Sighisoara é, muito provavelmente, a mais bonita cidade da Transilvânia. Não há outra forma de o dizer. A sua cidadela, saída de um conto de fadas medieval, é absolutamente encantadora. É, aliás, o tipo de centro histórico que eu adoro: pequeno, bonito e bem cuidado. E, acima de tudo, com alma e vida e gente.
Sim, o centro histórico medieval de Sighisoara não é um museu ao ar livre, despido e inodoro. É, ao invés, um local habitado por gente – como o meu anfitrião Marcus -; e onde todas as manhãs chegam miúdos para a escola, a pé, de autocarro ou de táxi, inclusive vindos da parte baixa da cidade, para lá do Rio Târnava Mare.
Sim, visitar Sighisoara foi um dos pontos altos do meu roteiro na Roménia. E isso nada tem a ver com o facto de ser a cidade natal de Vlad Dracul, o “príncipe da Valáquia do século XV que deu origem ao personagem literário do Conde Drácula”, criado por Bram Stoker.
Porque Sighisoara tem atrativos muito mais interessantes do que essa curiosidade. Principalmente no interior do seu bem preservado centro histórico medieval, classificado como Património Mundial da UNESCO na Roménia, e que nada tem de sinistro. Foi lá, aliás, que passei quase todo o meu tempo na cidade. Sem pressas.
A minha visita a Sighisoara
Manda a verdade dizer que, excetuando o museu existente na Torre do Relógio e um passeio até Biertan, não fiz grandes visitas turísticas em Sighisoara. E isso tem uma explicação simples: Sighisoara é uma cidade muito agradável, onde o prazer maior é cirandar pelas ruelas da sua cidadela. Estar. Simplesmente estar. Sentir. E foi aí, nas ruas e esplanadas da velha urbe, que me senti bem.
É certo que poderia referir a praça da Cidadela, a já falada Torre do Relógio, o cemitério e a igreja na colina de Sighisoara, o edifício neo-renascentista da Câmara Municipal e muitos outros pontos de interesse que existem dentro da cidadela, incluindo a afamada casa de Vlad Dracul. Mas – repito – foi nas ruas que me senti bem. E é isso mesmo que prefiro recomendar.
Este post não é, por isso, uma lista com o que fazer em Sighisoara. Deixo apenas a sugestão de que dedique algum tempo da sua viagem pela Roménia a sentir Sighisoara. É daqueles lugares que pode ser visto em duas horas, mas que merece a atenção de quem gosta de viajar devagar. Lá está: “mais do que ver, viver”!
Deixo também mais algumas fotografias de Sighisoara, na esperança que consigam transmitir um pouco do ambiente da belíssima cidade medieval. Independentemente do Conde Drácula, a pequena Sighisoara é, para mim, a grande pérola da Transilvânia.
Guia para visitar Sighisoara
Como chegar
A partir de Brasov, há autocarros e comboios que fazem a ligação para Sighisoara. Apesar de, regra geral, preferir viajar de comboio, desta feita optei por chegar a Sighisoara de autocarro, pela simples razão de demorar menos tempo. Não é preciso comprar bilhetes com antecedência.
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Onde comer
Os melhores restaurantes de Sighisoara encontram-se em redor da praça Hermann Oberth, fora das muralhas. Há vários locais onde comer a preço acessível – especialmente massas e pizzas – mas o melhor que eu experimentei foi o Gasthaus Alte Post (por sugestão do meu anfitrião), que fica no interior de uma pousada. Serve comida romena, incluindo os típicos pratos de coelho – e recomendo vivamente.
Onde ficar em Sighisoara
Sem dúvida, deve ficar hospedado o mais perto possível da cidadela de Sighisoara (ou mesmo lá dentro). Eu dormi na Casa Lia, um lugar bastante simples mas com um anfitrião fantástico, localizado no interior da cidadela. Outras excelentes guesthouses nas proximidades são a barata Pensiune Casa Richter e o hotel boutique Taschler Haus. Fora da cidadela, recomendo as muito elogiadas Casa Lily e Cosbuc Residence (económicas); ou ainda a excelente e mais luxuosa Casa Savri. Se escolher qualquer uma destas opções para ficar em Sighisoara, não ficará desiludido.
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Apesar de só ter conseguido passar lá uma noite, também adorei a cidade. Muito simpática, comi muito bem e surpreendi-me imenso com as cores e os recantos.
Que diferente é no verão! A primeira foto está digna de capa de revista. Também gostei da cidade. Abraço!