O México é um deleite para os amantes da cultura maia. Complexos arqueológicos verdadeiramente espetaculares com o que resta das civilizações pré-colombianas, como as afamadas ruínas de Chichén-Itzá, as minhas queridas ruínas de Palenque e, claro, as ruínas de Cobá, são um atrativo inigualável para quem aprecia visitar este tipo de património histórico e arquitetónico. Para o viajante, porventura apenas Tikal, na vizinha Guatemala, rivalizará com os mais imponentes complexos arqueológicos da civilização maia existentes no México.
No que diz respeito a Cobá, além das estruturas arquitetónicas, uma das coisas mais interessantes do complexo é o facto de estar totalmente embrenhado na selva. Aliás, a vista do topo da Pirâmide Nohoch Mul é impressionante. Mas já lá vamos. Isso, e não ter sido ainda engolido pelo turismo!
Assim, partilho neste artigo um pouco da minha experiência a visitar o complexo arqueológico de Cobá por conta própria, de forma totalmente independente. Eis, pois, uma lista de templos e outros monumentos a visitar em Cobá, uma das melhores ruínas maia da península do Yucatán.
Veja, a este respeito, uma reportagem antiga publicada na revista Fugas, intitulada Na rota da civilização maia.
O que ver em Cobá
Pirâmide Nohoch Mul
Sem dúvida o maior atrativo turístico de Cobá é a Pirâmide Ixmoja, parte integrante do grupo de edifícios Nohoch Mul e, por isso mesmo, normalmente referida como Pirâmide Nohoch Mul. Trata-se da maior pirâmide de Cobá, que estava localizada no coração da cidade e de cujo topo, no alto dos seus 42 metros de altura, se desfruta(va) de uma vista soberba sobre um tapete verde de selva.
Feliz ou infelizmente, quando fui visitar Cobá a pirâmide estava interdita aos visitantes, não sendo permitida a subida dos seus 120 íngremes e perigosos degraus – alegadamente por motivos sanitários. Certo é que, por questões de segurança e de preservação do património, são atualmente raras as pirâmides maia em território mexicano onde ainda é permitida a subida, pelo que não sei se será possível voltar a subir à pirâmide de Cobá. A bem do património, talvez seja melhor assim…
Se for permitido subir à pirâmide Nohoch Mul quando visitar Cobá, tenha em atenção que descer pode ser muito mais difícil do que subir. Faça-o com todas as precauções.
Jogo de bola mesoamericano
Não há cidade maia que não exiba orgulhosamente o seu campo de ōllamaliztli, o jogo de bola mesoamericano. As regras do jogo não são totalmente conhecidas, mas as teorias dominantes indicam que o objetivo seria “enviar a bola para o lado do campo defendido pelo adversário” ou, “na época pós-clássica”, de “enviar a bola através de um de dois aros verticais colocados de cada lado do campo de jogo, na linha média do mesmo”.
Seja como for, em Cobá há um campo muito bem preservado que merece toda a atenção do visitante – apesar de ser muito mais pequeno do que o de Chichén-Itzá, por exemplo! É uma das estruturas mais relevantes e bem preservadas de Cobá. Adorei.
A Igreja (La Iglesia)
Seguramente um dos edifícios mais interessantes de todo o complexo arqueológico, a chamada La Iglesia é uma das estruturas mais fascinantes – e intrigantes! – que tive oportunidade de visitar na antiga cidade maia de Cobá. A sua forma faz lembrar uma colmeia, estando a estrutura rodeada de árvores e muito bem preservada. Não deixe de visitar La Iglesia.
Grupo Macanxoc
Por fim, referência para o conjunto de edifícios apelidado de Grupo Macanxoc, uma das áreas do complexo tidas como de grande significado espiritual – facto aparentemente confirmado pela presença na área de inúmeros “altares”. Fica um pouco depois do chamado Grupo das Pinturas. A visitar.
Como é evidente, estes são apenas alguns dos muitos edifícios da cidade pré-colombiana de Cobá, não sendo este artigo um guia com o que visitar em Cobá ou uma lista das melhores ruínas a visitar. São, isso sim, estruturas que, pela sua beleza, arquitetura ou imponência mais chamaram a minha atenção. Espero que seja útil.
Guia prático
Como chegar a Cobá
Mesmo que tenha decidido não alugar um carro, visitar Cobá não é difícil usando transportes públicos. Há autocarros que ligam Playa del Carmen ou Tulum a Valladolid ou Mérida e que passam em Cobá. Pergunte os horários atuais no seu alojamento, ou pesquise no site de empresas de transportes como a ADO.
Dicas para visitar as ruínas de Cobá
Para usufruir de Cobá da melhor forma possível, eis algumas sugestões que podem tornar a visita mais agradável:
- Apesar de não ser tão popular como Chichén-Itzá ou Tulum, Cobá é razoavelmente bem conhecida, pelo que pode encontrá-la com muitos turistas. Para minimizar esse inconveniente, vá muito cedo (de preferência) ou mais para o meio da tarde.
- Caso não queira caminhar muito – o complexo arqueológico de Cobá é grande! -, alugue uma bicicleta junto à entrada do complexo. O aluguer é barato e uma bicicleta tornará a visita menos exigente fisicamente.
- Leve água e mantenha-se hidratado.
- Conte com três horas para visitar Cobá.
Visitar Cobá em excursão
Eu conheci as ruínas de Cobá de forma independente e sem guia, e não me arrependo dessa opção. Mas, caso prefira visitar Cobá num grupo organizado, saiba que há várias excursões com partida das cidades de Cancún, Tulum e Playa del Carmen. Estes são dois dos tours mais bem referenciados:
Alternativamente, pode tratar da sua excursão a Cobá diretamente com as agências locais de Playa del Carmen, Tulum e até Cancún.
Onde ficar
Não há dúvida de que o horário ideal para visitar Cobá é o mais cedo possível, de preferência logo na abertura do complexo arqueológico, antes de chegarem os (poucos) grupos de turistas. Dito isto, talvez não se justifique pernoitar junto ao sítio arqueológico, mas se o quiser fazer recomendo o extraordinário Aldea Coba, An Escape Boutique Experience (★ 9.1, caro mas espetacular) ou, noutro registo, o mais simples e económico Hotel Sacbe Coba (★ 8.0), de duas estrelas. Ficam ambos a dois passos das ruínas de Cobá.
Seja como for, pode ver todas as alternativas de alojamento pesquisando diretamente no link abaixo.
Onde comer junto às ruínas
Para petiscar algo ou tomar uma bebida fresca após a visita às ruínas, o restaurante El Faisán fica mesmo junto ao parque de estacionamento de Cobá. Eu parei lá para beber algo e descansar, e o pessoal foi muito atencioso. As cervejas vêm acompanhadas com um pratinho de guacamole, cortesia da casa.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.