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Gion, o bairro das geishas de Kyoto

Por Filipe Morato Gomes
Maiko (aprendiz de geisha) em Kyoto
Uma maiko (aprendiz degeisha) em Kyoto

Tido como o mais popular bairro de entretenimento de Kyoto, Gion é um distrito tradicional localizado na zona sul de Higashiyama, bem no coração da cidade. É, por assim dizer, o bairro das geishas de Kyoto – imprescindível em qualquer plano com o que fazer em Kyoto.

Bairro Gion, Kyoto

Gion está recheado de belíssimos edifícios de madeira, lojas, destilarias de saquê e restaurantes; e também exclusivas ochaya – “casas de chá” onde os clientes endinheirados são entretidos pelas atuações de geishas e maikos (aprendizes de geisha), cuja indumentária empresta um colorido inebriante às ruas do bairro.

Visitar Gion, Kyoto
Um transeunte caminha por uma das ruas de Gion

Consta, aliás, que a experiência suprema no bairro Gion é participar num jantar animado por uma geisha experiente numa das melhores ochaya de Kyoto. Elas têm por função garantir o entretenimento e a boa disposição dos convidados – regra geral homens de negócios -, envolvendo-se em conversas leves, servindo bebidas, promovendo jogos e, claro, cantando e dançando para os comensais.

Como é evidente, não tive oportunidade de experimentar. Não só porque são serviços muito caros, mas também porque, regra geral, tal como num exclusivo clube privado, exigem a introdução prévia de um cliente habitual.

Mas confesso a minha curiosidade em saber um pouco mais sobre esse mundo escondido das geishas japonesas.

Em Kyoto, as geishas são denominadas pelo termo local geiko, que significa algo como “uma mulher de arte”.

Casal japonês em Gion, Kyoto
Casal japonês numa sessão fotográfica em Gion

Seja como for, para descobrir os segredos de Gion é fundamental que o viajante se aventure para lá da rua Hanami-koji, a mais famosa e turística do bairro, entrando em ruelas menos movimentadas mas porventura mais misteriosas e interessantes.

Foi nessas ruelas que me cruzei com mais maikos em trajes tradicionais, especialmente ao entardecer, altura em que as luzes emprestam às ruelas um ambiente acolhedor e as geishas e suas aprendizes se dirigem para os seus compromissos nas ochaya. É a melhor altura para visitar Gion.

Kimonos em Gion
Os kimonos tradicionais são uma constante nas ruas de Gion

Depois de vaguear sem rumo pelo bairro Gion, tempo ainda para jantar em Pontocho, uma rua absolutamente deslumbrante localizada nas proximidades. Foi um epílogo quase perfeito para a visita ao bairro das geishas, não só pela combinação de experiências mas também por me ter permitido evitar os preços ainda mais exagerados de Gion.

Só faltou mesmo conhecer uma ochaya tradicional.

Mulheres japonesas em Kyoto
Mãe e filha num passeio noturno pelo bairro Gion, no coração de Kyoto

Guia prático

Como chegar a Kyoto

A forma mais prática de chegar a Kyoto, vindo do exterior, é voar para o aeroporto internacional de Osaka, a partir de onde há comboios frequentes para Kyoto.

Caso chegue a partir de outras cidades japonesas, como Tóquio, Kanazawa ou Hiroshima, considere a compra do Japan Rail Pass para viajar de comboio em todo o país.

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Onde ficar

Antes de mais, recomendo a leitura do texto sobre onde ficar em Kyoto, para melhor entender os diferentes bairros da cidade. Em resumo, eu fiquei alojado num apartamento em Arashiyama, mas a maioria dos viajantes prefere ficar numa zona mais central de Kyoto. E fazem bem.

Entre os hotéis mais elogiados, encontram-se o Mugen e o Yadoya Manjiro (dois ryokan maravilhosos); o Yoko and Akira Guesthouse (uma pousada boa e barata no coração de Kyoto); o The Prime Pod (um dos melhores hotéis-cápsula do Japão, ultramoderno e com toques de requinte); e o mais económico The Pocket Hotel Kyoto Shijo Karasuma, um hotel muito popular entre os viajantes independentes.

Para outras opções de hospedagem, conheça os melhores ryokans de Kyoto ou consulte o link abaixo.

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Seguro de viagem

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.

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