No início do mês, a pedido do Paulo Menezes, amigo de longa data e professor da Esprominho – Escola Profissional do Minho, fui a Braga falar de viagens tendo como pano de fundo a última volta ao mundo que havia dado em família no ano passado.
“A ideia base é chegar ao fim e dizer: viajar é fixe, aproveitem intercâmbios internacionais, estágios internacionais e voluntariado”, disse-me o Paulo num dos emails trocados durante a preparação da palestra. Por outra palavras, motivar os jovens da escola para a importância de viajar. Alargar horizontes.
Achei extraordinária a sua visão, a preocupação com o futuro dos alunos da escola profissional, oriundos de um contexto social onde o mundo nem sempre ultrapassa as fronteiras da freguesia, da cidade, do país.
O anfiteatro estava cheio. A plateia era composta por dezenas de jovens finalistas de diferentes cursos profissionais. Muitos estariam ali por ser mais divertido do que estar nas aulas; mas outros estariam seguramente interessados em ganhar mundo ouvindo as minhas experiências.
Sob o tema “Gap Year – Viagem à volta do mundo”, comecei por avisar ao que vinha: “fazer a apologia da viagem como forma de crescimento pessoal e profissional”. Partilhei a história recente do Diário da Pikitim, notando que essa menina tão pequena foi uma privilegiada pela oportunidade que teve de viajar tão cedo, com a certeza de que viajar será bom para o seu futuro. Como será bom para o futuro deles, alunos, caso não tenham receio de agarrar as oportunidades que a vida lhes ofereça fora da sua “zona de conforto”, seja em Espanha, na China ou no Brasil.
Mostrei-lhes praias paradisíacas, parques naturais, cidades enormes e aldeias minúsculas, museus e comidas distintas da nossa, gente com outros costumes e tradições – mostrei-lhes, enfim, um mundo diverso onde entram simultaneamente cidades luxuosas e aldeias de meninos sem roupa. E fiz-lhes notar que há muitos países onde é mais barato viver do que em Portugal, para que não pensem que é impossível as pessoas oriundas de meios desfavorecidos saírem do seu país. Viajar não é coisa de ricos! – hei-de repetir esta ideia quantas vezes for preciso.
Fizeram-me as perguntas da praxe sobre a segurança, as doenças e o dinheiro. Interessaram-se pelas paisagens e comidas. Estavam curiosos e atentos.
No final, o professor Paulo e outros responsáveis da escola estavam satisfeitos. Eram unânimes em considerar que tinha corrido bem, até porque eu tinha conseguido um feito “raro”: “aguentaste-os quase duas horas dentro do anfiteatro sem se mexerem muito nos lugares”, disse-me o professor. A imprensa local deu eco da iniciativa. Foi uma boa experiência.
Por ora, ainda é cedo para saber se plantei alguma semente em solo fértil. No dia em que o primeiro daqueles alunos decidir estagiar fora de Portugal, aceitar um emprego longe de casa ou, simplesmente, poupar para comprar um bilhete de InterRail para se enriquecer como pessoa, terei sabido que a missão foi cumprida com sucesso e que o meu regresso a Braga valeu, de facto, a pena.
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