber em Santo Domingo e Puerto Plata (muito baratos) e as moto-táxi em todos os lugares.
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Alugar carro na República Dominicana
Onde dormir na República Dominicana
Ao longo do artigo, fui indicando os lugares onde fiquei e links para artigos mais detalhados sobre o alojamento na República Dominicana. Alternativamente, no link abaixo encontra centenas de hotéis de excelente qualidade e para todas as bolsas. Experimente!
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Comunicações e Internet
A melhor forma de estar conectado na República Dominicana é comprar um cartão telefónico local. Eu comprei um cartão da operadora Claro por 150 pesos, mais recargas de dados teoricamente ilimitados por outros 150 pesos, com a duração de cinco dias (o máximo disponível). Depois era só carregar a cada cinco dias em qualquer loteka (são muito fáceis de identificar e existem em todas as localidades).
A República Dominicana é um destino seguro?
Sem dúvida que sim. Viajei durante duas semanas pelo país e só encontrei gente amável e hospitaleira. Como é evidente, em locais mais turísticos convém, como em qualquer país, estar alerta para evitar furtos; mas nem por um segundo me senti inseguro na República Dominicana.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.